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Santo (Brasil, 2006). Posteriormente, na
década de 1980, nascem em Alagoas as
Casas Familiares Rurais (CFR’S), naquele
momento sem nenhuma relação com as
EFA’s (Silva, 2010).
Essas primeiras experiências
defendiam a pedagogia da alternância, a
qual consiste numa metodologia de
organização do ensino escolar que conjuga
diferentes experiências formativas
distribuídas ao longo de tempos e espaços
distintos, tendo como finalidade uma
formação profissional (Teixeira et al.,
2008), as quais consideram quatro pilares,
que são mantidos em todas as regiões, a
saber: pilares fins – a formação integral e
personalizada (projeto de vida) e o
desenvolvimento do meio (social,
econômico, humano, político, ambiental) e
os pilares meios – a alternância (uma
metodologia apropriada) e a Associação
local (famílias, instituições profissionais.)
(Gowacki et al., 2009).
No entanto, outras experiências têm
sido desenvolvidas utilizando o termo
genérico alternância pedagógica, em
virtude da adaptação dos princípios da
pedagogia da alternância aos diversos
contextos impostos por condições
estruturais ou outros condicionantes
inerentes às instituições onde são
desenvolvidos e/ou condições regionais.
Dessa forma, adota-se neste artigo o termo
alternância pedagógica, uma vez que as
condições de execução no IFPA Campus
Cametá não permitem, pelo menos nesse
primeiro momento, a execução dos pilares
determinantes da Pedagogia da alternância.
A adoção da alternância pedagógica
teve como objetivo principal a formação
adequada aos camponeses, pautada num
processo que parte da experiência familiar,
profissional e social cotidiana, para ir em
direção à teoria, as sabedorias dos
programas acadêmicos, o qual, em seguida,
volta-se às experiências e assim
sucessivamente (Gimonet, 2007), num
movimento que busca a integração entre
escola-família, teoria-prática, trabalho-
educação (Melo & Silva, 2012).
Dessa forma, a metodologia da
alternância pedagógica estabelece uma
relação expressiva entre as três agências
educativas - família, comunidade e escola.
Ela propõe um sistema de ensino em que o
estudante alterna períodos de
aprendizagem na família, em seu próprio
meio, com períodos na escola, estando
esses tempos interligados por meio de
instrumentos pedagógicos específicos, pela
associação de forma harmoniosa, entre
família e comunidade. É uma ação
pedagógica que visa à formação integral
com a profissionalização (Brasil, 2006).
Nessa direção, a formação
profissional que se pretende alcançar a