Revista Brasileira de Educação do Campo
The Brazilian Scientific Journal of Rural Education
ARTIGO/ARTICLE/ARTÍCULO
DOI: http://dx.doi.org/10.20873/uft.rbec.v4e5739
Tocantinópolis/Brasil
v. 4
e5739
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2019
ISSN: 2525-4863
1
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A construção de um formigueiro artificial como proposta
de Educação Ambiental para a Educação do Campo
Renan de Almeida Barbosa
1
,
Sabrina Silveira da Rosa
2
, Fernanda Undurraga Schwalm
3
, José Vicente Lima Robaina
4
1, 2, 3, 4
Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS. Departamento de Bioquímica. Rua Ramiro Barcelos, 2600. Santa
Cecília. Porto Alegre - RS. Brasil.
Autor para correspondência/Author for correspondence: renanabh38@gmail.com
RESUMO. O presente artigo aborda uma experiência
pedagógica no campo das Ciências da Natureza, na qual foi
executada uma oficina para construção de um modelo didático
com vistas a abordar conceitos, atitudes e valores pertinentes ao
propósito da Educação Ambiental no contexto da Educação do
Campo. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, de natureza
exploratória, caracterizando-se como um estudo de caso sobre as
ações e objetivos do objeto investigado. Utilizou-se
questionários e a categorização da análise de conteúdo para
interpretação dos dados (Bardin, 2006). A oficina possibilitou a
aprendizagem de conceitos a partir do tema gerador
cooperativismo, envolvendo os alunos no processo de aquisição
de conhecimentos científicos e de valores contextualizados com
seu cotidiano. Na Educação do Campo, faz-se necessário tais
práticas educativas para que o sentimento de pertencimento ao
meio, a riqueza das relações sociais e as potencialidades da
natureza sejam contempladas na educação para o campo.
Palavras-chave: Educação do Campo, Ciências da Natureza,
Educação Ambiental.
Barbosa, R. A., Rosa, S. S., Schwalm, F. U., & Robaina, J. V. L. (2019). A construção de um formigueiro artificial como
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The building of an artificial anthill as a proposal of
Environmental Education for Rural Education
ABSTRACT. This article describes a pedagogical experiment
in the field of Natural Sciences, where a workshop was
performed to build a didactical model in order to approach
concepts, attitudes and values pertinent to the purpose of the
Environmental Education, in the context of Rural Education. It
is a qualitative research, of exploratory nature, characterizing as
a case study about the actions and goals of the investigated
object. Questionnaires and categorization of content analysis
were used in order to interpret the data (Bardin, 2006). The
workshop enabled the learning of concepts from the
cooperativism subject, involving students in the process of
acquiring scientific knowledge and values contextualized with
their everyday routine. In the Rural Education these educational
practice are necessary, so that the feeling of belonging to the
environment, the richness of social relations and the
potentialities of nature are contemplated in rural educational
context.
Keywords: Rural Education, Natural Sciences, Environmental
Education.
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La construcción de un hormiguero artificial como
propuesta de Educación Ambiental para la Educación
Rural
RESUMEN. El presente artículo se constituye en una
experiencia pedagógica en el campo de las Ciencias de la
Naturaleza, donde se ejecutó un taller educativo para la
construcción de un modelo didáctico con miras a abordar
conceptos, actitudes y valores pertinentes al propósito de la
Educación Ambiental en el contexto de la Educación Rural. Se
trata de una investigación cualitativa, de naturaleza exploratoria,
caracterizándose como un estudio de caso sobre las acciones y
objetivos del objeto investigado. Se utilizaron cuestionarios y la
categorización del análisis de contenido para la interpretación de
los datos (Bardin, 2006). El taller posibilitó el aprendizaje de
conceptos a partir del tema generador cooperativismo,
involucrando a los alumnos en el proceso de adquisición de
conocimientos científicos y de valores contextualizados con su
cotidiano. En la Educación Rural, se hace necesario tales
prácticas educativas para que el sentimiento de pertenencia al
medio, la riqueza de las relaciones sociales y las potencialidades
de la naturaleza sean contemplados en la educación para el
campo.
