Revista Brasileira de Educação do Campo
The Brazilian Scientific Journal of Rural Education
ARTIGO/ARTICLE/ARTÍCULO
DOI: http://dx.doi.org/10.20873/uft.rbec.v4e5407
Tocantinópolis/Brasil
v. 4
e5407
10.20873/uft.rbec.v4e5407
2019
ISSN: 2525-4863
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Uso das TICs por educandos do Ensino Médio de escolas
do campo
Franciele Cristiane de Oliveira Costa Alves da Luz
1
,
Sandro Aparecido dos Santos
2
, Elaine Maria dos Santos
3
1,2,3
Universidade Estadual do Centro Oeste - UNICENTRO. Programa de Mestrado Profissional em Ensino de Ciências
Naturais e Matemática. Rua Alameda Elio Antônio Dalla Vecchia, 838, Vila Carli. Guarapuava - PR. Brasil.
Autor para correspondência/Author for correspondence: francosta23@hotmail.com
RESUMO. A educação no Brasil possui muitas questões a
serem resolvidas, principalmente no que diz respeito à
diversidade, como é o caso da Educação do Campo, que
muito tempo tem sido enfatizada como uma forma de melhorar a
educação para os sujeitos inseridos no ambiente rural. Quando
voltamos nosso olhar para a utilização das Tecnologias de
Informação e Comunicação (TICs), percebemos que muitos são
os avanços necessários para que os povos do campo tenham o
acesso ideal e que isso auxilie no processo de
ensino/aprendizagem dos educandos. Dentro dessa perspectiva,
o presente trabalho teve como foco a busca de informações
referentes ao conhecimento e a utilização das TICs por
estudantes das terceiras séries do Ensino Médio das escolas
públicas localizadas em assentamentos no município de Rio
Bonito do Iguaçu - Paraná, através da aplicação de questionário
sobre o uso das novas tecnologias para o processo de
ensino/aprendizagem. Os principais resultados apontam para a
necessidade de um direcionamento frente à utilização das TICs
pelos educandos, visto que a escola possui papel fundamental no
acesso às informações pelos alunos inseridos no campo,
buscando assim o avanço na qualidade do ensino.
Palavras-chave: Educação do Campo, TICs,
Ensino/Aprendizagem.
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Use of ICTs by High School students in rural schools
ABSTRACT. Education in Brazil has many issues to be solved,
especially regarding diversities, such as Rural Education, which
has long been emphasized as a way to improve education for
rural subjects. When we turn our attention to the use of
Information and Communication Technologies (ICTs), we
realize that many are the necessary advances so that the rural
people have the ideal access and that this helps in the process of
teaching/learning of the students. In this perspective, the present
work focused on the search for information about the knowledge
and the use of ICTs by students of the third high school series
of public schools located in settlements in the city of Rio Bonito
do Iguaçu - Paraná, through the application of questionnaire on
the use of new technologies for the teaching/learning process.
The main results point to the need for a direction towards the
using of ICT’s by the students, since the school has a
fundamental role in the access to information by the students
inserted in the rural environment, thus seeking the advancement
in the quality of teaching.
Keywords: Rural Education, ICTs, Teaching/Learning.
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Uso de las TIC’s por educandos de la Enseñanza Media de
escuelas del campo
RESUMEN. La educación en Brasil tiene muchas cuestiones a
ser resueltas, principalmente en lo que se refiere a la diversidad,
como es el caso de la Educación del Campo, que desde hace
mucho ha sido enfatizada como una forma de mejorar la
educación para los sujetos insertos en el ambiente rural. Cuando
volvemos nuestra mirada a la utilización de las Tecnologías de
Información y Comunicación (TIC’s), percibimos que muchos
son los avances necesarios para que los pueblos del campo
tengan el acceso ideal y que eso auxilie en el proceso de
enseñanza/aprendizaje de los educandos. Dentro de esta
perspectiva, el presente trabajo tuvo como foco la búsqueda de
informaciones referentes al conocimiento y la utilización de las
TICs por estudiantes de las terceras series de la Enseñanza
Media de las escuelas públicas ubicadas en asentamientos en el
municipio de Rio Bonito do Iguaçu - Paraná, a través de
cuestionario sobre el uso de las nuevas tecnologías para el
proceso de enseñanza-aprendizaje. Los principales resultados
apuntan a la necesidad de un direccionamiento frente a la
utilización de las TIC’s por los educandos, ya que la escuela
tiene un papel fundamental en el acceso a las informaciones por
los alumnos insertados en el campo, buscando así el avance en
la calidad de la enseñanza.
Palabras clave: Educación del Campo, TIC,
Enseñanza/Aprendizaje.
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Introdução
A utilização de Tecnologias de
Informação e Comunicação (TICs) teve
um avanço significativo nos últimos anos,
sendo utilizadas praticamente por toda a
população, em diversas atividades,
indústrias, comércio, investimentos, sendo
também incluída como auxílio pedagógico
no ensino/aprendizado nas escolas.
