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possíveis marcas desse autor, ao mesmo tempo resgatando seus conceitos e atualizando-os em
razão de inéditos campos de possibilidades, especialmente no que se refere ao ingresso e
permanência, no Ensino Superior, dos povos historicamente excluídos da sociedade, como é o
caso de indígenas e sujeitos do campo.
Luci Mary Duso Pacheco (Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das
Missões), Vanessa Dal Canton (Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das
Missões) e Iarana de Castro Gigoski (Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das
Missões), no artigo A SOCIEDADE EM ZYGMUNT BAUMAN, A ESCOLA E O
DIREITO EDUCATIVO EM TEMPOS DE LIOFILIZAÇÃO DO ESPAÇO PÚBLICO,
apresentam as compreensões sobre as racionalidades da sociedade sólida e líquida
caracterizadas por Zygmunt Bauman como metáforas da modernidade, relacionando-as com a
escola e o conceito de direito educativo em tempos de liofilização do espaço público. Nesse
cenário, espaço e tempo são reconfigurados, anunciando outra racionalidade. No que diz
respeito à educação, na modernidade sólida, a formação dos indivíduos tinha como propósito
uma educação para a vida toda, o que não se aplica mais, no entender de Bauman, na
sociedade líquida.
Elaine Aires Nunes (UFT), Roberto Francisco de Carvalho (UFT) e Idemar Vizolli
(UFT), no artigo DIREITO À EDUCAÇÃO: GESTÃO DEMOCRÁTICA E POLÍTICAS
PÚBLICAS EM TEMPO DE PANDEMIA COVID-19 NO ESTADO DO TOCANTINS,
analisam a gestão democrática enquanto princípio do direito à educação no Estado do Tocantins,
em tempo de Pandemia da Covid-19. A discussão vislumbra elucidar as políticas públicas
voltadas para o atendimento educacional de qualidade na rede pública – abrangendo a educação
urbana e do campo – e atuação a do sistema estadual para a garantia do direito à educação no
exercício da democracia. Com atenção crítica, aponta para a inexistência de políticas educacionais
efetivas e comprometimento do Sistema Estadual de Educação com a situação de crise
educacional e, sobretudo com o direito à educação quanto à gestão democrática.
No texto EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NO/DO CAMPO E AS
POLÍTICAS EDUCACIONAIS: CONQUISTAS A PARTIR DOS MOVIMENTOS
SOCIAIS, os autor(es) Adalberto Penha de Paula (UFPR) e Marina Comerlatto da Rosa
(UTFPR), discutem a Educação do Campo e a sua relação com os movimentos sociais do
campo, a partir da realidade educativa de um acampamento do Movimento dos Trabalhadores
Rurais Sem Terra. O artigo apresenta o descaso do Estado com a Educação do Campo e
evidencia que com a ascensão dos movimentos sociais, surgiu um forte movimento pela