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produtivas com enfoque agroecológico,
como pocilga, aviários, horta, estufas,
cozinha industrial, UDEP’s (Unidade de
Demonstração, Experimentação e
Produção), minhocário, apiário, viveiro de
mudas, entre outras.
A escola também dispõe de
ambientes propícios à capacitação
profissional nas áreas de irrigação e
drenagem, armazenamento, construções
rurais, solos e práticas conservacionistas,
zootecnia, desenho topográfico,
agroindústria, agroecologia, crédito e
planejamento agrícola, administração rural
e associativismo. Além disso, há um
laboratório de informática que contribui
para o desenvolvimento aplicado à
agroecologia. No que concerne às salas de
aula, a escola trabalhou no ano de 2018
com 12 salas de aula de tamanhos diversos,
algumas improvisadas, construídas à
medida que o Centro foi aumentado a
demanda de matrículas ao longo dos anos.
A menor e a maior turma agrupavam,
respectivamente, 15 e 38 estudantes,
acondicionados de acordo com a metragem
do espaço das salas de aula.
Com uma pedagogia própria e
peculiar, que podemos chamar,
informalmente, de Pedagogia dos CEIERs,
o CEIER-AB se utiliza de vários
instrumentos pedagógicos para fazer uma
Educação do Campo, em diálogo, com o
público estudantil que atende, na sua
grande maioria proveniente do campo. Em
suas práticas metodológicas, o CEIER-AB
busca aprimorar e fortalecer abordagens
que enalteçam os cuidados com o ambiente
e a sustentabilidade dos sistemas de
produção, baseado nos princípios da
agroecologia e no enfrentamento dos
inúmeros problemas sociais.
Durante nossa incursão nessa
instituição escolar, levantamos dados para
desenvolver o nosso objetivo maior:
identificar quais as repercussões das
questões ambientais, trabalhadas no
currículo da escola a partir dos Temas
Geradores (TG), para os estudantes
concluintes, no ano de 2018, da turma da
Terceira Série do Ensino Médio Integrado
ao Curso Técnico em Agropecuária.
Referencial teórico: o entrelaçamento da
Educação do Campo com a Educação
Ambiental
O conceito de Educação do Campo,
segundo Caldart (2008), apesar de ser
recente no panorama educacional
brasileiro, já está em disputa e em
constante movimento, pois busca expressar
uma dinâmica da realidade marcada por
fortes contradições sociais. A autora
sinaliza para importância de considerar os
processos produtivos da existência social
no campo, utilizando as ferramentas da
Educação do Campo enquanto