Palabras clave: Educación Rural, Ciencias de la Naturaleza,
Educación Ambiental.
Barbosa, R. A., Rosa, S. S., Schwalm, F. U., & Robaina, J. V. L. (2019). A construção de um formigueiro artificial como
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Introdução
O presente artigo aborda um relato
de experiência pedagógica no campo das
Ciências da Natureza, que consistiu na
execução de uma oficina para construção
de um modelo de estudo didático com
vistas a abordar conceitos, atitudes e
valores pertinentes ao propósito da
Educação Ambiental. Tem como contexto
a inserção de temáticas relacionadas a
conhecimentos científicos através de
atividades escolares que ocorreram no
âmbito de um clube de ciências em uma
escola do campo da região metropolitana
de Porto Alegre. Nesta seção,
contextualiza-se a escola e seu clube de
ciências. Discute-se também o referencial
teórico da Educação em Ciências da
Natureza e sua articulação com os
pressupostos de uma Educação Ambiental,
na perspectiva da metodologia de ensino
através de atividades do Clube de Ciências.
A oficina procurou envolver os
alunos em uma rotina de métodos
científicos a partir da construção de um
formigueiro artificial para a aprendizagem
conceitual, atitudinal e procedimental de
conhecimentos relativos às Ciências da
Natureza. Esta atividade fez parte do
itinerário formativo do Clube de Ciências
Saberes do Campo (CCSC) da Escola
Municipal de Ensino Fundamental Rui
Barbosa, localizada na cidade de Nova
Santa Rita/RS. O Clube de Ciências foi
implantado em 2016, como umas das
atividades vinculadas a um projeto de
extensão da Universidade Federal do Rio
Grande do Sul (UFRGS), coordenado pelo
Professor Doutor José Vicente Lima
Robaina. Hoje, o CCSC está sob a
coordenação pela professora Andressa com
a contribuição da coordenadora interina,
professora Sabrina.
A escola que foi campo de
investigação dessa pesquisa possui, como
parte do seu Projeto Político Pedagógico
(PPP), a realização do planejamento
coletivo dos conteúdos pelos professores.
Ainda como um componente curricular, o
CCSC foi criado e atualmente funciona
como uma atividade integrada com todos
os alunos da escola em que,
quinzenalmente, um dia letivo é voltado
para o processo de ensino-aprendizagem de
conteúdos curriculares pautados por temas
geradores.
O objetivo principal do Clube de
Ciências na escola, e dessa metodologia de
ensino, é permitir que os alunos vivenciem
a interdisciplinaridade que, segundo
Fazenda (2010), corresponde a:
uma atitude de abertura, não
preconceituosa, em que todo o
conhecimento é igualmente
importante. Pressupõe o anonimato,
pois o conhecimento pessoal anula-se
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diante do saber universal. A
importância metodológica é
indiscutível, porém é necessário não
fazer dela um fim, pois
interdisciplinaridade não se ensina
nem se aprende, apenas vive-se,
exerce-se e, por isso, exige uma nova
pedagogia, a da comunicação.
(Fazenda, 2010, p.10-11)
Dessa forma, trabalhar a partir de
projetos como a experiência que será
relatada neste trabalho , permite aos
alunos alcançar uma aprendizagem
significativa e emancipatória de maneira
lúdica, através de projetos científicos que
contribuem para a formação do
pensamento crítico de cada indivíduo.
Entende-se que os conhecimentos
científicos e a sua aprendizagem conceitual
ocorre por uma mudança de perfil
conceitual, pois “para tomar consciência de
um conceito, precisamos usá-lo em novas
situações e em situações problemáticas que
exigem sua utilização consciente”
(Mortimer, 2011, p.177).
Levando em consideração a
Educação Ambiental na Educação do
Campo, os conhecimentos disciplinares das
Ciências da Natureza têm potencial para
atuar junto aos processos educativos
formais, para suplantar a crise
socioambiental que nos defrontamos na
atualidade. Nesse sentindo, é importante
refletir sobre a construção de um saber
ambiental proposto por Leff (2011), pois
este “surge num sentido prospectivo e
numa perspectiva construtivista, onde os
conceitos se produzem numa relação
dialética com seus momentos de expressão
na construção de seu referente empírico: a
realidade social.” (Leff, 2011, p.161).
