Revista Brasileira de Educação do Campo
Brazilian Journal of Rural Education
EDITORIAL
DOI: http://dx.doi.org/10.20873/uft.rbec.e12605
Tocantinópolis/Brasil
v. 6
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ISSN: 2525-4863
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Educação em contextos rurais e a Psicologia Rural:
encontros latinoamericanos
Luiz Paulo Ribeiro
1
, Rodrigo Rojas-Andrade
2
, Alejandra Olivera-Méndez
3
1
Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG. Departamento de Ciências Aplicadas à Educação Faculdade de Educação.
Av. Antônio Carlos, 6627 - Pampulha - Belo Horizonte - MG. Belo Horizonte - MG. Brasil.
2
Universidad Academia de
Humanismo Cristiano, Chile.
3
Colegio de Posgraduados, México.
Autor para correspondência/Author for correspondence: luizpr@ufmg.br
A psicologia é composta por perspectivas científicas e diversas práticas profissionais
que têm problematizado a vida humana em seus diferentes contextos de desenvolvimento. No
início, a psicologia obteve seu status científico apenas por meio de métodos experimentais, no
entanto, a validação dos métodos clínicos como forma de produzir conhecimento permitiu o
desenvolvimento de novas metodologias baseadas na prática, observação e conversação, o que
possibilitou aos psicólogos e psicólogas se inserirem em diferentes áreas produtivas e setores
públicos, promovendo o direcionamento de uma profissão focada em fenômenos psi, modos
de subjetivação e saúde mental.
Dessa forma, os objetos de estudo da psicologia emergiram da relação entre os sujeitos,
o mundo ocidental moderno e a urbanidade, impondo uma visão do ser humano que nem
sempre se conforma com todas as realidades culturais, particularmente aquelas que estão
agrupadas sob o rótulo do rural, caracterizada por uma forte relação com o território, ciclos
naturais e identidades, que, mesmo com as diferenças, geralmente também pensadas a partir
de padrões urbanos.
Nesse processo histórico de aproximação das demandas dos povos da América Latina, a
psicologia rompeu com sua prática clínico-urbana e abordou outros contextos, atingindo
aglomerações urbanas, favelas, movimentos sociais e sindicais. De alguma forma ela
transformou o que era paisagem em um contexto de ação (Gonçalves-Filho, 1998). Assim,
uma psicologia sensível aos contextos rurais não só deve assumir distâncias físicas e a
restrição dos serviços como dimensão a ser resolvida com a incorporação de novas
tecnologias de informação, mas também deve assumir o desafio de repensar os objetos de
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estudo, teorias e suas práticas a partir dos problemas específicos decorrentes da manutenção,
reprodução e transformação de comunidades que se identificam como rurais.
Na América Latina, o projeto de uma psicologia rural faz parte de uma proposta mais
ampla para o desenvolvimento das ciências psicológicas que se identifica fortemente com o
conceito da comunidade para enfatizar a importância da participação, da democracia e da
justiça na produção de conhecimentos e processos de transformação social, o que alivia o
componente ético e político às clássicas propostas paradigmáticas da ciência, que geralmente
enfatizam apenas os elementos ontológicos, epistemológicos e metodológicos.
Assim, mesmo com diferentes marcos de regulação profissional, a psicologia na
América Latina foi constituída e atingiu contextos específicos desse território. Ressaltamos
que, embora o território rural seja tratado como único, devido a diferentes processos de
colonização, geografia, conflitos e povos nativos, revela um amplo e múltiplo campo de ação:
diferentes sujeitos, lugares, línguas e relações sociais. Justamente por ser diferente, a
psicologia tem se espalhado de várias formas no continente e, principalmente no campo
social, proporciona uma nova forma de ver sujeitos e sociedades: uma psicologia social
latino-americana, com temas reais e concretos erguidos sob colonização (Lane, 1986; Guzzo
& Lacerda-Júnior, 2009).
Um dos temas centrais do estudo da psicologia rural é a educação, pois através dela é
que as ideologias dominantes são reproduzidas e os cidadãos são formados a partir da gica
dos estados modernos. Por isso, não é coincidência que as escolas tenham sido os primeiros
locais de reflexão da psicologia rural, tanto nos Estados Unidos com George Kelly quanto nas
Américas com Paulo Freire, ambos chegando à conclusão de que é neste espaço onde a vida
comunitária ocorre e onde os processos de transformação e lutas pelo reconhecimento devem
começar.
A psicologia educacional é geralmente definida como a aplicação do conhecimento
psicológico aos processos de ensino-aprendizagem e contextos organizacionais onde ocorrem.
