Revista Brasileira de Educação do Campo
Brazilian Journal of Rural Education
ARTIGO/ARTICLE/ARTÍCULO
DOI: http://dx.doi.org/10.20873/uft.rbec.e11927
Tocantinópolis/Brasil
v. 6
e11927
10.20873/uft.rbec.e11927
2021
ISSN: 2525-4863
1
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Por uma Educação Circular: transição sustentável no
contexto pandêmico
Carolina Costa Resende
1
, Jesus Alexandre Tavares Monteiro
2
1
Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais - PUC. Departamento de Ciências Gerenciais (ICEG/PUC Minas) e
Faculdade de Psicologia (FaPsi/PUC Minas). Avenida Dom José Gaspar, 500, Coração Eucarístico. Belo Horizonte - MG.
Brasil.
2
Universidade Vale do Rio Verde.
Autor para correspondência/Author for correspondence: carolinaresende.psi@gmail.com
RESUMO. O presente ensaio teórico apresenta uma breve
revisão de literatura a respeito do Modelo de Negócios em
Economia Circular (EC) e procura responder à pergunta: quais
seriam os principais aspectos da circularidade a integrar a
Educação do Campo brasileira no atual contexto da pandemia de
Covid-19? De forma ensaística, o estudo possibilitou refletir
criticamente quanto às oportunidades que a EC pode representar
para a Educação Campesina. Os resultados revelam aspectos
convergentes entre a Educação do Campo e a EC e que podem
servir de referência para soluções que abrangem mais
profundamente a causa dos problemas socioambientais presentes
no atual cenário brasileiro da vida e da produção em territórios
rurais.
Palavras-chave: economia circular, educação campesina,
pandemia de covid-19.
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For a Circular Education: sustainable transition in the
pandemic context
ABSTRACT. This theoretical essay presents a brief literature
review on the Business Model in Circular Economy (CE) and
aims to answer the question: what would be the main aspects of
the circularity to integrate Countryside Education in the current
context of the COVID-19 pandemic in Brazil? In an essayistic
manner, the study made it possible to reflect critically on the
opportunities that CE can represent for Countryside Education.
The results reveal converging aspects between Countryside
Education and CE and that could be seen as a reference for
solutions that deeply comprise the cause of socio-environmental
problems currently present in the life and production in rural
territories in Brazil.
Keywords: circular economy, countryside education, covid-19
pandemic.
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Hacia una educación circular: transición sostenible en el
contexto de la pandemia
RESUMEN. Este ensayo teórico presenta una breve revisión de
la literatura sobre el Modelo de Negocio en Economía Circular
(CE) y busca responder a la pregunta: ¿cuáles serían los
principales aspectos de la circularidad para integrar la educación
rural brasileña en el contexto actual de la pandemia covideana?
19. De manera ensayística, el estudio permitió reflexionar
críticamente sobre las oportunidades que la CE puede
representar para la educación rural. Los resultados revelan
aspectos convergentes entre Educación Rural y EC y que pueden
servir de referencia para soluciones que cubran más
profundamente la causa de los problemas socioambientales
presentes en el actual escenario brasileño de vida y producción
en territorios rurales.
Palabras clave: economía circular, educación campesina,
pandemia de covid-19.
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Introdução
A Economia Circular (EC) emerge
no contexto de preocupação com a
mudança de paradigma em direção a um
outro futuro possível para a humanidade
diferente do que se imaginava até então.
MacArthur (2018) afirma que a maneira
moderna e iluminista de fazer as coisas
está chegando ao limite, “o sistema atual
não está mais funcionando para empresas,
pessoas ou meio ambiente”. Diante desse
cenário, a EC vem substituir a noção de
fim de vida útil dos bens e recursos por
ciclos de restauração do valor, eliminando
resíduos e incorporando novos processos
de reutilização e de transformação da
matéria/produto (Sassanelli et al., 2019). O
objetivo da EC consiste em aprimorar os
fluxos de produção dos bens e serviços
para criar um novo “círculo de valores”
para os materiais técnicos e biológicos, de
tal forma que seja possível reconstruir o
capital, seja financeiro, manufaturado,
humano, social ou natural, desenvolvendo
empresas mais inteligentes, sustentáveis e
lucrativas (Weetman, 2019).
