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Revista Brasileira de Educação do Campo
Brazilian Journal of Rural Education
ARTIGO/ARTICLE/ARTÍCULO
DOI: http://dx.doi.org/10.20873/uft.rbec.e13973
Propostas didáticas em aquicultura para o currículo da
educação do campo na região amazônica
Izabel Cristina Miranda1, Ivaney dos Santos Cardoso2, Jéssica Paloma Pinheiro da Silva3, Débora Tatyane
Oliveira Xavier4, Ana Célia Barbosa Guedes5, Luã Caldas de Oliveira6, Regiara Croelhas Modesto7, Cássio
Eduardo Flexa8, Vanilda de Magalhães Martins Vasconcelos9, Fabrício Nilo Lima da Silva10
1, 2, 8, 9, 10 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará - IFPA, Campus Vigia. Departamento de Ensino.
Rodovia PA-140, Km 55, São Cristóvão. Vigia de Nazaré - PA. Brasil. 3 Universidade Federal Rural do Semi-Árido - UFERSA.
4Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE. 5 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará –
IFPA, Campus Breves. 6, 7 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará – IFPA, Campus Castanhal.
Autor para correspondência: izabelmarajo2018@outlook.com
RESUMO. A adoção de práticas pedagógicas inovadoras é uma
tendência que tem gerado novos produtos educativos, ainda que
em um contexto pandêmico. Metodologias didáticas alternativas
têm proporcionado ao estudante novas formas de aprender
durante o ensino presencial, híbrido ou remoto. O objetivo deste
estudo foi produzir ferramentas didáticas em aquicultura como
proposta ao currículo da Educação do Campo (EC). Seis
produtos aquícolas foram construídos, em forma de miniaturas,
na perspectiva de utilização em aulas práticas dos componentes
curriculares de biologia, física, química e matemática: i)
aquaponia; ii) disco de Secchi; iii) ictiômetro; iv) puçá; v)
tanques-rede e; vi) rede de despesca. A recomendação foi para
serem utilizados de forma integrada, transversal, interdisciplinar
e multidisciplinar no ensino fundamental (anos finais). Tais
ferramentas foram de fundamental importância para integrar
conhecimentos a partir do saber local, onde a aquicultura se faz
presente em componentes curriculares. Esses, podem ser
trabalhados de forma integrada à Educação Ambiental (EA).
Portanto, incentivar a aquicultura de forma lúdica na escola do
campo, é valorizar o estudante como sujeito do processo de
construção do conhecimento. Em conclusão, as ferramentas
construídas demonstraram resultados positivos, apresentando-se
como alternativas no processo de ensino-aprendizagem.
Palavras-chave: docência, práticas contextualizadas,
interdisciplinaridade, aquaponia.
Miranda, I. C., Cardoso, I. S., Silva, J. P. P., Xavier, D. T. O., Guedes, A. C. B., Oliveira, L. C., & ... Silva, F. N. L. (2023). Propostas didáticas em
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Didactic proposals in aquaculture for the rural education
curriculum in the Amazon region
ABSTRACT. The adoption of innovative pedagogical practices
is a trend that has generated new educational products, even in a
pandemic context. Alternative teaching methodologies have
provided students with new ways of learning during face-to-
face, hybrid or remote teaching. The objective of this study was
to produce didactic tools in aquaculture as a proposal for the
Rural Education (CE) curriculum. Six aquaculture products
were built, in the form of miniatures, with a view to using the
curricular components of biology, physics, chemistry and
mathematics in practical classes: i) aquaponics; ii) Secchi disk;
iii) ichthyometer; iv) net; v) net tank and; vi) fishing net. The
recommendation was to use them in an integrated, transversal,
interdisciplinary and multidisciplinary way in elementary school
(final years). Such tools were of fundamental importance to
integrate knowledge from local knowledge, where aquaculture is
present in curricular components. These can be worked in an
integrated way to Environmental Education (EA). Therefore,
encouraging aquaculture in a playful way in rural schools means
valuing the student as a subject in the process of building
knowledge. In conclusion, the built tools showed positive
results, presenting themselves as alternatives in the teaching-
learning process.
Keywords: teaching, contextualized practices,
interdisciplinarity, aquaponics.
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Propuestas didácticas en acuicultura para el currículo de
educación rural en la región amazónica
RESUMEN. La adopción de prácticas pedagógicas innovadoras
es una tendencia que ha generado nuevos productos educativos,
incluso en un contexto de pandemia. Las metodologías de
enseñanza alternativas han proporcionado a los estudiantes
nuevas formas de aprender durante la enseñanza presencial,
híbrida o remota. El objetivo de este estudio fue producir
herramientas didácticas en acuicultura como propuesta para el
currículo de Educación Rural (EC). Se construyeron seis
productos acuícolas, en forma de miniaturas, con miras a utilizar
los componentes curriculares de biología, física, química y
matemáticas en las clases prácticas: i) acuaponía; ii) disco
Secchi; iii) ictiómetro; iv) red; v) tanque de red y; vi) red de
pesca. La recomendación fue utilizarlos de forma integrada,
transversal, interdisciplinar y multidisciplinar en primaria
(últimos años). Dichas herramientas fueron de fundamental
importancia para integrar saberes provenientes del saber local,
donde la acuicultura está presente en los componentes
curriculares. Estos pueden ser trabajados de manera integrada a
la Educación Ambiental (EA). Por lo tanto, fomentar la
acuicultura de forma lúdica en las escuelas rurales significa
valorar al alumno como sujeto en proceso de construcción del
conocimiento. En conclusión, las herramientas construidas
mostraron resultados positivos, presentándose como alternativas
en el proceso de enseñanza-aprendizaje.
