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que: “é uma das chaves de saída deste
quadro perverso, é a contínua produção de
ações contra hegemônica”, em suas
palavras essa obra “é um belíssimo
testemunho da práxis promovida pela
Educação do Campo”.
Esse livro traz em seus textos de
forma estruturada, os caminhos de como
pode acontecer e está acontecendo o
desenvolvimento da Educação do Campo
seja ele em ambientes escolares e não
escolares, na perspectiva formadora de
sujeitos do campo, que vive do meio e
sobrevive da luta diária pelos seus direitos
em busca de uma representatividade
valorativa que construa não só uma
imagem de respeito, mas que, o homem e a
mulher do campo possam ocupar seu lugar
de direito e de fala no meio social.
Essa obra textual é mais uma que
traduz a significância de um espaço
formativo coerente que leve em
consideração em primeiro lugar os saberes,
a cultura e a história do homem do campo,
suas lutas e desafios pela terra e pelo
espaço de direito. Na construção de uma
sociedade ética e igualitária é fundamental
que a diversidade e as diferenças dos
sujeitos sejam a base para o
desenvolvimento de qualquer atitude
sociopolítica, que represente as demandas
sociais de um povo que ora foram
inviabilizados pelo capitalismo, que no
momento atual se veem sem espaço e sua
terra sendo inundada pela onda do
agronegócio devastador, que possui em sua
gênese o capital, que não leva em
consideração o pequeno proprietário de
terra ou aquele produtor familiar.
A partir da perspectiva de buscar
base para desenvolver caminhos onde o
sujeito do campo seja representado e tenha
seus direitos respeitados, a Educação do
Campo torna-se esse território válido e de
grande força para alcançar esses objetivos,
rompendo com os diferentes desafios do
meio. Nesse sentido o livro conta com
diferentes práticas educativas que vai
desde a formação dos alunos em espaços
não escolares e escolares até a formação de
educadores juntos as comunidades do
campo, buscando trazer os saberes do
campo e de seus sujeitos para o ambiente
escolar dialogando em diferentes interfaces
da Educação do Campo e em diferentes
contextos sociais no campo.
O livro lançado em 2020 trata-se de
produto rico para entender quão forte é a
luta no campo e a luta por uma Educação
do Campo significativa e ao mesmo tempo
representativa, essa obra tem semelhanças
com o livro “Territórios Educativos na
Educação do Campo: escola, comunidade e
movimentos sociais”, de Antunes-Rocha
lançado em 2012. Embora a sua
semelhança esteja expressivamente exposta