A ideia da EC passou a ser
fortemente disseminada, em escala
mundial, a partir de 2012, por meio da
iniciativa da Ellen MacArthur Foundation
de publicar uma série de relatórios
intitulados “Em direção a uma Economia
Circular”. A EC é um novo conceito de
prática econômica que respeita o ciclo da
sustentabilidade e está em constante
diálogo com a comunidade local (Azevedo,
2015). Em contraponto à Economia Linear,
a EC visa à transformação dos processos
produtivos para reduzir a extração dos
recursos naturais e para que os recursos,
uma vez extraídos, se mantenham por mais
tempo na economia em um ciclo que
envolva o fazer-e-refazer e o usar-e-reusar.
Tal iniciativa vai ao encontro da proposta
das Nações Unidas para o desenvolvimento
sustentável, especialmente no que se refere
ao objetivo do milênio número 12, que visa
a garantir padrões sustentáveis tanto de
consumo como de produção (Duthie &
Lins, 2017).
Segundo Jabbour et al. (2019), a EC
requer transformações significativas na
maneira como as organizações operam,
criando uma mentalidade de
sustentabilidade, por meio de novas formas
de designers de produtos para reformular
as operações da cadeia de suprimentos e
seu conhecimento pode apoiar a transição
para a Economia Circular baseada na
perspectiva de recursos dinâmicos. No
entanto, essa mudança de mindset
i
não é
automática e requer um esforço coletivo e
ordenado para mudar a visão e os hábitos
das pessoas, por meio da problematização
da cultura e das relações de trabalho de
produção. Nesse processo, a educação se
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configura como a estratégia essencial para
a mudança.
Nessa perspectiva, pretende-se (re-)
pensar a práxis da Educação Campesina no
atual contexto brasileiro, sendo o objetivo
desse estudo refletir criticamente a respeito
das possíveis contribuições da EC para a
Educação Campesina no Brasil,
considerando, em especial, o impacto do
atual contexto pandêmico na economia
mundial que interfere amplamente na
produção rural.
Metodologia
O presente artigo foi realizado por
meio de revisão de literatura cuja
finalidade é analisar as contribuições da
EC para a Educação Campesina no Brasil
diante do atual contexto pandêmico na
economia mundial que interfere
amplamente na produção rural. A
metodologia utilizada neste estudo segue a
perspectiva da pesquisa qualitativa
ensaística, a qual, de acordo com Campos
(2015), é uma ferramenta de
problematização fundamentada na
interpretação discursiva e avaliativa de um
determinado campo do saber, a fim de
gerar novas discussões e debates,
instigando algum posicionamento ético e
crítico, a partir da análise reflexiva perante
alguma questão, de forma contextualizada
e sintética.
A intenção ensaísta do presente
estudo é realizar uma aproximação entre a
Educação do Campo e a Economia
Circular, partindo-se da premissa de que se
trata de um processo de cunho social.
Castel (1998) postula que o social ocupa o
lugar do hiato existente entre a organização
política e o sistema econômico. Tem a
função de “restaurar ou estabelecer laços
que não obedecem nem à lógica
estritamente econômica nem a uma
jurisdição estritamente política. O social
consiste em sistemas de regulações não
mercantis, instituídas para tentar preencher
esse espaço” (Castel, 1998, p. 31). Por sua
vez, Baremblitt (2002, p. 35) define que a
sociedade é o espaço da interpenetração de
forças reprodutivas e antiprodutivas “cujas
funções estão a serviço da exploração,
dominação e mistificação
(atravessamentos), assim como também
está constituída [a sociedade] pela
interpenetração das forças e entidades que
estão a serviço da cooperação, da
liberdade, da plena informação
(transversalidade)”. Portanto, estudos que
abordem fenômenos sociais dizem respeito
a uma complexidade e devem se valer de
dispositivos que afirmem a inclusão e a
transversalidade do campo. Desta forma,
institui-se uma demanda por metodologias
que visem a contribuir com insights a
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respeito de possíveis perspectivas para a
Educação Campesina no país.
