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produtos  para  a  merenda  escolar  e 
material de consumo diversos. Outras 
escolas,  no  entanto,  localizam-se 
dentro  de  pequenos  rios,  lagos  e 
igarapés dificultando imensamente o 
acesso durante o período de vazante 
dos  rios,  pois,  para  se  chegar  a 
algumas  escolas,  é  necessário  viajar 
de  lancha  durante  dias.  Essa 
dificuldade  reflete  no  atendimento 
direto das demandas dessas escolas. 
 
Em  2015,  eram  68  escolas,  com 
3.410 alunos matriculados, 139 professores 
e 14 gestores organizados em quatro polos. 
Em 2016, foram matriculados 3.300 alunos 
e havia  116 professores  e 14  gestores, os 
estudantes  encontravam-se  divididos  em 
10 polos e 60 escolas. Em 2017, foram 58 
escolas divididas em 10 polos. Cada polo 
possuía  um  supervisor,  totalizando  172 
professores, 14 gestores, 103 assistentes de 
serviços  gerais  (ASG)  e  3.221  estudantes 
atendidos.  Dos  186  professores/gestores, 
121  possuíam  contratos  temporários, 
estabelecidos  por  meio  de  processo 
seletivo e 65 eram efetivos. 
Das  58  escolas,  em  2017,  13 
funcionavam  na  modalidade  de  ensino 
seriado,  uma  em  tempo  integral  e  as 
demais, 45, eram multisseriadas. Dentre as 
escolas, apenas 14 tinham gestores, e, onde 
não  havia  gestor,  um  professor  ficava 
responsável pela sua demanda.  
A  participação  da  coordenação  do 
campo  nas  atividades  sempre  foi  efetiva. 
Com  relação  aos  professores  e  aos 
gestores,  ocorreu  uma  oscilação  no 
envolvimento  nas  atividades  a  cada  ano. 
Em 2015, na pesquisa exploratória, em um 
universo  de  153  sujeitos,  compareceram 
aos  encontros  43%  dos  professores e  dos 
gestores.  Em 2016, 70% dos professores e 
dos gestores estavam presentes nos estudos 
e  nas  discussões,  de  um  universo  de  186 
profissionais da educação. No último ano, 
2017,  dos  172  professores,  90% 
participaram  das  atividades.  Foram 
visitadas seis escolas dos Polos I, II, III, V, 
VI  e  X  para  que  se  efetivasse  o  contato 
direto  com  os  estudantes,  merendeiras  e 
pais.   
A  partir  do  que  foi  vivenciado  por 
meio da pesquisa participativa, utilizando-
se  de  pesquisa  de  campo,  análise 
documental,  entrevistas,  momentos  de 
reflexão-ação e da escuta sensível (Barbier, 
2007),  com  os  envolvidos,  destacam-se, 
neste  texto,  evidências  que  conduzem  a 
pensar  que  o  currículo  das  escolas  do 
campo  carece  de  atendimento  específico 
relacionado às necessidades da região. 
 
Atendimento às necessidades da região  
 
Os registros que serão apresentados a 
seguir  estão  relacionados  às  dificuldades 
encontradas  pelos  grupos  de  professores 
juntamente  à  Coordenação  do  Campo 
(SEMED) do município de Humaitá (AM) 
quanto  ao  atendimento  da  Educação  do