INFLUÊNCIA DA SAZONALIDADE NA QUALIDADE DA ÁGUA NA APA DO RIO UBERABA, UBERABA, MINAS GERAIS

Autores

DOI:

https://doi.org/10.70860/rtg.v13i31.19303

Palavras-chave:

APA do rio Uberaba, Índice de Qualidade da Água (IQA), manancial de abastecimento público

Resumo

A Área de Proteção Ambiental (APA) do rio Uberaba foi criada em 2005 para proteger o principal manancial de abastecimento público do município de Uberaba, MG. O objetivo deste trabalho foi analisar a variabilidade da qualidade físico-química e microbiológica da água dos afluentes do rio Uberaba que compõem a APA do rio Uberaba, sob influência da sazonalidade, utilizando o Índice de Qualidade da Água (IQA). Para avaliar a sazonalidade e a variabilidade espacial da qualidade da água na APA do rio Uberaba foram realizadas 2 campanhas de coleta ao longo das microbacias dos afluentes do rio Uberaba. Essas amostras foram coletadas em dois momentos distintos, o primeiro momento ocorreu durante o período seco (setembro/2019), e o segundo momento ocorreu durante o período chuvoso (janeiro/2020). Os resultados do IQA no período chuvoso e seco se encontram na faixa entre 50 e 90, portanto classificados com IQA médio e bom. No período seco os córregos dos Pintos (jusante) e Lanhoso tiveram uma queda considerável na qualidade da água, indo de 81,9 para 58,2 e 85,5 para 67,2, respectivamente. Apesar de alguns afluentes apresentarem diferentes IQA no período seco e chuvoso, concluímos que para o período amostrado, não houve variação significativa na qualidade da água na APA do rio Uberaba.

Biografia do Autor

Aline Claro de Oliveira, Universidade Federal de Uberlândia

Doutoranda em Ecologia e Conservação dos Recursos Naturais pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU) (2020 a 2024), Mestre em Engenharia Ambiental pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em 2017. Especialista em Análise Ambiental e Gestão do Território pela Escola Nacional de Ciências Estatísticas do IBGE em 2017. Engenheira de Segurança do Trabalho pela Universidade Católica de Petrópolis em 2016. Engenheira Ambiental pela Universidade de Uberaba (Uniube) em 2012.

Karina da Costa Sousa Lima, Universidade de São Paulo/ Programa de Pós-Graduação em Sustentabilidade

Doutoranda em Sustentabilidade, pela Universidade de São Paulo (PPGSUS - EACH/USP). Mestra em Ensino de Ciências da Terra, pela Universidade Estadual de Campinas-UNICAMP (2013-2015). Especialização em Direito Urbanístico e Ambiental - PUC MG (2017-2018). Graduada em Engenharia Ambiental, pela Universidade de Uberaba (2008-2012). Professora de cursos de Pós-graduação (lato sensu) a distância da Universidade de Uberaba (desde 2022). Foi Coordenadora do curso de Engenharia Ambiental e Sanitária do Centro Universitário do Planalto de Araxá-Uniaraxá (2018-2019) e Professora (2016-2019) na mesma instituição, ministrando as disciplinas de Avaliação de Impactos Ambientais, Licenciamento Ambiental, Sistemas de Gestão Ambiental, Planejamento e Gestão Ambiental, e Trabalho de Conclusão de Curso; e a disciplina Métodos e Técnicas de Pesquisa, na modalidade a distância, para diversos cursos de graduação. Professora Autora e Roteirista de material das disciplinas Métodos e Técnicas de Pesquisa, Engenharia e Profissão, e Ciências, Meio Ambiente e Sustentabilidade, para a educação a distância do Núcleo de Educação a Distância-NEaD/Uniaraxá (2017-2019), e professora validadora de material didático da disciplina Climatologia (2020) nesse mesmo departamento. Professora Assistente substituta na Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), lecionando disciplinas da área ambiental para os cursos de Engenharia da instituição, durante um ano (2015-2016). Tem experiência com Licenciamento Ambiental e com Gestão Ambiental; e, na área acadêmica, com a docência de Ciências Ambientais, com a elaboração e participação em projetos de pesquisa, e com a orientação de Trabalhos de Conclusão de Curso e de Iniciação Científica. Experiência também no desenvolvimento de projetos de Educação Socioambiental, por meio do Instituto Ambiental Aondê, instituição sem fins lucrativos da qual foi co-fundadora (2009-2012; 2018-2022); e em empreendedorismo e negócios de impacto socioambiental, tendo atuado como bolsista de desenvolvimento tecnológico na Unitecne - Incubadora de Empresas da Universidade de Uberaba (2021-2022).

