UM PACTO FÁUSTICO E IMPACTOS DE MODERNIZAÇÃO DO BRASIL EM GRANDE SERTÃO: VEREDAS
DOI:
https://doi.org/10.20873/uft2179-3948.2023v14n3p96-114Palavras-chave:
Pacto Fáustico; Grande Sertão: Veredas; Guimarães Rosa; modernidade brasileira.Resumo
O mito de Fausto está presente na literatura há quase 500 anos, e os autores encontram formas de inovar a temática fáustica ao trabalharem as questões da modernidade, tornando o mito relevante na atualidade. Neste artigo, pretende-se entender o motivo para a realização do pacto fáustico em Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa, e a forma que o mito fáustico é utilizado pelo autor para representar a modernidade brasileira e os problemas do homem moderno. O contexto histórico social refletido na obra também será abordado.
Downloads
Referências
BARBOSA, Juvêncio José. Alfabetização e Leitura. São Pualo: Cortez, 1994, 2.ed.
BERMAN, Marshall. Tudo que é sólido se dissolve no ar: a aventura da modernidade. Trad. Ana Tollo. Rio de Janeiro: Edições 70, 1982.
BOLLE, Willi. Grandesertão.br. São Paulo: Editora 34, 2004.
BOLLE, Willi. O pacto no Grande Sertão - Esoterismo ou lei fundadora?. Revista USP, São Paulo, n. 36, p. 26-45, 1998.
BOLLE, Willi. Representação do povo e invenção de linguagem em Grande Sertão: Veredas. SCRIPTA, Belo Horizonte, v. 5, n. 10, p. 352-366, 1º sem. 2002.
BUENO, Raquel Illescas. Urutú-Branco e o leproso: corpo e culpa em uma vereda do Grande Sertão. Editora da UFPR: Curitiba, 1998.
CANDIDO, Antonio. Tese e antítese: ensaios. 4.ed. São Paulo: T.A. Queiroz, 2000.
CANDIDO, Antonio. Literatura e sociedade. 9. ed. Rio de Janeiro: Ouro sobre Azul, 2006.
CORPAS, Danielle. Grande Sertão: Veredas e formação brasileira. Revista da ANPOLL. n. 24, v. 1, jan./jul. 2008. p. 261-288.
CAVALCANTE, Lara Capelo; FERREIRA, Kilvia Souza. O julgamento de Zé Bebelo: direito em travessia. Revista de Direito, Arte e Literatura, Brasília, v. 2, n. 1, p. 219-234, Jan/Jun. 2016.
LOPES, João Marques. Zé Bebelo ou a modernidade na periferia. In: CHIAPPINI, L & VEJMELKA, E. (Org.). Espaços e caminhos de João Guimarães Rosa: dimensões regionais e universalidade. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2009, p. 370-376.
MARCONDES, Danilo. Iniciação à história da filosofia. 13. Ed. Rio de Janeiro: Editora Zahar, 2007.
MAZZARI, Marcus Vinicius. Figurações do “mal” e do “maligno” no Grande sertão: veredas. Estudos Avançados, São Paulo, n. 22, v. 64, 2008.
NITSCHAK, Horst. A visão política de Goethe. Revista de Letras, Fortaleza, v. 1/2, v. 6, p. 24-41, 1983.
OLIVEN, Ruben George. Cultura e modernidade no Brasil. São Paulo em perspectiva, 2001. Disponível em http://www.scielo.br/pdf/spp/v15n2/8571.pdf, acessado em 26/05/2023.
PACHECO, Ana Paula. Jagunços e homens livres pobres: o lugar do mito no Grande sertão. Novos Estudos, São Paulo, n. 81, p. 179-188, junho 2008.
REIS, José Carlos. História & teoria: historicismo, modernidade, temporalidade e verdade. 2 ed. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2005.
RONCARI, Luiz. O tribunal do sertão. Teresa: Revista de literatura brasileira, São Paulo, n. 2, p. 216-248.
ROSA, João Guimarães. Grande sertão: veredas. 21.ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2015.
ROSENFIELD, Kathrin Holzermayr. O pacto entendido como “lance”. Organon, Rio Grande do Sul, v. 6, n. 19, 2013.
SANTIAGO, Silvano. Genealogia da Ferocidade: Ensaio sobre Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa. Pernambuco: Cepe Editora, 2018.
SKOCPOL T, KESTNBAUM M. The French Revolution in World-Historical Perspective. In: Feher F The French Revolution and the Birth of Modernity. Berkeley and Los Angeles, CA: University of California Press; 1990. p. 13-29.
VASCONCELOS, Sandra Guardini T. Homens provisórios. Coronelismo e jagunçagem em Grande Sertão: veredas. Scripta, Revista do Programa de Pós-Graduação em Letras e do Centro de Estudos Afro-Brasileiros da PUC-Minas, Belo Horizonte, v. 6, n. 10, p. 321-333, 2002. Disponível em http://periodicos.pucminas.br/index.php/scripta/article/view/12410/9706, acessado em 19/05/2019.
WATT, Ian. Mitos do individualismo moderno: Fausto, Dom Quixote, Dom Juan, Robinson Crusoé. Trad. Mário Pontes. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1997.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 EntreLetras
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Os autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons 4.0 que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
Os autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.