“MINHA HISTÓRIA NÃO É DE TER FIM”
O festejo da abolição da comunidade quilombola dona Juscelina
DOI:
https://doi.org/10.20873/rtg.v11i25.15276Schlagworte:
Festejo, Quilombo, Mulheres Quilombolas, Muricilândia-TOAbstract
A presente pesquisa tem como objetivo apresentar a relação existente entre as mulheres da Comunidade Quilombola Dona Juscelina e o Festejo da Abolição realizado anualmente no dia 13 de maio. Localizada no perímetro urbano da cidade de Muricilândia-TO, o Quilombo Dona Juscelina se encontra a 60 quilômetros da cidade de Araguaína-TO com acesso pela rodovia TO-222, presente tanto na região norte do estado do Tocantins quanto na região norte do país. A celebração que ocorre no dia 13 de maio é um evento construído pela comunidade e para a comunidade, e por estarem em um ambiente urbano, é também um evento que movimenta a cidade e desde o seu início em 1968, a organização da festa tem como protagonista a matriarca dona Juscelina, e juntamente com ela outras mulheres da comunidade. O percurso metodológico realiza-se por meio de uma pesquisa qualitativa usando de depoimento pessoal e observação participante como instrumentos de pesquisa. O recorte espacial é a Comunidade Quilombola Dona Juscelina em Muricilândia-TO, e as participantes da pesquisa são as mulheres que organizam o Festejo da Abolição. A partir dessa pesquisa é possível compreender a relação existente entre as mulheres protagonistas da comunidade e a realização do festejo, percebendo o lugar/local que a mulher ocupa neste espaço social.
Literaturhinweise
BONNEMAISON, Jöel. Viagem em torno do território. In: CORRÊA, Roberto Lobato; ROSENDAHL, Zeny. Geografia Cultural: uma antologia. Rio de Janeiro: EdUERJ, vol. II, 2002. p. 279-304.
BONNEMAISON, Joël. La Géographie culturelle. Paris: Éditions du CTHS, 2000.
BRASIL. Art. 13 (ADCT), 5 de outubro de 1988. É criado o estado do Tocantins, pelo desmembramento da área descrita neste artigo, dando-se sua instalação no quadragésimo sexto dia após a eleição prevista no § 3º, mas não antes de 1º de janeiro de 1989. Disponível em: https://www.stf.jus.br/portal/constituicao/artigoBd.asp?item=2150#:~:text=A%20cria%C3%A7%C3%A3o%20do%20Estado%20do%20Tocantins%20deu%2Dse%20com%20a,13. Acesso em: 24 de junho de 2022.
CLAVAL, Paul. A Geografia Cultural. Florianópolis: Ed. da UFSC, 2001.
DEALDINA, Selma dos Santos (Org). Mulheres quilombolas: territórios de existências negras femininas. São Paulo: Sueli Carneiro: Jandaíra, 2020.
FROCHTENGARTEN, Fernando. A memória oral no mundo contemporâneo. Estudos Avançados, v. 19, n. 55, São Paulo, Sept./Dec. 2005, p. 367-376.
HAESBAERT, R. Identidades Territoriais. In. ROSENDAHL, Z e CORRÊA, R. (Orgs). Manifestações da Cultura no espaço. Rio de Janeiro: EdUERJ, 1999.
HAESBAERT, Rogério. Des-territorialização e identidade. Niterói-RJ: Editora da UFF, 1997.
JOFFILY, Olivia Rangel. O corpo como campo de batalha. In: PEDRO, Joana Maria; WOLF, Cristina Scheibe. Gênero, feminismo e ditaduras no Cone Sul. Florianópolis: Ed. Mulheres, 2010, p. 225-245.
OKIN, Susan Moller. Gênero, o público e o privado. Estudos Feministas. Florianópolis, v. 16, n. 2, p. 305-332, mai./ago. 2008.
OLIVEIRA, Izarete da Silva de. Território e Territorialidade nos Limites do Rural e Urbano na Comunidade Quilombola Dona Juscelina em Muricilândia – TO. Dissertação de Mestrado – Programa de Pós-Graduação em Estudos de Cultura e Território. Araguaína: UFT, 2018.
RIBEIRO, Djamila. O que é lugar de fala? Belo Horizonte-MG: Letramento: Justificando, 2017.
SANTOS, Geilza da Silva. Mulheres Quilombolas: Território, pertencimento e identidade na Comunidade Negra Senhor do Bonfim - Areia-PB. XI Encontro Regional Nordeste de História Oral. Ficção e Poder: oralidade, imagem e escrita. Fortaleza-CE, 2017.
SANTOS, Katiane da Silva. DO PASSADO AO PRESENTE: A Festa da Comunidade Quilombola Dona Juscelina em Muricilândia-TO. Dissertação de Mestrado – Programa de Pós-Graduação em Estudos de Cultura e Território. Araguaína: UFT, 2018.
SAQUET, Marcos Aurélio. Abordagens e concepções sobre território. 1. ed. São Paulo: Expressão Popular, 2007.
SILVA, Raimunda Patrícia Gemaque da. O Lado Feminino do Quilombo: o território quilombola sobre o enfoque de gênero nas comunidades de Boa Vista e Moura, em Oriximiná-PA. Dissertação de Mestrado – Programa de Pós-Graduação em Geografia. Porto Velho/RO: UNIR, 2016.
SOUZA, Laura Olivieri Carneiro de. Quilombos: identidade e história. 1. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2012.
WEIL, Simone. O enraizamento. Em A condição operária e outros estudos sobre a opressão. Antologia organizada por Ecléa Bosi. 2. ed. ver. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1996, p. 411-412.
WEIL, Simone. O desenraizamento operário. Em A condição operária e outros estudos sobre a opressão. Antologia organizada por Ecléa Bosi. 2. ed. ver. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1996, p. 413-440.
Downloads
Veröffentlicht
Zitationsvorschlag
Ausgabe
Rubrik
Lizenz
Copyright (c) 2023 Tocantinense Journal of Geography
Dieses Werk steht unter der Lizenz Creative Commons Namensnennung - Nicht-kommerziell - Keine Bearbeitungen 4.0 International.
Revista Tocantinense de Geografia vergütet keinen Autor für die Veröffentlichung seiner Texte. Der Inhalt der in dieser Zeitschrift veröffentlichten Texte liegt in der Verantwortung der Autoren.