Palabras clave: enseñando, prácticas contextualizadas,
interdisciplinariedad, acuaponia.
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Introdução
A Amazônia brasileira apresenta grande potencial para o desenvolvimento da
aquicultura (Silva et al., 2023). Essa potencialidade está relacionada à disponibilidade de
recursos hídricos, clima favorável, espécies com excelente desempenho zootécnico, mão de
obra e condições geográfica, sendo estes os fatores essenciais para o crescimento da atividade
(Igarashi, 2021).
A aquicultura se destaca na produção de organismos com habitat predominantemente
aquático. Assim, pode-se considerar a piscicultura, a carcinicultura, a quelonicultura, a
ranicultura, a malacocultura, a algicultura, dentre outros ramos aquícolas. Nos
empreendimentos da agricultura familiar, a aquicultura nem sempre é uma atividade
prioritária, mas é importante como fonte complementar de renda. Neste contexto, a atividade
aquícola torna-se uma possibilidade estratégica de produção de alimentos, contribuindo na
geração de postos de ocupação e renda, na redução da pobreza e da fome, e na melhoria na
qualidade de vida dos produtores rurais (Siqueira, 2018).
No entanto, entre outros fatores, a falta de assistência técnica tem dificultado o
desenvolvimento da aquicultura na Amazônia. Assim, torna-se necessário buscar alternativas
que qualifique os agricultores familiares. Neste sentido, esses atores sociais, que são
estudantes ou possuem filhos(as) estudantes das escolas do/no campo, apresentam grande
perspectiva de valorar a aquicultura por meio dos componentes curriculares, além de
oportunizá-los entenderem suas disciplinas de forma contextualizada, a partir do local
(Cardoso & Silva, 2022).
Acredita-se que o caminho para o desenvolvimento da aquicultura deve passar, em
primeiro lugar, pela educação (Mendonça et al., 2021). Segundo Mezzaroba e Carriquiriborde
(2020), a união entre teoria e prática, representa a quebra de paradigmas educacionais, uma
vez que, propõe uma nova visão sobre o ensino, na qual traz a vivência como algo essencial
no aprendizado, ou seja, teoria e prática, com um olhar para uma educação que problematize a
realidade. Por essa razão, a aquicultura integrada com diversas disciplinas, e por meio da
Educação Ambiental (EA) se faz necessária na escola (Silva & Silva, 2020; Ramirez et al.,
2022).
A EA corrobora com os princípios da Educação do Campo (EC) (Hage & Corrêa, 2019;
Mora et al., 2020; Cardoso et al., 2021). Ambas, possuem marcos legais que visam o
desenvolvimento de uma sociedade justa e responsável (Sobral, 2018). No processo
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educativo, fornecem condições para ações modificadoras e simultâneas aos indivíduos e
grupos sociais.
Ao trabalhar a EA em uma região como a Amazônia, por exemplo, se faz necessário
valorizar os conhecimentos dos estudantes em sala de aula. Assim, incentivar os mesmos a
conhecer o lado científico do tema, facilitando, desse modo, o processo de ensino-
aprendizagem (Oliveira et al., 2019). Dentro desse contexto, tem-se a possibilidade para
resolução de problemas, principalmente dentro da ótica sustentável, trazendo possibilidades
viáveis ao ensino.
Diante desta perspectiva, a aquicultura e EA podem ser aplicadas na EC por meio do
currículo. Tal atividade contribui para o desenvolvimento rural e escolar, possibilita o retorno
econômico aos produtores, colaborando para a geração de emprego e otimização dos recursos
naturais existentes. Por outro lado, muitas escolas rurais não trabalham esses temas por falta
de materiais pedagógicos, não possuírem cursos em aquicultura implementados, assim como
ementas específicas.
Uma alternativa viável seria desenvolver ferramentas pedagógicas que auxiliem
docentes na execução desses componentes curriculares. Nesta perspectiva, a técnica de
incentivar a aquicultura com a EA na EC, é de extrema importância. Uma vez que conversa
com a realidade dos docentes e estudantes atuantes da EC, bem como traçar metodologias que
possam melhorar a EA local (Vaske-Júnior et al., 2018).
Assim, o objetivo deste estudo foi confeccionar ferramentas lúdicas em aquicultura
como proposta curricular para EA na EC. Essas ferramentas poderão promover a visibilidade
do tema na região amazônica, bem como, gerar informações que possam servir de subsídio
para ações de ensino-aprendizagem.