A busca pelo melhor
ensino/aprendizagem sempre foi o ponto
fundamental quando se trata de Educação
em todos os seus aspectos, seja um ensino
direcionado para educandos que moram na
área urbana ou aqueles provenientes de
qualquer tipo de diversidade, tais como,
indígenas, pessoas do campo, quilombolas,
ribeirinhos, ilhéus, entre outros.
São inúmeros os problemas
enfrentados pelos indivíduos inseridos
nessas diversidades, como difícil acesso à
escola, falta de material didático nas
escolas, bem como uma defasagem de
conteúdos e conceitos (Sapelli, 2013),
mesmo com essas dificuldades a Educação
do Campo está sempre em busca de uma
educação de qualidade e que valorize o
sujeito enquanto crítico e responsável pelas
mudanças na sociedade a qual pertence.
Dentro dessa perspectiva, a
utilização das TICs pelos educandos,
assim como em Martins-Augusto (2014),
pode auxiliar no ensino/aprendizagem,
bem como em cursos de qualificação ou
até mesmo cursos superiores.
Diante disso, o presente estudo teve
por objetivo a investigação referente ao
conhecimento e utilização das Tecnologias
de Informação e Comunicação (TICs) por
alunos que estão cursando o terceiro ano
do Ensino Médio nas escolas do campo no
município de Rio Bonito do Iguaçu
Paraná.
A pesquisa procurou investigar se as
TICs estão à disposição dos alunos e
como estão sendo utilizadas, visto que o
avanço da tecnologia perpassa por todos os
âmbitos da educação e é necessário que os
povos do campo tenham garantia de acesso
ao conhecimento e a informação, onde a
escola possui papel importante na
orientação dos jovens para que estes
possam usufruir das ferramentas
tecnológicas disponibilizadas.
Referencial teórico
aproximadamente 10 anos se
iniciou o debate referente aos conceitos de
desenvolvimento, políticas públicas e
escolas para as populações rurais.
Conforme as discussões ganhavam
espaços, começava então a se falar de
“Educação do Campo”, sendo esse termo
utilizado para referenciar uma pauta de
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reivindicações sobre a visão de campo
muito mais apurada do que somente o fato
do espaço em si, mas como uma nova
forma de ressignificação e transformação
do rural. A partir desse novo pensamento,
o termo “rural” lugar ao termo “campo”
como forma de espaço na sociedade
brasileira (Marschner, 2011).
A Educação do Campo nasce como
uma forma de demonstrar a luta pela
reforma agrária dos povos do campo, luta
pela terra, por reforma política voltada para
o campo, direito à educação de qualidade,
saúde, segurança, entre outros.
Durante muito tempo a educação
voltada para os indivíduos do campo era o
mesmo modelo apresentado para os
indivíduos da cidade, visto que a partir da
aprovação da Constituição de 1988 e a
redemocratização do país, o debate em
torno dos direitos dos povos do campo
foram muito expressivos, firmando assim
um compromisso do Estado para com a
sociedade, no sentido de se desenvolver
uma educação para todos, respeitando as
especificidades culturais e regionais
(Santos, 2011).
Ainda na percepção do autor, os
movimentos sociais, principalmente o
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem
Terra (MST), defendem que o campo é
muito mais do que o espaço geográfico, é
também um espaço de formação política,
de crítica, de resistência para que exista
uma política pública voltada aos direitos
dos povos do campo.
A Lei de Diretrizes e Bases (LDB)
9.394/96, um dos documentos importantes
da reforma educacional, no artigo 28,
determina as seguintes normas para a
educação no meio rural:
Na oferta da educação básica para a
população rural, os sistemas de
ensino proverão as adaptações
necessárias à sua adequação, às
peculiaridades da vida rural e de cada
região, especialmente: I - conteúdos
curriculares e metodologia
apropriada às reais necessidades e
interesses dos alunos da zona rural;
II - organização escolar própria,
incluindo a adequação do calendário
escolar às fases do ciclo agrícola e às
condições climáticas; III - adequação
à natureza do trabalho na zona rural.
Partindo do princípio explicado na
LDB, o governo passa a reconhecer e
pensar uma legislação própria de educação
para os povos inseridos no campo, levando
o Conselho Nacional de Educação, por
meio da Câmara de Educação Básica, a
aprovar, em 2002, as Diretrizes
Operacionais para a Educação Básica nas
Escolas do Campo (Resolução CNE/CEB
n. 1, de 3 de abril de 2002) (Brasil, 2006).
Com os debates acerca da Educação
do Campo, podemos observar o avanço na
proposta pedagógica como na forma de
organização das escolas, sendo agora vistas
como escolas “do campo” e não somente
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“no campo”, em que se busca a forma
diferenciada de ensino para os educandos
do campo. Porém, ainda se apresenta
muita divergência, como falta de materiais
didáticos adequados para a diversidade do
campo, difícil acesso às escolas e
defasagem de conteúdos e conceitos.