Este aplicativo busca a otimização ou aperfeiçoamento da educação, entendida como uma
forma de reprodução cultural de atitudes, habilidades e conhecimentos. Assim, o papel dos
profissionais de psicologia educacional é reparar, nivelar e pivotar esses elementos da cadeia
produtiva educacional que restringem o bom funcionamento do sistema.
O diagnóstico e abordagem das necessidades educacionais especiais, a melhoria da
convivência escolar, o aprimoramento dos processos de saúde mental e bem-estar da
comunidade educacional, o aconselhamento psicológico e a mediação/orientação escolar são
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funções comuns na prática da psicologia educacional urbana. No entanto, nas escolas rurais,
esses papéis se tensionam, se restringem ou se ampliam dependendo das concepções
particulares de educação, comunidade e progressos existentes nos territórios, que podem ou
não entrar em contradição ou não, com os quadros mais gerais da política educacional.
A partir das produções dos Congressos Latino-Americanos sobre Psicologia Rural,
podemos ter acesso ao que tem sido produzido sobre as práticas de psicólogos e psicólogos na
educação em contextos rurais. O I Congresso foi realizado em 2013 em Posadas, Misiones,
Argentina, no qual houve uma oficina sobre o tema, dentro da qual espaços de trabalho
diferenciados foram gerados sobre povos nativos, educação, psicologia ambiental e
ruralidade. Neste congresso foram apresentadas quatro mesas temáticas, nas quais foram
apresentados 16 trabalhos sobre Educação em Contextos Rurais.
Esses trabalhos, de diferentes países da América Latina, com diferentes percepções e
intervenções em fenômenos educacionais, desde o primeiro congresso, registraram a
diversidade de possibilidades de atuação na correlação Psicologia, Educação e Ruralidades, na
educação formal ou não, com alunos e professores, em diferentes veis educacionais.
Citamos os trabalhos de Salinas e Rebolé (2013), Herrera, Sánchez y Navarro (2013) e Silva
(2013) sobre questões de temas rurais e o papel dos profissionais de psicologia na Argentina,
Bachmann (2013) na educação no Chile e, finalmente, no trabalho de Moreira (2013) no
contexto brasileiro.
O II Congresso Latino-Americano de Psicologia Rural foi realizado em 2016, em
Seropédica, Estado do Rio de Janeiro, Brasil. Neste, foi realizada a divisão de áreas temáticas
e a área de educação em contextos rurais foi denominada 'Educação do Campo' e foi
coordenada por Daniela Andrea Vera Bachmann, do Chile, e Ana Paula Soares Silva, do
Brasil. Essa área temática teve como objetivo articular trabalhos que discutissem como a
educação vem sendo realizada nas áreas rurais da América Latina e os possíveis diálogos da
psicologia e da educação do campo, com foco em formas de subjetivo e processos de ensino-
aprendizagem (formais e não formais) gerados nos territórios rurais. Neste evento foram
realizadas 8 sessões para discutir atividades na área de Educação de Campo e Psicologia, nas
quais foram apresentados 37 trabalhos, sendo 30 desenvolvidos no Brasil e 7 em outros países
da América Latina.
Mais uma vez, constatamos que na correlação entre Psicologia, Educação e Ruralidade
há uma variedade de temas (modelos de aprendizagem, formação, ensino técnico, etc.),
pessoas (estudantes, professores, universitários) e premissas em que a psicologia foi utilizada
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como ferramenta de pesquisa, intervenção ou análise. Dada a multiplicidade de obras,
mencionamos apenas algumas delas, como é o caso de Leiton (2016) sobre a formação
agroecológica da juventude rural na Colômbia, o trabalho de Andruchovicz, Cano, Duarte &
Fernández (2016) sobre a evasão escolar em áreas rurais da Argentina e o trabalho de Pereira
(2016), do Brasil, com um projeto de intervenção narrativa nas escolas rurais.
Três anos depois, em setembro de 2019, na cidade de Bogotá, Colômbia, foi realizado o
III Congresso Latino-Americano de Psicologia Rural. Através do arquivo da convocatória ao
congresso é possível ver que a área de estudo mudou seu nome para "educação em contextos
rurais". Essa mudança ocorreu na tentativa de abranger as diferentes formas de visualizar e
entender o rural na América Latina que não inclui apenas o contexto que chamaríamos de
campo, mas também outros como desertos, montanhas, baías, selvas, florestas, montanhas ou
terras altas andinas.
