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Revista Brasileira de Educação do Campo
Brazilian Journal of Rural Education
ARTIGO/ARTICLE/ARTÍCULO
DOI: http://dx.doi.org/10.20873/uft.rbec.e15131
Política de formação discente em tempo ideal nos cursos de
licenciaturas da UFT: aspectos teórico-práticos
Roberto Francisco de Carvalho1, Doracy Dias Aguiar de Carvalho2, Roberta Kelly de Jesus Macêdo3
1 Universidade Federal do Tocantins - UFT. Curso de Licenciatura em Filosofia/ Programa de Pós-graduação Profissional em
Educação (PPPGE). Campus de Palmas. Quadra 109 Norte. Avenida NS 15, ALCNO-14. Plano Diretor Norte. Palmas - TO.
Brasil. 2 Universidade Federal do Tocantins - UFT. 3 Universidade Federal do Tocantins - UFT.
Autor para correspondência/Author for correspondence: carvalho1917@gmail.com
RESUMO. O presente estudo teve por objetivo mapear a
formação discente em tempo ideal nos Cursos de Licenciaturas
da UFT. A pesquisa envolveu o estudo bibliográfico e
documental e permitiu observar que, na lógica de cunho
econômico-mercantilista, os cursos de formação de professores
das universidades públicas brasileiras vêm, em grande medida,
impactando, também, o processo formativo docente no âmbito
da UFT. Os dados coletados revelaram que a maioria dos alunos
das Licenciaturas da UFT não realiza a formatura em tempo
ideal, nem mesmo no tempo máximo permitido, posto que, em
grande parte, evade dos cursos antes da sua conclusão. Esses
dados parecem sugerir a necessidade de reestruturar o processo
de formação de professores na UFT, de assegurar condições
materiais de acesso e permanência aos estudantes e de melhorar
as condições de realização do trabalho pedagógico, além de
valorizar o trabalho docente no processo de ensino, pesquisa,
extensão e gestão.
Palavras-chave: política/gestão, formação de professores,
licenciaturas dos campus da UFT, resultados teórico-práticos da
formação.
Carvalho, R. F., Carvalho, D. D. A., & Macêdo, R. K. J. (2023). Política de formação discente em tempo ideal nos cursos de licenciaturas da UFT: aspectos teórico-
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Student training policy in ideal time in the degree courses
of UFT: theoretical-practical aspects
ABSTRACT. The present study aimed to map the student
training in ideal time in the Degree Courses of UFT. The
research involved the bibliographic and documentary study and
allowed us to observe that in the logic of economic-mercantilist
nature, the teacher training courses of Brazilian public
universities also have been impacting to a large extent the
teaching training process within the scope of UFT. The data
collected revealed that most of the students of UFT Degrees do
not graduate in ideal time, not even in the maximum time
allowed, since in large part they drop out of the courses before
their completion. These data seem to suggest the need to
restructure the process of teacher training in UFT, to ensure
material conditions of access and permanence for students and
to improve the conditions for carrying out the pedagogical work,
in addition to valuing the teaching work in the process of
education, research, extension and management.
Keywords: politics/management, teacher training, degree
courses of UFT campuses, theoretical and practical results of the
training.
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Política para la formación de estudiantes en tiempo ideal
en cursos de licenciatura en la UFT: aspectos teóricos-
prácticos
RESUMEN. El presente estudio tuvo como objetivo mapear la
formación de los estudiantes en el tiempo ideal en los Cursos de
Licenciatura de la UFT. La investigación implicó un estudio
bibliográfico y documental y nos permitió observar que, en la
lógica económico-mercantilista, los cursos de formación docente
en las universidades públicas brasileñas también han impactado,
en gran medida, el proceso de formación docente en el ámbito
de la UFT. Los datos recolectados revelaron que la mayoría de
los estudiantes de Licenciatura de la UFT no completan su
graduación en el tiempo ideal, ni siquiera en el tiempo máximo
permitido, ya que, en gran parte, abandonan los cursos antes de
su conclusión. Estos datos parecen sugerir la necesidad de
reestructurar el proceso de formación docente en la UFT, para
asegurar condiciones materiales de acceso y permanencia a los
estudiantes y mejorar las condiciones para el ejercicio del
trabajo pedagógico, además de valorizar el trabajo docente en el
proceso de enseñanza, investigación, extensión y gestión.
Palabras clave: política/gestión, formación de profesores,
licenciaturas de los campus de la UFT, resultados teórico-
prácticos de la formación.
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Introdução
O presente texto apresenta os resultados do Plano de Trabalho de Pesquisa (PTP)
denominado “Mapeamento da formação discente em tempo ideal nos cursos de licenciatura da
UFT” que integrou, em uma perspectiva interdisciplinar, juntamente com outros planos de
trabalhos de pesquisas, o subprojeto de Pesquisa de Iniciação Científica “POLÍTICA E
GESTÃO DAS LICENCIATURAS NA UFT: resultados teórico-práticos no âmbito dos
cursos de Filosofia, Teatro e Pedagogia” (Carvalho, 2020).
O PTP do qual resulta este resumo objetivou mapear a formação discente em tempo
ideal nos Cursos de Licenciaturas da UFT com base nos documentos institucionais que
incluem os relatórios do Sistema de Informações do Ensino (SIE)/UFT, bem como na
produção bibliográfica sobre a formação de professores no Brasil com seus impactos para os
cursos de Licenciaturas presenciais da UFT.
Além do resumo, o texto se estrutura em cinco seções que incluem esta introdução –
explicitando objetivo, material e método –, resultado e discussão presentes nos itens 2 a 4,
conclusão e as referências bibliográficas. De forma coletiva e interdisciplinar – agregando os
dados coletados por outros planos de trabalho que integram o supracitado projeto de pesquisa
– o mapeamento da formação discente em tempo ideal nos Cursos de Licenciaturas da UFT
buscou apreender as dimensões ético-política e técnico-instrumental formativas dos referidos
cursos e foi realizado em uma perspectiva crítico-dialética na qual o movimento do
pensamento apreende a materialidade empírica histórica (Marx, 1982 & Bardin, 1977) relativa
à formação de Professores.
Reestruturação produtiva, neoliberalismo e o impacto para a educação
Articuladas às modificações econômicas ocorrem várias mudanças, também, nas áreas
política, social, cultural, científica e educacional, como apontam Carvalho, Lagares e
Fernandes (2017). Os autores ressaltam que a implementação dessas mudanças no âmbito da
sociedade capitalista, em grande medida, tem sido realizada pelo Estado, que opera como
parte constitutiva do capital.
Conforme as necessidades do capital relacionadas à produção de mais valor, o Estado
vai modificando sua forma de gerenciar os processos sociais capitalistas. Em um primeiro
momento o Estado Liberal teve como foco a valorização da liberdade do indivíduo no âmbito
do mercado. Posteriormente, assumiu uma forma mais social com a realização do Estado de
bem-estar social em que o aparelho estatal ganhou um protagonismo político importante
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contribuindo para a ampliação da esfera pública. Mais recentemente desemboca na fase
denominada de neoliberalismo, em que o mercado passa a ser o regulador das relações e
processos sociais, limitando o papel do Estado como indutor e financiador de políticas
públicas sociais. Houve, nesse sentido, um declínio no Estado de bem-estar social que deu
espaço para que os ideais liberais/neoliberais voltassem a ter espaço e protagonismo. A esse
respeito é importante frisar que
... o neoliberalismo defende a liberdade soberana do mercado; a mínima intervenção do
Estado nas questões econômicas; a abertura da economia ao mercado externo; a privatização
de bens e serviços sociais; a redução das despesas e dos déficits públicos; a
desregulamentação estatal e dos direitos trabalhistas com a desarticulação dos sindicatos e a
eliminação de programas e benefícios sociais, além da flexibilização e informalização das
relações de trabalho. (Carvalho, Lagares & Fernandes, 2017, p. 29).
