LUTAR É PRECISO
TESTEMUNHO E RESISTÊNCIA EM TORTO ARADO, DE ITAMAR VIEIRA JÚNIOR
DOI:
https://doi.org/10.20873/uft2179-3948.2022v13n3p156-168Palabras clave:
Torto Arado, literatura de testemunho, resistência, teor testemunhal.Resumen
A literatura de testemunho traz discussões pertinentes acerca da necessidade de que os discursos suprimidos pela história oficial venham à luz e assim a voz daqueles que sofreram com a opressão seja escutada. Importante como forma contra histórica, isto é, como oposição ao discurso oficial dos órgãos reguladores de poder, testemunhar é a maneira que se tem de apresentar que um fato histórico não apenas possui uma voz que ecoa, mas muitas outras que reverberam. Encarando os estudos sobre a Literatura de Testemunho na América Latina como fonte principal de análise deste trabalho, o presente artigo tende a pesquisar como o teor testemunhal se faz presente no romance Torto arado (2019), de Itamar Vieira Júnior. A resistência dos personagens, que ora se pauta pela memória, ora se configura na materialização de sua cultura é o meio pelo qual não apenas eles podem testemunhar sobre o sistema opressor em que estão inseridos, mas também resistir a este sistema. Por isso, BOSI (2002), tende a afirmar que resistência é, antes de tudo, um conceito ético, e não estético, pois para o crítico resistir é um ato de não ceder a outra força. Ao manter como foco de interpretação a literatura de testemunho, este trabalho compreende que o teor testemunhal, elemento característico presente no romance Torto arado representa os esforços revolucionários dos oprimido. A fim de organizar a coesão conceitual que norteará as reflexões sobre o objeto em questão este texto utilizará os trabalhos de Márcio Seligmann-Silva (2003; 2008) e dos demais teóricos que desdobram seus estudos sobre a Literatura de Testemunho.
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Citas
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