Pautando-se nos objetivos do CCSC
para uma formação conceitual e de valores,
a construção de um modelo didático no
contexto da educação científica insere a
perspectiva crítica da Educação Ambiental
na escola do/para o campo. Para tal, busca
fornecer subsídios para a aprendizagem de
conhecimento científico que seja
contextualizado com a comunidade dos
alunos, propondo atividades de ensino que
utilizem temáticas ambientais e discutam
os aspectos políticos, econômicos,
culturais e sociais que fazem parte destas
temáticas.
Portanto, considerando um processo
educativo baseado nos pressupostos da
Educação Ambiental, os educandos devem
ter a possibilidade compreender além da
morfologia e as interações ecológicas que
envolvem a sociabilidade das formigas,
mas também o que estes insetos nos
ensinam sobre valores e atitudes
relacionados ao cooperativismo, como por
exemplo, respeito ao próximo e trabalho
em equipe. Tais objetivos formativos
podem levar à construção de uma nova
relação destes alunos com a natureza que
os cerca e com o cotidiano que vivem:
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a construção de uma racionalidade
ambiental propõe uma ordem social
fundada na produtividade ecológica e
na diversidade cultural. Esta visão
combina com um projeto
epistemológico que, em vez de
subsumir o conhecimento num
proposito unificador das ciências,
abre a produção de múltiplos saberes,
o diálogo entre valores e
conhecimento, a hibridação de
práticas tradicionais e tecnologias
modernas. (Leff, 2011, p. 233).
No contexto da Educação do Campo,
faz-se necessária a formação de valores,
além da aprendizagem de conceitos,
juntamente com o diálogo de saberes entre
os conhecimentos dos estudantes e os
conhecimentos científicos. Ao serem
colocados no processo de educação
científica, os alunos das escolas do campo
também devem ter a oportunidade de
debater sobre as relações entre campo e
cidade, entre produção e consumo,
desenvolvimento e sustentabilidade, que
são imprescindíveis para que ocorra uma:
compreensão dos estudantes em
relação a si e ao meio. A escola do
campo deve conectar ciência e
cotidiano; deve contextualizar;
religar o que está separado e
capacitar os estudantes para que
compreendam tanto fenômenos locais
quanto globais. (Alves, De Melo &
Dos Santos, 2017).
Dessa forma, este trabalho teve como
objetivo principal a execução e análise dos
resultados de uma oficina pedagógica
consistindo na construção de um
formigueiro artificial, no âmbito das
atividades do CCSC. Os objetivos
específicos relacionados com o presente
trabalho são: investigar as concepções
prévias de alunos do primeiro ciclo do
Ensino Fundamental de uma escola do
campo relativos às características das
formigas; promover a aprendizagem
conceitual pertinentes aos conteúdos das
Ciências da Natureza referentes à
morfologia, ecologia e sociabilidade das
formigas; e suscitar uma proposta de
Educação Ambiental baseada na
aprendizagem atitudinal sobre relações
ecológicas, ambiente, natureza e sociedade.
A Educação do Campo
O processo de formação educacional
nas comunidades rurais, envolvendo
trabalhadores do campo, quilombolas e
indígenas, tem sua gênese relacionada a
movimentos sociais, como o Movimento
dos Sem Terra (MST), que ao aliar a busca
pela reforma agrária ao discurso de
valorização do contexto e dos
conhecimentos do campo, deu o pontapé
necessário paras as reivindicações
formativas dessas populações.
Sendo assim, a Educação do Campo
caracteriza-se pelo processo de
ensino e aprendizagem da
comunidade rural dos municípios
com base na valorização da cultura,
economia, práticas sociais e saberes
desses povos. Assim, intenciona-se
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mudar o cenário que faz parte de um
passado não tão distante (e as vezes
presente até nos dias atuais) em que a
escola do campo serviria apenas para
a formação de mão de obra para o
agronegócio, submetida às vontades
dos grupos hegemônicos no poder.
(Leite, 1999).
