Proposta de zoneamento para proteção de áreas sujeitas a intervenções antrópicas na Península Fildes, Antártica.

Autores/as

  • Carina Petsch UFRGS
  • Aline Vicente Kunst
  • Rafaela Mattos Costa
  • Kátia Kellem da Rosa
  • Jefferson Cardia Simões

DOI:

https://doi.org/10.20873/rtg.v7n13p31-52

Resumen

A península Fildes, localizada na ilha Rei George (Antártica) possui fácil acessibilidade, via aérea e marítima, contribuindo para o aumento da circulação de turistas, grupos escolares e jornalistas. Considerando que a Antártica é uma área de proteção científica, o aumento da circulação de pessoas gera a necessidade de desenvolver novos planos de manejo para os locais de maior acessibilidade, embora já existam áreas de proteção de acordo com seu valor (histórico, científico, estético). O objetivo da pesquisa é propor um zoneamento da Península Fildes sugerindo ampliação ou criação de novas áreas para proteção. Foram atribuídos pesos de importância para cada plano de informação: circulação frequente de pessoas e veículos, proximidade a geleira (zona proglacial), vegetação, presença de animais, atividade científica, declividade acentuada e proximidade a área de proteção já delimitada. Os resultados indicaram três classes de proteção sendo a de maior prioridade (1), localizada em áreas de interesse científico na zona proglacial da geleira e de presença de animais, e em locais muito próximos as bases onde pode haver circulação de turistas. A classe 2 corresponde a áreas com alta declividade, alta incidência de flora e fauna e de lagos proglaciais; a classe 3 é a área de circulação de pesquisadores e trabalhadores das bases científicas e imediações sendo sugerido a atuação de guias nas visitas de turistas.

Biografía del autor/a

Carina Petsch, UFRGS

Possui graduação em Geografia (Bacharelado) pela Universidade Estadual de Maringá (2011), graduação em Geografia (Licenciatura) pela Faculdades Integradas de Ariquemes (2018), mestrado em Geografia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2014) e doutorado em Geografia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2018). Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Geografia Física, atuando principalmente nos seguintes temas: antártica, monitoramento de geleiras, ensino, sensoriamento remoto e geografia polar. Atualmente é professora colaboradora da UNIOESTE, campus Francisco Beltrão, lecionando nas disciplinas de Cartografia Geral e Geografia do Brasil para o curso de Geografia.

Aline Vicente Kunst

Doutoranda em Geografia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Mestra em Geografia na área de Análise Ambiental na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, defendeu a dissertação intitulada: Impactos Ambientais Urbanos nos Municípios do Setor Norte do Litoral Gaúcho, em dezembro de 2014 . Possui graduação (licenciatura e bacharelado) em Geografia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Especialização em Geografia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (2007) e Especialização em Tecnologias em Educação pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (2010). Atuou como professora de Geografia no Ensino Fundamental nas Prefeituras Municipais de Porto Alegre, São Leopoldo e Sapucaia do Sul. Tem formação e ampla experiência na tutoria em EAD.

Rafaela Mattos Costa

Estudante de Licenciatura em Geografia na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Atualmente é bolsista no Centro Polar e Climático (CPC/UFRGS).

Kátia Kellem da Rosa

Doutora pelo Programa de Pós Graduação em Geologia Marinha, UFRGS. Possui graduação em Licenciatura em Geografia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2006), graduação em Bacharelado em geografia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2006) e mestrado em Geologia Marinha pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2009). Professora no Departamento de Geografia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, UFRGS. Professora Permanente no Pós Graduação em Geografia e do Pós Graduação em Sensoriamento Remoto da UFRGS. Coordenadora do grupo de geomorfologia e sedimentologia glacial do Centro Polar e Climático. Membro do Centro Estadual de Pesquisas em Sensoriamento Remoto e Meteorologia. Membro editorial da Revista Pesquisas em Geociências e vice editora chefe da revista Para Onde (Pós Graduação em Geografia). Coordenadora substituta do curso de Licenciatura em Ciências da Natureza da UFRGS. Trabalha em projetos de pesquisa no Centro de Pesquisas Antárticas e Climáticas, UFRGS, e Laboratório do Processos Sedimentares e Ambientais, UFF, integrados ao Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia da Criosfera. Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em ambientes glaciais, atuando principalmente nos seguintes temas: Sensoriamento Remoto, Geoprocessamento, Antártica, Geologia e Geomorfologia, Sedimentologia, Glaciologia, Paleoclimatologia e monitoramento de mudanças ambientais.

Jefferson Cardia Simões

professor titular de Glaciologia e Geografia Polar da UFRGS, membro titular da Academia Brasileira de Ciências e Comendador da Ordem Nacional do Mérito Científico, é o pioneiro da ciência glaciológica no Brasil e atualmente é Vice-Presidente do Scientific Committee on Antarctic Research/Conselho Internacional para a Ciência (SCAR/ISC). Ele obteve seu PhD pelo Scott Polar Research Institute, University of Cambridge, Inglaterra, em 1990. É pós-doutor pelo Laboratoire de Glaciologie et Géophysique de lEnvironnement (LGGE) du CNRS/França e pelo Climate Change Institute (CCI), University of Maine, EUA. Leciona e orienta alunos de graduação e pós-graduação em Geociências e Geografia (36 dissertações de mestrado e 15 teses de doutorado aprovadas). Toda sua carreira foi dedicada às Regiões Polares, tendo publicado 150 artigos, principalmente sobre processos criosféricos. Pesquisador do Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR), é o delegado nacional junto ao SCAR/ISC e representante brasileiro na International Association of Cryospheric Sciences (IACS/IUGG/ISC). É consultor ad-hoc da National Science Foundation - NSF (Office of Polar Programs). Simões já participou de 22 expedições científicas às duas regiões polares, criou o Centro Polar e Climático da UFRGS, a instituição que lidera no Brasil a pesquisa sobre a neve e o gelo. Ele coordena a participação brasileira nas investigações de testemunhos de gelo antárticos e andinos e faz parte do comitê gestor da iniciativa International Partnerships in Ice Core Sciences (IPICS). Participou do Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC) como revisor de capítulos sobre a criosfera e a paleoclimatologia. Em 2007 recebeu o Prêmio Pesquisador Destaque da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (FAPERGS) por sua contribuição à pesquisa antártica. Atualmente é o coordenador-geral do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia da Criosfera (INCT da Criosfera) e professor colaborador do CCI/University of Maine, Orono, EUA. No verão de 2011/2012 liderou a expedição que instalou o laboratório científico latino-americano mais ao sul do Planeta, o módulo Criosfera 1 (84°S, 79,5°W)

Publicado

2018-11-23

Cómo citar

PETSCH, Carina; KUNST, Aline Vicente; COSTA, Rafaela Mattos; ROSA, Kátia Kellem da; SIMÕES, Jefferson Cardia. Proposta de zoneamento para proteção de áreas sujeitas a intervenções antrópicas na Península Fildes, Antártica. Revista Tocantinense de Geografía, [S. l.], v. 7, n. 13, p. 31–52, 2018. DOI: 10.20873/rtg.v7n13p31-52. Disponível em: https://periodicos.ufnt.edu.br/index.php/geografia/article/view/6079. Acesso em: 24 nov. 2024.