INDIGENOUS GEOGRAPHIES AND ANCESTRAL TERRITORIES

Authors

DOI:

https://doi.org/10.20873/rtg.v12i26.15855

Keywords:

indigenous geographies, territory, territoriality, Anthropology

Abstract

Indigenous geographies have very deep relations: even if sometimes colonial and Eurocentric, the research and study of the links between indigenous peoples and/or traditional societies and nature is, in fact, one of the oldest and most founding roots of Geography. However, especially in Brazil, the lack of studies and the lack of prestige that this focus has sometimes been considered, has made this linkage suffer within the discipline. Contemporary indigenous geographies have emerged in the last fifteen or twenty years as an attempt to revitalize that heritage on new bases, although, in a way, this academic and indigenous movement can only be seen as a relatively recent phenomenon. Its challenges are multiple, among which the following stand out: i) elaborate an understanding of the relationship of indigenous peoples with the environment and/or nature, through their cosmologies, cosmovisions and cosmopolitics ; ii) promote dialogues of knowledge between scientific knowledge and ancestral/peoples' knowledge, through the re-actualization/reinvention of concepts, not fitted, but open to otherness, in becoming, taking care not to slip exclusively into empiricism or field of practices; ii) build a greater approximation of Geography with the field of Anthropology; iv) value, through the decolonial and intercultural debate, the dialogue between indigenous geographies and Latin American critical social thought; v) stimulate and create conditions for a greater participation of young indigenous students in undergraduate and graduate Geography. Finally, it is necessary to understand indigenous geographies rather as a perspective, in which indigenous people are protagonists of the spatial dimension.

Author Biography

Marcos Mondardo, Universidade Federal da Grande Dourados

PhD and postdoctoral degree in Geography from the Fluminense Federal University. He is a professor of undergraduate and graduate studies in Geography at the Federal University of Grande Dourados. Has experience in the area of ​​Geography, with emphasis on indigenous geographies, Guarani geographies and traditional communities in Brazil. He is leader of the Center for Research on Territory and Border (NUTEF/UFGD).

References

ADICHIE, C. N. O perigo de uma história única. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.

AGNEW, J. Making Political Geography. Arnold, 2002.

AGUILAR, D. A. S. Territorialidades del pueblo originario Maleku en Costa Rica. Dissertação (Mestrado em Geografia). El Colegio de Michoacán, Centro de Estudios en Geografia Humana. México, 2021.

AMPARO, S. dos S. Da ordem cósmica à desordem territorial: a geograficidade ameríndia no chão de Abya Yala ou América. Tese (Doutorado em Geografia), PPGEO-UFF, Niterói, 2019.

ANZALDÚA, G. Borderlands/la frontera: the new mestiza. Aunt Lute, 1987.

BALTAZAR, P. Geografiana óyoe têrenoe ya poké’exake toné yoko ipéakaxoti/Geografia das afetividades no território indígena Taunay/Ipegue. 2022. 339 f. Tese (Doutorado em Geografia) – Faculdade de Ciências Humanas, Universidade Federal da Grande Dourados, Dourados, MS, 2022.

BONNEMAISON, J. Le territoire enchanté: croyances et territorialités en Mélanésie. Géographie et Cultures, 3, 71-85, 1992.

BRASIL. Lei nº. 10.639, de 9 de janeiro de 2003. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.639.htm Consultado em 02/11/2022.

BRASIL. Lei nº. 11645, de 10 de março de 2008. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11645.htm Consultado em 02/11/2022.

CARNEIRO DA CUNHA, M. (org.). Cultura com aspas e outros ensaios. São Paulo: CosacNaify, 2009.

CHAMORRO, G. Terra madura Yvi Araguyge: fundamento da palavra guarani. Dourados: UFGD, 2008.

CLASTRES, P. La société contre l’Estat: recherches d’anthropologie politique. Paris: Éditions de Minuit, 1974.

CRESPE, A. C. Mobilidade e temporalidade Kaiowá: do tekoha à “reserva”, do tekoharã ao tekoha. Tese (Doutorado em História), Faculdade de Ciências Humanas, Universidade Federal da Grande Dourados, 2015.

DARDOT, P. e LAVAL, C. Propriedade, apropriação social e instituição do comum. Tempo Social. v. 27, n. 1, 2015.

DUSSEL, E. 1492 - O Encobrimento do Outro (A Origem do “Mito da Modernidade”): Conferências de Frankfurt. Petrópolis: Vozes, 1993.

ESCOBAR, A. Otro posible es posible: caminando hacia las transiciones desde Abya Ayala/Afro/Latino-América. Bogotá: Ediciones Desde Abajo, 2018.

ESTERMANN, J. Filosofía andina: estudio intercultural de la sabiduría autóctona andina. Quito: Abya-Yala, 1998.

