COSMOGONIA AFRICANA: A RESISTÊNCIA DAS RELIGIÕES AFRICANAS NA CONTEMPORANEIDADE
DOI:
https://doi.org/10.20873/vol8n1pp88-106Resumo
O presente artigo tem por objetivo discorrer sobre os processos de criminalização das práticas culturais religiosas dos afrodescendentes no Brasil, bem como analisar as religiões de matriz africana como espaços privilegiados na manutenção da cosmogonia africana em solo brasileiro. Neste sentido discorremos sobre as bases filosóficas da cosmogonia africana em contraposição aos preceitos judaico-cristãos difundidos, em especial, pela cruzada neoevangélica contemporânea, bem como sobre as possibilidades das religiões de matriz africana se constituírem como espaços legítimos na permanência de uma outra percepção sobre o mundo, sociedade e ser humano nas relações ecosocioculturais. Assim discutiremos as questões referentes às religiões de matriz africana e sua estreita e intrínseca relação com os costumes, práticas, ritos e fazeres que permeiam nosso cotidiano e perpassam outras esferas que não só as religiosas. Abordamos também os processos de aculturação, resistência e ressignificação dessas religiões.
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