No Brasil, a partir da década de 1990 a perspectiva de Estado neoliberal passa a
interferir na lógica do Estado retirando as obrigações sociais deste para com os cidadãos e
com as políticas sociais públicas. Tal lógica de Estado contribuiu diretamente para a atual
situação da educação, que vem sendo descentralizada da esfera pública para a esfera privada
no que se refere ao desenvolvimento e gestão das políticas educacionais em seu sentido geral,
como é o caso das políticas curriculares e de formação de professores.
A ascensão do neoliberalismo, ao afetar as políticas sociais públicas e os direitos
sociais, acaba por ter um grande peso nas políticas educacionais, pois direitos sociais como
saúde, moradia, educação etc. passam a ser tratados a partir de uma visão mercadológica de
modo que hospitais, escolas e universidades se tornam mercadorias e os direitos viram
serviços a serem vendidos e comprados no mercado. A fim de que as práticas neoliberais se
sustentem faz-se necessária uma ideologia ligada aos interesses neoliberais que busque fazer
com que o indivíduo acredite ter que se tornar um empreendedor, um empresário de si
mesmo. Segundo Byung-Chul Han, esse indivíduo se considera
... senhor e soberano de si mesmo. Assim, não está submisso a ninguém ou está submisso
apenas a si mesmo ... O excesso de trabalho e desempenho agudiza-se numa auto exploração.
Essa é mais eficiente que a exploração do outro, pois caminha de mãos dadas com o
sentimento de liberdade. O explorador é ao mesmo tempo o explorado (Han, 2015, p. 30).
É imperativo ressaltar que na perspectiva taylorista/fordista, em crise, o setor produtivo
exigia a formação de um tipo de trabalhador especializado, individualizado, gerenciador de
práticas, em grande medida, desprovidas de uma articulação entre teoria e prática. Como
resposta à crise do modelo taylorista/fordista, o Estado neoliberal – em contraposição ao
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Estado de bem-estar social – desenvolve suas políticas na perspectiva toyotista ou flexível
exigindo um trabalho eficiente, multifuncional, versátil, competitivo, seletivo, otimizado e
empreendedor (Carvalho, Lagares & Fernandes, 2017). Assim, aos trabalhadores da área da
educação, a exemplo dos professores, passaram a ser, também, exigidas tais características
formativas, afetando significativamente as políticas curriculares e de formação de professores,
como os da educação superior.
Formação de professores no Brasil: aspectos históricos e filosóficos
Ao tratar da diferenciação entre a formação instrumental e substantiva Carvalho (2019)
sustenta que a primeira (instrumental) prioriza os aspectos econômico-administrativos – que
envolvem recursos financeiros e materiais, estruturas, normas burocráticas e mecanismos de
coordenação e comunicação – e pedagógico-científicos, que se referem ao conjunto de
princípios, cenários e técnicas educacionais. Já a formação substantiva prioriza as dimensões
político-cultural, que englobam as estratégias de ação organizada dos participantes do sistema
educacional e os valores e características filosóficas, antropológicas, biopsíquicas e sociais.
Atualmente, no Brasil, a formação dos professores vem passando por inúmeras
transformações em um cenário claramente marcado pela lógica neoliberal, pela competição e
pelo crescimento desenfreado das licenciaturas à distância, bem como pela presença de novas
tecnologias educacionais. Como já explicitado, surgiram novas exigências no âmbito da
formação de professores acarretando mudanças caracterizadas pela lógica mercantil que se
efetivaram “... na perspectiva do neoliberalismo em que a flexibilização, diversificação e
multidisciplinaridade da formação do trabalhador são apresentadas para superar o modelo
fordista, tido como fragmentado e desarticulado em relação à teoria e à prática” (Carvalho,
Lagares & Carvalho, 2019, p. 14).
Embora compreendendo a importância de se entender o processo de formação de
professores situado no contexto histórico, para os propósitos do presente estudo é importante
destacar que apenas em 1996, com a publicação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional, Lei nº 9394/96, foram propostas alterações tanto para as instituições formadoras
como para os cursos de formação de professores. Foi a primeira vez que se estabeleceu, de
fato, uma lei referente à formação de professores a partir de diretrizes curriculares que
facilitariam tal formação. No entanto, mesmo com a Lei 9394/1996 não foi possível suprir as
expectativas da área, ocorrendo o nivelamento da formação por baixo, principalmente aquela
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realizada nos denominados institutos superiores de educação (Carvalho, Lagares & Carvalho,
2019).
A formação docente no âmbito do Estado brasileiro passou por diversos processos pois
estava vinculada às novas concepções de educação que apareciam desde a educação
humanista tradicional, educação nova, educação construtivista e, também, com
desdobramento na educação do aprender a aprender, esta última fortemente focada no
mercado de trabalho. Consequentemente, “... a formação da classe trabalhadora, incluindo os
professores, centrou-se numa perspectiva instrumental, pouco ligada à inserção sociocultural e
a uma participação efetiva” (Carvalho, Lagares & Carvalho, 2019, p. 6).
Ao buscarmos compreender o papel da educação no âmbito do sistema capitalista
especialmente em tempos neoliberais é essencial compreender, também, como a educação tem
sido realizada e como estão sendo formados os profissionais que contribuem para o acesso ao
conhecimento por parte dos discentes dos cursos de licenciatura, futuros professores.
Decorrente do processo de transformação social, a formação docente também vem passando
por transformações em sua estrutura, em consonância com o atual cenário mercadológico
marcado pelas ideias liberais competitivas, que afetam a formação e causam rupturas como,
por exemplo, a dissociabilidade entre teoria e prática; filosofia, política e história; ciência,
economia, cultura e educação (Carvalho, Lagares & Carvalho, 2019).
A dualidade em questão na educação brasileira se dá pela tensão entre as formações
ético-política e econômico corporativa. A formação econômico-corporativa tem uma visão
mais técnica acerca da formação docente, pois essa perspectiva “... requer um professor
flexível e empreendedor, qualificado para preparar os seus educandos a viverem em um
mundo incerto e sem perspectiva, em que os aspectos sociais estruturantes são escamoteados
pela supervalorização dos elementos de ordem técnica” (Carvalho, Lagares &; Carvalho,
2020, p. 10).