Existem muitos avanços teóricos, muita
intencionalidade, mas ainda pouco avanço
prático (Sapelli, 2013).
O difícil acesso à escola,
principalmente em dias chuvosos, acaba
por ocasionar a defasagem de conteúdo,
pois se tem uma fragmentação no processo
de ensino/aprendizagem quando o
educando não pode comparecer às aulas,
sendo assim, o professor não consegue dar
andamento ao conteúdo da forma como
seria necessário, dentro do tempo
estipulado, o que impossibilita o conteúdo
de ser trabalhado.
No que diz respeito à estrutura
curricular voltada a educação do campo,
nos deparamos com o modelo generalizado
de conteúdos e metodologias de ensino que
não levam em consideração as
especificidades do campo, como prevista
na LDB, no qual o material didático
proporcionado ao aluno é o mesmo
direcionado as escolas urbanas, ou seja, o
Estado não nega o acesso à escola, porém,
as estratégias para incluir os sujeitos nas
diferentes modalidades, buscando a
realidade do aluno, os conteúdos e
metodologias diferenciadas para a
Educação do Campo devem ser de
responsabilidade do professor em
desenvolver atividades que condizem com
a proximidade de cada local, ao buscar
sempre melhorar o ensino/aprendizagem
do aluno (Sapelli, 2013).
Em Martins-Augusto (2014), dentro
da perspectiva do campo, as TICs se
fazem presente como forma de avanço em
relação ao processo de informação e
comunicação desses povos. Dessa forma é
cada vez mais necessário que os alunos
aprendam a lidar com as novas tecnologias,
que a escola prepare seus educandos para
que possam tirar o máximo de proveito de
seus conhecimentos, ao lembrar sempre de
serem levantadas questões referentes ao
ambiente escolar, a relação professor-aluno
e a formação dos professores, para que se
tenha uma inserção dessas novas
tecnologias.
Ainda segundo a autora, a velocidade
com que as informações se propagam pela
rede acabam por gerar um questionamento
sobre o papel da escola, na qual a pouca
flexibilidade da estrutura impede que ela
avance no mesmo ritmo, pois, o
aprendizado não está mais restrito as
informações retidas nos bancos escolares.
Para os indivíduos que vivem longe
dos centros urbanos, a utilização das
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diversas TICs, auxiliam para a obtenção
de informações antes restritas a essas
pessoas. O acesso a conhecimento, cultura,
serviço público e comércio se torna muito
difícil para os povos que vivem no campo,
então, a inserção tecnológica é um meio
para auxiliar principalmente os jovens e as
crianças a terem acesso aos diversos tipos
de conhecimento (Martins-Augusto, 2014).
Podemos perceber que nem sempre,
assim como relata a autora, que a
utilização das tecnologias pelos jovens está
ligada ao seu uso para o estudo e no
desempenho escolar. Muitos buscam
liberdade de autonomia nas novas
tecnologias, o que não acontece no
ambiente escolar, devido ser um ambiente
rígido e regrado.
A escola ainda carrega diversos
traços tradicionais, muitas vezes fora da
contextualização da realidade que envolve
o sujeito, ao acarretar num desinteresse por
parte dos alunos, que dão mais atenção ao
entretenimento à tecnologia que lhe é
oferecida. Por isso, a escola deve estar
preparada para que ocorra uma
reformulação do sistema no sentido de
atualização e adequação, para a formação
das crianças e jovens, também no âmbito
tecnológico. (Martins-Augusto, 2014;
Couto, 2014).
Apesar de não ser consenso entre os
profissionais da educação o uso das
tecnologias em sala de aula, como
percebemos nas pesquisas de Couto e
Coelho (2013) e Couto (2014) e Martins-
Augusto (2014), as TICs estão longe de
substituir o papel do professor, pois esse
continua sendo fundamental no processo
ensino/aprendizagem, visto que não são as
tecnologias que irão alterar o processo,
mas sim, a escolha da tecnologia e a forma
de utilização por parte do docente.
Vemos que ainda são escassos os
recursos tecnológicos no campo, uma vez
que a exclusão digital pode atrasar o
desenvolvimento social e humano, em que
se percebe que são poucas as famílias que
possuem o acesso as TICs, devido às
condições de aquisição de dispositivos,
porém, segundo os autores, não se trata
somente de acesso, mas da própria
qualidade do acesso que, muitas vezes, a
falta de investimento por parte das
empresas em locais de difícil acesso e, até
mesmo, falha na qualidade do serviço
ofertado, acarreta uma desigualdade no
acesso de determinadas regiões e grupos
sociais (Martins-Augusto, 2014; Couto,
2014).
