22
para que estes docentes identifiquem se
estas estratégias estão surtindo efeito ou
não. Caso percebam que os estudantes não
estão aprendendo, os professores deverão
imediatamente repensar suas práticas, de
modo a favorecer que o aluno seja
incluído, tenha suas necessidades levadas
em consideração e aprenda, assim como os
demais estudantes da turma.
Quando perguntamos a elas “o que já
foi feito e o que poderá ser feito pela
escola para favorecer os docentes no
sentido de estes desenvolverem uma
prática pedagógica para a inclusão?”,
elas destacam que:
A psicopedagoga da escola fez
acompanhamento durante todo o ano
com o aluno, com a família e com os
docentes. Disponibilizou material de
estudo e orientação para os docentes.
Além disso gestores e coordenadores
fizeram o possível para que o aluno
fosse bem acolhido e orientou a
turma para que esta soubesse lidar
com a deficiência apresentada pelo
aluno. Acredito que será necessária
uma continuidade na formação dos
docentes. (PA)
Na escola há, com regularidade,
atividade complementar onde há
espaço para o debate sobre a
temática, espaço para exposição das
dúvidas, experiências, troca de ideias,
estudo da legislação e textos afins.
Como professora da Sala de Recursos
Multifuncionais, busco diálogo
constante dos meus pares, além de
encontros específicos para atender as
demandas, dúvidas, reflexão sobre
práticas pedagógicas inclusivas. A
gestão é essencial para a inclusão,
pois dela deve vir a garantia desse
direito não negando a matrícula,
compreendendo a necessidade de
adaptação de atividades,
alongamento de tempo, flexibilização
curricular, adquirindo material
pedagógico que atenda às
necessidades específicas dos
estudantes, realizando reuniões de
pais, de professores, deixando acesso
livre para o uso dos livros que são
enviados pelo MEC e que tratam da
inclusão, além de apoio a saída dos
professores para formação externa
sobre a temática. (PB)
Essas falas nos levam a refletir sobre
a necessidade específica de formação
continuada, na área da Educação Inclusiva,
para os professores que atuam nas escolas
básicas do campo. Defendemos essa
formação para que os professores sejam
preparados para atender todas as
necessidades destes estudantes no contexto
de suas aulas e práticas pedagógicas.
Defendemos também o envolvimento de
todos, professores, pais e estudantes com e
sem deficiência, através de palestras que
visem à conscientização dos professores e
da comunidade escolar, em geral, acerca
de seu papel na inclusão e na formação
destes estudantes com deficiência. Essa
compreensão deve estar amplamente
evidenciada no currículo destas escolas do
campo, de modo que o trabalho
pedagógico desenvolvido contemple não
somente as questões fundantes da
Educação do Campo, mas também as bases
da Educação Inclusiva.
O inciso III, do Art. 28 da Lei nº.
13.146/2015, ressalta que o projeto