Sobre o processo formativo aventado anteriormente, Carvalho, Lagares & Carvalho
(2020, p. 10) afirmam que esse tipo de formação está “... articulado às mudanças da sociedade
capitalista do final do século XX no campo econômico, cultural e político e, nesse escopo, às
reformas do Estado e das instituições sociais, como as educacionais”. Ou seja, a formação, em
geral, e a política de formação de professores, em particular, tem uma relação intrínseca com
as mudanças que ocorrem no âmbito da sociedade. Por essa via, as mudanças formativas
articulam-se ao sistema produtivo vigente a partir de uma lógica adaptativa. “Nesse sentido, a
eficiência e a eficácia norteiam um tipo de individualismo no qual a formação ocorre por meio
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de um cognitivismo adaptativo viabilizado pela aprendizagem passiva do sujeito do
conhecimento” (Carvalho, Lagares & Carvalho, 2020, p. 10).
Em razão disso, a formação docente está cada vez mais imersa nesta lógica
mercadológica, deixando os docentes em grande medida limitados aos aspectos instrumentais.
Ainda que a técnica seja importante na formação, a docência não pode se limitar a ela, pois é
necessário a criatividade, o pensamento crítico, a inserção sociocultural e a participação
efetiva no processo formativo. A esse respeito Carvalho, Lagares & Carvalho (2020, p. 9)
afirmam que a “... abordagem estritamente técnica tem sido apontada como responsável por
uma visão ingênua e tecnicista da educação, isolada de seu contexto histórico-social.”
Portanto, em uma perspectiva de análise crítico-dialética da realidade é impossível pensar a
formação de professores sem entender o seu processo histórico e social. Sendo assim, “...
referindo-se à política/gestão da formação de professores, a desconexão da formação com a
história da educação consiste em uma fratura profunda entre a vida no momento presente e
sua história pregressa” (Carvalho, Lagares & Carvalho, 2020, p. 8).
Referenciando-se em Gramsci (2006), pode-se compreender o que é essa fratura e,
também, a necessidade de superá-la visando uma formação de professores mais efetiva, que
rompa com a cisão entre o conhecimento científico (teoria) e o mundo do trabalho (prática) e
as etapas do sistema escolar. Nessa linha de entendimento “... Pensar a formação dos
professores com essa perspectiva de pensamento significa realizar um processo formativo
orientado pela filosofia da práxis, buscando superar as fraturas entre conhecimento e
realidade, teoria e prática, educação e trabalho” (Carvalho & Mancebo, 2019, p. 574-575).
Para além da formação fraturada, mencionada anteriormente, na perspectiva da filosofia
da práxis é necessário “pensar a formação de professores para além da lógica de produção e
reprodução social de cunho econômico-corporativa. Estamos falando, em síntese, da
problematização que vislumbre as possibilidades de superação entre conhecimento e
realidade, teoria e prática, educação e trabalho” (Carvalho & Mancebo, 2019, p. 576).
Então, ao pensar formação de professores nestes termos é importante compreender que
ela deve ir muito além de ganhos quantitativos, técnicas de modernização do ensino e da
eficiência e eficácia na qual está pautada a formação econômico-corporativa. É preciso
pensar, também, se realmente está sendo oferecida uma educação de qualidade que busque, na
perspectiva gramsciana, formar alunos capazes de pensar, estudar e dirigir quem dirige. Tal
perspectiva, trata-se de um processo formativo que visa contribuir para romper com as
fraturas do conhecimento e rearticular as dimensões teórica e prática.
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A formação de professores na Universidade Federal do Tocantins (UFT)
A formação docente na UFT não é muito diferente da que ocorre nacionalmente. De
maneira geral, cada vez mais, o sistema educacional brasileiro, tem privilegiado uma
formação instrumentalizada, buscando meios para atender às demandas do mercado. Essa
lógica formativa também repercute no Estado do Tocantins, onde se localiza a UFT,
instituição que possui 7 (sete) campus universitários e 10 (dez) polos com cursos EAD. Nos
referidos Campus e polos são ofertados 45 cursos de licenciaturas, sendo 27 presenciais e 18 a
distância (UFT, 2016a, p. 47-63), conforme ilustra o quadro 1 (Macêdo, 2021).
Em seu Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) 2016-2020 a UFT aborda sobre
a formação nos cursos de graduação. Conforme o mencionado plano, "... a política de
graduação da UFT está articulada às mudanças exigidas nas instituições de ensino superior
dentro do cenário mundial, do país e da região amazônica, considerando ... as expectativas e
as demandas da sociedade e do mundo do trabalho ..." (UFT, 2016b). Diante disso, Carvalho,
Lagares e Carvalho (2019, p. 13) sustentam que, quanto ao tipo de profissional esperado
dentro do sistema instrumentalizado “... passa a haver a exigência de um novo trabalhador,
como é o caso do trabalhador professor que, fundamentado na lógica do neoliberalismo de
mercado, passou a ser formado na perspectiva da flexibilidade, multifuncionalidade e
polivalência."
Ademais, também é apresentado no PDI/UFT 2016-2020 que a universidade tem como
missão “formar profissionais cidadãos e produzir conhecimento com inovação e qualidade
que contribuam para o desenvolvimento socioambiental do Estado do Tocantins e da
Amazônia Legal” (UFT, 2016b, p. 11).
Os documentos institucionais da UFT que abordam as diretrizes acerca da formação de
professores (UFT/PDI, 2016b; UFT/PPI, 2016c) não esclarecem como se configura, de fato, o
processo formativo da instituição. Tais documentos deixam dúvidas quanto à formação de
professores, pois não elucidam se a instituição busca priorizar a capacitação dos alunos para
exercerem com excelência sua profissão visando ganhos qualitativos ou se tenta enquadrar e
adequar as políticas institucionais às demandas de mercado elegendo a quantidade em
detrimento da qualidade visando, exclusivamente, a formação de força de trabalho.
Além disso, a UFT foi uma das primeiras universidades federais que aderiu ao
Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais
(REUNI), cujo objetivo, de maneira geral, é buscar a ampliação do acesso e permanência na
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educação superior e um melhor aproveitamento da estrutura física e dos recursos humanos
institucionais.
... buscando ofertar um ensino superior para, pelo menos, 30% dos jovens na faixa de 18 a 24
anos. Logo, conforme o artigo sexto buscava “criar condições para ampliação do acesso e
permanência na educação superior, no nível de graduação, pelo melhor aproveitamento da
estrutura física e de recursos humanos existentes nas universidades federais” (Carvalho;
Lagares & Fernandes, 2017, p. 51).
A fim de alcançar tal objetivo, uma das metas do REUNI é “a elevação gradual da taxa
de conclusão média dos cursos de graduação presencial para 90% e da relação dos alunos de
graduação em cursos presenciais, por professor, para 18,1 ao final de cinco anos a contar do
início de cada plano" (Carvalho, Lagares & Fernandes, 2017, p. 52).
Mesmo que, aparentemente, o REUNI se proponha a contribuir com a ampliação da
formação, existem muitas críticas acerca do mencionado Programa. Em conformidade com
Carvalho, Lagares & Fernandes (2017, p. 52), “o polêmico REUNI tem recebido muitas
críticas por tender a realizar a expansão dos cursos universitários na perspectiva neoliberal”.
Os mesmos autores argumentam que sua contribuição com o projeto neoliberal ocorre
“aumentando a carga horária dos professores de pesquisa e extensão, secundarizando o rigor
acadêmico por meio do pragmatismo, em prejuízo de uma formação crítica, entre outros
pontos.”