A Educação do Campo no Brasil atual
A concepção de Educação do Campo
não se limita à dimensão pedagógica de
uma escola localizada no meio rural
(Distrito Federal, 2018). O conceito de
Educação do Campo emerge no início da
década de 1990 no bojo de movimentos
sociais pela reforma agrária no Brasil e
interpõe uma contraposição à noção de
Educação Rural centrada, principalmente,
no agronegócio e na exploração dos
recursos naturais (Cezar & Silva, 2016).
As características da vida no campo
devem ser contempladas no currículo
social da comunidade em que os alunos
campesinos estão inseridos. Ou seja, o
currículo educacional deve ser entendido
como “o conjunto de intenções que
permeia todo o ambiente escolar, bem
como as interações deste com a
comunidade ao seu entorno” (Nascimento
et al., 2019, p. 14).
Arroyo (2012) reflete que a
pedagogia não deve sofrer um processo
adaptativo ao campo, mas sim uma
reformulação pelo saber do campo. Uma
relação do campo e não ruralista expressa
um posicionamento de resistência e
mobilização social como diferenciador
primaz. Costa e Cabral (2016) avaliam que
os princípios diferenciadores da Educação
Rural e do Campo têm como origem o
pensamento latifundiário relativo à
Educação Rural; enquanto o outro surge
nas lutas sociais. Portanto, baseiam-se em
paradigmas opostos. Arroyo (2012)
descreve que a Educação do Campo
produz sujeitos com pensamento crítico e
político, por excelência.
Os coletivos sociais em suas
presenças nos movimentos sociais ou
nas escolas trazem Outras
Pedagogias. Vítimas de processos
históricos de
dominação/subalternização trazem
suas pedagogias de resistências.
Nessas ações coletivas por
libertação/emancipação se produzem
Outros Sujeitos políticos e de
políticas. Exigem reconhecimento,
constroem seus
autorreconhecimentos. Pressionam o
Estado por outro projeto de campo,
de cidade, de sociedade. (Arroyo,
2012, p. 14-15).
O sujeito, em uma educação
problematizadora e histórica, compreende
a necessidade de uma discussão reflexiva
sobre a economia instaurada em nossa
sociedade. Uma economia estática e
reprodutora em amplitude de
desigualdades e de empobrecimento do
planeta e da sociedade. A Educação do
Campo é traduzida como
Concepção político pedagógica,
voltada para dinamizar a ligação dos
seres humanos com a produção das
condições de existência social, na
relação com a terra e o meio ambiente,
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incorporando os povos e o espaço da
floresta, da pecuária, das minas, da
agricultura, os pesqueiros, caiçaras,
ribeirinhos, quilombolas, indígenas e
extrativistas (Brasil, 2001).
Nessa perspectiva, assim como a EC,
a Educação do Campo adota uma visão
sistêmica em que a relação do ser humano
com o meio ambiente está imbricada em
processos sócio-históricos que precisam
ser levados em consideração.
Entretanto, os dados relativos à
prática da Educação do Campo, presentes
no Educacenso do INEP de 2020 e
desenvolvidos por Molina e Freitas (2011),
apontam para um conjunto de dificuldades
históricas reticentes na educação:
problemas estruturais nas edificações
escolares, distância longeva entre
residências e grupos escolares; turmas
multisseriadas; professores
desqualificados; falta de material didático;
descontextualização com as realidades do
campo como evasão nos período de
colheita; falta de material didático e
atualmente acesso restrito ou inexistente à
internet.
É uma educação, que pelo seu
contexto, torna-se dialógica no processo de
inclusão/exclusão. Segundo Sawaia (2009),
é um jogo contraditório em uma ordem
social desigual pré-estabelecida e que
implica em um caráter ilusório da inclusão.
Incluídos de alguma forma, mas inseridos
em condições precarizadas e insuficientes.
Entretanto, o desejo de permanecer no
âmbito educacional, o acolhimento e as
relações humanizadas, contextualizadas e
reflexivas apontam o desejo de permanecer
e transformar. Dentro dessa dialética,
Sawaia (2009) relata também um sujeito
vulnerável e esperançoso diante da
economia vigente.
