QUESTÕES MEMORIALÍSTICAS EM EU, TITUBA: BRUXA NEGRA DE SALEM, DE MARYSE CONDÉ
DOI:
https://doi.org/10.70860/ufnt.entreletras.e19379Palavras-chave:
crítica materialista, questões memorialísticas, Eu: Tituba, Maryse CondéResumo
Por meio do romance Eu, Tituba: bruxa negra de Salem (2019), a escritora guadalupense Maryse Condé ficcionaliza a história de Tituba, mulher escravizada e vítima dos julgamentos de bruxaria na Salem (EUA) no século XVII, que outrora foi esquecida pela “História oficial”. Diante disso, nesta pesquisa bibliográfico-exploratória com abordagem qualitativa, busca-se investigar as questões memorialísticas no romance de Condé à luz da crítica materialista. Com base em Assmann (2011), Candido (1985) e hooks (2014), conclui-se que nuances de luto e trauma estão presentes na colcha de retalhos memorialísticos costurados pela narradora autodiegética, Tituba, a partir do processo de rememoração.
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