BRASIL E CHINA E A DEPENDÊNCIA NA SEMIPERIFERIA

Uma análise das relações econômicas (2009-2018)

Autores/as

  • Altacir Bunde Universidade Federal do Pampa - UNIPAMPA
  • Marcia Luiza Cruz Aguirre Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
  • Kamilla Raquel Rizzi Unipampa
  • Anna Carletti Unipampa

DOI:

https://doi.org/10.20873/rtg.v10n20p168-196

Palabras clave:

Crescimento Econômico, Comércio Internacional, Economia Política, Sistema Mundo

Resumen

Apoiado na Teoria do Sistema-Mundo, na perspectiva de dependência na semiperiferia, este estudo aborda as relações sino-brasileiras de 2009 a 2018. Nesta lógica, Brasil e China são considerados semiperiferias e, por isso, questiona-se por meio da análise das relações econômico-comerciais entre esses países, a existência de uma dependência brasileira. Metodologicamente, a pesquisa é qualitativa, construída a partir de uma revisão bibliográfica e de levantamento e análise de dados secundários. O artigo ressalta que, atualmente, a China é a maior parceira comercial do Brasil.

Biografía del autor/a

Altacir Bunde, Universidade Federal do Pampa - UNIPAMPA

Possui graduação em Ciências Econômicas pela Universidade Católica de Pelotas (UCPel); Mestrado em Geografia pela Universidade Federal de Goias (UFG), campus de Catalão; doutorado em Geografia pelo Instituto de Estudos Socioambientais (IESA), da Universidade Federal de Goias (UFG); professor de Economia Brasileira do curso de Ciências Econômicas e de Relações Internacionais, da Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA), campus de Santana do Livramento (RS); Líder do Grupo de Estudo Interdisciplinar em Sociedade, Ambiente e Território - GEISAT cadastrado no CNPq.

Marcia Luiza Cruz Aguirre , Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

Bolsista de Mestrado - CNPq no Programa de Pós-Graduação em Economia do Desenvolvimento da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Bacharela em Relações Internacionais pela Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA) e graduanda do curso de Ciências Econômicas também pela mesma instituição. Pós-graduada (Especialista) em Desenvolvimento Territorial e Agroecologia pela Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS) em 2019; e pós-graduada (Especialista) em Relações Internacionais Contemporâneas pela UNIPAMPA em 2020.

Kamilla Raquel Rizzi , Unipampa

É professora associada de Relações Internacionais da Universidade Federal do Pampa/UNIPAMPA. Doutora em Ciência Política, Mestre em Relações Internacionais e Licenciada em História pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. É coordenadora do Núcleo de Análise de Política Externa Brasileira (NaPEB/UNIPAMPA), pesquisadora do GeÁFRICA/UNIPAMPA e pesquisadora associada do Centro Brasileiro de Estudos Africanos (CEBRAFRICA) e do Núcleo de Estratégia e Relações Internacionais (NERINT/UFRGS).

Anna Carletti , Unipampa

Professora Associada no Curso de Relações Internacionais da Universidade Federal do Pampa e Docente no Programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais da Universidade Estadual da Paraíba. Possui graduação em Línguas e Literaturas Estrangeiras Modernas - Università Degli Studi Di Roma La Sapienza (1996), Especialização em História da China e da Ásia Oriental - I.S.I.A.O de Roma. É Doutora em História pela UFRGS (2007), Pós-Doutora em Ciência Política pela mesma instituição (2011). Pesquisadora Associada do Instituto de Estudos Asiáticos da Universidade Federal de Pernambuco. Líder do Grupo de Pesquisa CNPq - CEPRIR: Centro de Estudos em Política, Relações Internacionais e Religião.

Citas

AMARAL, Marisa Silva. Teorias do imperialismo e da dependência: a atualização necessária ante a financeirização do capitalismo. 2012. Tese de Doutorado em Economia. Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2012. Disponível em: <https://teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12140/tde-09102012-174024/publico/MarisaSilvaAmaralVC.pdf>. Acessado em 04 de abril de 2020.

ARRIGHI, Giovanni; DRANGEL, Jessica. “The stratification of the world-economy: an exploration of the semiperipheral zone”. Review (Fernand Braudel Center), v. 10, n. 1, p. 9-74, 1986. Disponível em: <https://krieger2.jhu.edu/arrighi/1986_Arrighi_Stratification_World_Economy.pdf>. Acessado em 20 de março de 2020.