Em tempos de pandemia mundial e
em territórios de extrema vulnerabilidade,
a Educação do Campo necessita de
mudanças pungentes e a busca por novas
formas econômicas torna-se uma
necessidade primaz.
A EC no contexto da pandemia de
Covid-19
A Economia Circular emerge no bojo
das preocupações éticas e socioambientais
do mundo contemporâneo, em que a
pujança econômica também tem sido fonte
de inúmeros problemas societários, como a
degradação ambiental, a ampliação da
desigualdade social e a produção cíclica de
crises e catástrofes econômicas nacionais e
planetárias. No entanto, por se tratar de um
campo emergente, a produção e a
disseminação de conhecimento relativos às
operações gerenciais, ao processo de
tomada de decisão, ao design e
desenvolvimento de produtos, ainda são
insipientes e carecem de ferramentas que
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possibilitem maior capilaridade, sem,
contudo, perder a visão sistêmica tão cara à
circularidade dos recursos, produtos e
serviços deste novo paradigma de
produção (Jabour et al., 2019). Uma das
principais indagações neste campo consiste
na elucidação do “como” colocar em
prática e garantir perenidade e
prosperidade às organizações de Economia
Circular (Jabour et al., 2019).
De acordo com o Fórum Econômico
Mundial (WEF, 2020, p. 1) o mundo está
em uma encruzilhada histórica, que as
economias de todos os lugares tentam sair
de um hiato induzido pela COVID-19”.
Apesar do alto custo humano e econômico,
o isolamento social trouxe novas
referências para uma reconstrução de
forma inclusiva e responsável... Os
lockdowns ... proporcionaram um
vislumbre do que é possível em termos de
limitação da poluição(WEF, 2020, p. 1).
Além disso, o número de pessoas afetadas
pela pandemia deixou claro o que pode
acontecer quando os sistemas de saúde e as
redes de segurança social são
negligenciados (WEF, 2020, p. 1). Tal
cenário evidenciou o caráter sistêmico e
holístico da vida em sociedade e constante
interação com a natureza. A Figura 1
mostra como está se dando essa
redefinição da ordem mundial.
Figura 1 - A grande redefinição da ordem mundial.
Fonte: WEF (2020).
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A Figura 1
ii
mostra que na
perspectiva do WEF (2020), a grande
redefinição em curso no planeta passa pela
inter-relação entre sete dimensões:
planejamento da recuperação econômica;
redesenho dos contratos sociais,
habilidades e empregos, restauração da
integridade do meio ambiente;
desenvolvimento de modelos de negócios
sustentáveis; revitalização da cooperação
global; reforço do desenvolvimento
regional e desenvolvimento da quarta
revolução industrial. Cabe aos líderes dos
setores público e privado aproveitarem o
momento e ajudar a criar uma sociedade
mais equitativa e sustentável(WEF, 2020,
p. 1).
A EC reúne muitas características e,
por isso, está no centro desta grande
reinvenção da civilização. Mas, precisa
avançar muito, com destaque para o
trabalho digno, uma vez que as relações
de trabalho são balizadas por valores,
cultura e relações de poder que constituem
a base da institucionalização do trabalho
enquanto emprego” (Resende, 2019, p. 38).
Até o presente momento, a revisão de
literatura realizada neste estudo permitiu
constatar a necessidade de se desenvolver
uma visão de circularidade tanto da força
de trabalho quanto dos processos de gestão
dos recursos humanos. Nessa perspectiva,
a circularidade deveria contemplar todo o
ciclo da educação básica e da
profissionalização.
Face à acelerada inovação dos
processos produtivos, deve-se ainda criar
um sistema mais abrangente de
desenvolvimento de habilidades técnicas
(hard skills) e atitudinais (soft skills). O
atual cenário aponta para uma maior
necessidade de se desenvolver
competências socioemocionais, uma vez
que o que se espera dos indivíduos é que
eles sejam flexíveis, dotados de
autocontrole emocional, capazes de atuar
em múltiplas tarefas e de se adaptarem às
constantes mudanças (Resende, 2019).
