DAS MARGENS DE UM RIO A UMA CIDADE SEM "MARGENS"
O DESLOCAMENTO COMPULSÓRIO DOS MORADORES DA VILA PARA O ESPAÇO URBANO DE PALMAS (TO)
DOI:
https://doi.org/10.20873/rtg.v13i29.16470Palavras-chave:
Povoado Canela, Comunidade Ribeirinha, DesterritorializaçãoResumo
Este artigo tem como temática os moradores da antiga Vila Canela, que antes da construção do reservatório da usina hidrelétrica de Lajeado, em 2001, viviam à margem direita do Rio Tocantins, e que, atualmente, na condição de reassentados na zona urbana de Palmas (quadra 508 do Plano Diretor Norte), tentam reconstruir um novo cotidiano em harmonia com o modo de vida das comunidades tradicionais e a preservação de características identitárias de comunidade ribeirinha, agora sobrevivendo em um espaço urbano sem margens. O objetivo que aqui se estabelece é o de investigar como está atualmente à situação desses moradores após o deslocamento e reassentamento no espaço urbano de Palmas (TO). A abordagem da pesquisa é qualitativa, sendo utilizadas as narrativas dos sujeitos envolvidos no processo e análise bibliográfica como técnicas de pesquisa. Os resultados apontam insatisfação com o novo modo de vida, ausência de confiança no amanhã e principalmente, apontam o quão complexo e marcante são os impactos advindos dos grandes empreendimentos e das demandas oriundas em nome do progresso.
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