GEOGRAFIA ESCOLAR E EDUCAÇÃO CRÍTICA NO BRASIL

influências eurocêntricas e perspectivas decoloniais

Autores

DOI:

https://doi.org/10.70860/rtg.v14i34.20043

Palavras-chave:

Cultura escolar, Geografia, Educação crítica, Decolonialidade

Resumo

Por meio de uma análise qualitativa, documental e bibliográfica, este artigo aborda a formação da cultura escolar e sua relação com o ensino de Geografia no Brasil. Apresenta-se a disciplina como um campo que, para além da simples transmissão de conteúdo, articula saberes e métodos pedagógicos para a promoção de uma compreensão crítica do mundo. Discutem-se os impactos das reformas educacionais, a influência do eurocentrismo nos currículos e a necessidade de uma abordagem decolonial. Analisa-se, ainda, a função da Geografia Crítica para a construção de uma educação mais inclusiva e reflexiva, destacando desafios e oportunidades para a trajetória da disciplina no contexto escolar brasileiro.

Biografia do Autor

Juliano Rosa Gonçalves, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Brasília

Possui graduação em Geografia pela Universidade Federal de Goiás (2000), especialização em Geografia pela Universidade Federal de Goiás (2001), Mestrado em Geografia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2010) e Doutorado em Geografia pela Universidade de Brasília (UnB). Atualmente é professor no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Brasília (IFB).

Giomar Campos, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais

Possui graduação em Geografia pela Universidade Presidente Antônio Carlos (2005). Também possui especialização em Formas Alternativas de Energia pela Universidade Federal de Lavras /MG e especialização em Planejamento, Implementação e Gestão da Educação a Distância pela Universidade Federal Fluminense.

Referências

AYRES, Ariadne Dall’acqua; BRANDO, Fernanda da Rocha. O olhar eurocêntrico no contexto escolar brasileiro. Eventos Pedagógicos, Sinop, v. 12, n. 1, p. 177–191, 2021. Disponível em: https://periodicos.unemat.br/index.php/reps/article/view/10322. Acesso em: 17 ago. 2025. DOI: https://doi.org/10.30681/reps.v12i1.10322

CHERVEL, André. História das disciplinas escolares: reflexões sobre um campo de pesquisa. Teoria & Educação, Porto Alegre, n. 2, p. 177–229, 1990.

CHOPPIN, Alain. História dos livros e das edições didáticas: sobre o estado da arte. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 30, n. 3, p. 549–566, 2004. DOI: https://doi.org/10.1590/S1517-97022004000300012

FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987. Disponível em: https://gestaoeducacaoespecial.ufes.br/sites/gestaoeducacaoespecial.ufes.br/files/field/anexo/pedagogia-do-oprimido-paulo-freire.pdf. Acesso em: 17 ago. 2025.

JULIA, Dominique. A cultura escolar como objeto histórico. Tradução de Gizele de Souza. Revista Brasileira de História da Educação, Maringá, v. 12, n. 3, p. 9–43, 2012.

LAVAL, Christian. A escola não é uma empresa: o neoliberalismo em ataque ao ensino público. Londrina: Praxis/NEPTEC, 2004. Disponível em: https://www.ifg.edu.br/attachments/article/29944/neptec.pdf. Acesso em: 17 ago. 2025.

MANCEBO, Deise. Reforma universitária: reflexões sobre a privatização e a mercantilização do conhecimento. Educação & Sociedade, Campinas, v. 25, n. 88, p. 845–866, 2004. Disponível em: https://www.scielo.br/j/es/a/ybWDVNDW9Y7BBnDhCPmCN3b/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 17 ago. 2025. DOI: https://doi.org/10.1590/S0101-73302004000300010

MELLO, Bruno Falararo de; PEZZATO, João Pedro; COSTA, Christiane Fernanda da. As disciplinas escolares e os livros didáticos como expressões da cultura escolar: algumas considerações de ordem teórica. Revista Brasileira de Educação em Geografia, v. 12, n. 22, p. 05–21, 2022. Disponível em: https://www.revistaedugeo.com.br/revistaedugeo/article/view/1132. Acesso em: 10 set. 2024. DOI: https://doi.org/10.46789/edugeo.v12i22.1132

MIGNOLO, Walter. Epistemic disobedience and the decolonial option: a manifesto. Transmodernity: Journal of Peripheral Cultural Production of the Luso-Hispanic World, v. 1, n. 2, p. 44–66, 2011. DOI: 10.5070/T412011807. Disponível em: https://escholarship.org/uc/item/62j3w283. Acesso em: 17 ago. 2025. DOI: https://doi.org/10.5070/T412011807