Nessa perspectiva, a Educação Campesina
demanda novas características do sujeito
diante o mundo e sua economia vigente.
A partir da conjugação das
perspectivas conceituais da Goleman
(2012); Dweck, (2017) e da UNESCO
(2015) é possível sintetizar o conceito de
soft skills enquanto um conjunto de
competências (conhecimentos, habilidades
e atitudes) que designam as capacidades
adaptativa e colaborativa de um indivíduo
em relação ao meio onde se encontra
inserido. Para ser considerado maduro ou
proficiente em soft skills, é esperado,
portanto, que o indivíduo apresente
patamares elevados de autoconhecimento,
controle emocional, capacidade analítica e
assertividade, tanto na tomada de decisão
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quanto na ação ou na atitude que ele
assume diante das várias situações que
emergem no cotidiano de uma organização
ou no ambiente de trabalho.
Ao considerar o desenvolvimento das
soft skills como um processo permeado por
relações de aprendizagem, é importante
destacar o caráter relacional das soft skills,
em um contexto de mútua
afetação/transformação entre o indivíduo e
o meio/organização. Significa dizer que se
trata de um processo dialógico e circular.
Portanto, é preciso estar atento às
dimensões relativas à qualidade de vida e
às condições de trabalho, uma vez que tais
fatores interferem na produtividade, no
engajamento e no potencial do trabalhador
(Resende, 2019). Tais aspectos apontam
para a necessidade de se conjugar as
dimensões do cuidado/assistência e do
empoderamento.
Em um cenário de crise econômica,
as pessoas em situação de vulnerabilidade
devem desenvolver suas capacidades de
sobrevivência. Monteiro (2021) descreve
que a vulnerabilidade é uma ausência de
potência que inviabiliza condições de
desenvolvimento ou de reconhecimento de
si e do mundo. A condição de
vulnerabilidade inabilita uma perspectiva
de futuro aos grupos afetados. Uma
limitação das habilidades, de se interrogar
a si mesmos e ao mundo na medida em que
esse processo é, muitas vezes, permeado
por transformações de léxicos que
coincidem com transformações sociais,
políticas e psíquicas marcadas pela
imposição de regras e normas aos pobres e
excluídos, como condição de integração
social, política e econômica (Ribeiro &
Resende, 2017).
Atualmente, segundo Le Blanc
(2011), existem duas opções normativas
paradoxais para o enfrentamento da
vulnerabilidade e exclusão: cuidado de um
lado e empoderamento de outro. Essas
duas opções funcionam, majoritariamente,
a serviço da lógica neoliberal. Isso porque
o processo de cooptação do neoliberalismo
se expande também na disseminação dos
valores de mercado à política social, sob o
mote da inclusão. O grande desafio do
neoliberalismo hoje é fazer da política
social uma peça central do mercado
econômico, tornando controláveis os
indivíduos que antes não eram passíveis de
controle. Em ambos os casos, uma
culturalização do problema social (Le
Blanc, 2011).
Portanto, a eufemização do social
pela cultura empresarial exerce um poder
encobridor da realidade. O empoderamento
é moldado pelas exigências neoliberais do
cálculo do desempenho (da performance).
A vida, desde o nascimento até a morte,
funciona como uma empresa própria. O
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empoderamento exige a responsabilização
dos sujeitos administrados. Os indivíduos
não devem depender do Estado, mas deles
próprios (Le Blanc, 2011).
Esse apelo à responsabilidade
pressupõe uma filosofia do
empoderamento. o polo do cuidado
baseia-se no fato de que as vidas dependem
de assistência, que são consideradas
como excluídas do mercado e da
possibilidade de participar da cidade.
Operam sob a gica da doação,
instituindo-se uma administração dos
excluídos, a partir de procedimentos de
avaliação e controle. Os trabalhos sociais
cuidam de criar burocracia e de apagar a
voz dos excluídos (Le Blanc, 2011).
Le Blanc (2011) defende que a rede
de proteção dependa do entrelaçamento
entre cuidado e empoderamento de forma
libertária, como, por exemplo, propôs
Paulo Freire, citado pelo autor. É preciso
pensar um cuidado que remeta ao
empoderamento. Somente uma dimensão
nova do cuidado apoiado no
empoderamento pode contribuir para a
emergência de um polo crítico. Porém, faz-
se necessário garantir que cuidado e
empoderamento não rimem com
readaptação social ou ortopedia disfarçada.