Formação discente em tempo ideal nos Cursos presenciais de Licenciaturas da UFT no
período de 2010-2019
Feita a discussão teórica e empírico-documental passamos a tratar do segundo objetivo
específico da pesquisa que se refere aos dados gerais sobre a formação discente em tempo
ideal nos Cursos de Licenciaturas da UFT com base nos documentos institucionais, incluindo
os relatórios do Sistema Integrado de Ensino da UFT (SITE/UFT), seguido da análise dos
dados à luz do referencial teórico explicitado nos itens 1 a 3, conforme o terceiro objetivo
específico do Plano de Trabalho. Nessa fase foram analisados os documentos institucionais os
quais apresentam dados relacionados à quantidade de ingressantes, formandos e evadidos no
período de 2010 a 2019 [QUADRO GERAL-UFT 1 a QUADRO GERAL-CT 7] (Macêdo,
2021).
Os dados mencionados estão organizados em quadros, explicitando além da quantidade
os percentuais referentes aos ingressantes, formandos e evadidos. Foram analisados os
documentos de seis, dos sete campi da UFT (Araguaína, Arraias, Miracema, Palmas, Porto
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Nacional e Tocantinópolis), excluído o Campus de Gurupi que não possui cursos de
Licenciatura. Além disso, por dificuldades encontradas em relação à documentação, não foi
possível analisar os dados dos cursos EAD da UFT, por isso optamos por analisar os dados
relacionados aos cursos presenciais dos Campus mencionados.
No Campus de Araguaína foram analisados os cursos de Biologia, Física, Geografia,
História, Letras, Matemática e Química; no Campus de Arraias debruçamo-nos sobre os
cursos de Educação do Campo, Matemática e Pedagogia; em relação à Miracema estudamos
os cursos de Educação Física e Pedagogia; quanto ao Campus de Palmas a análise recaiu
sobre os cursos de Filosofia, Pedagogia e Teatro; em Porto Nacional o estudo abrangeu os
cursos de Ciências Biológicas, Geografia, História, Letras LIBRAS, Letras Português/Inglês;
e, por fim, no Campus de Tocantinópolis o estudo incluiu os cursos de Ciências Sociais,
Educação do Campo, Educação Física e Pedagogia.
Iniciamos a análise a partir das informações fornecidas pela PROAP
i
referentes aos
cursos presenciais de Licenciaturas da UFT com destaque para os dados relacionados à
quantidade de ingressantes, formandos e evadidos. Posteriormente, elaboramos dois tipos de
quadros, sendo que o primeiro – Dados detalhados sobre a formação discente em tempo ideal
nos Cursos presenciais de Licenciaturas da UFT no período de 2010-2019 (Macêdo, 2021) –
foi construído contendo as informações gerais organizadas por Campus, curso e ano. Neste
caso, o número de ingressantes, formados e evadidos foi retirado das informações
disponibilizadas pela PROAP. O cálculo em relação ao primeiro quadro foi feito dividindo o
total de evadidos pela quantidade de ingressantes no curso por ano (2010 a 2019) e depois
multiplicado por cem para obter um valor percentual (%).
O segundo quadro – Percentual de formação discente em tempo ideal nos cursos
presenciais de licenciaturas da UFT – Campus de Araguaína (2010-2019) (Macêdo, 2021) –
foi construído utilizando as informações sobre a evasão anual e a formação anual dos alunos a
partir dos dados disponibilizados pela PROAP. Os cálculos foram realizados por meio de uma
mediana das porcentagens, obtendo-se um percentual por campus e curso em relação às
categorias utilizadas: evasão e formatura. A mediana foi feita pela soma dos percentuais e
divisão do valor pela quantidade de semestres para obter o percentual final [QUADRO
GERAL-UFT 1 a QUADRO GERAL-CT 7] (Macêdo, 2021). Assim, além de uma síntese
geral com dados sobre os Campi, base empírica da pesquisa, para cada um dos seis Campus
da UFT que possuem Cursos de Licenciaturas foram organizados quadros gerais com
percentuais, por curso, abrangendo o período de 2010 a 2019.
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No tratamento dos resultados obtidos procuramos aprofundar a análise com base nos
dados a fim de superar a compreensão superficial do objeto deste estudo que trata da
formação discente em tempo ideal dos Cursos de Licenciaturas da UFT. Nessa fase
discutimos, a partir dos dados coletados, o tempo que os estudantes estão levando para
concluir a graduação em licenciatura na UFT. Os dados obtidos evidenciam, em geral, um
grande percentual de desistência nos referidos cursos com destaques para dois Campi:
Araguaína e Palmas, bem como uma quantidade de tempo superior em relação ao estabelecido
para a conclusão dos Cursos, que deveria variar entre o tempo mínimo ideal de quatro anos
(oito semestres) e máximo de seis anos (12 semestres).
Ao analisarmos o percentual geral dos cursos [QUADRO CA-GERAL 2 a QUADRO
GERAL-CT 7] (Macêdo, 2021) é possível perceber que o curso que possui o maior índice de
evasão
ii
é o de Ciências Sociais 17,9%, seguido pelos cursos de: Matemática, em Araguaína,
com 16,74%; Filosofia, no Campus de Palmas, com 15,8%; Geografia, em Porto Nacional,
com 12%; Matemática, no Campus de Arraias, com a média de 14,7 %; e Pedagogia, no
Campus de Miracema, com 9,7%.
Os dados apresentados nos quadros mencionados no parágrafo anterior, que tem como
base o estudo de Macêdo (2021), permitiram analisar, também, os menores índices de evasão
relativa nos seis campi pesquisados, são estes: Letras Libras, do Campus de Porto Nacional,
com 2,8%; Educação do Campo, Campus de Arraias, com 4,5%; Educação Física, Campus de
Miracema, com 5,8%; Educação Física, no Campus de Tocantinópolis, com 6,1%; Letras, no
Campus de Araguaína, com a média de 8,3%; e Pedagogia, no Campus de Palmas, com 9,3%;
Em geral, o Campus com maior índice de evasão abrangendo os 24 Cursos de Licenciaturas
(QUADRO I) dos seis campi pesquisados é o de Araguaína (14,5%), enquanto o Campus
com o menor índice é o de Miracema (7,7%).
Quadro I - Relação dos Cursos de Licenciatura existentes na UFT.
CURSOS DE LICENCIATURAS DA UFT
Campus
Cursos
Presencial
A distância
ANANÁS
Biologia
Sim
Física
Sim
ARAGUAÍNA
Biologia
Sim
Biologia
Sim
Física
Sim
Geografia
Sim
História
Sim
Letras – Língua Inglesa/ Portuguesa
Sim
Carvalho, R. F., Carvalho, D. D. A., & Macêdo, R. K. J. (2023). Política de formação discente em tempo ideal nos cursos de licenciaturas da UFT: aspectos teórico-
práticos...