BASTOS, Pedro Paulo Zahluth. “Ascensão e crise do governo Dilma Rousseff e o golpe de 2016: poder estrutural, contradição e ideologia”. Revista de Economia Contemporânea, v. 21, n. 2, 2017. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-98482017000200209>. Acessado em 19 de abril de 2020.

BRASIL. Ministério da Economia. Secretaria da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. Comex Vis Países Parceiros: China. Brasília, 2019. Disponível em: <http://www.mdic.gov.br/comercio-exterior/estatisticas-de-comercio-exterior/comex-vis/frame-pais>. Acessado em 26 de março de 2020.

BRASIL. Ministério da Economia. Comex Stat. Disponível em: <http://comexstat.mdic.gov.br/pt/geral>. Acessado em 26 de março 2020.

BRASIL. Ministério da Economia. Ministério das Relações Exteriores. BRICS – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Brasília, 2019. Disponível em: <http://www.itamaraty.gov.br/pt-BR/politica-externa/mecanismos-inter-regionais/3672-brics>. Acessado em 26 de março de 2020.

CARIELLO, Túlio. Investimentos Chineses no Brasil 2018: o quadro brasileiro em perspectiva global. Conselho Empresarial Brasil-China (org.). Rio de Janeiro: CEBC, 2019.

CERVO, Amado Luiz; BUENO, Clodoaldo. História da Política Exterior do Brasil. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2012.

CHIZZOTTI, Antonio. “A pesquisa qualitativa em ciências humanas e sociais: evolução e desafios”. Revista portuguesa de educação, 2003, v. 16, n. 2, p. 221-236. Disponível em <http://www.grupodec.net.br/wp-content/uploads/2015/10/Pesquisa_Qualitativa_em_Ciencias_Sociais_e_Humanas_-_Evolucoes_e_Desafios_1_.pdf >. Acessado em 07 de março de 2020.

CYSNE, Rubens. “Comércio exterior brasileiro: China desloca Estados Unidos e área do euro”. Revista Conjuntura Econômica, v. 73, n. 4, p. 31-33, 2019. Disponível em: <https://scholar.google.com/scholar_url?url=http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/rce/article/download/80397/76740&hl=pt-BR&sa=T&oi=gsb-gga&ct=res&cd=0&d=4241864804997214410&ei=UgiiXovgNJXGmAH266HgAw&scisig=AAGBfm2nti44YKklZZXKP3KM8R6-6GGlPA>. Acessado em 15 de abril de 2020.

FERNANDES, Marcelo Pereira; WEGNER, Rubia Crisitina. “Expansão da China e Imperialismo-Uma breve elucidação”. OIKOS, 2019, v. 17, n. 3, p. 31-41. Disponível em: <http://www.revistaoikos.org/seer/index.php/oikos/article/view/513/284>. Acessado em 13 de abril de 2020.

GOMIDE, Flávia Maciel. Comércio Brasil e China: uma relação de interdependência. 2017. 65f. Dissertação de Mestrado em Relações Internacionais. Instituto de Relações Internacionais, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2017. Disponível em: <https://teses.usp.br/teses/disponiveis/101/101131/tde-08092017-154838/publico/Flavia_Maciel_Gomide.pdf>. Acessado em 20 de abril de 2020.

GUIMARÃES, Alexandre Queiroz. “A Economia Política do Modelo Econômico Chinês: o Estado, o mercado e os principais desafios”. Revista de Sociologia e Política, v. 20, n. 44, 2012. Disponível em: <https://revistas.ufpr.br/rsp/article/viewFile/34424/21348>. Acessado em 14 de abril de 2020.

HALLIDAY, Fred. Repensando as Relações Internacionais. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2007.

HERRERA, Rémy; ZHIMING, Long. “O Enigma do Crescimento Chinês”. Pesquisa & Debate, 2018, v. 29, n. 1 (53), p. 08-22. Disponível em: <https://scholar.google.com/scholar_url?url=http://ken.pucsp.br/rpe/article/download/38266/25961&hl=pt-BR&sa=T&oi=gsb-gga&ct=res&cd=0&d=15419400114185343544&ei=aMSVXuj3BIjMmAGK3oiIBg&scisig=AAGBfm1JeoKCaDiU-7iBV4pBwIPWcV17NQ>. Acessado em 13 de abril de 2020.

