MARIA DO CARMO E LENITA: A REPRESENTAÇÃO DA PROFESSORA E DA LEITORA EM A NORMALISTA (1895) E A CARNE (1888)
DOI:
https://doi.org/10.20873/uft.2179-3948.2019v10n2p125Palavras-chave:
A Carne, A Normalista, leitura, ensino, representaçãoResumo
Inserido em um contexto histórico de muitas mudanças, o Realismo-Naturalismo tornou-se um movimento literário que, além de mostrar os costumes da sociedade brasileira do século XIX, também teceu fortes críticas à mesma. Nesta realidade, as obras A carne (1888), escrita por Júlio Ribeiro, e A normalista (1895), por Adolfo Caminha, irão se destacar, uma vez que abordam, respectivamente, a figura da mulher enquanto leitora, representada pela protagonista Lenita, e da professora, simbolizada por Maria do Carmo, mostrando como ambas, devido à educação que recebem, acabam por transcender os papéis sociais geralmente delegados às mulheres da época (mãe / esposa), seja na ficção, ou na realidade. Para tanto, este estudo buscará relacionar a temática em questão ao contexto educacional do século XIX, utilizando referenciais teóricos da História da Educação - Ana de Oliveira Galvão (1998), Dermeval Saviani (2013), Guacira Lopes Louro (2015), Heloísa de O. S. Vilela (2016) e Luciano Mendes de Faria Filho (2016) – , de estudo sobre a leitura– Eliana M. Yunes (1995), João Wanderley Geraldi (2002) e Annie Rouxel (2012) – e Crítica Literária - Jeová Santana (1998), Roberto Schwarz (2003), Regina Zilberman (2004), Sarah Maria Forte Diogo (2011), Angela Maria Rubel Fanini e Gabrielle Mendes (2014) –
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