Em relação às escolas, poucas são as
que possuem acesso pela comunidade às
tecnologias e até mesmo para os alunos, ao
incluir entre as diversas dificuldades,
espaço físico em relação ao número de
alunos, visto que a quantidade de
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computadores é limitada, além da
impossibilidade de conexão devido à
instabilidade do sinal, e da manutenção
restrita (Martins-Augusto, 2014).
Diante do exposto, podemos afirmar
que as escolas do campo são espaços
públicos para a informação dos sujeitos e
que devem também estar envolvidas nos
avanços tecnológicos, ao proporcionar aos
povos do campo o acesso e a possibilidade
de inserção na sociedade contemporânea,
com acesso a computador, internet e outros
tipos de tecnologias (Martins-Augusto,
2014). Apesar do avanço na discussão e do
fortalecimento sobre o conceito de
Educação do Campo, precisamos
considerar que existe muito ainda a se
desenvolver no que se refere à
infraestrutura tecnológica (Oliveira et al.,
2013).
Assim sendo, o objetivo desse estudo
é investigar o conhecimento e a utilização
das Tecnologias de Informação e
Comunicação (TICs) por alunos que estão
cursando o terceiro ano do Ensino Médio
nas escolas do campo no município de Rio
Bonito do Iguaçu Paraná.
Metodologia
De acordo com Silva e Menezes
(2005) a pesquisa pode ser classificada do
ponto de vista da natureza como sendo
básica, uma vez que busca conhecimentos
úteis para o avanço da ciência; do ponto de
vista da abordagem do problema é
quantitativa, pois visa traduzir em valores
as opiniões expressas pelos respondentes
para classificá-las e analisá-las através de
recurso e de técnicas estatísticas;
considerando o seu objetivo é descritiva,
pois busca o conhecimento de determinada
população e a relação com algumas
variáveis.
Neste trabalho, o processo de
investigação se deu com os educandos dos
terceiros anos do Ensino Médio, de três
escolas do campo, em área de
assentamento, no município de Rio Bonito
do Iguaçu Paraná, no ano de 2017, que
totalizou 94 respondentes.
A coleta de dados foi realizada por
meio de questionários aplicados
diretamente aos educandos, com questões
de múltipla escolha e questões descritivas
(Apêndice 1), como forma de destacar o
conhecimento e a utilização das TICs
pelos jovens inseridos na Educação do
Campo.
Análise e discussão dos resultados
As ferramentas tecnológicas
permitem o registro, a edição, combinação
e manipulação de qualquer tipo de
informação, em qualquer tempo e lugar,
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uma vez que o seu uso pedagógico é uma
forma de ampliar possibilidades de
interação professor-aluno.
Para que se possa contextualizar o
conhecimento e a forma de utilização das
novas tecnologias pelos educandos do
Ensino Médio de escolas públicas e com
base nos debates apresentados, podemos
realizar a análise e discussão dos
resultados obtidos através dos
questionários, apresentados nos gráficos
juntamente com as referidas discussões.
Algumas questões poderão não totalizar
valores 100% devido algumas perguntas
permitirem mais de uma alternativa como
resposta.
Podemos observar no gráfico 1,
referente a primeira questão, os seguintes
resultados:
Gráfico 1 - Gênero.
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
Masculino
Feminino
Fonte: Os autores.
Esse resultado nos permitiu observar
que 52% dos respondentes são do sexo
feminino, enquanto 48% são do sexo
masculino, tendo nessa amostra uma
proximidade em relação à quantidade de
meninos e meninas que cursam o terceiro
ano do Ensino Médio nas escolas do
campo.
Os resultados obtidos com a questão
2, podem ser observados no gráfico 2 a
seguir:
Gráfico 2 Faixa etária.
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
15 a 17 ano
18 a 20 anos
acima de 20
anos
Fonte: Os autores.
Observou-se que 73% dos estudantes
estavam na faixa etária de 15 a 17 anos,
22% com faixa etária de 18 a 20 anos e
somente 5% possuíam idade acima de 20
anos, o que demonstra não existir um
desvio muito significativo em relação à
idade da maioria dos educandos que
finalizam o Ensino Médio.
No gráfico 3, referente a terceira
questão, percebemos que 70% dos
respondentes realizavam atividades na
propriedade em que moravam, como
auxiliar os pais no trabalho no campo, o
que demonstra que, além de estudar, os
educandos inseridos no campo possuíam
também a tarefa de cuidado com a
propriedade. Além disso, 51%
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responderam que auxiliavam também em
tarefas domésticas, sendo 3% os que
somente estudavam e 2% dos educandos
desempenhavam outras atividades, como
trabalhar na cidade, porém, sem registro.
Nenhum dos respondentes assinalou a
alternativa que relacionava o fato de
estudar e trabalhar registrado em alguma
empresa.
Gráfico 3 Ocupação.
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
só estuda
estuda e
trabalha no
campo
estuda e ajuda
nas tarefas
domésticas
outras
atividades
Fonte: Os autores.