Além disso, falar sobre "educação em contextos rurais" é uma tentativa de acolher mais
práticas, sem restringir as pessoas, que na região elas podem ser chamadas de diferentes
formas (camponeses, nativos, povos das águas, do deserto, camponeses, agricultores
familiares, etc.). Assim, através das memórias do congresso, pode-se ver que quatro sessões
foram apresentadas para a apresentação de trabalhos sobre o tema educação em contextos
rurais originários de diferentes países da América Latina. Nesta edição do evento, ficamos
impressionados com as obras originárias do Brasil, sobre a educação do campo e nas escolas
rurais afetadas pelo rompimento de barragens de mineração (Hunziker, Ribeiro, & Antunes-
Rocha, 2019), do Chile (sobre saúde mental escolar), do México (sobre escolas de povos
indígenas), da Colômbia (sobre o papel da escola rural na soberania alimentar e no projeto de
vida), entre outros países da América Latina. Além disso, foi feita a apresentação do curso de
especialização em educação em contextos rurais promovido pela Uniagraria (sede do evento)
e uma Mesa Nacional de Educação Rural Capítulo Cundinamarca (atividade aberta). Por
meio dessa pequena amostra do que foi produzido e apresentado nos Congressos Latino-
Americanos de Psicologia Rural, é evidente a necessidade de continuar reconhecendo o que
está sendo feito e como os profissionais da psicologia estão atuando nos contextos
educacionais nos territórios rurais e/ou camponeses da América Latina.
Esta edição especial da Revista Brasileira de Educação do Campo faz parte de um
esforço para compartilhar experiências e disseminar essas e outras questões que levaram à
criação da Rede Latino-Americana de Psicologia Rural. Neste dossiê, 13 artigos e três
entrevistas. As contribuições são principalmente de autores brasileiros, embora também
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sejam apresentadas obras de experiências no México, Argentina e Colômbia. Constatamos
que os artigos se concentram em diferentes processos educativos, tanto na educação formal
quanto na não formal. A metodologia predominante nos artigos é a narrativa do rural, com o
uso de diferentes métodos como entrevistas, questionários, observação e diários de campo. No
entanto, há também trabalhos com métodos de aprendizagem participativos e colaborativos.
Alguns artigos enfatizam a necessidade de reconhecer as particularidades dos contextos
rurais e o tipo de educação que se desenvolve neles, o que nos convida não a repensar
práticas, mas especialmente as referências teóricas. Por exemplo, Antunes-Rocha e Santos
(Brasil), por meio de uma revisão bibliográfica, mostram que o conhecimento psicológico é
adaptado, criado e recriado no encontro com a realidade rural, ampliando a compreensão do
fenômeno psicológico e produzindo novas ferramentas metodológicas, como representações
sociais em movimento.
Essa necessidade de reconhecimento da especificidade na produção de saberes e
práticas aparece nos múltiplos atores que compõem a comunidade educacional rural. Em
relação aos professores, Sampaio Cunha e colaboradores (Brasil) em suas pesquisas
constatam que conhecimentos e habilidades específicas estão sendo desenvolvidas para
abordar a dinâmica sociopolítica da vida camponesa, diferente das necessárias para
desenvolver a pedagogia nas escolas rurais, que está consolidando uma identidade do
professor rural que merece ser reconhecida e validada. Quanto aos estudantes, Cortés
Moncada e colaboradores (Colômbia-Argentina) relatam que, quando são levantados
processos psicossociais comunitários que exploram vozes e desejos, surge a necessidade de
reconhecimento na chave de exigir o direito à igualdade nas condições de progresso e
inclusão social.
Além disso, a partir dos autores desta edição especial, parece que "o rural" não é apenas
um contexto diferente ou oposto ao urbano, mas representa um projeto político em si que se
reflete em um paradigma de desenvolvimento humano que precisa ser reconhecido e validado
como tal. Para alcançar esse reconhecimento, os autores propõem diversas estratégias, entre as
quais destacam-se as práticas artísticas que para Carvalho (Brasil) têm potencial para
transformar a educação e fortalecer as identidades rurais, e as práticas narrativas que, a partir
da pesquisa com cooperativas rurais, Martín e colaboradores (Argentina) destacam seu valor
na construção de significados e inovação educacional.
No entanto, a educação formal é apenas uma borda dos processos educativos que geram
dentro do paradigma do desenvolvimento rural, pois nesta, a aprendizagem é gerada
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particularmente na interação cotidiana entre as pessoas, a comunidade e a natureza. Ou seja,
nessa educação que é reconhecida como não formal e que aparece como um complemento ou
alternativa a esse sujeito ao currículo hegemônico. Nessa área, o texto de Alves Pinto e
Sant'Ana (Brasil) mostram que os alunos do ensino médio confiam e são positivos em seu
processo de escolaridade. Por sua vez, o artigo de Gomes (Brasil), apresenta a participação
das mulheres na construção de incentivos em trajetórias no ensino superior. O contexto
analisado foi um curso de formação de professores para atuar em escolas rurais e a autora
questiona as questões de gênero que permeiam as experiências das mulheres camponesas,
suas lutas e escolhas, bem como seu lugar em suas próprias trajetórias de vida.