MUNAKATA, Kazumi. O livro didático como indício da cultura escolar. História da Educação, Pelotas, v. 20, n. 50, p. 255–272, 2016. DOI: https://doi.org/10.1590/2236-3459/624037

OLIVEIRA, Luiz Fernandes de; CANDAU, Vera Maria Ferrão. Pedagogia decolonial e educação antirracista e intercultural no Brasil. Educação em Revista, Belo Horizonte, v. 26, n. 1, p. 15-40, abr. 2010. Disponível em: https://www.scielo.br/j/edur/a/TXxbbM6FwLJyh9G9tqvQp4v/?lang=pt&utm_source=chatgpt.com. Acesso em: 9 fev. 2025. DOI: https://doi.org/10.1590/S0102-46982010000100002

PEREIRA, Diego Carlos. Movimento Escola Nova e Geografia Moderna Escolar em manuais para o ensino secundário brasileiro (1905–1941). 2019. 227 f. Tese (Doutorado em Geografia) — Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Instituto de Geociências e Ciências Exatas, Rio Claro, 2019.

QUIJANO, Aníbal. Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. In: LANDER, Edgardo (org.). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas latino-americanas. Buenos Aires: CLACSO, 2005. Disponível em: https://ufrb.edu.br/educacaodocampocfp/images/Edgardo-Lander-org-A-Colonialidade-do-Saber-eurocentrismo-e-ciC3AAncias-sociais-perspectivas-latinoamericanas-LIVRO.pdf. Acesso em: 17 ago. 2025.

ROCHA, Genylton Odilon Rêgo da. O Colégio Pedro II e a institucionalização da Geografia escolar no Brasil Império. Revista Giramundo, Rio de Janeiro, v. 1, n. 1, p. 15-34, jan./jun. 2014. DOI: https://doi.org/10.33025/grgcp2.v1i1.7

SANTOS, Milton. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. 3. ed. São Paulo: Hucitec, 1999.

SAVIANI, Dermeval. História das ideias pedagógicas no Brasil. 6. ed. rev. e ampl. Campinas: Autores Associados, 2021.

SAVIANI, Dermeval. Vicissitudes e perspectivas do direito à educação no Brasil: abordagem histórica e situação atual. Educação & Sociedade, Campinas, v. 34, n. 124, p. 743–760, jul./set. 2013. Disponível em: https://www.scielo.br/j/es/a/BcRszVFxGBKxVgGd4LWz4Mg/abstract/?lang=pt. Acesso em: 17 ago. 2025. DOI: https://doi.org/10.1590/S0101-73302013000300006

SILVA, Fabiany de Cássia Tavares. Cultura escolar: quadro conceitual e possibilidades de pesquisa. Educar em Revista, Curitiba, n. 28, p. 201–216, dez. 2006. Disponível em: https://www.scielo.br/j/er/a/w6kJ5hdSGVRnhRWTVP68D3P. Acesso em: 16 ago. 2025. DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-40602006000200013

SILVA, Jeane Medeiros. A bibliografia didática de Geografia: história e pensamento do ensino geográfico no Brasil (1814–1930). 2012. 414 f. Tese (Doutorado em Geografia) — Universidade Federal de Uberlândia, Instituto de Geografia, Uberlândia, 2012.

SUESS, Rodrigo Capelle; SILVA, Alcinéia de Souza. A perspectiva decolonial e a (re)leitura dos conceitos geográficos no ensino de geografia. Geografia: Ensino & Pesquisa, Santa Maria, v. 23, e7, 2019. Disponível em: https://periodicos.ufsm.br/geografia/article/view/35469. Acesso em: 23 out. 2024. DOI: https://doi.org/10.5902/2236499435469

VESENTINI, José William. Para uma Geografia Crítica na escola. São Paulo: Ática, 1992.

Downloads

Publicado

2025-12-17

Como Citar

GONÇALVES, Juliano Rosa; CAMPOS, Giomar. GEOGRAFIA ESCOLAR E EDUCAÇÃO CRÍTICA NO BRASIL: influências eurocêntricas e perspectivas decoloniais. Revista Tocantinense de Geografia, [S. l.], v. 14, n. 34, p. 329–345, 2025. DOI: 10.70860/rtg.v14i34.20043. Disponível em: https://periodicos.ufnt.edu.br/index.php/geografia/article/view/20043. Acesso em: 17 dez. 2025.