HIRATUKA, Célio; SARTI, Fernando. “Relações econômicas entre Brasil e China: análise dos fluxos de comércio e investimento direto estrangeiro”. Revista Tempo do Mundo, v. 2, n. 1, p. 83-98, 2016. Disponível em: <http://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/6134/1/TdM_v2_n1.pdf#page=85>. Acessado em 02 de março de 2020.

JABBOUR, Elias M. K. Projeto Nacional, Desenvolvimento e Socialismo de Mercado na China de Hoje. Tese de Doutorado em Geografia. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2010.

KISSINGER, Henry. Sobre a China. Editora Objetiva, 2011.

MAHUTGA, Matthew C.; SMITH, David A. “Globalization, the structure of the world economy and economic development”. Social Science Research, v. 40, n. 1, p. 257-272, 2011. Disponível em: <https://www.infona.pl/resource/bwmeta1.element.elsevier-73145c8e-bb47-3ea3-bca2-972e81fdf2dc>. Acessado em 05 de abril de 2020.

MENDONÇA, Tiago Miguel Galão. “A crise enquanto momento de um ciclo económico: As crises dos séculos XIX, XX e XXI”. SSRN, 2019. Disponível em: <https://papers.ssrn.com/sol3/papers.cfm?abstract_id=3427782#references-widget>. Acessado em 06 de abril de 2020.

NOGUEIRA, Isabela. “Estado e capital em uma China com classes”. Revista de Economia Contemporânea, v. 22, n. 1, 2018. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rec/v22n1/1415-9848-rec-22-01-e182211.pdf>. Acessado em 04 de abril de 2020.

OECD. Gross domestic product indicator, 2020. Disponível em: <https://data.oecd.org/gdp/gross-domestic-product-gdp.htm#indicator-chart>. Acessado em 20 de abril de 2020.

OLIVEIRA, Henrique Altemani de. “Brasil e China: uma nova aliança não escrita?”. Revista Brasileira de política internacional, v. 53, n. 2, p. 88-105, 2010. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbpi/v53n2/05>. Acessado em 19 de abril de 2020.

OLIVEIRA, Henrique Altemani de. “Brasil-China: uma parceria predatória ou cooperativa?”. Revista Tempo do Mundo, v. 2, n. 1, p. 143-160, 2016. Disponível em: <http://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/6134/1/TdM_v2_n1.pdf#page=85>. Acessado em 30 de março de 2019.

OLIVEIRA, Ivan T. M. et al. “Avaliação dos impactos sobre a economia brasileira de um acordo de livre comércio do Brasil com a China”. IPEA, 2019. Disponível em: <http://repositorio.ipea.gov.br/handle/11058/9532>. Acessado em 21 de abril de 2020.

PAUTASSO, Diego. “Desenvolvimento e Poder Global da China: a Política Made In China 2025”. Revista Brasileira de Estratégia e Relações Interacionais, 2019, p. 183-198. Disponível em: <https://www.seer.ufrgs.br/austral/article/view/88779/54807>. Acessado em 13 de abril de 2020.

PRATES, Daniela M. et al. “O desenvolvimentismo pode ser culpado pela crise? Uma classificação das políticas econômica e social dos governos do PT ao governo Temer”. Texto para Discussão IE/UFRJ, n. 009, 2019. Disponível em: <https://www.researchgate.net/profile/Luiz_Paula/publication/332767622_O_desenvolvimentismo_pode_ser_culpado_pela_crise_Uma_classificacao_das_politicas_economica_e_social_dos_governos_do_PT_ao_governo_Temer/links/5cc8e4e6299bf120978b6d86/O-desenvolvimentismo-pode-ser-culpado-pela-crise-Uma-classificacao-das-politicas-economica-e-social-dos-governos-do-PT-ao-governo-Temer.pdf>. Acessado em 19 de abril de 2020.

RUVALCABA, Daniel Efrén Morales. “Inside the BRIC: Analysis of the Semiperipheral Nature of Brazil, Russia, India and China”. Austral: Brazilian Journal of Strategy & International Relations, v. 2, n. 4, 2013. Disponível em: <https://www.seer.ufrgs.br/austral/article/view/40942/26976 >. Acessado em 31 de março de 2020.