RBEC
Tocantinópolis/Brasil
v. 8
e15131
10.20873/uft.rbec.e15131
2023
ISSN: 2525-4863
13
Matemática
Sim
Química
Sim
ARRAIAS
Biologia
Sim
Educação do Campo
Sim
Matemática
Sim
Matemática
Sim
Pedagogia
Sim
CRISTALÂNDIA
Biologia
Sim
Física
Sim
Química
Sim
DIANÓPOLIS
Biologia
Sim
GUARAÍ
Biologia
Sim
Física
Sim
Química
Sim
GURUPI
Biologia
Sim
Química
Sim
MIRACEMA
Educação Física
Sim
Pedagogia
Sim
PALMAS
Filosofia
Sim
Física
Sim
Química
Sim
Pedagogia
Sim
Teatro
Sim
PORTO NACIONAL
Biologia
Sim
Ciências Biológicas
Sim
Geografia
Sim
História
Sim
Letras – Língua Inglesa/ Portuguesa
Sim
Letras ‒ Libras
Sim
Química
Sim
TOCANTINÓPOLIS
Ciências Sociais
Sim
Educação Física
Sim
Educação do Campo
Sim
Pedagogia
Sim
TOTAL
42
24
18
Destacamos que no presente quadro estão relacionados 27 Cursos de Licenciatura, tendo em vista que nos Campi de
Araguaína e Porto Nacional os Cursos de Licenciaturas em Letras contam com a possibilidade de duas graduações, sendo
elas: Letras Português, Letras Inglês, Letras LIBRAS.
Fonte: Macêdo (2021).
No que se refere aos percentuais de formatura (Macêdo, 2021), os cursos que possuem
a maior média de formação no período estudado são: Matemática, Campus de Araguaína, com
279,1%
iii
; Matemática, Campus de Arraias, com 77,8%; Ciências Sociais, Campus de
Carvalho, R. F., Carvalho, D. D. A., & Macêdo, R. K. J. (2023). Política de formação discente em tempo ideal nos cursos de licenciaturas da UFT: aspectos teórico-
práticos...
RBEC
Tocantinópolis/Brasil
v. 8
e15131
10.20873/uft.rbec.e15131
2023
ISSN: 2525-4863
14
Tocantinópolis, com 60,5%; Pedagogia, Campus de Miracema, com 58%; Pedagogia,
Campus de Palmas com 55,5%; Letras, Campus de Porto Nacional, com 51%.
Verificamos, por meio do estudo de Macêdo (2021) que os cursos com as menores
médias de formação no período estudado são: Educação Física, Campus de Miracema com
5,3%; e Educação Física, Campus de Tocantinópolis com 6,1%; Educação do Campo,
Campus de Arraias com 7,6%; Letras Libras, Campus de Porto nacional com 7,8%; Filosofia,
Campus de Palmas 12,2%; Física, Campus de Araguaína com 16,5%. De maneira geral, a
partir da média total presente no quadro geral-UFT 1, seguinte, o Campus com maior média
de formação abrangendo os 24 cursos é o de Araguaína com (84,69%), enquanto
Tocantinópolis possui a menor média (22,4%).
Quadro II – Percentual de evasão relativa e formatura discente por campus da UFT no período de 2010-2019.
2010-2019
MÉDIA
Evasão/
formatura*
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
2019
MÉDIA
Araguaína
2,4%
7,2%
14,0%
15,7%
10,8%
25,2%
11,3%
16,7
%
12,5%
14,7%
14,5%
51,3%
339,8
%
29,2%
26,5%
48,2%
46,2%
40,3%
37,2
%
49,4%
48,0%
84,69%
Arraias
3,9%
7,3%
6,1%
11,0%
10,2%
4,0%
9,4%
3,1%
16,1%
15,2%
8,6%
55,5%
15,9%
24,7%
24,6%
53,5%
21,4%
31,1%
30,6
%
51,7%
40,5%
34,9%
Miracema
2,8%
4,7%
5,5%
7,2%
1,3%
17,0%
10,7%
8,1%
2,1%
18,3%
7,7%
3,2%
3,6%
52,4%
21,2%
60,0%
25,0%
25,0%
19,5
%
47,3%
59,6%
31,68%
Palmas
1,9%
4,2%
4,2%
3,2%
9,0%
29,3%
9,1%
25,8
%
22,0%
25,6%
13,4%
11,4%
12,3%
19,8%
23,2%
40,1%
38,9%
26,4%
38,2
%
48,4%
36,6%
29,53%
Porto Nacional
3,5%
7,9%
5,5%
7,6%
4,1%
2,9%
8,8%
25,3
%
13,7%
15,44
%
9,4%
35,7%
14,1%
49,7%
29,9%
64,8%
42,7%
40,9%
32,2
%
50,8%
44,22
%
40,5%
Tocantinópolis
3,3%
4,5%
7,6%
3,7%
16,3%
21,5%
11,6%
15,4
%
13,8%
10,3%
10,8%
6,3%
22,6%
15,8%
6,9%
24,3%
16,0%
20,9%
29,6
%
54,0%
28,4%
22,4%
*A primeira linha de cada um dos Campi Universitários relacionados neste quadro corresponde ao percentual de evasão
relativa à saída do curso/campus e a segunda linha corresponde ao percentual de formatura, por ano, no período analisado.
Fonte: Quadro elaborado por Macedo (2021) a partir dos dados da Pró/Reitoria de Avaliação e Planejamento
(PROAP), 2019.
Ao observarmos os dados coletados a partir dos quadros CA-GERAL 2 a QUADRO
GERAL-CT 7 (Macêdo, 2021), podemos destacar alguns pontos como, por exemplo, a grande
taxa de evasão em dois cursos de licenciaturas dos 24 cursos analisados, sendo eles os cursos
de Matemática – Campus de Arraias; e Matemática – Campus de Araguaína. Em
Carvalho, R. F., Carvalho, D. D. A., & Macêdo, R. K. J. (2023). Política de formação discente em tempo ideal nos cursos de licenciaturas da UFT: aspectos teórico-
práticos...
RBEC
Tocantinópolis/Brasil
v. 8
e15131
10.20873/uft.rbec.e15131
2023
ISSN: 2525-4863
15
contrapartida, entre os 24 cursos analisados nos seis Campi da UFT, dois deles têm um bom
desempenho quanto aos índices de formação, sendo estes os Cursos de Letras, do Campus de
Araguaína, com 60,9% e o Curso de Letras, de Porto Nacional, com 51%.
Quadro 3 - Percentual de formação discente em tempo ideal nos cursos presenciais de Licenciaturas da UFT/
Campus de Araguaína 2010-2019.
