RISCOS GEOLÓGICOS, HIDROLÓGICOS E SANITÁRIOS NA BACIA DO CÓRREGO ESPERANÇA, NÚCLEO URBANO DE AÇAILÂNDIA (OESTE MARANHENSE)
DOI:
https://doi.org/10.20873/rtg.v13i29.16230Palabras clave:
Erosões, Alagamentos, Expansão urbanaResumen
A ampliação urbana desordenada é um dos maiores fatores para ocasionar problemas socioambientais nas cidades. O município de Açailândia é conhecido pelas ocorrências de grandes voçorocas urbanas, de extensas áreas de enchentes e inundações devido às ocupações irregulares nas margens dos córregos urbanos, além da abundância presente de áreas de deposição inadequada de resíduos domiciliares e de construção. O objetivo deste artigo é disponibilizar informações e análises sobre as áreas de riscos ambientais (geológicos, hidrológicos e de saúde relacionados com resíduos domésticos e de construção), observáveis na bacia hidrográfica do córrego Esperança, área urbana de Açailândia (MA) e relacionar sua ocorrência com as atividades e hábitos culturais dos moradores residentes da bacia. Para isso, foram elaboradas cartas dos riscos presentes, por meio do sistema QGis (versão 3.16) e Google Earth, com a finalidade de expor informações relevantes sobre a área supracitada. A partir disso foram estabelecidas análises sobre os impactos causados no meio ambiente e na população residente da região. Ademais, a falta de políticas públicas, as quais são essenciais para garantir e colocar em prática os direitos previstos na legislação brasileira, não são executadas pelos órgãos responsáveis. O principal resultado é a ocorrência de riscos geológico “Altos” em áreas de declividade acima de 20% com ocupações que ampliam a ocorrência de erosões; além das áreas com maior risco sanitário associados a lançamento de esgoto e resíduos domésticos às margens do córrego; e o risco hidrológico relacionado ao dimensionamento inadequado da drenagem pluvial subterrânea em áreas de intensa ocupação urbana.
Citas
ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 10004: Resíduos sólidos - Classificação. Rio de Janeiro, 2004.
BRAGA, E.; PELOGGIA, A.U.G.; OLIVEIRA, A.M.S. Análise de risco geológico em encostas tecnogênicas urbanas: o caso do Jardim Fortaleza (Guarulhos, SP, Brasil). Revista UNG Geociências, Guarulhos, v.15, n.1, 2016, p.27-42. www.revistas.ung.br/index.php/geociencias/article/view/2380. Acesso em: 21 abr. 2019.
CARVALHO, L. S.; MACHADO, R. S.; AMARAL, L. C.; OLIVEIRA, E. P.; CARVALHO JUNIOR, W. C. Índice de fragilidade em drenagem para mapeamento de áreas de risco de inundação. Connection Online, Várzea Grande, n. 19, p. 63 – 78, 2018. Disponível em: http://dx.doi.org/10.18312%2F1980-7341.n19.2018.1196. Acesso em: 22 maio. 2019.
CASTRO, R. A. As “geotecnologias populares” a serviço dos cidadãos dos pequenos municípios: o caso de Açailândia – Maranhão. Espaço Acadêmico, Maringá, n. 173, p. 75 – 87, out. 2015. Disponível em: http://twixar.me/W7Nn. Acesso em: 22 abr. 2019.
CATAPRETA, C. A. A.; HELLER, L. Associação entre coleta de resíduos sólidos domiciliares e saúde, Belo Horizonte. Revista Panamericana de Saúde Pública, Washington, v. 5, n. 2, jan. 1999. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S1020- 49891999000200003. Acesso em: 16 abr. 2019.
CONAMA. CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE (Brasil). Resolução n. 348, de 16 de agosto de 2004. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 17 ago. 2004.
CONAMA. Resolução nº 307, de 5 de Julho de 2002, Publicada no DOU nº136, de 17/07/2002, p. 95-96. 2002.
CUNHA, M. B. Metodologias para estudo dos usuários de informação cientifica e tecnológica. Revista de Biblioteconomia, Brasília, v. 10, n. 2, p. 5 – 20, jul./dez. 1992. Disponível em: http://twixar.me/ys7n. Acesso em: 12 abr. 2019.