O gráfico 4 representa os resultados
obtidos em relação a questão 4, observado
a seguir:
Gráfico 4 Tecnologias presentes nas residências.
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
televisao
rádio
telefone/celular
computador/not
ebook
tv a cabo
Fonte: Os autores.
No que se refere às tecnologias
presentes nas residências, obtivemos um
destaque em relação ao aparelho televisor,
com 74%, o telefone/celular com 82% e o
rádio com 70% das respostas, o que
demonstra ser esses as principais fontes de
informações que possuíam. Poucos
salientaram (somente 22%) a existência de
computador ou notebook em sua
residência, e a presença de TV por
assinatura correspondeu a 20%. Pudemos
perceber que muitas famílias ainda não têm
o acesso direto à rede de computadores em
suas casas. Segundo Martins-Augusto
(2014) e Couto (2014), a exclusão digital
pode causar um atraso no desenvolvimento
social, uma vez que poucas são as famílias
que possuem acesso as novas tecnologias,
visto que, segundo esses autores, não se
trata somente da aquisição de aparelhos,
mas da qualidade ao acesso.
Um dos fatores que pode influenciar
no uso das TIC’s é o fato da maioria dos
estudantes, em fase final do Ensino Médio
nas escolas do campo, não possuírem
cursos específicos em informática, como
demonstrado no gráfico 5:
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Gráfico 5 Curso de Informática.
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
Possuem curso
Não possuem
curso
Fonte: Os autores.
Cerca de 83% dos estudantes não
tem curso de informática, uma vez que isso
auxilia na compreensão e na utilização de
determinadas ferramentas tecnológicas,
pelo fato de residirem longe dos centros
urbanos. Assim, o uso dessas ferramentas
podem auxiliar na obtenção de
informações, como acesso à cultura,
serviços, comércio, entre outras, e para que
ocorra uma melhora nessa inserção
tecnológica é de suma importância a
intervenção da escola nesse processo
(Martins-Augusto, 2014).
Apesar de a maioria dos educandos
enfatizarem não apresentarem
computadores ou notebooks em suas
residências, o gráfico 6 demonstra que
68% tem o acesso a rede de internet, sendo
esse acesso maior em casa 70%, ou da
escola 28%, como demonstrado no gráfico
7. Além disso, 2% responderam ter acesso
à internet do trabalho e 15% disseram não
acessar a internet.
O gráfico 8 representa o período de
utilização da internet pelos alunos, visto
que 33% variou o tempo de acesso de 1 a 3
horas diárias e 28% ficavam conectados
menos de uma hora por dia na internet.
Porém, 23% dos educandos responderam
estarem sempre conectados, enquanto que
10% permaneciam conectados entre 4 a 6
horas e 6% não responderam à questão.
Gráfico 6 Acesso a rede de internet.
0%
20%
40%
60%
80%
100%
Possui acesso a
internet
Não possui
acesso a internet
Fonte: Os autores.
Gráfico 7 Local de
acesso.
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
Acesso de casa
Acesso da
escola
Acesso do
trabalho
Não acessa
Fonte: Os autores.
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Gráfico 8 Tempo de acesso.
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
menos de 1 h
diária
entre 1 e 3 hs
diária
4 a 6 hs diária
sempre
conectado
Não
responderam
Fonte: Os autores.
Ao serem questionados sobre o tipo
de buscas que realizavam quando
utilizavam a internet, a maioria citou as
redes sociais (84%), que incluíam
Facebook, WhatsApp e Instagram.
Entretenimento ficou com 61%, e incluía
vídeo, músicas, filmes ou séries. Alguns
poucos, cerca de 17%, responderam que
realizavam buscas em sites educativos, e
outros 19% utilizavam a internet para
diversão, por meio de jogos interativos.
Esses resultados podem ser observados no
gráfico 9.
Gráfico 9 Buscas na internet.
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
Entretenimento
Diversao
Redes sociais
Sites educativos
Fonte: Os autores.
Para Martins-Augusto (2014) e
Couto (2014), o uso das tecnologias pelos
jovens nem sempre está relacionado com o
estudo e o desempenho escolar, isto porque
a maioria vê nas novas tecnologias uma
forma de autonomia e de liberdade,
diferente do ambiente rígido e cheio de
regras que é o âmbito escolar.
Apesar de somente alguns educandos
responderem que realizavam buscas de
sites educativos, muitos afirmaram que
quando necessário buscavam informações
para a complementação dos estudos, como
demonstrado no gráfico 10.
Gráfico 10 Buscas de informações para estudo.
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
Sempre busca
informaçoes
sobre os
conteúdos
As vezes busca
informaçoes
sobre os
conteúdos
Não utiliza para
fins de estudo
Fonte: Os autores.
O resultado obtido na questão 11 está
representado no gráfico 11:
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campo...
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Gráfico 11 Pesquisa de artigos científicos.
0%
20%
40%
60%
80%
100%
Sabem
pesquisar
artigos
Não sabem
pesquisar
artigos
Fonte: Os autores.
