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percurso da formação profissional,
orientado pelo projeto pedagógico do
curso, estava conduzindo a apropriação da
autonomia pedagógica na ação educativa.
Assim, vejam-se algumas das respostas das
acadêmicas quando indagadas sobre quais
as suas impressões iniciais ao saber que
iriam desenvolver atividades nas salas de
aula como uma das ações do projeto de
extensão:
Susto, medo tudo junto (Acadêmica
do 5° período, excerto extraída da
entrevista realizada em junho de
2016).
Dá um pouco de medo porque é um
ambiente que você nunca esteve
antes, eu nunca estive então você fica
um pouco apreensiva a gente fica
insegura, mas a partir do momento
que você entra lá... que vê que não é
um bicho de sete cabeças... que se
você tiver segurança naquilo que
estiver fazendo vai dar certo é uma
boa experiência (Acadêmica do 4°
período, excerto extraída da
entrevista realizada em junho de
2016).
Não tive muito medo porque eu já
trabalhei em sala de aula né só que
não se compara porque eu trabalhei
com adolescente e eu fui para o Sitio
A, foi à primeira vez que eu fui dar
aula pelo grupo foram crianças e
assim eu não tive nenhum medo, não
tive nenhum anseio só que a gente
faz um planejamento só que a gente
antecipa o conhecimento sem a gente
ter estado lá, foi o meu caso eu
planejei jogos teatrais para o Sítio A
e reaproveitei para o Sítio B. No Sitio
A, houve aceitação, os meninos
participaram, eles entenderam o
sentido do jogo teatral e eles
representaram com o corpo no Sítio
B eles não entenderam dessa forma,
eles acharam que tava ali mesmo só
pra brincar e o jogo teatral por mais
que tenha o nome de jogo não vem
com esse sentido, então quer dizer a
minha primeira impressão quando eu
sabia que ia pra sala de aula foi isso,
eu não tive medo não, pelo contrário
qualquer atividade que tenha que ir
pra sala de aula eu vou porque eu
quero aprender eu sempre acredito
que eu posso melhorar alguma coisa
a mais, erros que eu cometi pretendo
não cometer mais (Acadêmica do 7°
período, excerto extraída da
entrevista realizada em junho de
2016).
Na primeira vez eu fiquei muito
apreensiva, assim como a gente tinha
ido, eu fiz o magistério e já tinha
participado do estágio eu já fiquei um
pouco mais aliviada, mas quando
disse assim educação infantil e eu
não tinha ficado ainda com a
educação infantil, então eu fiquei
muito apreensiva e pra mim não foi
nem a pior experiência, mas uma
experiência assim que deixou, que eu
vi que precisava realmente melhorar
(Acadêmica do 3° período, excerto
extraída da entrevista realizada em
junho de 2016).
De acordo com as narrativas, mesmo
as que já estão no 7° período sentiram-se
inseguras. Isso é decorrente da forma como
compreendem o ensino. Sabem que é
necessário considerar os sujeitos para os
quais as atividades foram direcionadas - os
alunos - assim como o próprio contexto
campesino onde estavam inseridos.
Destacamos, também, as dificuldades
encontradas no início das atividades do
projeto e como foram sendo minimizadas
ao longo da ação. O fato de conhecerem o
local, os alunos, os professores e os demais
funcionários possibilitou que essa
insegurança inicial fosse sendo