FEDERICI, S. Reencantar el mundo: el feminismo y la política de los comunes. Madrid, Traficantes de sueños, 2020.

GALEANO, E. De Las venas abiertas de América Latina a Memoria del fuego. Montevideo: Universidad de la República, 1987.

GIRALDO, O. F. Introducción: conflictos ontológicos y ontología política. In: GIRALDO, O. F. (Coord.), Conflictos entre mundos: negación de la alteridad, diferencia radical, ontología política. ECOSUR, 2022, pp. 11-28.

GOMES, J. P. P. Mobilidade do Povo Indígena Palikur na fronteira franco-brasileira: as dinâmicas do trânsito territorial indígena e a construção de redes pela fronteira entre Brasil (Amapá) e França (Guiana Francesa). Dissertação (mestrado). Fundação Universidade Federal do Amapá, Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional, Macapá, 2022.

GONZÁLEZ CASANOVA, P. Colonialismo interno (una redefinición). In: BORON, A.; AMADEO, J.; GONZÁLEZ, S. (Orgs.). La teoría marxista hoy. CLACSO: Buenos Aires, 2006, p. 431-458.

GUIMARÃES, G. F. A Geografia desde dentro nas relações étnico-raciais. In: NUNES, M. D. dos R.; SANTOS, I. S. dos; MAIA, H. C. A. (Orgs.). Geografia e Ensino: aspectos contemporâneos da prática e da formação docente. Salvador: EDUNEB, 2018, p. 67-94.

HAESBAERT, R. Território e descolonialidade. Buenos Aires: Clacso e Niterói: PosGeo, 2020.

HARVEY, D. O novo imperialismo. São Paulo: Loyola, 2004.

INGOLD, T. Antropologia versus etnografia. Cadernos de campo, São Paulo, n. 26, v.1, 2017, p. 222-228.

INGOLD, T. Estar vivo: ensaios sobre movimento, conhecimento e descrição. São Paulo: Vozes, 2015.

KAMBEBA, M. W. O lugar do saber. São Leopoldo: Casa Leiria, 2020.

KOPENAWA, D.; ALBERT, B. A queda do céu: Palavras de um xamã yanomami. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.

KRENAK, A. Ideias para adiar o fim do mundo. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.

LADEIRA, M. I. Espaço geográfico Guarani-Mbya: significado, constituição e uso. (Tese de Doutorado em Geografia). São Paulo: USP, 2001.

LADEIRA, M. I. O caminhar sob a luz: Território mbya à beira do oceano. Dissertação de Mestrado em Antropologia – Pontifícia Universidade Católica – PUC, 1992.

LATOUR, B. Onde aterrar? Como se orientar politicamente no Antropoceno. Bazar do Tempo, 2020.

LATOUR, B. Políticas da natureza: como fazer ciência na democracia. Edusc, 2004.

LEFF, E. Ecologia Política: da desconstrução do capital à territorialização da vida. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2021.

LEFF, E. Racionalidade ambiental: a reapropriação social da natureza. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2006.

LIMA, J. da S. O sentido geográfico da identidade: metafenomenologia da alteridade Payayá. Tese (Doutorado em Geografia) – Instituto de Geociências, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2019.

MARTINS, E. S. Transformações nos papéis desempenhados pelas lideranças tradicionais na Reserva Indígena de Caarapó, a partir da entrada de líderes evangélicos (1980-2017). Dissertação (Mestrado em História), Faculdade de Ciências Humanas, Universidade Federal da Grande Dourados, 2020.

MASSEY, D. Pelo espaço: uma nova política da espacialidade. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2008.

MELIÀ, B. Teko porã: formas do bom viver guarani, memória e futuro. In: SILVEIRA, N. H.; MELO, C. R. de.; JESUS, S. C. de. (Org.). Diálogos com o Guarani: articulando compreensões antropológicas e indígenas. Florianópolis: Editora da UFSC, 2016, p. 23-30.

MIGNOLO, W. Histórias locais/projetos globais: colonialidade, saberes subalternos e pensamento liminar. Belo Horizonte: UFMG, 2003.

MONDARDO, M. Em defesa dos territórios indígenas no Brasil: direitos, demarcações e retomadas. GEOUSP, v. 26, n. 1, e-176224, abr. 2022.

MONDARDO, M. Territórios de trânsito: dos conflitos entre Guarani e Kaiowá, paraguaios e “gaúchos” à produção de multi/transterritorialidades na fronteira. Rio de Janeiro: Consequência, 2018.

MONFORT, G. C. Autonomias indígenas, luta pela vida e modos de autogestão comunitária dos povos Kaiowá e Guarani. Dissertação (Mestrado em Geografia) – Faculdades de Ciências Humanas, Universidade Federal da Grande Dourados, Dourados, 2022.

MUNDURUKU, D. Tempo, tempo, tempo. Revista de divulgação científica. Coluna Educação e diferenças. Coletiva, nº1. 2018.