No que se referiu à pesquisa de
artigos científicos, podemos observar uma
aproximação entre a quantidade de
respondentes que se referiu saber realizar
buscas de artigos científicos (53%) e
aqueles que admitiram o saber realizar
tal busca (47%).
Ao se tratar da utilização de
ferramentas do Google, vimos que a
maioria dos respondentes estava centrada
na utilização de e-mail e do Google Maps,
seguidos de outras ferramentas, como
demonstrados no gráfico 12.
As questões descritivas
possibilitaram aos educandos responderem
sobre as ferramentas que utilizavam para
edição, formatação de textos e para
apresentação de trabalhos, além da questão
referente ao acesso e ao uso das TICs por
alunos, na escola.
Gráfico 12 Ferramentas Google.
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
Documentos
Google
Desenhos
Google
Email
Planilhas Google
Google Maps
Apresentaçao
Google
Compartilhamen
to de arquivos
Fonte: Os autores.
A questão 13, referente ao uso das
ferramentas de edição e formatação de
texto pelos educandos, demonstrou que
aproximadamente 60% dos alunos que
estão no terceiro ano do Ensino Médio não
sabiam utilizar tais ferramentas, sendo as
justificativas o fato de não possuírem
computador, não entregarem trabalhos
escolares digitados ou simplesmente de
não terem conhecimento sobre as
ferramentas. Apesar de questionados sobre
essas ferramentas, 24% citaram somente o
nome do programa utilizado para digitação
de textos. Todavia, 6% dos respondentes
disseram saber utilizar as ferramentas, ao
citarem como fazer para alterar fonte,
margens, cores do texto, entre outros.
Desses, 10% não responderam à questão.
Na questão 14 sobre a utilização de
ferramentas para a realização de
apresentação de trabalhos, pudemos
observar que todas as respostas não
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possuíam as ferramentas utilizadas para
montar uma apresentação de trabalho, visto
que 38% dos educandos citaram os
aparelhos utilizados para a apresentação de
trabalhos, como multimídia, televisão,
notebooks e pen drive. Aproximadamente
25% admitiam não saber elaborar uma
apresentação, 22% citaram somente o
nome do programa e 14% não
responderam à questão.
No questionamento sobre a utilização
das TICs na escola, enquanto educandos,
a questão 15 mostrou que 38% dos alunos
não possuíam acesso as TICs,
aproximadamente 27% responderam que
tinham acesso à internet sem fio e que
haviam utilizado outras TICs, como
televisão, computadores, multimídia, além
de acesso para a impressão de trabalhos
quando necessitaram. Ademais, 25%
relataram possuírem acesso ao laboratório
de informática da escola, porém, poucos
computadores estavam em funcionamento,
além disso, não conseguiam acesso à
internet devido a conexão ser muito
demorada, então não utilizavam o
laboratório. Vale destacar que 10% dos
educandos não responderam a questão.
De acordo com Martins-Augusto
(2014) e Oliveira et al. (2013), as TICs se
fazem presente dentro da perspectiva do
campo, o que é um avanço no processo de
comunicação dos povos e com isso, se faz
necessário cada vez mais que os alunos
saibam utilizar das novas tecnologias para
que possam aproveitar ao máximo os
conhecimentos, tendo a escola o papel de
mediadora dessa inserção das tecnologias
para os povos do campo, embora sejam
poucas as que facilitam o acesso dos
alunos as tecnologias, seja por escassez de
computadores, falta de manutenção nos
laboratórios de informática, ou até mesmo,
a instabilidade da conexão com a internet.
Apesar de o acesso as TIC’s pelos
educandos ainda ser restrita, 86%
acreditava que a utilização dessas pelos
professores facilitam o
ensino/aprendizagem em sala de aula,
como observado no gráfico 13, referente à
questão 16:
Gráfico 13 Uso das TICs pelos professores para
melhorar o aprendizado.
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
Facilita
aprendizagem
Não tem
opiniao
formada
Não muda o
aprendizado
Fonte: Os autores.
Ainda não existe um consenso em
relação à utilização das TIC’s no processo
de ensino/aprendizagem, visto que essas
tecnologias estão longe de substituir o
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professor, mas a escolha das ferramentas e
a forma de utilização é fundamental dentro
desse processo (Martins-Augusto, 2014;
Couto & Coelho, 2013; Couto, 2014).
Entre os educandos, vimos uma
divisão de opiniões ao serem questionados
sobre o avanço da tecnologia e se isso
favoreceu as pessoas quanto ao acesso e a
utilização por parte delas. Os valores estão
representados no gráfico 14:
Gráfico 14 Favorecimento do avanço da
tecnologia.
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
40%
45%
Favoreceu
totalmente
Favoreceu
parcialmente
Não favoreceu
Fonte: Os autores.
