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nós tínhamos relacionamentos com a
LBA, com o diretor da LBA no
Espírito Santo, Dr. Delizart Santos. A
LBA tinha Olivânia que era uma
escola-problema. Ela era no interior e
não conseguia fazer funcionar. Então
nos fizemos um acordo para poder
usar a escola com a LBA e ainda
hoje, até hoje mantém Olivânia. Não
é ainda cedida para o Mepes e, dentro
deste acordo, que é de ano a ano, é
renovado. Então, Olivânia era a
escola destinada a acolher os jovens
que voltavam com o Mário Zuliani.
(Pe. Humberto Pietrogrande).
Os subitens 1, 3 e 4, do item I do
Regimento Interno Provisório das Escolas
Famílias Rurais, legitimam a ação
comunitária presente com suas finalidades
nos seguintes termos:
1. A Escola Família Rural é o
ambiente onde se encontram, numa
ação comunitária, as exigências do
jovem agricultor, as
responsabilidades e os recursos da
comunidade para a promoção do
homem do campo, da família rural e
da comunidade toda. 3. Na realização
desta finalidade a escola família rural
fundamenta a própria metodologia na
alternância, no internato e na ação
comunitária. 4. A escola família rural
nasce da colaboração do MEPES, da
Comunidade local e das famílias, por
isso a escola é escutada por um
Conselho administrativo formado por
um diretor, nomeado pelo MEPES,
por 3 representantes da Comunidade
local eleitos pelo Comitê local do
MEPES e por 3 representantes da
Associação de pais dos alunos,
eleitos pela Associação. (Mepes,
1968, p. 1).
As demonstrações de ousadia do
movimento eram acompanhadas por
manifestações de precaução das famílias
camponesas do Vale, motivadas por dois
fatores que eram uma realidade que todos
conheciam: a) o prédio pouco funcionou
como escola e, quando o fez, atendeu a
crianças sem qualquer vínculo com as
comunidades do entorno, mesmo que
pautassem suas atividades na produção
agrícola; b) a criação de uma escola
agrícola remetia sempre à imagem de
técnicos agrícolas formados em escolas
rurais distantes da realidade que estavam
orientando. Utilizavam conhecimentos
puramente teóricos para a realização de
projetos que, naturalmente, não foram
produtivos, pois não se adequavam àquela
realidade. Em que o projeto de Escola
Família Agrícola se mostrava diferente?
Essa era uma questão a ser respondida pelo
Mepes às famílias camponesas do Vale.
A Escola Família de Olivânia iniciou
suas atividades, porém, para ser
concretizada,
foi preciso confiança, energia,
perseverança para plantar a semente.
Foram cuidados que hoje não
aparecem, pois foram pequenos,
como é a cova em que se planta a
semente. Foram trabalhos que
dependeram de muita generosidade e
gratuidade de muitos nas
comunidades e de voluntários que
acreditavam no projeto. Trabalho
preliminar, lento, pequeno, porém
que rendeu frutos. (Irmã Augusta de
Castro Cotta).
Desse modo, após amplas atividades
preparatórias de caráter comunitário, o