O RETRATO E A “INDEISCÊNCIA” DE OSCAR WILDE: uma aplicação da fenomenologia aos estudos literários
Résumé
Neste pequeno texto, os autores traçam um paralelo entre Oscar Wilde e Merleau-Ponty noque tange à deiscência da contemplação artística, ou seja, vislumbram o despertarpossibilitado pela arte como uma das aberturas críveis para a cognição madura e consciente,sendo que a personagem principal do romance se torna indeiscente, justamente por contrariaresse processo, por não permitir o desabrolhar da sua contemplação intuitiva. A relação deDorian Gray com o retrato se estabelece como uma indeiscência ou um fechamento para asemiose vital que forma repertórios e que permite o desabrochar e o desenrolar de processospsíquicos superiores. O conflito de Dorian é mimese da inquietação elementar do seu autor,pois Wilde cria uma história cujo conflito básico é a efemeridade da beleza – o belo é finito ea morte, sua companheira mais fiel, inevitável; e, paralelamente à fábula, constrói um enredocujo conflito é o fracasso da personagem principal em atingir o prazer puramente estético, jáque o jovem atribuíra ao retrato uma função purgatória.Téléchargements
Téléchargements
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
Os autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons 4.0 que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
Os autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.