A escola do campo, seu currículo e
políticas educacionais são embasados pela
Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional, sancionada no ano de 1996,
especificamente no ponto do texto da lei
que diz sobre as responsabilidades
institucionais sobre a Educação do Campo:
deverá adequar-se às peculiaridades
locais, inclusive climáticas e
econômicas, a critério do respectivo
sistema de ensino, sem com isso
reduzir o número de horas letivas
previsto nesta lei de modo a
favorecer a escolaridade rural com
base na sazonalidade do
plantio/colheita e outras dimensões
sócio-culturais do campo.
(Brasil/MEC, LDB 9.394/1996, alt.
23, § 2°)
Outros instrumentos executivos e
legislativos se destacam ao tratarem sobre
a adaptação necessária da estrutura escolar
para o processo de ensino no campo,
principalmente a Resolução CNE/CEB
nº1/2002 e o Decreto 7.532/10. Este
último, além de trazer definições mais
atuais de escola e educação do campo,
debate a importância do respeito à
diversidade e identidade dos povos do
campo e o seu cotidiano. Levando em
conta estes princípios, o processo de ensino
e aprendizagem da escola do campo deve
ser pautado em projetos pedagógicos com
metodologias e conteúdos curriculares
adequados às necessidades da população
do campo (Brasil, 2010).
Nesse sentido, a existência de Clubes
de Ciências nas escolas do campo possui
potencial para atender às propostas
educacionais adequadas para a realidade
dos alunos inseridos no meio rural, pois ao
se trabalhar com temas e práticas que
valorizem os saberes do campo e a
experiência com o meio, rompe-se com a
lógica da escola urbana transferida para a
realidade do campo.
O ensino, mesmo no nível das séries
iniciais da escola de grau¹, exige do
professor, qualificado ou não,
habilidade especial no relacionamento
com as pessoas, particularmente, com
a criança. Também exige uma
compreensão mínima do processo de
acumulação na obtenção e fixação do
conhecimento. Essa habilidade no trato
com a criança e essa compreensão
empírica do processo pedagógico
representa, entre os camponeses, um
valioso patrimônio cultural. (Alencar,
1993, p. 186).
Reforça-se a necessidade de romper
com o paradigma da escola conteudista, na
qual o ensino é ditado pelo currículo
inflexível e os conhecimentos necessários
para a formação educativa e cidadã são
aqueles encontrados nos livros didáticos.
Surge, então, um território fértil para
práticas da Educação Ambiental,
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principalmente pelo fato de que o cotidiano
do campo está inserido onde acontecem a
exploração descontrolada dos recursos
naturais e consequente poluição da
natureza, perpetuadas pelo modelo de
produção do agronegócio, caracterizado
por latifúndios que impactam a
biodiversidade e as condições de equilíbrio
do meio ambiente através do uso de
agrotóxicos, por exemplo.
Portanto, objetiva-se “uma educação
do campo de cunho emancipatório,
participativo e contextualizado ... a qual
visa formar sujeitos ambientalmente
críticos e pensantes”. (Miranda e Robaina,
2017, p. 808). A junção entre práticas
pedagógicas alternativas que consideram a
realidade empírica e os conhecimentos que
os alunos do campo trazem consigo, por
um lado, e o processo de ensino-
aprendizagem de conceitos, atitudes e
valores, na perspectiva das Ciências da
Natureza e da Educação Ambiental Crítica,
por outro, cria um espaço potencial de
formar indivíduos conscientes da realidade
em que estão inseridos, ressignificando e
transformando essa realidade em busca da
suplantação das problemáticas
socioambientais. Assim:
através de atividades de
aprendizagem planejadas com o
objetivo de desenvolver o respeito ao
ambiente natural, o trabalho
cooperativo, o espírito crítico, a
iniciativa e o despertar de atitudes
novas, estará à escola rural
contribuindo com a valorização do
patrimônio cultural e natural local.
(Soares, 2007, p. 42).
O diálogo entre a Educação
Ambiental Crítica e a Educação do Campo
é pertinente ao contemplar a discussão da
complexidade que permeia as
problemáticas socioambientais, visto que a
população do campo tem sua economia e
modo de vida alicerçados em um contexto
regido pela relação do homem com a
natureza. Nesse sentido, a perspectiva da
didática do Clube de Ciências, se enquadra
nesta macrotendência crítica da Educação
Ambiental, que tem potencial para
suplantar a atual crise ambiental através do
processo educativo.