CAMPUS DE ARAGUAÍNA - CA
SITUAÇÃO
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
2019
MÉDIA
BIOLOGIA
Evasão
3,2%
1,8%
15,5%
8,5%
2,1%
22,2%
8,2%
14,4%
9,2%
19,8%
10,4%
Formatura
00%
00%
00%
8,3%
31,8%
31,3%
34,2%
26,6%
60,8%
60,1%
25,3%
FÍSICA
Evasão
00%
9,5%
20,4%
13,4
%
14,5%
32,9%
14,2%
20,9%
16,5%
16,6%
15,8%
Formatura
00%
00%
00%
15,2
%
22,8%
18,5%
26,6%
34,7%
20,0%
27,7%
16,5%
QUÍMICA
Evasão
00%
5,5%
17,7%
15,0
%
4,0%
27,1%
9,3%
19,0%
13,1%
19,0%
12,9%
Formatura
00%
00%
00%
8,7%
46,4%
38,0%
39,5%
30,2%
21,9%
15,9%
20,0%
HISTÓRIA
Evasão
2,9%
1,9%
8,3%
7,2%
13,7%
43,2%
7,2%
21,0%
12,4%
14,1%
13,1%
Formatura
43,7%
23,1%
47,1%
27,1
%
105,2%
36,8%
55,0%
29,2%
59,2%
57,5%
48,39%
GEOGRAFIA
Evasão
4,3%
1,24%
20,1%
41,2
%
11,5%
17,2%
7,6%
13,3%
13,1%
2,9%
13,2%
Formatura
62,6%
40,2%
60,5%
28,1
%
11,6%
85,1%
38,8%
70,3%
56,6%
43,7%
49,7%
LETRAS
Evasão
4,4%
7,9%
1,9%
15,6
%
2,4%
18,4%
4,4%
9,7%
7,9%
11,0%
8,3%
Formatura
53,0%
15,3%
89,7%
55,5
%
100%
62,8%
51,9%
42,1%
54,8%
84,4%
60,9%
MATEMÁTICA
Evasão
2,6%
23,1%
14,6%
9,0%
27,5%
7,7%
28,8%
18,8%
15,7%
19,6%
16,74%
Formatura
200%
230%
2,2%
42,8
%
20,2%
51,2%
27,2%
27,7%
73,1%
47,3%
279,1%
MÉDIA
Evasão/
formatura
2,4%
7,2%
14,0%
15,7
%
10,8%
25,2%
11,3%
16,7%
12,5%
14,7%
14,5%
51,3%
339,8%
29,2%
26,5
%
48,2%
46,2%
40,3%
37,2%
49,4%
48,0%
84,69%
Fonte: Quadro elaborado por Macedo (2021) a partir dos dados da Pró/Reitoria de Avaliação e Planejamento
(PROAP), 2019.
Quadro 4 – Percentual de formação discente em tempo ideal nos cursos presenciais de Licenciaturas da UFT/
Campus de Arraias 2010-2019.
CAMPUS DE ARRAIAS - CAR
SITUAÇÃO
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
2019
MÉDIA
EDUCAÇÃO DO CAMPO
Evasão
00%
00%
00%
00%
2,5%
00%
9,3%
1,5%
13,5%
18,6%
4,5%
Carvalho, R. F., Carvalho, D. D. A., & Macêdo, R. K. J. (2023). Política de formação discente em tempo ideal nos cursos de licenciaturas da UFT: aspectos teórico-
práticos...
RBEC
Tocantinópolis/Brasil
v. 8
e15131
10.20873/uft.rbec.e15131
2023
ISSN: 2525-4863
16
Formatura
00%
00%
00%
00%
00%
00%
00%
00%
41,6%
35,0%
7,66%
MATEMÁTICA
Evasão
8,9%
15,4%
12,8%
23,4%
21,7%
7,8%
14,1%
5,9%
21,5%
15,7%
14,7%
Formatura
85,5%
11,7%
46,5%
20,2%
43,5%
14,4%
40,8%
26,0%
48,5%
23,0%
77,8%
PEDAGOGIA
Evasão
3,0%
6,7%
5,5%
9,6%
6,6%
4,2%
5,0%
1,9%
13,3%
11,9%
6,7%
Formatura
81,2%
36,2%
27,8%
53,7%
117,1
%
50,0%
52,5%
65,8%
65,2%
63,7%
61,3%
MÉDIA
Evasão/
formatura
3,9%
7,3%
6,1%
11,0%
10,2%
4,0%
9,4%
3,1%
16,1%
15,2%
8,6%
55,5%
15,9%
24,7%
24,6%
53,5%
21,4%
31,1%
30,6%
51,7%
40,5%
34,9%
Fonte: Quadro elaborado por Macedo (2021) a partir dos dados da Pró/Reitoria de Avaliação e Planejamento
(PROAP), 2019.
Quadro 5 – Percentual de formação discente em tempo ideal nos cursos presenciais de Licenciaturas da UFT/
Campus de Miracema 2010-2019.
CAMPUS DE MIRACEMA - CM
SITUAÇÃO
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
2019
MÉDIA
EDUCAÇÃO FÍSICA
Evasão
00%
00%
00%
00%
00%
13,7%
15,3%
6,4%
2,1%
20,5%
5,8%
Formatura
00%
00%
00%
00%
00%
00%
00%
00%
17,2%
35,9%
5,3%
PEDAGOGIA
Evasão
5,6%
9,4%
11,1%
14,4%
2,6%
20,4%
6,1%
9,9%
2,0%
16,1%
9,7%
Formatura
6,5%
7,2%
104,8
%
42,5%
120,0%
50,0%
50,0%
39,0%
77,5%
83,3%
58,0%
MÉDIA
Evasão/
formatura
2,8%
4,7%
5,5%
7,2%
1,3%
17,0%
10,7%
8,1%
2,1%
18,3%
7,7%
3,2%
3,6%
52,4%
21,2%
60,0%
25,0%
25,0%
19,5%
47,3%
59,6%
31,68%
Fonte: Quadro elaborado por Macedo (2021) a partir dos dados da Pró/Reitoria de Avaliação e Planejamento
(PROAP), 2019.
Quadro 5 – Percentual de formação discente em tempo ideal nos cursos presenciais de Licenciaturas da UFT/
Campus de Palmas 2010-2019.
CAMPUS DE PALMAS - CP
SITUAÇÃO
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
2019
MÉDIA
FILOSOFIA
Evasão
4,3%
8,3%
4,7%
3,8%
22,4%
22,3%
4,4%
27,0%
38,6%
22,7%
15,8%
Formatura
00%
00%
00%
14,2%
3,9%
17,0%
11,2%
33,8%
23,7%
18,7%
12,2%
PEDAGOGIA
Evasão
0,6%
2,4%
6,7%
1,9%
2,3%
26,2%
1,4%
19,2%
9,0%
23,6%
9,3%
Formatura
34,4%
36,9%
59,5%
40,9%
74,4%
69,5%
63,7%
55,8%
62,6%
57,3%
55,5%
TEATRO
Evasão
0,8%
1,9%
1,4%
4,0%
2,4%
39,5%
4,4%
31,2%
18,6%
30,6%
13,4%
Formatura
00%
00%
00%
14,6%
42,1%
33,3%
21,5%
25,0%
58,9%
33,8%
22,92%
MÉDIA Evasão/
formatura
1,9%
4,2%
4,2%
3,2%
9,0%
29,3%
9,1%
25,8%
22,0%
25,6%
13,4%
11,4%
12,3%
19,8%
23,2%
40,1%
38,9%
26,4%
38,2%
48,4%
36,6%
29,53%
Fonte: Quadro elaborado por Macedo (2021) a partir dos dados da Pró/Reitoria de Avaliação e Planejamento
(PROAP), 2019.
Carvalho, R. F., Carvalho, D. D. A., & Macêdo, R. K. J. (2023). Política de formação discente em tempo ideal nos cursos de licenciaturas da UFT: aspectos teórico-
práticos...
RBEC
Tocantinópolis/Brasil
v. 8
e15131
10.20873/uft.rbec.e15131
2023
ISSN: 2525-4863
17
Quadro 6 – Percentual de formação discente em tempo ideal nos cursos presenciais de Licenciaturas da UFT/
Campus de Porto Nacional 2010-2019.