Material e métodos
Esta pesquisa foi desenvolvida por meio do projeto de extensão “Pesca, Aquicultura e
Meio Ambiente na Educação do Campo Durante a Pandemia (Covid-19)”. O projeto faz parte
do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará (IFPA), Campus Avançado
Vigia. Ele foi financiado pela Pró-Reitoria de Extensão e Relações Externas (PROEX) do
IFPA, sob o edital número 04/2020.
O projeto extensionista foi conduzido por estudantes e docentes dos cursos Técnicos em
Aquicultura, Pesca e Recursos Pesqueiros, além de contar com estudantes do curso de
Especialização em Inovações Curriculares na Educação do Campo. A duração do projeto foi
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de setembro de 2020 a dezembro de 2021. Os aspectos metodológicos deste trabalho foram
subdivididos em duas etapas distintas, sendo elas:
a) Construção das ferramentas
Nesta primeira etapa, foram confeccionadas ferramentas pedagógicas em aquicultura
com materiais recicláveis. O objetivo foi elaborar ferramentas que venham enriquecer o
processo de ensino-aprendizagem dos estudantes para EC, sobre conteúdos de Ciências
(biologia, física e química) e matemática, com perspectiva de inserção nos anos finais do
Ensino Fundamental (Figura 1).
Figura 1- Ferramentas pedagógicas confeccionadas: a) Sistema de Aquaponia; b) Disco de Secchi; c) Ictiômetro;
d) Puçá; e) Rede de despesca; e f) Tanques-rede.
Fonte: Elaborado pelos autores.
A ludicidade foi o fio condutor e promotor destas propostas, que teve como meta
principal a aprendizagem e a ressignificação de valores aquícolas para os estudantes e
docentes da zona rural. Foram produzidas, ao total, seis ferramentas pedagógicas
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(confeccionadas em forma de miniaturas). A seguir, foram descritas às ferramentas, materiais
utilizados e fontes científicas (Quadro 1).
Quadro 1 - Ferramentas pedagógicas para educação do campo.
Ferramenta
Materiais utilizados
Fonte
Aquaponia
Junco seco; embalagem de manteiga; embalagem de
goiabada; fita isolante; folhas pequenas de plástico;
desenhos de peixes; e um fio de fone estragado para
simular a energia solar e a bomba;
Hundley & Navarro
(2013)
Disco de Secchi
Uma tampa de vasilha (com aproximadamente 20 a 30 cm
de diâmetro), um cabo de vassoura, uma fita métrica, além
de pregos e martelo.
Silva & Silva
(2021)
Ictiômetro
Madeira (sobras), fita graduada, pregos e martelo.
Rotta
(2003)
Puçá
Rede de tempero; fio de nylon; e pedra;
Silva & Silva
(2021)
Tanque-rede
Rede de tempero; resto de isopor retirado da rua; fio de
nylon de tercer rede de pesca; desenho de peixes; estação
com isopor; fita isolante para bandeira; e ferro de sobrinha
velha que também foi retirado da rua;
Silva & Silva
(2021)
Rede de despesca
Madeira (podendo ser cabo de vassoura), tela de
polietileno (reaproveitável), pregos e martelo.
Vaske-Júnior et al.
(2018)
Fonte: Elaborado pelos autores.
b) Sugestões para o currículo
Nesta etapa, foram apresentadas sugestões de ferramentas pedagógicas para enriquecer
o processo de ensino aprendizagem nos componentes curriculares de Ciências (biologia, física
e química) e matemática. Para Antunes (2013), a disciplina de Ciências visa compreender a
natureza como um todo dinâmico e como um conjunto complexo de seres e ambientes,
incluindo o homem, e perceber sua atuação como agente transformador da paisagem, bem
como compreender e empregar conceitos científicos.
Para o mesmo autor, a Matemática, identifica os conhecimentos matemáticos como um
dos meios para o conhecimento do mundo, transformar os domínios numéricos e geométricos
abstratos em percepções concretas, resolver problemas e desenvolver formas de raciocínio,
processos de indução, dedução e exploração das habilidades dedutivas e estimativas.
A utilização de ferramentas didáticas a partir da aquicultura pode contribuir com o
processo de ensino e aprendizagem. Este trabalho é qualitativo, sendo que as ferramentas
pedagógicas foram construídas para o currículo das escolas do campo, bem como analisadas
pela literatura científica.
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Resultados e discussão
a) Aquaponia como ferramenta de ensino
Aquaponia é uma atividade que une a aquicultura (cultivo de organismos aquáticos) e a
hidroponia (cultivo de plantas sem solo) (Figura 2).
Figura 2 - Aquaponia como estratégia de ensino.
Fonte: Elaborado pelos autores.
Para Barros e Rodrigues (2017) é um ambiente simbiótico, no qual metabólitos dos
peixes são usados como fertilizantes para plantas. Uma modalidade de cultivo de alimentos
em sistemas de recirculação de água e nutrientes (Hundley & Navarro, 2013).