Não basta lutar por uma nova cultura
na relação entre o ser humano e a
natureza; é preciso lutar, ao mesmo
tempo por uma nova sociedade... essa
tendência traz então uma abordagem
pedagógica que problematiza os
contextos societários em sua
interface com a natureza. Por essa
perspectiva, definitivamente não é
possível conceber os problemas
ambientais dissociados dos conflitos
sociais; afinal, a crise ambiental não
expressa problemas da natureza, mas
problemas que se manifestavam na
natureza. (Loureiro & Layrargues,
2013, p. 67-68).
Percursos Metodológicos
O presente trabalho consistiu em
uma pesquisa qualitativa, de natureza
exploratória, caracterizando-se como um
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estudo de caso sobre a ações e objetivos do
objeto investigado, no caso, as atividades
exercidas no CCSC da Escola Municipal
de Ensino Fundamental (EMEF) Rui
Barbosa. O grupo investigado, era
composto por alunos do último nível de
ensino da escola do campo em questão
alunos de oito a dez anos de idade alocados
em uma classe multisseriada do último
nível de ensino da escola. Para o
levantamento de dados, junto ao referido
grupo, foi utilizado um questionário
estruturado com perguntas abertas (anexo
A). Posteriormente, as respostas obtidas
foram interpretadas à luz da análise de
conteúdo (Bardin, 2006).
Dando continuidade ao projeto sobre
cooperativismo e o estudo das formigas, o
primeiro momento de estudo contemplou
os hábitos de vida das formigas, algumas
características sobre o seu comportamento
social e as diferentes funções que cada
indivíduo da colônia possui. O assunto
fomentou ainda a necessidade da
realização de uma oficina para construção
de um formigário, com todos os educandos
da escola. O tema gerou uma pesquisa
direcionada às 17 crianças do quarto e
quintos anos da turma multisseriada.
A pesquisa abordada neste artigo
caracteriza-se por investigar e acompanhar
uma das atividades do itinerário formativo
do CCSC. O tema gerador cooperativismo
e a oficina realizada contaram com a
aplicação de questionário pré e pós
realização da mesma e, ainda, propiciou
que os alunos observassem o modelo
didático construído durante os próximos
meses do trimestre letivo, produzindo
relatórios e representações em desenho. Ao
final do trimestre, o modelo didático foi
desmontado e os animais utilizados foram
devolvidos ao pátio e horta da escola.
A oficina em si foi realizada
posteriormente, no dia cinco de maio do
ano letivo de 2018, organizada pelos
alunos do curso de mestrado em Educação
em Ciências da UFRGS. Durante a oficina
se mostrou e explicou a função de cada
componente biótico e abiótico que seria
utilizado e qual seria sua importância
dentro de um formigueiro.
Com o objetivo de analisar as
concepções dos alunos, um questionário
foi aplicado previamente ao início da
oficina pedagógica da construção do
formigário para, posteriormente, comparar
as respostas dadas por eles às perguntas
que tinham relação aos hábitos de vida das
formigas, ao funcionamento do
formigueiro na natureza e à biologia do
solo.
Na discussão de resultados, algumas
respostas dos alunos serão apresentadas e,
para manter seu sigilo, utilizou-se a letra
“A” para se referir a um aluno, seguida
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pelo número ordenado de acordo com os
questionários obtidos após realização da
oficina.
Descrevendo a oficina da construção do
formigário
Um grupo de alunos, orientados
pelas professoras, iniciou a coleta dos
invertebrados no solo do pátio da escola.
Os alunos receberam a tarefa de identificar
o local do formigueiro e cavar em volta
dele para achar os túneis e câmaras das
formigas onde seria realizada a coleta dos
insetos para utilização no formigário.
Posteriormente, foi preparado o ambiente
artificial onde seriam colocadas as
formigas o que foi chamado de
formigário. Para isso, colocou-se no fundo
de um recipiente, uma camada de argila,
seguido de uma camada de pequenas
pedras e finalmente uma camada de terra.
