RESSIGNIFICAÇÕES DE ANACAONA NA LITERATURA INFANTOJUVENIL HAITIANA:
ANACAONA, AYITI’S TAINO QUEEN/ ANACAONA, LA REINE TAINO D’AYITTI (2012), DE MARYSE NOËL ROUMAIN – ENFRENTAMENTOS COM OS ESCRITOS OFICIAIS
DOI:
https://doi.org/10.20873/uft2179-3948.2021v12n3p288-300Palavras-chave:
literatura comparada; narrativas híbridas de história e ficção; literatura infantojuvenil; Anacaona, Ayiti's Taino Queen/Anacaona, La Reine Taino D'Ayiti (2012); Maryse Noël Roumain.Resumo
Neste artigo, pretendemos demonstrar que, apesar de não figurar nos anais da história tradicional como personagem feminina resiliente, a atuação de Anacaona – cacica taína da ilha de Guanahaní – representou significativamente os enfrentamentos indígenas perante a exploração espanhola no período da colonização da América. Para isso, realizamos a análise comparativa de uma das ressignificações de Anacaona na literatura infantojuvenil haitiana: Anacaona, Ayiti's Taino Queen/Anacaona, La Reine Taino D'Ayiti (2012), de Maryse Noël Roumain. A narrativa híbrida foi comparada com registros reconhecidos da historiografia tradicional. Para tanto, baseamo-nos nas teorias de autores como Zilbermann (1985), Coelho (2010), Luft (2010) e Fleck (2017).
In this article, we intend to demonstrate that, despite not appearing in the annals of traditional history as a resilient female character, the actions of Anacaona – taino cacica of the island of Guanahaní – significantly represented indigenous confrontations with Spanish exploitation in the period of colonization of America. For this, we carried out a comparative analysis of one of the re-meanings of Anacaona in Haitian injant-juvenile literature: Anacaona, Ayiti's Taino Queen/Anacaona, La Reine Taino D'Ayiti (2012), by Maryse Noël Roumain. The hybrid narrative was compared with recognized records from traditional historiography. In order to do that, we base ourselves on the theories of authors such as Zilbermann (1985), Coelho (2010), Luft (2010) and Fleck (2017).
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