Essa atividade aquícola é uma temática de extrema importância para ser adotada nos
currículos da EC. Observa-se que a aquaponia vem sendo usada em diversos níveis de ensino
(Wardlow et al., 2002; Hart et al., 2013). Portanto, é possível observar conceitos de
recirculação de água, interações entre plantas, peixes e microrganismos, produção racional de
alimentos, sustentabilidade e a relação desse sistema com o meio ambiente (Souza, 2018).
Acredita-se que a aquaponia pode ser trabalhada de forma integrada aos conteúdos das
disciplinas de biologia, física, química e matemática. Em pesquisa conduzida por Wardlow et
al. (2002), os docentes receberam unidades de um protótipo de aquaponia e atividades a serem
desenvolvidas em sala de aula. Eles tiveram respostas positivas ao utilizar aquaponia no
ensino e sugerem essa prática à outros docentes. Genello et al. (2015), também estudaram o
uso da aquaponia na educação. A pesquisa revelou que esses docentes atuam principalmente
nas séries finais do ensino fundamental. Portanto, sugere-se a prática dessa natureza no ensino
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fundamental, pois assimilar esse tipo de cultivo é mais complexo que requer maiores
habilidades e entendimento sobre hidráulica, bombeamento, nitrificação e desamonificação.
Paula (2020) destaca que o sistema aquapônico apresenta diversos processos físicos,
químicos e ciclos biológicos de interesse na educação. Além desses componentes curriculares,
na visão de Genello et al. (2015) a aquaponia pode ser usada para lecionar outros assuntos,
como aquicultura, agricultura, ciências ambientais, ciências da terra e sistemas alimentares.
Dessa forma, a aquaponia é de suma importância, pois consegue integrar a teoria com a
prática dos estudantes, sobretudo daqueles que vivem no campo. A mesma apresenta
condições reais de produção, fundamentais ao desenvolvimento profissional dos estudantes.
Por este motivo, esta atividade aquícola tem sido abordada dentro da EA (Martins, 2017;
Tavares Junior & Staudt, 2018). Para Martins (2019), ao trabalhar a aquaponia em EA (nas
percepções de estudantes e docentes), considerou que o tema é pertinente e adequado ao
currículo, por parte dos estudantes.
Desta forma, entende-se que por meio da aquaponia associada ao currículo, o estudante
terá a oportunidade de vivenciar de forma lúdica os processos de ensino. Com o
conhecimento adquirido durante as aulas teóricas associados com a prática, o docente poderá
levar o estudante a refletir sobre a importância do equilíbrio entre as espécies (Andrade &
Souza, 2019). Assim, com os resultados alcançados, o estudante terá a oportunidade de
receber uma EA plena, focada na sustentabilidade dentro da EC.
b) Disco de Secchi como ferramenta de ensino
O disco de Secchi é um aparelho em formato circular com coloração branca e preta
(Figura 3). Para Silva & Silva (2021), este equipamento apresenta um peso, sustentado por
um cordel graduado, que serve para análise da transparência da água do ambiente de cultivo.
Figura 3 - Disco de Secchi como estratégia de ensino.
Fonte: Elaborado pelos autores.
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Este equipamento aquícola, torna-se uma excelente ferramenta para ser adotada nos
currículos da EC. Observa-se que o uso da água como tema gerador já foi abordado na escola,
com a utilização do disco (Belo & Paranhos, 2011). Portanto, é possível observar conceitos de
qualidade da água dentro e fora do sistema de produção. A água é determinante para o sucesso
da criação de peixes, por exemplo, nas condições de confinamento (Tumwesigye, 2022). A
fonte de água que abastece o espaço onde os peixes ficam alocados não deve apresentar
contaminação por poluentes provenientes de indústrias, da agricultura ou dos centros urbanos.
Acredita-se que o disco de Secchi pode ser adotado de forma transversal na escola, em
especial nas disciplinas de biologia, física, química e matemática. Vale ressaltar que os
principais parâmetros de qualidade de água a serem analisados são: oxigênio dissolvido,
potencial hidrogeniônico, dióxido de carbono, alcalinidade total, dureza, condutividade
elétrica, temperatura, transparência, nutrientes e abundância de plâncton (Lachi & Sipaúba-
Tavares, 2008).
A transparência da água é afetada principalmente por algas, material em suspensão e
matéria orgânica. Quando o ambiente se encontra com muitos nutrientes na água, as algas
multiplicam-se, diminuindo a transparência. Quanto mais material em suspensão estiver no
sistema, maior será a turbidez e consequentemente menor será a transparência. A medida da
transparência da água pode ser obtida de maneira muito simples, através do disco de Secchi
(Manzolli et al., 2011).