Por cima da camada de terra, foram
colocados alguns galhos, folhas e flores.
Em uma das extremidades do formigário
foi depositado um pequeno recipiente com
água. Para finalizar, as formigas
previamente coletadas foram soltas dentro
deste ambiente, criado pelos alunos, e que
tentou reproduzir a maneira natural como
se organiza um formigueiro. A importância
de cada um dos estratos que formam o
formigário foi discutida durante a
confecção do mesmo, permitindo assim, a
troca de saberes entre alunos e professores.
Durante dois meses, os alunos desde
o pré até o quinto ano da escola
observaram o formigário, duas vezes por
semana, para completar relatos de
observação, distribuídos pelos
coordenadores da atividade. Os
procedimentos da oficina foram registrados
pelos pesquisadores, conforme figuras
abaixo.
Figura 1 - Alunos procurando um formigueiro.
Fonte: Autores(as).
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Figura 2 - Pesquisadora supervisionando os alunos colocando a camada de argila no formigário.
Fonte: Autores(as).
Figura 3 - Formigas sendo colocada dentro do formigário.
Fonte: Autores(as).
Figura 4 - Alunos observando o formigário pronto.
Fonte: Autores(as).
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Resultados e Discussão
Foi possível observar que antes da
construção do formigário nenhuma criança
tinha conhecimento da utilidade da pedra e
da areia, considerando-se que suas funções
são para dar sustentação ou servir de
parede. Também foi possível constatar que
nenhum dos alunos sabia a função do pote
com água dentro do formigário, embora
alguns educandos tenham se arriscado a
responder que seria para as formigas
beberem, para tomar banho ou um lugar
para servir de iscas das formigas.
Quando se questionou sobre a forma
de comunicação, quais formigas levavam o
alimento para o formigueiro e o paralelo
entre formigas e cooperativismo, todas as
crianças souberam responder com
segurança. Após essa grande experiência,
foi possível perceber que sete alunos
compreenderam para que serviam a areia e
as pedras presentes no formigário, como
pode ser observado na seguinte resposta do
aluno: “para manter água no formigueiro”
(A9); enquanto onze souberam responder a
função do pote com água, como observado
na resposta do aluno: “para o formigueiro
ficar úmido” (A1).
Nos dois meses seguintes, duas vezes
na semana, os alunos desde o pré até o
quinto ano foram estimulados a construir
relatos de observação do formigário, o que
proporcionou a reflexão, levantamento de
hipóteses e verificação dessas por parte dos
estudantes e das professoras responsáveis,
permitindo a reprodução do fazer científico
objetivado pelas atividades do CCSC.
Na atividade do desenho, os
educandos do quinto ano da escola
desenharam como foi construído o
formigário artificial, mas confundiram com
o formigueiro natural; desenharam túneis e
fizeram o desenho de um formigueiro
como se estivesse saindo do solo com
formigas entrando nele. Já os educandos do
pré ao quarto ano representaram um
desenho bem próximo ao formigário
artificial, com suas camadas e o local para
o cemitério. Tal constatação pode estar
relacionada ao fato de que aqueles alunos
do último nível se encarregaram mais
ativamente da coleta de materiais
biológicos no formigueiro existente no
pátio da escola, enquanto que o segundo
grupo construiu as camadas do formigário
em conjunto com as professoras
responsáveis pela oficina.
Nos primeiros dias de observação, os
educandos constataram a presença de gotas
de água dentro do formigário, em uma
quantidade que até impedia de olhar o
interior do mesmo. Relataram também que
a planta estava bem verde e havia algumas
formigas, de variados tamanhos, ao redor
do pote de água do formigário. Tais relatos
reforçam o potencial educativo do modelo
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didático construído, com possibilidade para
ensino de outros conceitos, valores e
atitudes que não se encontravam nos
objetivos iniciais do projeto.