Percebemos que 44% dos estudantes
acreditavam que o avanço da tecnologia
favoreceu o acesso das pessoas às diversas
informações, enquanto que 36%
acreditavam que o avanço dela favoreceu
parcialmente, pois, muitas pessoas não
sabiam utilizar de algumas TICs. Além
disso, 20% achavam que não contribuiu,
pois, apesar da diversidade das TICs,
muitas pessoas ainda não têm o acesso a
elas.
Apesar das dificuldades encontradas
por esses educandos, percebemos que a
maioria, cerca de 79%, tem a intenção de
ingressar em um curso superior como
forma de dar continuidade aos estudos,
como demonstrado no gráfico a seguir:
Gráfico 15 Pretensão a curso superior.
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
Sim
Não
Fonte: Os autores.
Entre os que responderam que
pretendiam ingressar em um curso
superior, tivemos uma divisão de escolhas
entre cursos na área da saúde, como
Medicina, Medicina Veterinária,
Odontologia, Psicologia, Enfermagem,
Fisioterapia e Estética; cursos na área de
Administração, Direito, Jornalismo,
Economia, Arquitetura, Engenharia,
Agronomia e Informática, além de cursos
voltados para a educação, Artes, História,
Educação Física, Matemática, Letras,
Ciências da Natureza e Ciências Humanas.
Porém, alguns ainda não haviam decidido
que cursos fariam, embora pretendam ir à
universidade.
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Considerações finais
Após os debates teóricos e análise
dos resultados, observamos que apesar da
Educação do Campo ter tido um avanço
significativo nos últimos anos com as
conquistas alcançadas principalmente
através dos movimentos sociais, vemos
que há muito que se desenvolver no âmbito
tecnológico no ambiente rural.
Percebe-se que os jovens educandos
que estão nos terceiros anos do Ensino
Médio das escolas públicas do campo,
precisam avançar em relação ao
conhecimento, acesso e utilização das
novas tecnologias, visto que a falta de
direcionamento perante algumas
ferramentas pode ocasionar um atraso no
desenvolvimento social deles.
Apesar de não ser um consenso entre
os educadores, a utilização das TIC’s no
âmbito educacional pode vir a auxiliar no
ensino/aprendizagem dos educandos,
porém, sabemos que somente as TICs não
dão conta de todo esse processo, pois essas
ferramentas estão longe de substituir a
figura do professor. Assim, cabe a ele a
escolha do melhor aparato tecnológico a
ser utilizado em sala de aula.
Para tanto, faz-se necessário que as
políticas públicas para a Educação do
Campo favoreçam a ampliação das
tecnologias para os povos dessa
diversidade, para que se possa avançar no
conhecimento e acesso às informações,
cultura e serviços que antes não se era
possível, uma vez que a maioria vive fora
dos centros urbanos.
A tecnologia utilizada de forma
correta pode a favorecer a interação, a
comunicação e o aprendizado dos sujeitos.
Nessa perspectiva, a escola possui papel
fundamental na transmissão do
conhecimento, uma vez que em muitos
casos o local de maior acesso as TIC’s
pelos educandos é o ambiente escolar.
Referências
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Políticas públicas para inserção das TIC
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s/objaprend/2027753-LDB-
RESUMAOO%201.pdf
Martins-Augusto, K. P. C. (2014). As
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análise da situação do Estado do Rio de
Janeiro (Tese de Doutorado).
Universidade de Coimbra, Coimbra.
Marschner, W. (2011). Lutando e
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epistemológicas. Interações, 12(1), 41-52.
Doi: http://dx.doi.org/10.1590/S1518-
70122011000100005
Oliveira, L. C., Gubert, L. C., & Simon, M.
I. (2013). TIC’s na Educaçao do Campo. In
2º Seminário Nacional de Inclusao Digital.
Ibirubá RS.
Santos, R. B. (2011). Histórico da
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http://educampo.ufsc.br/wordpress/seminar
io/files/2012/01/Bicalho-dos-Santos.pdf
Sapelli, M. L. S. (2013). Escola do Campo
espaço de disputa e de contradição:
análise da proposta pedagógica das
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Imperatriz Dona Leopoldina (Tese de
Doutorado). Universidade Federal de Santa
Catarina, Florianópolis.
Silva, E. L., & Menezes, E. M. (2005).
Metodologia da pesquisa e elaboração de
dissertação. Florianópolis: UFSC.
Informações do artigo / Article Information
Recebido em : 28/05/2018
Aprovado em: 10/11/2018
Publicado em: 24/04/2019
Received on May 28th, 2018
Accepted on November 10th, 2018
Published on April, 24th, 2019
Contribuições no artigo: Os autores foram os
responsáveis por todas as etapas e resultados da
pesquisa, a saber: elaboração, análise e interpretação dos
dados; escrita e revisão do conteúdo do manuscrito
e; aprovação da versão final a ser publicada.
Author Contributions: The authors were responsible for
the designing, delineating, analyzing and interpreting the
data, production of the manuscript, critical revision of the
content and approval of the final version to be published.