O disco de Secchi pode ser utilizado para trabalhar em aulas teóricas, tornando-se uma
temática importante nos currículos da EC. Em geral, observa-se que nas comunidades locais
existem a criação de peixes em propriedades de caráter familiar. O disco também constitui
ferramenta de aulas práticas e pesquisa de EA, enriquecendo o processo de ensino-
aprendizagem. Os discentes percebem a utilidade dos conteúdos desenvolvidos nos espaços
escolares no mundo exterior/trabalho, tornando a aprendizagem significativa.
Conforme Demo (2011), a educação por meio da pesquisa deve ser estimulada em
qualquer nível de ensino. Portanto, sugere-se a utilização desta ferramenta aquícola na escola.
Nesse contexto, o ensino de ciências por meio da realização de experimentos, tendo o
estudante como principal ator, auxilia no desenvolvimento de habilidades (Belo & Paranhos,
2011). Para escolas rurais, torna-se interessante buscar esses princípios com os educandos,
pois podem usar em seu cotidiano, principalmente para aqueles que vivem na área rural.
Miranda, I. C., Cardoso, I. S., Silva, J. P. P., Xavier, D. T. O., Guedes, A. C. B., Oliveira, L. C., & ... Silva, F. N. L. (2023). Propostas didáticas em
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c) Ictiômetro como ferramenta de ensino
O ictiômetro é um equipamento bastante utilizado na biometria (aferir medidas), sendo
esta uma prática de rotina na aquicultura (Figura 4). Para Souza et al. (2002) é um processo de
produção que necessita de um acompanhamento que permita avaliar a saúde e a nutrição dos
organismos aquáticos ao longo do cultivo. Tal prática analisa de forma aprofundada o
crescimento dos animais, por meio de massa (g/kg) e comprimentos (cm/m) de peixes,
camarões, ostras, tartarugas, rãs, jacarés, entre outros.
Figura 4 - Ictiômetro como estratégia de ensino.
Fonte: Elaborado pelos autores.
O ictiômetro é uma ferramenta de extrema importância para ser utilizado nos currículos
da EC. Importante também aos estudos da zoologia nas escolas rurais. Mesmo após extensa
pesquisa, não se identificou trabalhos anteriores utilizando esta ferramenta em metodologias
de ensino-aprendizagem. Portanto, sugere-se a aplicação dela na EC. Acredita-se que o
ictiômetro pode ser utilizado em sala de aula na forma transversal e em aulas práticas. Seu
caráter interdisciplinar desperta interesse, pois para sua utilização são necessários
conhecimentos das disciplinas de biologia, física, química e matemática.
Na biologia, em aulas práticas os estudantes podem ter a oportunidades de reconhecer
estruturas biológicas dos organismos selecionados e aprender a realizar a classificação
taxonômica correta. Na matemática, podem estudar morfometrias com auxílio deste
equipamento (adotando paquímetro ou balança de precisão), para estimar medidas dos
organismos aquáticos. Tais medidas seguem a proposta adaptada de Souza et al. (2002), para
peixes. As medidas obtidas serão o comprimento total (CT), comprimento padrão (CP),
comprimento da cabeça (CC), comprimento do focinho (CF), altura (A), diâmetro do olho
(DO), peso (P), dentre outras medidas.
Miranda, I. C., Cardoso, I. S., Silva, J. P. P., Xavier, D. T. O., Guedes, A. C. B., Oliveira, L. C., & ... Silva, F. N. L. (2023). Propostas didáticas em
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A ferramenta sugerida é uma régua graduada num encosto fixo de madeira para
medição das dimensões dos peixes (Silva & Silva, 2021), com grande integração disciplinar.
Para Rotta (2003), o ictiômetro pode ser confeccionado a partir de um tubo de PVC, ou
poli(cloreto de vinila), ou reaproveitando madeira cortada longitudinalmente de forma a
acomodar o peixe confortavelmente. Para cada fase de crescimento dos peixes há um
ictiômetro específico, que varia em comprimento, altura e/ou largura.
Essa ferramenta auxilia em práticas pedagógicas, por meio da biometria. Segundo os
Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), utilizar os conhecimentos de várias disciplinas é
importante para o desenvolvimento do estudante e permite que ele perceba as disciplinas de
forma mais integrada (Brasil, 2002).
d) Puçá como ferramenta de ensino
O puçá é um equipamento bastante utilizado para o manejo dos organismos aquáticos,
sendo uma prática de rotina na aquicultura (Figura 5). Um instrumento de formato circular ou
retangular constituído de rede de malha fina que serve para coletar peixes da estrutura de
cultivo, sendo também importante para transferir o animal a outro ambiente de produção
(Silva & Silva, 2021). Vale considerar que é um equipamento que se faz presente durante a
biometria de peixes, para captura dos animais.
Figura 5 - Puçá como estratégia de ensino.
Fonte: Elaborado pelos autores.
Acredita-se também que seja uma ferramenta importante para os currículos da EC. Um
objeto que auxilia nos estudos da zoologia nas escolas rurais. Até o presente momento, não se
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identificou pesquisas utilizando esta ferramenta no ensino. Portanto, sugere-se a aplicação
desta estrutura nas EC. Entende-se que o puçá pode ser adotado na escola durante as aulas
práticas. Seu caráter interdisciplinar desperta interesse, pois pode ser explorado nas
disciplinas de biologia, física e matemática.