Essas observações relatadas
permaneceram por mais duas semanas,
com relatos iguais, sem notarem nada
significativo. Os alunos observaram apenas
as plantas verdes e as gotículas de água, e
não viam mais as formigas nas paredes da
caixa. Não observaram a formação de
colônias, nem presença de ovos nem
larvas, e ficaram surpresos por ainda não
identificarem o cemitério das formigas. No
entanto, na última semana do trimestre
letivo prevista para observação do
formigário, os alunos do nível pré notaram
a presença de atividades das formigas
coletadas.
Como as demais crianças das outras
turmas não conseguiram a mesma
identificação, achavam que não havia mais
formigas dentro do formigário e isso gerou
uma discussão entre eles. Foi então que as
professoras responsáveis decidiram
manusear novamente o formigário e
tiveram a surpresa de verificar a atividade
das formigas observadas pelos alunos do
pré; alguns dos insetos possuíam asas,
enquanto que outros indivíduos estavam
trabalhando no bloco de terra vermelha
inserida no momento da construção do
formigário.
Esse momento proporcionou alegria
para os alunos, possibilitando ainda a
discussão da divisão de trabalho realizado
pelas diferentes castas de formigas
encontradas, bem como as características
atmosféricas reproduzidas no formigário e
seus conhecimentos escolares relativos,
caracterizando este modelo também como
um “miniecossistema” devido à variedade
de componentes abióticos e bióticos que o
compuseram. Nos últimos dias do projeto
do formigário, a última observação
relatada, e pedagogicamente utilizada no
projeto, foi que a planta verde não se
encontrava presente dentro do modelo
didático, o que suscitou um debate e
aprendizado sobre as mudanças observadas
durante todo o primeiro trimestre letivo da
escola.
Considerações Finais
A proposta de construção do
formigário pelos alunos e professoras da
CCSC, da EMEF Rui Barbosa, contribuiu
para promover a educação científica
concebida por Diretrizes Curriculares
Nacionais e Estaduais. Estimulou a
aprendizagem significativa de
conhecimentos científicos através da
interação dos sujeitos com o objeto do
conhecimento, possibilitados pelo tema
gerador cooperativismo e pelo objeto das
formigas e do formigário, que oportunizou
Barbosa, R. A., Rosa, S. S., Schwalm, F. U., & Robaina, J. V. L. (2019). A construção de um formigueiro artificial como
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a observação, levantamento de hipóteses e
construção de relatórios pelos alunos,
procedimentos que são característicos da
prática científica.
A incorporação de tais atividades ao
currículo escolar e à escola, desde que
contextualizadas com o cotidiano dos
alunos como ocorreu na escola
investigada, que teve sua horta impregnada
por formigas tem potencial para
despertar o interesse destes para o ensino
de conhecimentos científicos.
Nessa perspectiva, a Educação
Ambiental surge como área de formação
crítica de atores e sujeitos acerca de
conceitos científicos e suas implicações
sociais, conectando os saberes locais às
problematizações sobre o modelo de
sociedade que vivemos, contemplando a
formação escolar para a cidadania. No
contexto da Educação do Campo, faz-se
necessário tais práticas educativas para que
o sentimento de pertencimento ao meio, a
riqueza das relações sociais e as
potencializadas da natureza sejam
contempladas na educação no/para o
campo.
Portanto, as práticas educativas do
CCSC que são geradas a partir de temas,
como o cooperativismo, com o objeto das
formigas e do formigário, realizada no
primeiro trimestre letivo do ano de 2018,
podem, no contexto da Educação
Ambiental, viabilizar a contextualização do
conhecimento científico e a reflexão sobre
as relações de produção, bem como sobre a
cultura e as práticas sociais e científicas,
permeadas no processo formativo da
Educação do Campo. No contexto da
Educação do Campo e da Educação
Ambiental, planejar e executar práticas
pedagógicas embasadas por pressupostos
do fazer científico, oportunizadas por
Clubes de Ciências, mostra-se relevante
para o entendimento da natureza e sua
contextualização com a realidade dos
educandos e comunidade escolar e de seus
saberes, potencializando os processos de
ensino e aprendizagem e a compreensão do
cotidiano.
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Santa Maria, Santa Maria.
