EL PAÍS DE LA CANELA
A PRÁTICA TRADUTÓRIA NA RELEITURA DA HISTÓRIA
DOI :
https://doi.org/10.20873/uft.2179-3948.2020v11n1p196Mots-clés :
Amazônia; descolonização; tradução; literatura colombiana; literatura e história.Résumé
Este trabalho objetiva analisar a releitura realizada pelo romance El país de la canela (2008), de William Ospina, do relato de viagem de Frei Gaspar de Carvajal sob a premissa do romance histórico contemporâneo de mediação (FLECK, 2017) e dos Estudos da Tradução. A análise se fixa no contradiscurso do narrador “ex-cêntrico” e sua prática tradutória cultural, os quais desvelam as falsificações do olhar estrangeiro e se mostram uma via deslegitimadora de práticas colonizadoras. Mediante a prática tradutória cultural, Ospina questiona as estratégias representacionais que reforçaram o triunfo dos colonizadores sobre os nativos a partir de novas perspectivas.
Téléchargements
Références
CARVAJAL, Frei Gaspar de. Relatório do novo descobrimento do famoso rio grande descoberto pelo capitão Francisco de Orellana. Edição bilíngue. Tradução Adja Balbino Durão e Maria Salete Bento Cicaroni. São Paulo: Scritta & Brasília: Consejería de Educación de la Embajada de España, 1992 (Coleção Orellana, 6).
CRO, Stelio. “Los cronistas primitivos de Indias y la cuestión de antiguos y modernos”. Actas del IX Congreso de la Asociación Internacional de Hispanistas (1986), vol.1. España: Vervuert Verlagsgesellschaft, 1989. p. 415-424. Disponível em https://cvc.cervantes.es/literatura/aih/pdf/09/aih_09_1_039.pdf. Acesso: 10 set. 2019
FLECK, Gilmei Francisco. O romance histórico contemporâneo de mediação: entre a tradição e o desconstrucionismo – releituras críticas da história pela ficção. Curitiba: Editora CRV, 2017.
GENTZLER, Edwin. Teorias contemporâneas da tradução. Trad. Marcos Malvezzi. 2. ed. São Paulo: Madras, 2009.
HUTCHEON, L. Poética do pós-modernismo: história, teoria e ficção. Trad. Ricardo Cruz. Rio de Janeiro: Imago, 1991.
LAPOUJADE, David. As existências mínimas. Trad. Hortencia Santos Lencastre. São Paulo: n-1 edições, 2017.
LUGONES, M. Pureza, impureza, separación. In: CARBONELL, N; TORRAS, M. Feminismos literarios. Madrid: Arco Libros, 1999. p. 235- 264.
MIGNOLO, Walter. Desobediencia epistémica: retórica de la modernidad, lógica de la colonialidad y gramática de la descolonialidad. Argentina: Ediciones del signo, 2010.
OSPINA, William. El país de la canela. Buenos Aires: Mondadori, 2013.
______. La serpiente sin ojos. Buenos Aires: Mondadori, 2013.
______. O país da canela. Trad. Eric Nepomuceno. São Paulo: Mundaréu, 2017.
______. Úrsua. Bogotá: Alfaguara, 2005.
PAGURA, Reynaldo José. Tradução e interpretação. In: AMORIM, Lauro Maia; RODRIGUES, Cristina C.; STUPIELLO, Érica Nogueira de Andrade (Org.). Tradução e perspectivas teóricas e práticas. São Paulo: Editora Unesp, 2015.
PASTOR, Beatriz. El segundo descubrimiento. La Conquista de América narrada por sus coetáneos (1492-1589). 3. ed. Barcelona: Edhasa, 2008.
PORRO, Antonio. As Crônicas do Rio Amazonas: notas etno-históricas sobre as antigas populações indígenas da Amazônia. 2.ed. Manaus: EDUA, 2016.
______. Dicionário etno-histórico da Amazônia colonial. São Paulo: IEB-USP, 2007.
PRATT, Mary Louise. Os olhos do império: relatos de viagem e transculturação. Trad. Jézio H. Bonfim Gutierre. Bauru: EDUSC, 1999.
PULGARÍN CUADRADO, Amália. Metaficción historiográfica: la novela histórica en la narrativa hispánica postmodernista. Madrid: Editorial Fundamentos, 1995.
QUIJANO, Aníbal. Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. In: ______. A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas latino-americanas. Buenos Aires: Clacso Livros, 2005.
ROCHA, Hélio Rodrigues de. Microfísicas do imperialismo. A Amazônia rondoniense e acreana em quatro relatos de viagem. Curitiba: CRV, 2012.
Téléchargements
Publié-e
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
Os autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons 4.0 que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
Os autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.