Na biologia, os peixes fazem parte dos grupos dos vertebrados que possuem relevâncias
do ponto de vista da relação homem/natureza (Rosa & Lima, 2008). Nesse sentido, o estudo
da biologia reprodutiva dos peixes desperta a atenção pelo potencial econômico da pesca e,
neste contexto, os estudos e práticas escolares sobre diferentes tipos de capturas sustentáveis,
servem de parâmetros para garantir que a relação equilibrada entre o meio ambiente e
economia (Silva & Silva, 2021). Dessa forma, o ensino sobre peixes nas escolas
contextualizados na vida do estudante pode promover o protagonismo e o exercício da
cidadania.
Na física, para estudar a resistência dos materiais, uma das leis mais aplicadas é a Lei de
Hooke. Ela diz respeito à elasticidade dos corpos, sendo utilizada para os cálculos de
deformações causadas pela força exercida de um determinado corpo ou estrutura (Alves et al.,
2017). Na matemática, calcula-se o peso médio do peixe, o qual é obtido a partir do valor do
peso total de peixes capturados dividido pelo número de peixes. Por exemplo, o peso total dos
peixes foi 100 kg e o número de peixes pesados foi 200, o peso médio dos peixes é igual a
0,500 kg (Ramos, 2017). Essa é uma das diversas maneiras que se utiliza a matemática para
ensinar algo sobre aquicultura.
Observa-se que até o presente momento, que não existem relatos na literatura científica
sobre a utilização do puçá no ambiente escolar, como ferramenta didática. Desta forma,
incorporar esses princípios podem reproduzir em suas áreas de atuação, de forma a dinamizar
melhor o ensino, tanto o de ciências naturais, no ensino fundamental, quanto no ensino rural.
e) Tanques-rede como ferramenta de ensino
Tanques-rede são estruturas flutuantes para criação de peixes, constituídas por redes ou
telas em diversas formas e tamanhos, com a função de reter um determinado número de
indivíduos, permitindo livre fluxo de água (Taniguchi et al., 2014). Estes tanques podem ser
instalados em ambientes aquáticos por meio de flutuadores, em locais onde há oscilação
periódica no nível da água ou por meio de estacas fixas, em ambientes onde o nível d’água
não oscila (Figura 6).
Miranda, I. C., Cardoso, I. S., Silva, J. P. P., Xavier, D. T. O., Guedes, A. C. B., Oliveira, L. C., & ... Silva, F. N. L. (2023). Propostas didáticas em
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Figura 6 - Tanques-rede como estratégia de ensino.
Fonte: Elaborado pelos autores.
Para Souza et al. (2021), o tanque-rede, pode ser flutuante de cano PVC, ferro ou
alumínio, revestido com tela flexível, em todos os lados, que possibilita maior fluxo, oxigênio
e renovação de água para o cultivo intensivo, de alta densidade de peixes.
Tal ferramenta pode ser indicada para trabalhar temas sobre pesca e aquicultura de
forma transversal e interdisciplinar, com intuito de gerar o interesse dos estudantes, a fim de
despertar a curiosidade e consequentemente o conhecimento sobre a atividade pesqueira ou
aquícola, e assim, compartilhar com a família e viabilizar os possíveis empreendimentos a
partir do conhecimento adquirido na escola.
Além disso, pode ser uma ferramenta para aumentar a renda familiar. Pois, sabe-se que
a influência dos filhos pode ser muito grande, quando, estes amparados por uma formação que
dê sustentabilidade às atividades desenvolvidas pelos pais, conduza-os, orientando-os a
desenvolver melhor suas atividades (Souza & Murata, 2012).
f) Rede de despesca como ferramenta de ensino
A despesca é o nome dado ao procedimento de retirada dos peixes (Figura 7). É
bastante utilizado em unidade de cultivo quando o organismo aquático atinge o tamanho
comercial desejado. Tal ferramenta pode ser útil nas escolas, de forma multidisciplinar,
adaptando as técnicas de acordo com os conteúdos das disciplinas, para serem trabalhadas nas
aulas práticas (Silva & Silva, 2021). Observa-se que não existem relatos na literatura
Miranda, I. C., Cardoso, I. S., Silva, J. P. P., Xavier, D. T. O., Guedes, A. C. B., Oliveira, L. C., & ... Silva, F. N. L. (2023). Propostas didáticas em
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científica sobre a utilização da rede de despesca no ambiente escolar, como ferramenta
didática.
Figura 7 - Rede de despesca como estratégia de ensino.
Fonte: Elaborado pelos autores.
Tais ferramentas pedagógicas podem ser sugeridas e utilizadas em diversas disciplinas
da EC, principalmente para integralizar alguns assuntos do currículo. Assim, discutir o uso da
aquicultura e EA enquanto temas geradores na EC, destaca-se a capacidade de gerar interesse
dos estudantes acerca destes temas, torna-se interessante para toda a comunidade rural (Souza
& Murata, 2012). Abaixo, segue o quadro 2, com a sugestão de ferramentas para serem
utilizadas para discutir os conteúdos de alguns componentes curriculares do Ensino
Fundamental (anos finais).
