IDENTIDADE
O que nos diferencia e o que nos une enquanto grupo – um olhar para a comunidade ribeirinha de Nazaré-Rondônia
DOI:
https://doi.org/10.20873/rtg.v13i29.18076Schlagworte:
Identidade, Identidade e diferença, Comunidade ribeirinha de Nazaré, Identidade ribeirinha amazônicaAbstract
Este artigo originou-se de reflexões que foram realizadas sobre o viver da comunidade de Nazaré, levando em conta as relações que os moradores estabelecem no/com o espaço. As reflexões empreendidas aportam-se em seis anos de pesquisa junto à comunidade. Assim sendo, este trabalho objetivou identificar e analisar aspectos da vida social desta comunidade, a partir da categoria identidade e das implicações teóricas e práticas que esta abarca. A comunidade ribeirinha de Nazaré, lócus desta pesquisa, localiza-se na margem esquerda do Rio Madeira, a sua jusante, na região do Baixo Madeira, a, aproximadamente, 120 quilômetro de Porto Velho-RO. Metodologicamente, este estudo se configurou como qualitativo e os procedimentos metodológicos utilizados foram a pesquisa bibliográfica e a pesquisa de campo, caracterizada pela realização de entrevistas com roteiro semiestruturado e por conversas informais, bem como pela elaboração de diário de campo e participação em eventos e reuniões que aconteceram na comunidade. A pesquisa apontou características ligadas ao viver da comunidade que remetem à distinções no que tange a identidade, sobretudo, entre homens e mulheres, mas também constatou elementos que os(as) unem, demarcando a identidade do grupo.
Literaturhinweise
APPADURAI, Arjun. Disjunção e Diferença da Economia Cultural e Global. In: FEATHERSTONE, Mike. (Org.). Cultural Global: nacionalismo, globalização e modernidade. Petrópolis: Vozes, 1994. p. 311-327.
BAUMAN, Zygmunt. Identidade. Rio de Janeiro: Zahar, 2005.
BOURDIEU, Pierre. A dominação masculina. Rio de Janeiro: BestBolso, 2014.
CARLOS, Ana Fani Alessandri. O lugar no/do mundo. São Paulo: FFLCH, 2007.
CASCUDO, Luís da Câmara. Geografia dos mitos brasileiros. 3.ed. São Paulo: Global, 2002.
CASTELLS, Manuel. O poder da identidade. 9. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2018.
CISNE, Mirla. Gênero, divisão sexual do trabalho e serviço social. 2. ed. São Paulo: Outras Expressões, 2015.
COORDENADORIA ESTADUAL DA DEFESA CIVIL DO ESTADO DE RONDÔNIA. Relatório número 10: “Operação Enchente”. Disponível em: http://www.cbm.ro.gov.br/imagens-editor/RELATORIO_DC_21_02_2014.pdf . Acesso em: 04 de mar. de 2017.
CRUZ,Valter Carmo. Pela outra margem da fronteira: território, identidade e lutas sociais na Amazônia. Dissertação (Mestrado em Geografia) – Universidade Federal Fluminense (UFF), 2006.
CRUZ,Valter Carmo. Itinerários teóricos sobre a relação entre território e identidade. In: BEZERRA, Amélia Cristina Alves. et. al. (Orgs). Itinerários Geográficos. Niterói. EdUFF, 2007. p. 93-122.
DAMATTA, Roberto. Explorações: ensaios de sociologia interpretativa. 2. ed. Rio de Janeiro: Rocco, 2011.
FECHINE, Elaine Filgueiras Gonçalves. Mulheres ribeirinhas do Madeira: cotidiano envolto em brumas. Dissertação (Mestrado em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente) – Universidade Federal de Rondônia (UNIR), 2007.
FEARNSIDE, Philip. As barragens e as inundações do Rio Madeira. Ciência Hoje, n.53, p. 56-57, 2014.
HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. 11. ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2011.
JUNG, Carl Gustav. Chegando ao inconsciente. In: JUNG, Carl Gustav (Org.). O homem e seus símbolos. 3. ed. Rio de Janeiro: Harper Collins Brasil, 2016.
LARAIA, Roque de Barros. Cultura: um conceito antropológico. 24. ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2009.
MENEZES, Elisângela Ferreira. A representação do lugar: um estudo sobre a juventude ribeirinha da Comunidade de Nazaré – RO. Dissertação (Mestrado em Geografia) – Universidade Federal de Rondônia (UNIR), Porto Velho, 2014.
MORET, Artur de Souza; GUERRA, Sinclair Mallet Guy. Hidrelétricas no rio Madeira: Reflexões sobre impactos ambientais e sociais. In: Revista OIDLES, v. 1, n.7, p. 1-10, 2009.
MORET, Artur de Souza; SILVA, Luciane Lima Costa e. O Rio Madeira, uma Sociedade e a Indústria de Energia: a construção das usinas hidrelétricas e os impactos e intervenções na sociedade. In: Boletim do Observatório Ambiental Alberto Ribeiro Lamego, Rio de Janeiro, v. 4, n.2, p. 11-31, 2010.
NORBERTO, Simone. Mito e identidade em Nazaré: uma leitura pós-colonial das manifestações culturais de uma comunidade ribeirinha. Porto Velho: Temática Editora, 2020.
PORTO-GONÇALVES, Carlos Walter. Amazônia: encruzilhada civilizatória. Tensões territoriais em curso. IPDRS: La Paz, 2018.
PRZYBYSZ, Juliana; SILVA, Joseli Maria. Articulando os espaços privado e público: gênero e famílias monoparentais femininas. Revista de Psicologia da Unesp, v. 9, n. 2, p. 30-42, 2010.
RAINEY, Steven; RAINEY, Maura. Perspectivas ribeirinha sobre os impactos da construção de usinas hidrelétricas no rio Madeira em Rondônia. Confins, n. 29, 2016.
RAMOS, Jarbas Siqueira. O corpo-encruzilhada como experiência performativa no ritual congadeiro. Revista Brasileira de Estudos da Presença, v. 7, n. 2, p. 296-315, 2017.
SCOTT, Joan Wallach. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. Educação & Realidade. Porto Alegre, vol. 20, nº 2, p. 71-99, 1995.
SILVA, Josué da Costa. O Rio, A Comunidade e o Viver. Tese (Doutorado em Geografia Humana) – Universidade de São Paulo (USP), 2000.
SILVA, Thálita Cavalcanti Menezes; AMAZONAS, Maria Cristina Lopes de Almeida. Identidade feminina: engendrando espaços e papeis de mulher. Revista de Psicologia da IMED, v.1, n.2, p. 192-209, 2009.
TOCANTINS, Leandro. O rio comanda a vida: uma interpretação da Amazônia. Rio de Janeiro: Biblioteca do Exército,1973.
Downloads
Veröffentlicht
Zitationsvorschlag
Ausgabe
Rubrik
Lizenz
Copyright (c) 2023 Tocantinense Journal of Geography
Dieses Werk steht unter der Lizenz Creative Commons Namensnennung - Nicht-kommerziell - Keine Bearbeitungen 4.0 International.
Revista Tocantinense de Geografia vergütet keinen Autor für die Veröffentlichung seiner Texte. Der Inhalt der in dieser Zeitschrift veröffentlichten Texte liegt in der Verantwortung der Autoren.
.png)