1
O termo utilizado pelo referido autor é condizente
com o ano de sua escrita, 1993, no qual as escolas
eram estruturadas a partir da denominação de e
grau. Com a LDBEN (1996), estabelece-se a
Educação Básica em séries ou etapas, a partir da
divisão entre os níveis Fundamental (antigo 1º grau)
e Médio (antigo 2º grau).
Informações do artigo / Article Information
Recebido em : 05/08/2018
Aprovado em: 10/11/2018
Publicado em: 26/07/2019
Received on August 05th, 2018
Accepted on November 10th, 2018
Published on July 26th, 2019
Contribuições no artigo: O(s) autor(es) Renan de
Almeida Barbosa, Sabrina Silveira da Rosa e Fernanda
Undurraga Schwalm foram responsáveis pelo preparo e
construção da oficina realizada, enquanto que os dois
primeiros também foram responsáveis elaboração, análise
e interpretação dos dados. Os autores Sabrina Silveira da
Rosa, Fernanda Undurraga Schwalm e José Vicente Lima
Robaina foram responsáveis pela execução da oficina e
registro em fotos da mesma. Todos os autores foram
responsáveis pela escrita do artigo, enquanto os autores
Renan de Almeida Barbosa, Fernanda Undurraga
Schwalm e José Vicente Lima Robaina foram
responsáveis pela revisão do conteúdo do manuscrito. O
autor José Vicente Lima Robaina também foi responsável
pela aprovação da versão final a ser publicada.
Author Contributions: The author (s) Renan de Almeida
Barbosa, Sabrina Silveira da Rosa and Fernanda
Undurraga Schwalm were responsible for the preparation
and construction of the workshop, while the first two were
also responsible for the elaboration, analysis and
interpretation of the data. The authors Sabrina Silveira da
Rosa, Fernanda Undurraga Schwalm and José Vicente
Lima Robaina were responsible for the execution of the
workshop and registration in photos of it. All authors were
Barbosa, R. A., Rosa, S. S., Schwalm, F. U., & Robaina, J. V. L. (2019). A construção de um formigueiro artificial como
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ISSN: 2525-4863
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responsible for the writing of the article, while the authors
Renan de Almeida Barbosa, Fernanda Undurraga
Schwalm and José Vicente Lima Robaina were
responsible for reviewing the content of the manuscript.
The author José Vicente Lima Robaina was also
responsible for approving the final version to be published.
Conflitos de interesse: O autor declarou não haver
nenhum conflito de interesse referente a este artigo.
Conflict of Interest: None reported.
Orcid
Renan de Almeida Barbosa
http://orcid.org/0000-0003-0671-6328
Sabrina Silveira da Rosa
http://orcid.org/0000-0002-6727-444X
Fernanda Undurraga Schwalm
http://orcid.org/0000-0001-9641-5064
José Vicente Lima Robaina
http://orcid.org/0000-0002-4604-3597
Como citar este artigo / How to cite this article
APA
Barbosa, R. A., Rosa, S. S., Schwalm, F. U., & Robaina, J.
V. L. (2019). A construção de um formigueiro artificial
como proposta de Educação Ambiental para a Educação
do Campo. Rev. Bras. Educ. Camp., 4, e5739. DOI:
http://dx.doi.org/10.20873/uft.rbec.e5739
ABNT
BARBOSA, R. A.; ROSA, S. S.; SCHWALM, F. U.;
ROBAINA, J. V. L. A construção de um formigueiro
artificial como proposta de Educação Ambiental para a
Educação do Campo. Rev. Bras. Educ. Camp.,
Tocantinópolis, v. 4, e5739, 2019. DOI:
http://dx.doi.org/10.20873/uft.rbec.e5739
Anexos
Anexo A. Questionário aplicado antes e
depois da realização da oficina do
formigário.
Questionário
1. Para que servem as camas de pedra
e areia do formigueiro artificial?
2. Qual a função tampa do pote com
água que é colocada dentro do formigueiro
artificial?
3. Qual parte da cabeça das formigas
elas usam para se comunicar com outras
formigas do seu mesmo formigueiro?
4. Como são chamadas as formigas
que levam alimento e ajudam na
construção do formigueiro?
5. Porque os formigueiros que as
formigas constroem sozinhas são exemplos
de cooperativismo?