29
da escola, no dia a dia, na prática. A
nossa escola é pautada na Educação
do Campo e possui muitas
especificidades e, logo após ser
firmada esta parceria com a UFGD,
houve um interesse muito grande por
parte de todos os professores. Foram
dois anos de aprendizagem, em que
eu acredito que aprendemos muitos e
também pudemos contribuir com a
pesquisa realizada em nosso âmbito
escolar. A equipe está mais coesa, os
professores de apoio e da sala de
recursos multifuncionais e os demais
professores das salas de aula criaram
um vínculo muito maior. Sabemos
que há muito a aprender e ser
aprimorado, porém já está fazendo a
diferença na aprendizagem e na
interação dos alunos com os alunos
com necessidades especiais (DE,
2020).
Há dois anos a nossa escola tem uma
parceria com a UFGD. A ideia inicial
surgiu com uma conversa entre mim
e os professores que me pediram
ajuda. A maioria deles não sabia
como proceder com alunos da
Educação Especial. O projeto foi de
grande valia para nossa escola.
Aprendemos que não existe receita
para proceder com alunos,
independentemente se forem
especiais ou não, porque cada criança
é única e tem suas especificidades.
Aprendemos a dialogar e dividir
nossas angústias e preocupações e
nesses encontros nos sentimos mais
fortes (CP1, 2020).
A pesquisa foi importante para a
Universidade conhecer a realidade da
escola do campo, todas as
dificuldades que a gente encontra e
também por ver o nosso público,
considerando que este distrito é o
mais pobre do município. Foi levado
até nós um conhecimento que muitos
professores não tiveram acesso.
Deveríamos ter mais dessas
iniciativas, pois se leva algo novo
para a escola. Então a escola ganha
com isso. E sempre que a gente entra
em contato com algo novo, a gente se
remodela para o ensino e
aprendizagem. Acredito que nós
ganhamos muito e vocês também
ganharam muita coisa, podendo
conviver, ver a realidade, participar
de várias ocasiões na educação de
base (PR11, 2020).
Os cursos ministrados na escola do
campo, para mim foram muito
importantes. Nos cursos discutimos
vários temas, falando muito sobre o
autismo, o trabalho colaborativo, a
inclusão dos alunos nas salas
regulares, abrindo mais campos para
nossa atuação na Educação Especial.
Eu, como professor da Educação
Especial, digo que foi extremamente
importante para o trabalho na rede
estadual. Me ajudou muito com o
trabalho na Educação Especial.
Houve maior interação (professor e
estudante; professor regente e
professor de apoio) e ficou mais clara
a função de cada um dos envolvidos
(PE5, 2020).
Acredito que foi de suma importância
a pesquisa de vocês. Mudou o jeito
de muitas pessoas olharem a
Educação Especial, principalmente
os regentes. Lógico que não foi um
resultado 100%, mas o pouco que
mudou, já ajudou. A questão do
professor regente estar em contato
com o professor de apoio. A questão
das atividades, eu senti e vi a
diferença no começo desse ano. O
começo desse ano foi bem diferente
dos outros; eu senti resultado. A
comunicação entre o apoio e o
professor regente melhorou muito
mesmo. Mas eu acredito que possa
melhorar mais ainda. Agora nesse
período [quarentena em razão do
coronavírus] que estamos tendo aulas
on line, atendendo os alunos por
meio de WhatsApp, redes sociais,
estamos tendo bastante contato com o
regente. Ele passa para gente o
conteúdo e nós, professores de apoio,
estamos adaptando as atividades para
os nossos alunos. Assim, eu estou me