GODOY, A. S. Introdução à pesquisa qualitativa e suas possibilidades. Revista de Administração de Empresas, v. 35, n. 2, p. 57-63, 1995.
GUERRA, A. J. T. O Início do Processo Erosivo. In: GUERRA, A. J. T.; SILVA, A. S.; BOTELHO, R. G. M. (Eds.). Erosão e Conservação dos Solos: conceitos, temas e aplicações. 3ª Ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2010. p. 15 – 55.
MENDONÇA, J. K. S. Erosão dos solos e a questão ambiental. In: GUERRA, A. J. T.; VITTE, A. C. (Org.). Reflexões sobre a Geografia Física no Brasil. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2004. p. 225 – 252.
JESUS, A. S.; CARVALHO, J. C. Processos erosivos em área urbana e as implicações na qualidade de vida. Boletim Goiano de Geografia, Goiânia, v. 37, n. 1, p. 1 – 17, jan./abr., 2017. Disponível em: https://doi.org/10.5216/bgg.v37i1.46239. Acesso em: 22 abr. 2019.
JUSTINIANO, E. F. Registro fotográfico. In: VENTURI, L. A. B. (Org.). Praticando Geografia: técnicas de campo e laboratório. São Paulo: Oficina de Texto, 2005. p. 187 – 196.
KAUCHAKJE, S.; GARCIAS, C. M.; ARNS, J. F.; NIGRO, C. D.; BRITO, M. C. C. Gestão de riscos em áreas urbanas degradadas: tecnologia social e política urbana. Revista Interações, Belo Horizonte, v. 7, n. 11, set. 2005, p. 95 – 102. Disponível em: http://dx.doi.org/10.20435/intera%C3%A7%C3%B5es.v7i11.501. Acesso em: 10 maio. 2019.
LIMA, T. C. S.; MIOTO, R. C. T. Procedimentos metodológicos na construção do conhecimento científico: a pesquisa bibliográfica. Revista Katálysis, Florianópolis, v. 10, n. 1, 37-45, 2007. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S1414- 49802007000300004. Acesso em: 27 abr. 2019.
LUCHIARI, A.; KAWAKUBO, F. S.; MORATO, R. G. Aplicações do Sensoriamento Remoto na Geografia. In: VENTURI, L. A. B. (Org.). Praticando Geografia: técnicas de campo e laboratório. São Paulo: Oficina de Texto, 2005. p. 33 – 54.
MARÇAL, M. dos S.; GUERRA, A. J. T. Indicadores Ambientais Relevantes para a Análise da Suscetibilidade à Erosão dos Solos em Açailândia (MA). Revista Brasileira de Geomorfologia, [S. l.], v. 4, n. 2, 2003. DOI: 10.20502/rbg.v4i2.20. Disponível em: https://rbgeomorfologia.org.br/rbg/article/view/20. Acesso em: 12 dez. 2023.
MARÇAL, M. S. Suscetibilidade à erosão dos solos no alto curso do Rio Açailândia – MA. 2000. 208f. Tese (Doutorado em Geografia) – Departamento de Geografia, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2000.
MENDONÇA, F.; BUFFON, E. A. M.; CASTELHANO, F. J.; SITOE, G. Resiliência socioambiental-espacial urbana à inundações: possibilidades e limites no bairro Cajuru em Curitiba (PR). Revista da ANPEGE, São Paulo, v. 12, n. 19, p. 279 – 298, jul./dez., 2016. Disponível em: https://doi.org/10.5418/RA2016.1219.0012. Acesso em: 14 abr. 2019.
NEVES, J. L. Pesquisa qualitativa: características, usos e possibilidades. Caderno de Pesquisas em Administração, São Paulo, v. 1, n. 3, p. 1-5, 1996.
NOGUEIRA, F. R.; MORETTI, R. S.; PAIVA, C. F.E. Estudos sobre riscos geológicos e sua incorporação no planejamento territorial - relato da experiência de formação de quadros técnicos no ABC paulista. Revista Brasileira de Geologia de Engenharia e Ambiental, São Paulo, v. 3, n.1, p. 45-56, 2013. Disponível em: http://www.abge.org.br/uploads/imgfck/file/Artigo_EstudosobreRiscosGeo.pdf. Acesso em: 12 maio 2019.