SAMPAIO JR., Plínio de Arruda. “Desenvolvimentismo e neodesenvolvimentismo: tragédia e farsa”. Serviço Social & Sociedade, n. 112, p. 672-688, 2012. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/sssoc/n112/04.pdf>. Acessado em 18 de abril de 2020.

SERIGATI, Felippe; POSSAMAI, Roberta. “Ciclos de Kondratieff e o agronegócio brasileiro: a importância da conjuntura externa para o crescimento do setor entre 2000 e 2015”. In: VIEIRA FILHO, José E. Ribeiro et al (eds.). Agricultura, Transformação Produtiva e Sustentabilidade. Brasília: Ipea, 2016, p. 251-278.

SOUZA, Mariana Barbosa de; HOFF, Tuize Silva Rovere. “O governo Temer e a volta do neoliberalismo no Brasil: possíveis consequências na habitação popular”. Revista Brasileira de Gestão Urbana, v. 11, 2019. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S2175-33692019000100256&script=sci_arttext&tlng=pt>. Acessado em 18 de abril de 2020.

VIDIGAL, Carlos E. “Bolsonaro e a Reorientação da Política Exterior Brasileira”. Meridiano 47. Brasília, n. 20, 2019. Disponível em: <https://periodicos.unb.br/index.php/MED/article/view/27792/24440>. Acessado em 21 de abril de 2020.

VIGEVANI, Tullo et al. “A contribuição marxista para o estudo das relações internacionais”. Lua Nova: Revista de Cultura e Política, n. 83, p. 111-143, 2011. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ln/n83/a05n83.pdf>. Acessado em 20 de março de 2020.

VILLELA, Eduardo V. M. “As relações comerciais entre Brasil e China e as possibilidades de crescimento e diversificação das exportações de produtos brasileiros ao mercado consumidor chinês”. Grupo de Estudos da Ásia-Pacífico PUC/SP, 2004. Disponível em: <https://www.pucsp.br/geap/artigos/art4.PDF>. Acessado em 29 de fevereiro de 2020.

VISENTINI, Paulo G. F. “A Novíssima China e o sistema internacional”. Revista de Sociologia Política. Curitiba, v. 19, n. suplementar, p. 131-141, 2011. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rsocp/v19s1/09.pdf. Acessado em 02 de março de 2020.

WALLERSTEIN, Immanuel. “Análise dos sistemas mundiais”. In: GIDDENS, Anthony; TURNER, Jonathan (orgs.). Teoria Social Hoje. São Paulo: Ed. UNESP, 1999.

WALLERSTEIN, Immanuel. World-Systems Analysis: an introduction. Durham: Duke University Press, 2004.

World Bank. World Development Indicators, 2020. Disponível em: <https://databank.worldbank.org/reports.aspx?source=2&country=CHN#>. Acessado em 14 de abril de 2020.

ZAGO, Lisandra. Estratégias político-econômicas chinesas e suas consequências socioambientais: uma análise do período entre Mao Zedong a Deng Xiaoping. 2017. Tese de Doutorado em Sociologia. Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Campinas, SP. Disponível em: <http://www.repositorio.unicamp.br/handle/REPOSIP/330851>. Acessado em 10 de abril de 2020.

Descargas

Publicado

2021-04-26

Cómo citar

BUNDE, Altacir; AGUIRRE , Marcia Luiza Cruz; RIZZI , Kamilla Raquel; CARLETTI , Anna. BRASIL E CHINA E A DEPENDÊNCIA NA SEMIPERIFERIA: Uma análise das relações econômicas (2009-2018). Revista Tocantinense de Geografía, [S. l.], v. 10, n. 20, p. 168–196, 2021. DOI: 10.20873/rtg.v10n20p168-196. Disponível em: https://periodicos.ufnt.edu.br/index.php/geografia/article/view/11810. Acesso em: 24 nov. 2024.

Número

Vol. 10 Núm. 20 (2021): Revista Tocantinense de Geografía

Sección

Artigos

Licencia

Revista Tocantinense de Geografia no remunera a ningún autor por la publicación de sus textos. Los contenidos de los textos publicados en esta revista son responsabilidad de los autores.

Crossref
Scopus
Google Scholar
Europe PMC