NASCIMENTO, S. de S. O corpo da antropóloga e os desafios da experiência próxima. Revista de Antropologia, v. 62, n. 2, p. 459-484, 2019.

PEIRANO, M. Etnografia não é método. Horizontes Antropológicos, Porto Alegre, ano 20, n. 42, p. 377-391, jul./dez. 2014

PORTO-GONÇALVES, C. W. Da Geografia às geo-grafias: um mundo em busca de novas territorialidades. In: SADER, E. CECENA, A. E. (Orgs.). La Guerra Infinita-hegemonia y terro mundial. Buenos Aires: CLACSO, 2002, pp. 217-256.

QUIJANO, A. Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. In: LANDER, E. (Org.). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas latino-americanas. Buenos Aires: CLACSO, 2005, pp. 107-130.

QUINTERO WEIR, J. A. Fazer comunidade: notas sobre território e territorialidade a partir do sentipensar indígena na bacia do Lago de Maracaibo, Venezuela. Porto Alegre: Deriva, 2019.

SANTOS, A. B. As fronteiras entre o saber orgânico e o saber sintético. In: OLIVA. et al. (Org). Tecendo Redes antirracistas. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2019, p. 23-35.

SANTOS, A. B. Colonização, quilombos, modos e significados. Ed. UnB, 2015.

SANTOS, M. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. São Paulo: EdUSP, 2006.

SANTOS, M. O retorno do Território. In: SANTOS, Milton; SOUZA, M. A. A. de; SILVEIRA, M. L. (Orgs.). Território: globalização e fragmentação. 3ª ed. São Paulo: Hucitec, 1996, pp. 15-20.

SILVA, S. P. da. Reza-canto-dança (nhembo’e), retomada e roça (kokuê): geografias das insurgências Kaiowá e Guarani. Tese (Doutorado em Geografia) - Faculdade de Ciências Humanas, Universidade Federal da Grande Dourados, Dourados, MS, 2022.

SILVESTRI, M. Conflitos territoriais e a r-existência do Povo A'uweXavante: luta pela terra e pelo território no Leste Mato Grossense. Tese (Doutorado em Geografia), PPGEO-UFF, Niterói, 2019.

SIMARD, S. A árvore-mãe: em busca da sabedoria da floresta. Rio de Janeiro, Zahar, 2022.

SOUZA, M. L. de. Por uma geografia libertária. 1. ed. Rio de Janeiro: Consequência Editora, 2017.

STALIANO, P. MONDARDO, M. KANEKO, A. Y. Violência sexual infantojuvenil indígena: da vulnerabilidade social à articulação de políticas públicas. Estudos e Pesquisas em Psicologia. Rio de Janeiro, v. 22 n. spe p. 1436-1457

STALIANO, P. MONDARDO, M. LOPES, R. C. Onde e como se suicidam os Guarani e Kaiowá em Mato Grosso do Sul: Confinamento, Jejuvy e Tekoha. Psicologia: Ciência e Profissão: Brasília, v. 39, n. spe., p. 9-21, 2019.

SVAMPA, M. Las fronteras del neoextractivismo en América Latina: conflictos socioambientales, giro ecoterritorial y nuevas dependências. Centro Maria Sibylla Merian de Estudios Latinoamericanos Avanzados en Humanidades y Ciencias Sociales: Guadalajara, 2019.

TOLEDO, V. M. El metabolismo social: una nueva teoría socioecológica. Revista Relaciones. 136, pp. 41-71, 2013.

VERA, B. Espaço, árvores e plantas na reserva indígena Pirajuí: entre memórias e lugares de agora. Dissertação (Mestrado em Geografia) – Universidade Federal da Grande Dourados, Dourados, MS, 2020.

VERA, E. Se não tiver mais reza, o mundo vai acabar. Povos Indígenas do Brasil, ISA, 2016. Disponível em: https://pib.socioambiental.org/pt/c/no-brasil-atual/narrativas- indigenas/se-nao-tiver-reza-o-mundo-vai-acabar - acesso em 20/10/2022.

VIVEIROS DE CASTRO, E. “Etnologia brasileira”. In: (Org.). MICELI, S. O que ler na ciência social brasileira (1970-1995). São Paulo: Sumaré/Anpocs, 1999.

VIVEIROS DE CASTRO, E. Metafisicas canibais. São Paulo: CosacNaify, 2015.

Published

2023-03-05

How to Cite

MONDARDO, Marcos. INDIGENOUS GEOGRAPHIES AND ANCESTRAL TERRITORIES. Tocantinense Journal of Geography, [S. l.], v. 12, n. 26, p. 145–176, 2023. DOI: 10.20873/rtg.v12i26.15855. Disponível em: https://periodicos.ufnt.edu.br/index.php/geografia/article/view/15855. Acesso em: 24 nov. 2024.

Most read articles by the same author(s)