"DESACREDITAR O RECTO PROCEDIMENTO DO SANTO OFICIO, FAZENDO-SE PASSAR POR SEU OFICIAL": IMPOSTORES EM NOME DA INQUISIÇÃO (BAHIA, 1610-1797)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.20873/vol15n01pp51-69

Resumo

Pretende-se nesse estudo analisar as imposturas de indivíduos que atuaram falsamente como agentes oficiais do Tribunal do Santo Ofício na Capitania da Bahia, entre os anos de 1610 a 1797. Os cargos inquisitoriais eram almejados especialmente pelo capital simbólico e material que outorgavam aos seus detentores como o poder, o prestígio social e o “certificado de pureza de sangue” tão importantes numa sociedade hierárquica do Antigo Regime. O medo que o Tribunal do Santo Ofício suscitava na sociedade e as prerrogativas dos cargos inquisitoriais foram utilizadas pelos embusteiros que buscavam além de ganho pessoal, vantagem em rivalidades pessoais. Tais práticas eram movidas pelos interesses mais diversos possíveis na medida em que o apenas dizer-se Familiar ou Comissário sendo ou não, mostrando as insígnias roubadas ou falsificadas, já era suficiente para que a população se vergasse ao arbítrio inquisitorial.

Biografia do Autor

Felipe dos Santos, Universidade do Estado da Bahia

Mestre em História pela Universidade do Estado da Bahia. Graduado em História pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. Atualmente é professor na rede estadual da Bahia e no Município de Santo Antônio de Jesus, Bahia. Tem interesse em temáticas relativas à História Moderna e História do Brasil Colonial, atuando principalmente nos temas: Inquisição; Familiares do Santo Ofício; Religiosidades; Bahia. E-mail: flipesantos@outlook.com

 

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Publicado

2023-09-07

Como Citar

dos Santos, F. (2023). "DESACREDITAR O RECTO PROCEDIMENTO DO SANTO OFICIO, FAZENDO-SE PASSAR POR SEU OFICIAL": IMPOSTORES EM NOME DA INQUISIÇÃO (BAHIA, 1610-1797). Revista Escritas, 15(01), 51–69. https://doi.org/10.20873/vol15n01pp51-69