17
Especial e o que seria necessário, na visão
deles, para aprimorar essa inclusão.
Em relação ao tempo de atuação
como professores, em ambas as escolas,
60% atuavam na educação há mais de dez
anos. No que se refere à formação desses
profissionais, os dados levantados apontam
que: a maioria declarou ser pós-graduada
(60% na escola A e 84% na escola B),
inclusive havendo professor com mestrado
(escola A). Ambas as escolas declararam
ter apenas 1 professor com ensino superior
incompleto, mas que estaria prestes a
concluir a licenciatura em Educação do
Campo. As demais graduações se
concentravam em outras licenciaturas
(Letras, Matemática, Geografia, Biologia)
ou Pedagogia.
Quanto à atuação desses
profissionais em outras escolas, as
realidades se mostraram mais distintas:
enquanto na escola a maioria (67%)
conciliava o trabalho com outras escolas,
na escola B poucos atuavam em outras
instituições (apenas 25%). Os professores
justificaram não trabalhar em outros locais
devido à distância de onde moravam.
Com relação ao conhecimento que os
professores tinham sobre a Política
Nacional de Educação Especial na
Perspectiva da Educação Inclusiva, apenas
7% da escola A disse não conhecer, um
índice menor que os 14% da escola B. Os
demais professores disseram conhecer bem
ou um pouco a PNEEPEI. Quanto a esse
tópico, estas foram algumas manifestações:
A proposta de assegurar a inclusão
escolar garantindo o acesso dos
alunos com necessidades especiais ao
ensino regular é boa, porém o que
falta é preparar os professores. Não é
somente dar o direito e por [os
alunos] no ensino regular, precisa
capacitar todos os profissionais
envolvidos nesse processo, dar
condições de trabalho (Professor A4).
A política Nacional é desencadeada
com direitos em prol dos estudantes.
E eu vejo essa política assegurando a
inclusão escolar de alunos com
deficiência, transtornos globais do
desenvolvimento e altas
habilidades/superdotação, orientando
os sistemas de ensino para garantir o
aprendizado e a frequência desses
estudantes na escola (Professor A12).
Sim. Até certo ponto, acho útil e
necessário, pois a inclusão é algo que
todos temos que aprender e aceitar
em nosso dia a dia, o problema que
acarreta é que muitas escolas da rede
municipal e estadual não tem o
profissional preparado para lidar com
esses estudantes, ou a escola não tem
estrutura adequada para tal (Professor
A13).
Em parte, não profundamente. Penso
que no que diz respeito à lei houve
grandes conquistas, entretanto na
prática, dentro das escolas, isso nem
sempre é garantido. Falta profissional
específico, materiais pedagógicos e
formação para toda comunidade
escolar (Professor B8).
Sim. Na teoria tudo é muito bom,
mas em compensação na prática tem
muitas falhas. Crianças que não têm
seu direito reservado, pais que não
conhecem os direitos ou que não
correm atrás de melhorias, dizendo
que o que já tem está de bom agrado.