Conflitos de interesse: Os autores declararam não haver
nenhum conflito de interesse referente a este artigo.
Conflict of Interest: None reported.
Orcid
Franciele Cristiane de Oliveira Costa Alves da Luz
http://orcid.org/0000-0002-2170-2154
Sandro Aparecido dos Santos
http://orcid.org/0000-0002-5724-7499
Elaine Maria dos Santos
http://orcid.org/0000-0003-5547-9923
Como citar este artigo / How to cite this article
APA
Luz, F. C. O. C. A., Santos, S. A., & Santos, E. M. (2019).
Uso das TICs por educandos do Ensino Médio de escolas
do campo. Rev. Bras. Educ. Camp., 4, e5407. DOI:
http://dx.doi.org/10.20873/uft.rbec.e5407
ABNT
LUZ, F. C. O. C. A.; SANTOS, S. A.; SANTOS, E. M. Uso
das TICs por educandos do Ensino Médio de escolas do
campo. Rev. Bras. Educ. Camp., Tocantinópolis, v. 4,
e5407, 2019. DOI:
http://dx.doi.org/10.20873/uft.rbec.e5407
Luz, F. C. O. C. A., Santos, S. A., & Santos, E. M. (2019). Uso das TICs por educandos do Ensino Médio de escolas do
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APÊNDICE 1
QUESTIONÁRIO PARA EDUCANDOS 3º ANO ENSINO MÉDIO TECNOLOGIA
DE INFORMAÇAO E COMUNICAÇAO - TICs
1. Sexo:
( ) Feminino ( ) Masculino
2. Idade
( ) 15 a 17 anos ( ) 18 a 20 anos ( ) acima de 20 anos
3. Qual a sua ocupação? Se necessário, pode assinalar mais de uma opção.
( ) só estuda ( ) estuda e trabalha registrado (empresas, lojas, etc)
( ) estuda e trabalha no campo ( ) estuda e ajuda nas tarefas domésticas
( ) outros
4. Qual/quais das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) abaixo, você tem
acesso em sua casa? Pode assinalar mais de uma opção.
( ) Televisão ( ) TV a cabo/por assinatura ( ) Rádio
( ) Telefone/celular ( ) Computador/notebook
( ) Outros
5. Você possui curso de informática?
( ) Sim ( ) Não
6. Você possui acesso à internet?
( ) Sim ( ) Não
7. De onde você mais acessa a internet?
( ) Em casa ( ) Na escola ( ) Trabalho ( ) Não acesso
8. Quanto tempo por dia você acessa a internet?
( ) menos de 1 hora por dia ( ) entre 1 a 3 horas por dia
( ) 4 a 6 horas por dia ( ) estou sempre conectado
9. Quando você acessa a internet, que tipos de busca você realiza? Pode assinalar mais
de uma alternativa.
( ) Entretenimento (vídeos, filmes, séries, músicas)
( ) Diversão (jogos interativos)
( ) Redes sociais (facebook, whatsApp, twitter, instagram)
( ) Sites educativos (brasil escola, mundo da educação, portal educação, etc.)
( ) Outros
10. Você utiliza as TICs para fins de estudo ou pesquisa?
( ) Sim, sempre busco informações referente aos conteúdos da escola.
( ) Às vezes, para buscar mais informações para complementação do estudo.
( ) Não utilizo para fins de estudo ou pesquisa.
11. Você sabe realizar pesquisa na internet de artigos científicos?
( ) Sim ( ) Não
12. Quais dessas ferramentas você já utilizou? Pode assinalar mais de uma alternativa
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( ) Documentos Google ( ) Planilhas do Google ( ) Apresentação Google ( )
Desenhos Google ( ) Google Maps ( ) Compartilhamento de arquivos
( ) Email ( ) Outras
13. Quando você precisa digitar um trabalho, você sabe usar todas as ferramentas de
edição e formatação de texto? Cite algumas delas.
14. Que ferramentas podemos utilizar para montar uma apresentação de trabalho?
15. Você, enquanto educando, possui acesso a alguma dessas TICs em sua escola? Se
sim, qual?
16. Você acredita que, a utilização das TICs pelos professores auxilia no
ensino/aprendizagem dos conteúdos?
( ) Sim, acredito que fica mais fácil ( ) Não, acho que não muda em nada
( ) Não tenho opinião formada
17. Na sua opinião, os avanços tecnológicos e a diversidade de produtos, favoreceram o
desenvolvimento das inter-relações pessoais?
( ) Favoreceu totalmente, pois permite o acesso as variadas informações.
( ) Favoreceu parcialmente, pois muitas pessoas não sabem se utilizar de algumas TICs.
( ) Não favoreceu, pois apesar da diversidade das TICs, muitas pessoas ainda não possuem
acesso a elas.
18. Você tem a intenção de ingressar em um curso superior? Qual?
( ) Sim ( ) Não