CAMPUS DE PORTO NACIONAL - CPN
SITUAÇÃO
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
2019
MÉDI
A
CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
Evasão
1,9%
14,6%
5,1%
7,6%
6,9%
5,3%
6,0%
42,7%
5,0%
2,3%
9,7%
Formatura
38,4%
6,9%
53,1%
46,6%
57,5%
66,6%
40,0%
42,4%
44,4%
28,5%
38,2%
HISTÓRIA
Evasão
6,7%
7,9%
8,7%
9,4%
8,8%
5,3%
2,6%
4,8%
25,1%
31,8%
11,1%
Formatura
30,8%
19,4%
46,4%
30,2%
108,2%
36,6%
54,8%
37,1%
59,3%
48,7%
47,1%
GEOGRAFIA
Evasão
3,8%
13,0%
8,4%
15,8%
3,2%
3,3%
4,1%
44,9%
10,5%
13,9%
12,0%
Formatura
57,5%
18,3%
60,9%
43,9%
72,5%
52,7%
58,5%
30,4%
62,5%
33,3%
49,0%
LETRAS
Evasão
5,2%
4,2%
4,1%
5,4%
1,6%
1,0%
23,3%
23,3%
20,4%
27,3%
9,2%
Formatura
51,9%
25,9%
88,3%
28,9%
85,9%
57,8%
51,4%
51,4%
52,25
67,8%
51,0%
LETRAS (LIBRAS)
Evasão
00%
00%
00%
00%
00%
00%
8,1%
11,2%
7,6%
1,9%
2,8%
Formatura
00%
00%
00%
00%
00%
00%
00%
00%
35,7%
42,8%
7,8%
MÉDIA
Evasão/
formatura
3,5%
7,9%
5,5%
7,6%
4,1%
2,9%
8,8%
25,3%
13,7%
15,44%
9,4%
35,7%
14,1%
49,7%
29,9%
64,8%
42,7%
40,9%
32,2%
50,8%
44,22%
40,5%
Fonte: Quadro elaborado por Macedo (2021) a partir dos dados da Pró/Reitoria de Avaliação e Planejamento
(PROAP), 2019.
Quadro 7 – Percentual de formação discente em tempo ideal nos cursos presenciais de Licenciaturas da UFT/
Campus de Tocantinópolis 2010-2019.
CAMPUS DE TOCANTINÓPOLIS - CT
SITUAÇÃO
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
2019
MÉDIA
EDUCAÇÃO DO CAMPO
Evasão
00%
00%
00%
00%
25,5%
28,4%
11,6%
7,3%
13,1%
15,9%
10,1%
Formatura
00%
00%
00%
00%
00%
00%
00%
41,4%
27,5%
26,9%
9,5%
CIÊNCIAS SOCIAIS
Evasão
9,0%
12,7%
20,2%
9,9%
24,6%
24,1%
15,6%
27,3%
21,2%
14,9%
17,9%
Formatura
00%
5,3%
14,0%
11,3%
43,0%
20,9%
38,3%
25,8%
47,3%
12,9%
60,5%
PEDAGOGIA
Evasão
4,2%
5,6%
10,3%
5,2%
15,1%
11,2%
9,7%
15,6%
8,3%
6,2%
9,1%
Formatura
25,3%
85,0%
49,4%
16,6%
54,3%
43,2%
45,4%
51,2%
111,4%
48,3%
53,2%
EDUCAÇÃO FÍSICA
Evasão
00%
00%
00%
00%
00%
22,5%
9,8%
11,7%
12,9%
4,2%
6,1%
Formatura
00%
00%
00%
00%
00%
00%
00%
00%
30,0%
25,6%
5,5%
MÉDIA Evasão/
formatura
3,3%
4,5%
7,6%
3,7%
16,3%
21,5%
11,6%
15,4%
13,8%
10,3%
10,8%
6,3%
22,6%
15,8%
6,9%
24,3%
16,0%
20,9%
29,6%
54,0%
28,4%
22,4%
Fonte: Quadro elaborado por Macedo (2021) a partir dos dados da Pró/Reitoria de Avaliação e Planejamento
(PROAP), 2019.
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Com base no principal objetivo da pesquisa atentamos para os números de ingressantes
e formandos no período estudado (2010-2019) buscando entender se os alunos estão se
formando no período ideal em relação ao prazo estabelecido pela UFT: tempo mínimo 8 (oito)
semestres ou 4 (quatro) anos e tempo máximo permitido 12 semestres ou 6 (seis) anos.
Entretanto, esse prazo está distante de ser alcançado, como é demonstrado no quadro geral-
UFT 1, tendo em vista que a maioria dos alunos não realiza a formatura em tempo ideal, nem
no tempo máximo permitido (Macêdo, 2021).
Conforme a discussão teórica realizada nos itens 1 a 3 do presente texto, a problemática
da formação de professores, em geral, no Brasil, e da formação no âmbito dos Cursos de
Licenciaturas da UFT é inerente à própria lógica da formação que ocorre na sociedade
capitalista (Carvalho, Lagares & Fernandes, 2017). Para a lógica do capital exige-se um novo
trabalhador, como é o caso do trabalhador professor, que, na lógica do neoliberalismo de
mercado, passou a ser formado na perspectiva da flexibilidade, multifuncionalidade e
polivalência (Carvalho, Lagares & Fernandes, 2017).
Formar professores na perspectiva da escola postulada por Gramsci (2006), entretanto,
não coaduna com a perspectiva de formação que a produção e reprodução da sociedade
capitalista requer, pois, esta demanda um professor flexível e empreendedor, qualificado para
preparar os seus educandos a viverem em um mundo incerto e sem perspectiva, em que os
aspectos sociais estruturantes são escamoteados pela supervalorização dos elementos de
ordem técnica (Carvalho, Lagares & Carvalho, 2020). Em grande medida, o planejamento dos
Cursos de Licenciaturas é pensado em uma perspectiva técnico-instrumental, de modo que
estes sejam integralizados em um tempo ideal que desconsidera os aspectos político-sociais e
culturais como parte fundante da práxis educativa.
A técnica é algo importante para a formação, no entanto, esta não pode sobrepor-se aos
aspectos político-sociais e culturais que estruturam uma sociedade. Essas dimensões
formativas são fundamentais, por isso a docência deve ultrapassar os aspectos técnicos, posto
que a necessidade da criatividade, do pensamento crítico e da inserção sociocultural deve ser
atendida. Essa abordagem estritamente técnica tem sido apontada como responsável por uma
visão ingênua e tecnicista da educação, isolada de seu contexto histórico-social (Carvalho,
Lagares & Carvalho, 2020).
Nesse sentido, podemos dizer que, no caso dos Cursos de Licenciatura da UFT, nem
mesmo a formação do tipo instrumental parece ocorrer, pois além das dificuldades
econômica, social e cultural externas à universidade – falha na tomada de decisão em relação
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ao curso; dificuldades escolares; descontentamento com o curso e a futura profissão; razões
socioeconômicas; distância entre domicílio e universidade; assistência estudantil e atividades
de pesquisa e extensão; problemas pessoais – também não têm sido criadas as condições
materiais e político-pedagógicas internas a universidade: estrutura física, disponibilidade de
equipamentos de informática, laboratórios de ensino, qualidade do espaço físico; etc. Estas
são condições básicas indispensáveis para que o estudante possa participar, efetivamente, do
curso e ser formado no tempo mínimo necessário (Pavão, 2014).