Quadro 2 - Ferramentas pedagógicas e sugestões curriculares para educação do campo (Ensino Fundamental).
Componentes
curriculares
Ferramentas
indicadas
Sugestões em aulas
teóricas e práticas
Biologia
Aquaponia;
Disco de Secchi;
Ictiômetro;
Puçá;
Tanque-rede; e
Rede de despesca.
Ciclos de vida dos vegetais e animais;
Composição da água;
Tipos de água;
A importância da água para os seres vivos
Ciclo da água na natureza;
Os grandes reinos e suas características básicas:
monera, protistas, fungos, plantas e animais;
Vírus e suas características básicas;
Diversidade da vida vegetal: classificação e órgãos;
Fotossíntese;
Animais vertebrados: peixes, anfíbios e répteis;
Cadeia alimentar;
Relações ecológicas: harmônicas e desarmônicas;
Alimentação saudável;
Reciclagem: coleta seletiva de lixo;
Espécimes com risco de extinção;
Os 5 sentidos;
Qualidade da água;
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Efeito estufa;
Física
Aquaponia;
Disco de Secchi;
Ictiômetro;
Puçá;
Tanque-rede; e
Rede de despesca.
Água;
Propriedades físico-química da água;
Corrente elétrica: condutores e isolantes;
Princípio da conservação de energia;
Leis de Newton (gravitação, inércia, força resultante,
ação e reação);
Máquinas e trabalho;
Calor e temperatura;
Efeito estufa;
Formas geométricas;
Locais geográficos dos tipos de águas;
Química
Aquaponia;
Disco de Secchi;
Ictiômetro;
Puçá;
Tanque-rede; e
Rede de despesca.
Propriedades físico-química da água;
Propriedades das Substâncias: ponto de fusão, ponto de
ebulição, densidade;
Átomos e moléculas;
Substâncias simples e compostas;
Substâncias orgânicas e inorgânicas;
Estação de Tratamento de água;
Ácidos e bases;
Sais;
Matemática
Aquaponia;
Disco de Secchi;
Ictiômetro;
Puçá;
Tanque-rede; e
Rede de despesca.
Amostra e população;
Características de uma amostra;
Estatística;
Tipos de variáveis;
Grandeza volume;
Sistemas de medidas padrão;
Identificação de Unidade de medida de uma grandeza;
Identificação de instrumento de medida de uma
grandeza;
Número natural – leitura e escrita;
Arredondamento de números grandes;
Ordens e classes de um número natural;
Parte decimal de um número;
Arredondamento de número decimal;
Modelagem matemática;
Percentagem;
Tabelas, gráficos e formação da equação para análise
de crescimento.
Fonte: Elaborado pelos autores.
A realização desse estudo é de suma importância, pois revela a necessidade de trazer
para aos profissionais da educação estratégias de ensino e práticas diferenciadas e prazerosas.
Uma vez que valoriza a vida no campo e ao mesmo tempo torna a aprendizagem significativa.
No quadro 3, destaca-se um panorama de estudos sobre o uso da aquicultura na educação,
organizada de maneira temporal (ano da pesquisa).
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Quadro 3 - Pesquisas sobre o uso da aquicultura na educação.
Fonte
Título do
trabalho
Coleta de
dados
Local do
estudo
Componente
curricular
Sujeitos
investigados
Miranda et al.
(2020)
Pesca e aquicultura:
técnicas de educação
ambiental no ensino
fundamental, no
Marajó (PA)
Entrevista
Brasil
Biologia, física
e química
Estudantes
Souza et al.
(2019)
Formação continuada
de professores de
ciências utilizando a
Aquaponia como
ferramenta didática
Entrevista
Brasil
Matemática,
química, física
e biologia
Docentes
Clayborn et al.
(2017)
Jardinagem escolar
com um toque diferente
usando peixes:
incentivando
educadores adotam
aquaponia em sala de
aula
Experiência
Estados
Unidos
Matemática e
ciências
Docentes
Seixas et al.
(2015)
Avaliação sobre o uso
de ferramentas de e-
learning para apoiar
ensino e aprendizagem
em aquicultura e
educação em ciências
Entrevista
Portugal
Não
determinado
Docentes e
estudantes
Junge et al.
(2014)
Aquaponia em salas de
aula como ferramenta
de promoção do
sistema pensado
Abordagem
investigativa
Suíça
Ciências e
matemática
Docentes
Hart et al.
(2013)
Implementação da
aquaponia na educação:
uma avaliação da
desafios e soluções
Entrevista
América do
Norte
Química, física,
biologia
Docentes
Souza e
Murata (2012)
A piscicultura como
estratégia de ensino nas
escolas de educação do
campo
Relato de
experiência
Brasil
Matemática,
português,
história e
geografia
Estudantes
Fonte: elaborado pelo autor.