É preciso ultrapassar o senso puramente
individual de empoderamento,
empoderando esferas coletivas, como os
sindicatos. Nessa perspectiva, a
consciência singular de exclusão deve, ao
mesmo tempo, ser uma consciência
coletiva. Paulo Freire propõe a libertação
da população oprimida por meio da
conscientização, conforme afirma Le Blanc
(2011), que acredita que o oprimido acolhe
o opressor na sua vida psíquica de tal
forma que não consegue dele se
desprender. O modo de vida do opressor é
cobiçado pelo oprimido, devido à
cooptação subjetiva que seu contexto
sócio-histórico lhe impôs.
O método da conscientização, nesse
caso, deve esclarecer essa cena mental
(ideal de eu identificado com o patrão
tirano), visando à libertação dos oprimidos,
a partir de seu próprio poder de agir, de
forma diferente da lógica hegemônica. Em
vez de interiorizar o julgamento do
opressor, ele deve construir o seu
julgamento. Mas, para isso, ele deve se
convencer de que é capaz de elaborar uma
saída possível, a partir de atitudes mentais
por meio das quais uma ação
transformadora seja possível. A
conscientização dos marginalizados e
oprimidos é condição para a restauração de
seu poder de agir. A responsabilização, por
sua vez, remete ao empoderamento das
vidas fragilizadas. Assim compreendido, o
empoderamento equivale a uma série de
recursos práticos e cognitivos que o sujeito
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precário ou mesmo excluído pode
empregar para enfrentar sua condição
social e exigir justiça. Nessa perspectiva,
empoderar os movimentos sociais
implicam transformar as relações de poder,
restaurando o poder de agir. Significa
admitir que existe um poder nas vidas tidas
como sem poder. Os excluídos são, eles
mesmos, agentes de resistência à exclusão
da qual são objeto. Tal metodologia
devolve o poder de agir, mas denuncia o
neoliberalismo, que abandona os
indivíduos e a sociedade às forças do
mercado (Ribeiro & Resende, 2017).
Em busca de uma economia que
pretende circular a Educação do Campo,
em função da sua história de luta e
questionamento do modelo econômico
hegemônico, percebe-se que ela é capaz de
traçar fundamentos primordiais relativos à
efetivação de uma nova visão necessária
para a mudança de modelo de produção, de
consumo e de relação de trabalho. A
mobilização social e a luta se caracterizam
como moventes nessa jornada. Quando
acrescidos de um constante
reposicionamento de habilidades técnicas e
atitudinais construídas em um coletivo e
repensadas continuamente, são passos
determinantes da Educação Campesina
articulada com o empoderamento de
processos e seu cuidado com a história e
movimentos. É uma busca não de
desenvolvimento nos parâmetros
capitalistas, mas de uma sustentabilidade
que incorpora novos saberes.
Ultimamente, um movimento
cada vez mais profundo e abrangente que
tem se dedicado a repensar a organização
social e a organização do trabalho.
Especialmente porque, apesar de todo o
progresso tecnológico e do aumento da
riqueza mundial, o atual cenário é crítico
no que se refere às questões ambientais, à
fome, à exclusão das minorias étnicas, de
gênero e das pessoas com deficiência. Mas,
qual é o principal problema quando uma
empresa, uma escola ou uma nação se
negam a ser inclusivos?
Hoje já se contabiliza mais de um
bilhão de pessoas que passam fome no
mundo (BBC News Brasil, 2010
iii
). Tal
fenômeno, em si, é um grande e
complexo problema. Corporações de
vanguarda, alguns governantes e
movimentos sociais descobriram que,
para se atingir o desenvolvimento
econômico almejado em escala global,
precisa-se dobrar o consumo de energia.
No entanto, dobrar a produção nos moldes
atuais, vai duplicar a exclusão social e
gerar um colapso ambiental em menos de
10 anos. Isso significa dizer que não há
outra saída, senão investir em eficiência
energética, de forma sustentável,
favorecendo a inclusão social.
