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com o autor amplia-se o campo para
inovação e interesse por novos
conhecimentos.
São elementos que envolvem o
desenvolvimento de projetos educativos: a
pesquisa, o trabalho coletivo, a
interdisciplinaridade, a cooperação, o
dinamismo, entre outros, ou seja, reúne
diversas ações e saberes em torno de um
objetivo determinado (Brasil, 1997).
Para Hernández e Ventura (1998, p.
61), os projetos entendidos em sua
dimensão pedagógica e simbólica podem
permitir:
a- Aproximar-se da
identidade dos alunos e favorecer a
construção da subjetividade, longe de
um prisma paternalista, gerencial ou
psicologista, o que implica considerar
que a função da escola não é apenas
ensinar conteúdos, nem vincular a
instrução com a aprendizagem,
b- Revisar a organização do
currículo por disciplinas e a maneira
de situá-los no tempo e no espaço
escolar, o que torna necessária a
proposta de um currículo que não
seja uma representação do
conhecimento fragmentada,
distanciada dos problemas que os
alunos vivem e necessitam responder
em suas vidas, mas, sim, solução de
continuidade,
c- Levar em conta o que
acontece fora da escola, nas
transformações sociais e nos saberes,
a enorme produção de informação
que caracteriza a sociedade atual, e
aprender a dialogar de uma maneira
crítica com todos esses fenômenos.
Considerando o que defende o autor
supracitado os projetos para educação do
campo devem estar contextualizado com a
realidade do aluno e ao mesmo tempo
ampliar a sua visão de mundo,
contribuindo para formação de agentes
capazes de interagir e transformar o meio
em que vive.
Assim sendo, o grande paradigma da
complexidade de se trabalhar um projeto
pedagógico vem sendo transformado aos
poucos em novas ideologias onde as
escolas do campo vem inserindo aos
poucos e timidamente esse novo fazer
pedagógico.
Analisando com esse olhar, pode-se
notar o quanto é valoroso proporcionar o
desenvolvimento de um projeto no âmbito
escolar, não só trazendo conhecimentos
inovadores como também possibilita a
troca de saberes entre todos os envolvidos.
Logo fazendo uso de um dos quatro pilares
da educação, “aprender a aprender”,
podemos dizer que trabalhar projetos nas
escolas é e sempre será uma forma
interdisciplinar e inovadora de educar
(UNESCO, 2004).
Nesse sentido, Behrens (2005)
entende que o aprender a aprender coloca o
professor e o estudante como agentes de
investigação. Com isso percebemos a
grande importância de se trabalhar projetos
educacionais nas escolas de educação do