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Assentamento Lagoa do Mineiro, em Itarema; a Escola João dos Santos Oliveira no
Assentamento 25 de maio, em Madalena; a Escola Florestan Fernandes no Assentamento
Santana, em Monsenhor Tabosa, e, a Escola Maria Nazaré de Sousa no Assentamento
Maceió, em Itapipoca.
No mesmo ano o governo do Estado do Ceará designou, na Secretaria de Educação do
Estado (Seduc), uma equipe para tratar das ações da política de Educação do Campo. Em
2011, após passar por uma reestruturação, criou-se a Coordenadoria de Desenvolvimento da
Escola e da Aprendizagem (Codea) que fazia parte do Setor de Diversidade e Inclusão
Educacional da Seduc. Após nova reestruturação, a então denominada Codea passa a
denominar-se Coordenadoria de Diversidade e Inclusão (Codin), e a equipe de Educação do
Campo passa a fazer parte da Célula de Educação do Campo, Indígena, Quilombola e para as
Relações Étnico-raciais (Ceciq). Estabelece-se assim uma parceria contínua do MST com a
equipe de Educação do Campo da Seduc.
Há hoje, no Ceará, dez escolas do campo de ensino médio em áreas de assentamento da
reforma agrária. São elas:
1. EEM Francisco de Araújo Barros, Assentamento Lagoa do Mineiro, em
Itarema;
2. EEM João dos Santos Oliveira (João Sem Terra), Assentamento 25 de Maio,
em Madalena;
3. EEM Florestan Fernandes, Assentamento Santana, em Monsenhor Tabosa;
4. EEM Maria Nazaré de Sousa (Nazaré Flor), Assentamento Maceió, em
Itapipoca;
5. EEM Padre José Augusto Régis Alves, Assentamento Pedra e Sal, em
Jaguaretama;
6. EEM Filha da Luta Patativa do Assaré, Assentamento Santana da Cal, em
Canindé;
7. EEM Fideles de Moura, Assentamento Bonfim Conceição, em Santana do
Acaraú;
8. EEM Francisca Pinto, Assentamento Antônio Conselheiro, em Ocara;
9. EEM Paulo Freire, Assentamento Salão, em Mombaça;
10. EEM Irmã Tereza Cristina, Assentamento Nova Canaã, em Quixeramobim. (Victor,
Lopes & Lima, 2020, p. 41).
Foco do estudo aqui apresentado, a Escola do Campo Filha da Luta Patativa do Assaré,
inaugurada em 2017, está localizada no Assentamento Santana da Cal, no distrito de Bonito, e
nasceu da luta pela terra no município de Canindé, no Ceará3. Essa luta data de muitos anos
antes do surgimento da escola, mais especificamente no ano de 1971 quando camponeses por
meio de organizações populares como a Comissão Pastoral da Terra (CPT), o Sindicato dos
Trabalhadores Rurais (STR) e o MST, decidem se libertar das correntes opressoras e