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Educação precedidas das etapas
municipais, distrital e estaduais, além de
subsidiar a elaboração do novo plano
nacional de educação para a década
seguinte, conforme Art. 6º, § 1°, Inciso I e
II e III, da mesma Lei.
As Conferências, por sua vez, são
definidas como um mecanismo/espaço
social de debate sobre a educação
brasileira que articula diferentes sujeitos e
instituições, da sociedade civil e dos
governos, para estruturar um projeto
nacional de educação e uma Política de
Estado. Por definição legal, as
Conferências têm como objetivo principal
a avaliação da execução do Plano Nacional
de Educação (PNE), e o subsídio para a
elaboração do Plano Nacional de Educação
para a década seguinte. Trata-se de uma
instância periódica de debate, formulação e
avaliação das políticas educacionais, que
mobiliza representantes da sociedade
política e da sociedade civil para
elaboração das diretrizes e garantia de
materialização de ações concretas no
campo educacional.
Dourado e Araújo (2018) afirmam:
… É, ao nosso juízo, um espaço-
tempo para “educar o consenso”. De
forma clara, tais esferas -
conferências e Fórum - vêm
colaborar para a articulação de
segmentos e grupos sociais na luta
em defesa da educação pública e
visam, em última análise, à
ampliação da participação de
organismos da “sociedade civil”,
afirmando objetivos, estratégias,
direitos e agendas no campo
educacional. (Dourado & Araújo,
2018, p. 211).
A partir de meados dos anos de 2015
acirraram-se o processo de luta de classes
no país. De um lado, as forças
conservadoras se unificaram para a
derrubada do governo democraticamente
eleito, e, de outro, unificaram-se as forças
populares com o intuito de impedir o
golpe institucional. Nesse contexto,
conforme afirma Carvalho (2019):
As forças conservadoras através de
seus partidos, as mídias empresariais,
o setor agrário, empresarial,
financeiro e comercial como também
o poder judiciário, incluindo a corte
máxima, o Supremo Tribunal Federal
- STF, aprovaram a destituição da
Presidente eleita Dilma Rousseff,
subtraindo a democracia e os avanços
sociais de nosso país. Com a
interrupção através do impeachment
do governo da Presidente Dilma
Rousseff, de forma ilegítima, o
governo de Michel Temer passou a
destituir todas as políticas de
participação popular e social, entre
elas também a destituição dos
membros legítimos do FNE
(Carvalho, 2019, p. 15).
Considerando, como afirma Freire
(1991) que “a educação é um ato político”,
as pautas educacionais retrocedem no
campo das lutas populares por uma
educação pública, com qualidade
socialmente referenciada, fundamentada no
princípio da gestão democrática, refletindo