Após uma análise do que foi produzido e encontrado na literatura científica, destaca-se
que os estudantes aprendem a partir de sua realidade. Portanto, isso pode ser uma forma de o
motivar e despertar o interesse pelo conteúdo da disciplina, bem como pelas atividades
elaboradas em sala de aula. Vale destacar que um dos grandes problemas encontrados no
processo de ensino e aprendizagem no Ensino Fundamental é a falta de motivação, seja por
parte dos estudantes ou dos docentes.
A adoção de metodologias inovadoras busca superar o tradicionalismo das aulas e
minimizar o processo de evasão escolar (Santos et al., 2018). Além de tornar as aulas mais
prazerosas e significativas, o uso de estratégias pedagógicas diferenciadas ajuda a superar os
desafios do processo de aprendizagem na EC.
Miranda, I. C., Cardoso, I. S., Silva, J. P. P., Xavier, D. T. O., Guedes, A. C. B., Oliveira, L. C., & ... Silva, F. N. L. (2023). Propostas didáticas em
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Os estudantes têm o direito de aprender dentro de seu tempo e de forma lúdica. E as
ferramentas aquícolas são excelentes recursos que possibilitam esse desenvolvimento, pois,
sendo bem planejadas, elas unem o saber local ao processo educativo (Souza & Murata, 2012;
Cardoso et al., 2021). Por fim, isso mostra que as ferramentas indicadas no presente estudo
podem facilitar o ensino e aprendizagem de estudantes do Ensino Fundamental (anos finais).
Considerações finais
O estudo demonstrou a importância de inovar o currículo da EC por meio das
ferramentas pedagógicas em aquicultura. A adoção dessa estratégia de ensino facilita o
entendimento das disciplinas de Ciências (biologia, física e química) e matemática.
Ferramentas lúdicas potencializa novas oportunidades para aprender, estimula novas formas
de ensinar os mecanismos de conhecimento e emoção que permeiam a aprendizagem.
A aquicultura como assunto transversal conjugada com a EA, para estudantes do ensino
fundamental da EC desperta o interesse para uma nova abordagem no processo de ensino e
aprendizagem. O contato direto com instrumentos pedagógicos produzidos facilita o
aprendizado dos estudantes da EC. Uma vez que, a curiosidade dentro da temática aquícola
faz parte da rotina deles e de seus familiares. Portanto, as aulas práticas a partir da aquaponia,
disco de Secchi, ictiômetro, puçá, tanques-rede e rede de despesca podem ser utilizadas como
mecanismo facilitador na aprendizagem do estudante da educação básica rural.
Agradecimentos
À Pró-Reitoria de Extensão (PROEX) do Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia do Pará (IFPA), pelo financiamento (Edital nº 04/2020).
Ao IFPA Campus Vigia, pela oportunidade de concluir o curso de Especialização em
Inovações Curriculares na Educação do Campo.
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Informações do Artigo / Article Information
Recebido em: 19/02/2022
Aprovado em: 15/02/2023
Publicado em: 13/05/2023
Received on February 19th, 2022
Accepted on February 15th, 2023
Published on May, 13th, 2023
Miranda, I. C., Cardoso, I. S., Silva, J. P. P., Xavier, D. T. O., Guedes, A. C. B., Oliveira, L. C., & ... Silva, F. N. L. (2023). Propostas didáticas em
aquicultura para o currículo da educação do campo na região amazônica...
RBEC
Tocantinópolis/Brasil
v. 8
e13973
10.20873/uft.rbec.e13973
2023
ISSN: 2525-4863
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Contribuições no Artigo: Os(as) autores(as) foram os(as) responsáveis por todas as etapas e resultados da pesquisa, a
saber: elaboração, análise e interpretação dos dados; escrita e revisão do conteúdo do manuscrito e; aprovação da versão
final publicada.
Author Contributions: The author were responsible for the designing, delineating, analyzing and interpreting the data,
production of the manuscript, critical revision of the content and approval of the final version published.
Conflitos de Interesse: Os(as) autores(as) declararam não haver nenhum conflito de interesse referente a este artigo.
Conflict of Interest: None reported.
Avaliação do artigo
Artigo avaliado por pares.
Article Peer Review
Double review.
Agência de Fomento
Não tem.
Funding
No funding.
Como citar este artigo / How to cite this article
APA
Miranda, I. C., Cardoso, I. S., Silva, J. P. P., Xavier, D. T. O., Guedes, A. C. B., Oliveira, L. C., & ... Silva, F. N. L. (2023).
Propostas didáticas em aquicultura para o currículo da educação do campo na região amazônica. Rev. Bras. Educ. Camp., 8
e13973. http://dx.doi.org/10.20873/uft.rbec.e13973
ABNT
MIRANDA, I. C.; et al. Propostas didáticas em aquicultura para o currículo da educação do campo na região amazônica. Rev.
Bras. Educ. Camp., Tocantinópolis, v. 8, e13973, 2023. http://dx.doi.org/10.20873/uft.rbec.e13973