No campo da educação não formal no contexto rural, são apresentados artigos sobre os
benefícios do uso de abordagens de psicologia social nos processos de aprendizagem
comunitária. O artigo de Velôso et al. (Brasil) faz uso do método Teatro do Oprimido para
promover a participação e o questionamento da realidade na Paraíba, Brasil. Pável de Oliveira
et al. (Brasil) nos mostram como diversas estratégias de intervenção psicossocial no contexto
da educação de jovens e adultos podem ajudar a fortalecer a identidade individual e
comunitária no assentamento Denis Gonçalves, Brasil.
Experiências do impacto dos processos educativos também são compartilhadas com
crianças e adolescentes. Santos e Carvalho (Brasil) utilizaram o método de produções
narrativas e pedagogia de alternância para analisar a importância da educação contextualizada
e projetos profissionais de jovens em uma Escola Família Agrícola de Minas Gerais, Brasil.
Da mesma forma, Sánchez, Meza e Águila (México) compartilham sua experiência dos
impactos sobre as trajetórias biográficas dos participantes durante o projeto de trabalho com
crianças e jovens em Jalisco, México.
Ramos Gamas et al. (México) se concentraram em estudar as motivações dos
agricultores de Tabasco, no México, para mudar para o manejo agroecológico do cacau, com
base na pirâmide de necessidades de Maslow, bem como as limitações que existem para fazer
essa mudança na produção. Também a partir de uma proposta de análise teórica, o texto de
Monteiro e Resende (Brasil) traz o modelo de Economia Circular para enfrentar a pandemia
Covid-19, promover a educação em contextos rurais, buscando superar os conflitos e
desigualdades existentes no campo brasileiro.
Ao final, esta edição especial traz três entrevistas com profissionais da psicologia que
contribuem significativamente para avanços teóricos, práticos e epistemológicos nos
ambientes rurais latino-americanos. Assim, Carlos Arango-Cálad, proporcionando a
Ribeiro, L. P., Rojas-Andrade, R., & Olivera-Méndez, A. (2021). Educação em contextos rurais e a Psicologia Rural: encontros latinoamericanos
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contextualização e a história da formação de psicólogos na Colômbia, foi entrevistado por
Olivera-Méndez. Carmen Álvares Ávila, entrevistada por Pimentel, traz a experiência do
movimento educacional feminino que vai da agroecologia à psicologia rural no México. E,
Maria Isabel Antunes-Rocha, foi entrevistada por Ribeiro, falando sobre sua carreira e a
construção de cursos de formação de professores para atuar em escolas rurais brasileiras.
Essas três entrevistas demonstram as possibilidades de trabalho dos profissionais de
psicologia e a multiplicidade de possíveis inserções dentro/com/de contextos educacionais e
rurais.
Chegamos a esta edição ainda destacando a necessidade de disseminar as práticas e
problemas enfrentados pelos profissionais da psicologia na educação nos contextos rurais.
Essa disseminação, além de trazer dificuldades e ganhos para a tela, acaba tornando visíveis
áreas de atuação para futuros profissionais da psicologia e conscientizando sobre as
desigualdades sociais, sobre os campos que precisam de ação e produzindo outras referências
para o nosso trabalho e nossa ciência em Nossa América. Assim, encerramos esta
apresentação esperando que o contato da abordagem da psicologia rural com a educação em
contextos rurais na América Latina seja uma inspiração para todos, todas e todes que nos
lêem.
Boa leitura!
Rede Latino-Americana de Psicologia Rural.
Referências
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Informação do Editorial / Editorial Information
Recebido em: 02/07/2021
Aprovado em: 05/07/2021
Publicado em: 12/07/2021
Received on July 02th, 2021
Accepted on July 05th, 2021
Published on July, 12th, 2021
Conflitos de Intereses: Os autores declararam que não existem conflitos de intereses a respeito deste Editorial.
Conflict of Interest: None reported.
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Ribeiro, L. P., Rojas-Andrade, R., & Olivera-Méndez, A. (2021). Educação em contextos rurais e a Psicologia Rural: encontros latinoamericanos
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APA
Ribeiro, L. P., Rojas-Andrade, R., & Olivera-Méndez, A. (2021). Educação em contextos rurais e a Psicologia Rural: encontros
latinoamericanos. Rev. Bras. Educ. Camp., 6, e12605. http://dx.doi.org/10.20873/uft.rbec.e12605
ABNT
RIBEIRO, L. P.; ROJAS-ANDRADE, R.; OLIVERA-MÉNDEZ, A. Educação em contextos rurais e a Psicologia Rural: encontros
latinoamericanos. Rev. Bras. Educ. Camp., Tocantinópolis, v. 6, e12605, 2021. http://dx.doi.org/10.20873/uft.rbec.e12605