COM AREIA, TAMBÉM, SE CONTRÓI PATRIMÔNIO:
O PODER DAS IMAGENS EM GOIANDIRA DO COUTO
DOI:
https://doi.org/10.20873/vol10n1pp23-42Resumo
Ao representar a paisagem urbana da Cidade de Goiás, Goiandira do Couto (1915-2011) privilegia uma narrativa pictórica baseada nos mitos e marcos edificados, durante a colonização portuguesa, no eixo que se estrutura entre o Largo do Rosário e o Largo do Chafariz. Como herdeira de uma tradição cultural e familiar, a artista se relacionou com as instituições guardiãs do passado, como a Organização Vilaboense de Artes e Tradições[1] (OVAT), com o objetivo de ressignificar o lugar cultural da antiga capital no âmbito estadual, a partir de 1960. Em suas telas, a valorização dos símbolos da memória oficial inspirou a criação de uma cidade-ideal que, mais tarde, tornar-se-ia cidade-patrimônio apregoando o enredo das oficialidades. Sua sensibilidade artística se estabeleceu em profícuo diálogo com a elite cultural (OVAT) e com as autoridades políticas locais e regionais que, por sua vez, vislumbraram a preservação do passado como atributo para projetar a Cidade de Goiás para o futuro.
[1] “Na década de sessenta, nós criamos a OVAT, que era um grupo de pessoas ligadas à cultura e à arte e começamos a planejar o que seria Goiás para o futuro. De que ela poderia viver? Nós partimos a pesquisar e ver que o passado de Goiás era um passado muito rico em tradições, em arte, em cultura e em história. Desde a fundação até 1937, a vida do Estado desenvolveu aqui dentro. Então, quer queira, quer não queira, isso já é um ponto fantástico. E nós tínhamos vários prédios que estavam abandonados, que estavam deixados, emprestados a órgãos públicos, a escolas, a “n” coisas. Nós começamos a fazer um levantamento histórico. Vimos que o futuro de Goiás era o passado” (“O VILABOENSE”, 2006, p.10).
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