PANIZZA, A. C.; FONSECA, F. P. Técnicas de interpretação de imagens. GEOUSP – Espaço e Tempo, São Paulo, n. 30, p. 30 – 43, 2011. Disponível em: https://doi.org/10.11606/issn.2179-0892.geousp.2011.74230. Acesso em: 22 abr. 2019.
PASCHOALIN FILHO, J, A; GRAUDENZ, G, S. Destinação irregular de resíduos de construção e demolição (RCD) e seus impactos na saúde coletiva. Revista de Gestão Social e Ambiental, São Paulo, v.6, n.1, p 127-142, jan./abr., 2012. Disponível em: https://doi.org/10.24857/rgsa.v6i1.421. Acesso em: 22 maio 2019.
RODRIGUES, C.; ADAMI, S. Técnicas fundamentais para o estudo de bacias hidrográficas. In: VENTURI, L. A. B. (Org.). Praticando Geografia: técnicas de campo e laboratório. São Paulo: Oficina de Texto, 2005. p. 147 – 166.
ROESE, A.; GERHARDT, T. E.; SOUZA, A. C.; LOPES, M. J. M. Diário de campo: construção e utilização em pesquisas científicas. Online Brazilian Journal of Journal, Niterói, v. 5, n. 3, 2006. Disponível em: http://www.objnursing.uff.br/index .php/nursing/article/view/598/141. Acesso em: 08 abr., 2019.
ROSS; J. L. S; FIERZ, M. S. M. Algumas técnicas de pesquisa em Geomorfologia. In: VENTURI, L. A. B. (Org.). Praticando Geografia: técnicas de campo e laboratório. São Paulo: Oficina de Texto, 2005. p. 69 – 85.
ROSS; J. L. S; FIERZ, M. S. M. O registro dos fatos geomórficos e a questão da taxonomia do relevo. Revista do Departamento de Geografia da FFLCH/USP, São Paulo, n.8, p.63-74, 1992. Disponível em: http://www.revistas.usp.br/rdg/article/view/47108. Acesso em: 14 maio. 2019.
SÁ-SILVA, J. R.; ALMEIDA, C. D.; GUINDANI, J. Pesquisa documental: pistas teóricas e metodológicas. Revista Brasileira de História & Ciências Sociais, Santa Vitória do Palmar, v. 1, n. 1, p. 1-15, 2009. Disponível em: https://www.rbhcs.com/rbhcs/article/view/6/pdf. Acesso em: 16 abr. 2019.
SANTOS, M. A gênese da Geografia moderna. São Paulo: Hucitec, 1989.
SANTOS JÚNIOR, V. J.; SANTOS, C. O. Aplicação de indicadores de fragilidade do sistema de natureza ambiental na bacia hidrográfica do rio Cintra-MG. REMOA, Santa Maria, v. 14, n. 11, p. 3872 – 3880, dez. 2014. Disponível em: http://dx.doi.org/10.5902/2236130814863. Acesso em: 15 abr. 2019.
SCHNEIDER, D.M. Deposições irregulares de resíduos da construção civil na cidade de São Paulo. 2003. 131p. Dissertação. Universidade de São Paulo, Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, São Paulo. Disponível em: http://twixar.me/WpVn. Acesso em 28 abr. 2019.
SILVA, F. M. A.; BANDEIRA, A. P. N.; RIBEIRO, S. C. Mapeamento de áreas de risco geomorfológicos no distrito do Caldas – Barbalha - CE: caso do núcleo urbano do Sítio Riacho do Meio. Revista Geoaraguaia, Barra das Garças, v. 8, n. 2, p. 1 – 18, set./dez, 2018. Disponível em: http://twixar.me/rtVn. Acesso em: 12 abr. 2019.
SUERTEGARAY, D. M. A. Pesquisa de campo em Geografia. GEOgraphia, Niterói, v. 4, n. 7, p. 36 – 46, jan./jul., 2002. Disponível em: https://doi.org/10.22409/ GEOgraphia2002.v4i7.a13423. Acesso em: 10 abr. 2019.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2023 Revista Tocantinense de Geografía
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-SinDerivadas 4.0.
Revista Tocantinense de Geografia no remunera a ningún autor por la publicación de sus textos. Los contenidos de los textos publicados en esta revista son responsabilidad de los autores.