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Nesse contexto, a Educação do
Campo apresenta um grande potencial de
contribuição para a EC, fomentando
soluções que vão mais profundamente na
causa e menos na consequência. Estas são
somente algumas das inúmeras
possibilidades de reinvenção da EC à
Educação Campesina. Entende-se ser
necessário trabalhar de forma sistêmica e
transdisciplinar a equalização das várias
dimensões presentes nas etapas formativas
da Educação do Campo, tais como: saúde,
segurança, qualidade de vida, direitos
humanos, sociais e trabalhistas,
diversidade, dentre outros.
Considerações finais
O tempo presente é marcado por
incertezas, em que o passado foi
ultrapassado e o futuro é indeterminado.
Nessa perspectiva, é importante mobilizar
a memória e a esperança para tentar
compreender o presente de forma
consciente e estrategicamente otimista.
(Ribeiro & Resende, 2017).
O contexto de crise da economia
sempre é acompanhado de desemprego.
Esse fenômeno de alijar os trabalhadores
de seus postos de trabalho ganha uma
conotação moral, segundo a qual os menos
capacitados não conseguem obter sucesso
diante da competitividade do mercado”
(Ribeiro & Resende, 2017).
Tais aspectos se fazem presentes na
identidade campesina sócio-territorial, na
medida em que atuam na constituição das
formas de pensar, sentir e agir dos
educandos e, portanto, devem ser levados
em consideração no processo de
compreensão e de fortalecimento das
resistências e lutas que permeiam os
territórios de produção e reprodução de
vida no campo (Esmeraldo et al., 2017).
A Economia Circular, dentro desse
contexto, mostra-se convergente e com
potencial para importar seus principais
aspectos à Educação Campesina,
perpassando por uma práxis econômica
centrada no ciclo da sustentabilidade, no
diálogo constante com a comunidade local,
na concepção sistêmica de processos, na
prolongação da vida útil dos bens e
recursos, em ciclos de restauração de valor,
eliminando resíduos e incorporando novos
processos.
Na Educação Campesina, esse
posicionamento pode afirmar-se enquanto
possibilidade de empoderamento, de
conscientização e de participação dos
processos educativos aplicados à
sociedade. A Educação no Campo, nos
seus constitutivos político e histórico,
negocia, cotidianamente, a produção com a
humanização e incentiva a coletividade à
participação responsável e empoderada de
seus integrantes para um desenvolvimento
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social nas perspectivas micro e
macrossociais.
Nessa perspectiva, uma Educação
Campesina circular pode funcionar como
um dispositivo de enfrentamento dos
desafios impostos pelo contexto
pandêmico, na medida em que possibilita a
restauração de valores, atualizando os
argumentos a respeito da transformação de
resíduos e incorporando novos processos
de reutilização de saberes em matéria
humana e produtiva para sustentabilidade.
A ideia central consiste em trazer os
conceitos da EC para os projetos
pedagógicos da Educação no Campo como
forma de atualizar os argumentos voltados
ao protagonismo e à emancipação dos
educandos, inovando as práticas de
articulação coletiva, por meio de instruções
para a ação sustentável no cotidiano da
comunidade, problematizando situações e
formas de pressão para a degradação
ambiental, de forma articulada às
experiências pessoal, coletiva ou a partir da
memória de um povo (a comunidade) e
engendrando novas formas de representar a
vida e produção campesina em uma lógica
cada vez mais circular e integrada.
Costa, Monteiro e Ribeiro (2019)
propõem que a educação para a Economia
Circular seja realizada a partir da
sensibilização e conscientização
pragmáticas focadas nos hábitos de vida e
na mudança de comportamento,
especialmente no que se refere às atitudes
cotidianas em relação ao uso água, à
valorização da biodiversidade, ao consumo
consciente e ao cuidado com a geração
resíduos como plástico e à reciclagem.