Assim – sem criar as condições externas e internas à instituição – a proposta intencional
de formação em determinado tempo, percentual e velocidade é insuficiente, a exemplo do que
preceitua o Reuni, que vislumbra elevar progressivamente a taxa de conclusão média dos
cursos de graduação presencial para 90% ao final de cinco anos (Carvalho, Lagares &
Fernandes, 2017). Para além do planejado, os dados aqui apresentados evidenciam que a
realidade prática não se mostrou efetiva conforme Macêdo (2021), pois demonstram que a
maioria dos alunos não realiza a formatura em tempo ideal e nem no tempo máximo
permitido, além do fato de que grande parte evade dos cursos antes da conclusão.
Nesse sentido, não basta definir as normas burocraticamente e definir prazos para a
realização da formação. Mais importante do que isto parece ser – embora não tenha sido
objeto do presente estudo – a criação das condições materiais, institucionais, políticas e
ideológico-pedagógicas que viabilizem a realização da formação pelos estudantes, futuros
professores (Carvalho & Aguiar de Carvalho, 2019).
Frente ao exposto, não é difícil depreender que no caso da formação de professores da
UFT o que tem sido planejado e transformado em diretrizes, aparentemente, não considerou
as condições socioeconômicas dos estudantes. Mais que isto, presumivelmente, também não
têm sido criadas as condições materiais, institucionais e político-pedagógicas compatíveis
com a proposta formativa idealizada.
Apontamentos (in)conclusivos
A partir dos argumentos apresentados por meio da exposição do referencial teórico e da
análise documental foi possível concluir um dos objetivos da pesquisa realizada pelo Grupo
de Estudo e Pesquisa Socioeducativa e Cultural (Práxis). Tal objetivo consiste em sintetizar os
apontamentos da formação de professores na perspectiva da filosofia da práxis por meio da
tensão entre as dimensões ético-política e econômico-corporativa e analisando essas
perspectivas dentro do contexto formativo-educacional da UFT.
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Nesse sentido, foi possível observar por meio das fontes estudadas a influência dos
valores neoliberais na educação e como eles afetam diretamente a formação de professores,
fazendo com que esta seja instrumentalizada sempre por uma perspectiva tecnicista, cuja
importância está centrada no quantitativo, ao invés do qualitativo.
Em relação à UFT, tomando como referência os documentos institucionais analisados,
ainda não é possível afirmar que a formação ofertada pela instituição está totalmente imersa
na lógica mercadológica, pois não há nada explicito em seus documentos em relação a esse
processo, o que demanda aprofundamento dos estudos a respeito do tema. Contudo,
observando o PDI é possível deduzir que a lógica seguida pela UFT não difere muito do que
foi discutido na seção 2, tendo em vista que a “... busca pela excelência no ensino superior é a
principal meta da Pró-Reitoria de Graduação (Prograd)” (PDI, 2016b, p. 28) que está em
conformidade com a visão de formação da UFT de “... ser reconhecida nacionalmente até
2022, pela excelência no ensino, pesquisa e extensão” (p. 16). Embora seja uma visão geral,
essa preocupação em explicitar a “excelência” formativa está em consonância com os
fundamentos formativos explicitados no presente texto.
A centralidade do estudo realizado a partir de pesquisa bibliográfica e documental
consistiu no levantamento de dados gerais sobre a formação discente em tempo ideal nos
Cursos de Licenciaturas da UFT com base nos documentos institucionais, incluindo os
relatórios do SIE/UFT. Os dados coletados revelaram que a maioria dos alunos não realiza a
formatura em tempo ideal e nem no tempo máximo permitido, posto que, em grande parte,
evade dos cursos antes da sua conclusão.
Depreendemos da análise feita acerca da UFT que parece ser urgente o desenvolvimento
de políticas institucionais que contribuam para: a reestruturação da formação de professores e
a reformulação dos Projetos Pedagógicos dos Cursos; assegurar as condições materiais de
acesso e permanência dos estudantes; melhorar as condições de realização do trabalho
pedagógico por parte dos professores; e valorizar o trabalho docente no processo de ensino,
pesquisa, extensão e gestão.
Referências
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UFT (2016c). Projeto Pedagógico Institucional (PPI) da Universidade Federal do Tocantins.
Palmas/TO: UFT.
i
Pró-Reitoria de Administração e Planejamento.
ii
Para a Proap “ingressante é todo estudante que obteve aprovação em pelo menos uma disciplina do primeiro
semestre de curso” (p. 3). Matrículas válidas “retratam o número de discentes que possuem condições formais
de realizar matrículas nas disciplinas no início do semestre em referência” (UFT/Proap, 2013, p. 8). Quanto à
evasão, a referida Pró-Reitoria tem dois entendimentos: No primeiro, considera como evasão a saída do Curso
por evasão de um curso específico, evasão do campus, evasão da universidade, incluindo, os formandos, ou
seja, alunos concluintes. No segundo entendimento, a evasão é considerada como supressão do vínculo formal
com um curso sem a devida conclusão, nos seguintes casos: “1) evasão de um curso específico; 2) evasão do
campus; e 3) evasão da universidade” (UFT/Proap, 2013, p. 8). Na análise dos dados realizamos os cálculos
para chegar ao percentual de evasão, conforme o entendimento de evasão da Proap.
iii
Deduzimos que os percentuais que aparecem nos dados analisados devem-se ao acúmulo de alunos que não se
formaram em tempo ideal no período anterior ao universo temporal da pesquisa: 2010 a 2019. Temos
consciência, entretanto, que precisamos apurar melhor tal informação para fazermos uma afirmação definitiva.
Informações do Artigo / Article Information
Recebido em: 03/11/2022
Aprovado em: 02/05/2023
Publicado em: 21/10/2023
Received on November 03th, 2022
Accepted on May 02th, 2023
Published on October, 21th, 2023
Contribuições no Artigo: Os(as) autores(as) foram os(as) responsáveis por todas as etapas e resultados da pesquisa, a
saber: elaboração, análise e interpretação dos dados; escrita e revisão do conteúdo do manuscrito e; aprovação da versão
final publicada.
Author Contributions: The author were responsible for the designing, delineating, analyzing and interpreting the data,
production of the manuscript, critical revision of the content and approval of the final version published.
Conflitos de Interesse: Os(as) autores(as) declararam não haver nenhum conflito de interesse referente a este artigo.
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Funding
Carvalho, R. F., Carvalho, D. D. A., & Macêdo, R. K. J. (2023). Política de formação discente em tempo ideal nos cursos de licenciaturas da UFT: aspectos teórico-
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Como citar este artigo / How to cite this article
APA
Carvalho, R. F., Carvalho, D. D. A., & Macêdo, R. K. J. (2023). Política de formação discente em tempo ideal nos cursos de
licenciaturas da UFT: aspectos teórico-práticos. Rev. Bras. Educ. Camp., 8, e15131.
http://dx.doi.org/10.20873/uft.rbec.e15131
ABNT
CARVALHO, R. F.; CARVALHO, D. D. A.; MACÊDO, R. K. J. Política de formação discente em tempo ideal nos cursos de
licenciaturas da UFT: aspectos teórico-práticos. Rev. Bras. Educ. Camp., Tocantinópolis, v. 8, e15131, 2023.
http://dx.doi.org/10.20873/uft.rbec.e15131
