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Ao retornar as atividades escolares
de forma remota, a Seduc evidencia uma
preocupação excessiva com o currículo e o
cumprimento dos dias letivos, referente ao
ano letivo de 2020. Em contrapartida, não
se observa ações de investimento nas
escolas com equipamentos tecnológicos ou
formação de professores, o que certamente
contribuiria para a criação de uma frente de
trabalho no interior das escolas que
viabilizasse o atendimento de todos os
alunos. Não apenas com conteúdo, mas
com acolhimento e reconhecimento da
instituição escolar como um espaço de
desenvolvimento humano pela prática
social.
Nesse sentido, acerca das políticas
educacionais do estado, tomando como
referência o PEE/2015 e as ações de
governo desde os dados analisados nas
tabelas anteriormente, nos valemos de
Lagares (2019, p. 73), onde afirma que:
Portanto, tomando-se como
pressuposto o PEE/TO, suas metas e
estratégias deveriam ser as
referências para a definição de
políticas públicas educacionais e a
gestão de forma sistêmica. Todavia,
das informações escritas e
publicizadas analisadas, em se
tratando das políticas públicas para a
educação do Tocantins nos primeiros
120 dias do governo Mauro Carlesse,
o Plano não foi referenciado em
nenhuma delas, sendo citado apenas
oralmente pelo Secretário Executivo
da Educação (Lopes, 2019, s./p.),
para o qual o Plano é o
“planejamento maior da Secretaria.”
Como síntese, a mesma autora
acrescenta ainda que mediante a análise
efetuada sobre o estado do Tocantins, os
efeitos de sentidos que evocam rementem
“a sensação de fragilidade na ação
intencional e sistematizada, pelo menos
para quem lê as informações difusas, dada
a inexistência de documentos oficiais
sistematizadores, ou de sua não
publicização”. (Lagares, 2019, p. 72).
Ainda baseados em Lagares (2019),
esta pesquisadora apresenta ainda um
quadro contendo todas as metas e
estratégias do PEE/2015 que intitula de
quadro 3, e afirma que
Comparando-se as informações
descritas no quadro 3 com a notícia,
as entrevistas e o site da Seduc
observa-se que, embora exista certa
consonância entre as prioridades
elencadas e as metas do PEE/TO, a
marca parece ser a ausência de
articulação entre as próprias políticas
(programas), assim como entre estas
e o Plano; e/ou a fragilidade na
divulgação das políticas públicas
educacionais do Sistema nos portais
oficiais do governo do Tocantins
(Lagares, 2019, p. 76).
Arrematamos a análise da ausência
da sistematização de políticas
referenciadas pelas metas e estratégias
dispostas na Lei que instituiu o PEE/2015,
ressaltando o grande índice de evasão na
rede estadual no ano letivo de 2019.
Vale ponderar, ainda que o índice
não contava com os agravantes da