Ana Flávia Mendonça Santana, Universidade de Uberaba/ Programa de Pós-Graduação em Engenharia Química

Engenheira Química, formada na UNIUBE, turma iniciada em 2015, concluiu o Mestrado Profissional em Engenharia Química em 2023 na mesma instituição de Ensino Superior, área de concentração: Desenvolvimento de Processos Químicos e Agro Industriais. Atualmente é pesquisadora BDCTI nível I na UNIUBE pela FAPEMIG - Laboratórios Multiusuários. Possui especialização em Engenharia Ambiental e Sanitária pela UNOPAR, 2021 e MBA em Engenharia de Produção pela UNIUBE, 2024. Participou de vários eventos (de pesquisa e extensão) ministrados e organizados pela UNIUBE, UFTM, IFTM. Em suas atividades profissionais, já atuou em uma indústria química nos cargos de supervisão de laboratório físico-químico e técnica em química no mesmo, pesquisadora BDCTI nível II em um hub de inovação aqui na cidade de Uberaba/MG, eixo tecnologia, inovação e empreendedorismo. Desenvolve consultorias técnicas/freelancer em suas áreas de formação. Participa ativamente como apoio/equipe de vários projetos de pesquisa, tais como Iniciação Cientifica, entre outros na UNIUBE. Possui CRQ e CREA ativos.

Leonardo Campos de Assis, Universidade de Uberaba/ Programa de Pós-Graduação em Engenharia Química

Bacharel em Sistemas de Informação pela Universidade de Uberaba - Uniube (2005), com mestrado (2008) e doutorado (2012) em Engenharia Civil /Informações Espaciais pela Universidade Federal de Viçosa - UFV. Tenho experiência em Geociências: Sensoriamento Remoto, SIG, Hidrologia e, Inferência Bayesiana. Professor na Uniube responsável pelo Laboratório de Geoprocessamento.

Referências

AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS - ANA. Panorama da qualidade das águas superficiais no Brasil, 2012. 264 p.

ARAÚJO, L. S. et al. Diagnóstico ambiental da microbacia do Mutum, na APA do rio Uberaba, Minas Gerais. Revista de Ciências Ambientais, Canoas, v. 15, n. 3, p. 01-15, 2021. DOI: https://doi.org/10.18316/rca.v15i3.8445. Acesso em: 30 jul. 2024.

BRASIL. Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000. Regulamenta o art. 225, § 1o, incisos I, II, III e VII da Constituição Federal, institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza e dá outras providências. Brasília, DF: Presidência da República, [2000]. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/cciviL_03///LEIS/L9985.htm. Acesso em: 11 set. 2024.

BROWN, R.M.; MCCLELLAND, N.I.; Deininger R.A.; Tozer R.G. A water quality index- do we dare? Water Sewage Works, [S.l.], v. 117, n. 10, p.339-343, 1970.

CANDEIRO, C. R. A. et al. The Late Cretaceous fauna and flora of the Uberaba area (Minas Gerais State, Brazil). Journal of South American Earth Sciences, [S.l.], v. 25, p. 203-216, 2008. Disponível em: https://doi.org/10.1016/j.jsames.2007.06.005. Acesso em: 13 set. 2024.

COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO - CETESB. Índices de Qualidade das

Águas, Critérios de Avaliação da Qualidade dos Sedimentos e Indicador de Controle de

Fontes: Apêndice B, Série Relatórios. 2008.

GEOPARQUE UBERABA. História do Geoparque Uberaba. 2024a. Disponível em: http://www.geoparqueuberaba.com.br/geoparqueUberaba.php. Acesso em: 12 set. 2024.

GEOPARQUE UBERABA. Geodiversidade e Geossítios. 2024b. Disponível em: http://www.geoparqueuberaba.com.br/geodiversidade.php. Acesso em: 12 set. 2024.

INSTITUTO MINEIRO DE GESTÃO DAS ÁGUAS - IGAM. Resumo executivo: Monitoramento das

Águas Superficiais de Minas Gerais em 2018. Instituto Mineiro de Gestão das Águas.

Belo Horizonte: IGAM, 2019.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE. Cidades e estados. 2022. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/cidades-e-estados/mg/uberaba.html. Acesso em: 30 jul. 2024.

LIMA, R. S.; ALVES, J. P. H. Avaliação da qualidade da água dos reservatórios localizados nas bacias hidrográficas dos rios Piauí – Real, utilizando o índice de qualidade da água (IQA). Scientia Plena, [S.l.], v. 13, n. 10, 2017. Disponível em: https://www.scientiaplena.org.br/sp/article/view/3874. Acesso em: 30 jul. 2024.

MARTINS, M. S. M. et al. Potential impacts of land use changes on water resources in a tropical headwater catchment. Water, Switzerland, v. 13, n. 22, 2021. Disponível em: http://hdl.handle.net/11449/233823. Acesso em: 30 jul. 2024.