A mudança da economia linear para a
economia circular implica alterações
profundas na sociedade. Não basta,
de forma isolada e pontual, alterar
alguns hábitos de consumo,
promover a reciclagem e a eficiência
energética ou promulgar políticas
ambientais de resultados pouco
eficazes. É essencial mudar de forma
radical os comportamentos de todos e
de cada um, promovendo uma
educação para a sustentabilidade e
para a economia circular (Costa,
Monteiro & Ribeiro, 2019, s./p.).
Costa, Monteiro e Ribeiro (2019)
utilizaram o cálculo da pegada ecológica
para trabalhar a noção de sustentabilidade
e sensibilização de educadores para a
temática da EC. Tal estratégia pode ser útil
à avaliação do mindset de professores e
educandos no campo
iv
.
Outro fator importante na fase de
sensibilização é a visita a organizações ou
comunidades que migraram para o
modelo de EC. Segundo Costa, Monteiro e
Ribeiro (2019), o conhecimento in loco da
realidade, constitui uma motivação para a
participação e o engajamento do indivíduo
na experiência formativa em EC. A
participação em pequenos grupos também
é um fator motivacional que pode ser
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importante para uma melhor compreensão
e problematização da realidade local.
Além disso, o vínculo que se forma
nesse tipo de atividade grupal será
importante para as novas atitudes dos
profissionais no ambiente laboral futuro.
Por fim, tal estudo evidenciou a relevância
de se desenvolver atividades práticas para
além da mera transmissão de conhecimento
e informações. As experiências inovadoras
no âmbito da EC têm início com “uma
maior consciencialização para a adoção de
novos comportamentos e dessa forma
contribuir para a sua disseminação na sua
prática” profissional (Costa, Monteiro &
Ribeiro, 2019, p.10).
Nesse contexto, a Educação do
Campo deve continuar a favorecer a
conscientização. Primeiramente, é preciso
conscientizar-se de si e acerca de sua
existência em um determinado contexto
histórico, na tentativa de reconstruir o
passado enquanto ele está vivo no presente
e tem, portanto, implicações sobre o futuro.
Pode-se concluir que a EC, mais do
que um caminho, consiste em um jeito de
se caminhar que é convergente à proposta
da Educação do Campo, de tal forma que a
aprendizagem acontece de forma dialógica,
à medida que o ser humano descobre,
empiricamente, os benefícios da
sustentabilidade para a vida em
comunidade.
Nesse contexto, resistir significa
identificar e fazer eclodir os processos de
controle instaurados pelo capitalismo,
criticando os reducionismos da
subjetividade e oferecendo “brechas” para
se pensar diferente, para se inovar a práxis,
de maneira que seja possível a construção
(ou invenção) de linhas de fuga do regime
de produtividade e de consumo
hegemônico.
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O questionário em língua portuguesa se encontra
disponível de forma gratuita e eletrônica.
Recuperado de:
http://www.pegadaecologica.org.br/2019/pegada.ph
p
Informações do Artigo / Article Information
Recebido em : 31/03/2021
Aprovado em: 09/06/2021
Publicado em: 12/07/2021
Received on March 31th, 2021
Accepted on June 09th, 2021
Published on July, 12th, 2021
Contribuições no Artigo: Os autores foram os
responsáveis por todas as etapas e resultados da
pesquisa, a saber: elaboração, análise e interpretação dos
dados; escrita e revisão do conteúdo do manuscrito
e; aprovação da versão final publicada.
Author Contributions: The author were responsible for
the designing, delineating, analyzing and interpreting the
data, production of the manuscript, critical revision of the
content and approval of the final version published.
Conflitos de Interesse: Os autores declararam não haver
nenhum conflito de interesse referente a este artigo.
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Artigo avaliado por pares.
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Não tem.
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Resende, C. C., & Monteiro, J. A. T. (2021). Por uma
Educação Circular: transição sustentável no contexto
pandêmico. Rev. Bras. Educ. Camp., 6, e11927.
http://dx.doi.org/10.20873/uft.rbec.e11927
ABNT
RESENDE, C. C.; MONTEIRO, J. A. T. Por uma Educação
Circular: transição sustentável no contexto pandêmico.
Rev. Bras. Educ. Camp., Tocantinópolis, v. 6, e11927,
2021. http://dx.doi.org/10.20873/uft.rbec.e11927