OLIVEIRA, A. C. de. et al. Avaliação de Áreas Provedoras de Serviços Ambientais na APA Municipal do Rio Uberaba, Minas Gerais. Revista Brasileira de Cartografia, Uberlândia, v. 73, n. 1, p. 296–312, 2021. DOI: https://doi.org/10.14393/rbcv73n1-51233. Acesso em: 30 jul. 2024.

OLIVEIRA, F. C. A.; CAMPOS, A.L.D. Teste de Wilcoxon Pareado, 2021. Disponível em: http://lea.estatistica.ccet.ufrn.br/tutoriais/teste-de-wilcoxon-pareado.html. Acesso em: 30 jul. 2024.

OLIVEIRA, F. G.; PEREIRA, J. C. T.; ALVES, V. A.; SILVA, R. C. F.; ASSIS, L. C.. Análise da susceptibilidade à escoamento superficial na APA do rio Uberaba. Revista de Engenharia, TI e Inovação, [S. l.], v. 1, n. 1, p. 1–12, 2024. DOI: 10.31496/retii.v1i1.1692. Disponível em: https://revistas.uniube.br/index.php/retii/article/view/1692. Acesso em: 13 set. 2024.

RIBEIRO, L. C. B. et al. Geoparque Uberaba: Terra dos Dinossauros do Basil (MG). In: SHOBBENHAUS, C.; SILVA, C. R. (Orgs.) Geoparques do Brasil: Propostas. Rio de Janeiro: CPRM, 2012. p. 583-616.

ROSADO-GONZÁLEZ, E. M. et al. Collaborative mapping on sustainable development goals in Latin America UNESCO Global Geopark: a methodological discussion. International Journal of Geoheritage and Parks, [S. l.], v. 11, p. 203-220, 2023. DOI: https://doi.org/10.1016/j.ijgeop.2023.02.002. Acesso em: 13 set. 2024.

RStudio Team (2020). RStudio: Integrated Development for R. RStudio, PBC, Boston, MA.

SIQUEIRA, H. E. et al. Estimativa de perdas de solo na área de proteção ambiental do rio Uberaba. Ci. Fl., Santa Maria, v. 32, n. 3, p. 1205-1226, jul./set. 2022. DOI: https://doi.org/10.5902/1980509841259. Acesso em: 30 jul. 2024.

TIBOLA, F. L.; CASTRO, C. M. Avaliação da qualidade da água do rio Uberaba-MG: um estudo da sazonalidade. In: III Encontro de desenvolvimento de processos agroindustriais,2019, Uberaba. Anais [...]. Uberaba: Uniube, 2019. Disponível em: http://dspace.uniube.br:8080/jspui/handle/123456789/1133. Acesso em: 30 jul. 2024.

UBERABA. Lei nº 9.892 de 28 de dezembro de 2005. Cria a Área de Proteção Ambiental – APA do rio Uberaba – e dá outras providências.

UBERABA. Lei complementar nº 561 de 20 de dezembro de 2017. Institui o Plano Diretor de Zoneamento do Perímetro Urbano da Área de Proteção Ambiental da Bacia Hidrográfica do Rio Uberaba - APA Rio Uberaba e dá outras providências. Disponível em: http://www.uberaba.mg.gov.br/portal/acervo/plano_diretor/arquivos/apa/LC%20561-2017%20PLANO%20DIRETOR%20-%20APA.pdf. Acesso em: 12 set. 2024.

UBERABA. Plano de Manejo Área de Proteção Ambiental – APA do Rio Uberaba. Uberaba, MG: Prefeitura Municipal de Uberaba, 2022. Disponível em: http://www.uberaba.mg.gov.br/portal/galeriaarquivosd,meio_ambiente,Plano%20de%20Manejo#. Acesso em: 11 set. 2019.

UNITED NATIONS EDUCATIONAL, SCIENTIFIC AND CULTURAL ORGANIZATION - UNESCO. UNESCO Global Geoparks. 2024. Disponível em: https://www.unesco.org/en/iggp/geoparks/about?hub=67817. Acesso em: 12 set. 2024.

Downloads

Publicado

2024-10-30

Como Citar

OLIVEIRA, Aline Claro de; LIMA, Karina da Costa Sousa; SANTANA, Ana Flávia Mendonça; ASSIS, Leonardo Campos de. INFLUÊNCIA DA SAZONALIDADE NA QUALIDADE DA ÁGUA NA APA DO RIO UBERABA, UBERABA, MINAS GERAIS. Revista Tocantinense de Geografia, [S. l.], v. 13, n. 31, p. 29–44, 2024. DOI: 10.70860/rtg.v13i31.19303. Disponível em: https://periodicos.ufnt.edu.br/index.php/geografia/article/view/19303. Acesso em: 3 dez. 2024.