DIZERES LÍTERO-GEOGRÁFICOS

AGROECOLOGIA EM CRÔNICAS

Auteurs-es

DOI :

https://doi.org/10.20873/rtg.v13i29.16956

Mots-clés :

Geografia, literatura, escrita

Résumé

A inquietação que nos levou à produção deste artigo emergira do caráter burocratizado de grande parte dos textos científicos, herança de uma tradição discursiva que, ao reivindicar neutralidade, comprometeu a autoria. Se, na Agroecologia, conclama-se a aproximação entre o conhecimento científico e o saber vernacular, parece-nos também salutar a oxigenação da escrita acadêmica na direção de uma “desfossilização” do texto. A partir de três crônicas que versam acerca do movimento agroecológico, ilustramos o esforço coletivo empreendido pelo grupo de pesquisa “Espaço, Sujeito e Existência”(CNPQ), que há mais de uma década vasculha as possibilidades latentes no encontro entre Geografia e Literatura, tensionando novos dizeres lítero-geográficos. Endossamos o princípio freireano de que há que se cultivar e disseminar palavras prenhas de mundo (FREIRE, 1987), palavras que anunciam novas geografias-em-forma-de-vida (MARANDOLA JR, 2018). As crônicas aqui compartilhadas são endereçadas a diversos espaços e situações: salas de aula, acampamentos e assentamentos rurais, cursos de formação, sarais, bares. Esperançamos que os leitores, ao invés de recolherem para si as palavras que aqui oferecemos, degustem-as vagarosamente e as semeiem em outros quintais.

Bibliographies de l'auteur-e

Ana Carolina Oliveira Marques, Universidade Federal do Tocantins

Doutora em Geografia (UFG). Docente no Departamento de Geociências da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Docente do Programa de Pós-Graduação (Mestrado) em Geografia da Universidade Estadual de Goiás (PPGEO/Campus Cora Coralina). Coordenadora do Núcleo PIBID Geografia/UFPB. (2021 - 2023) Secretária da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Geografia (ANPEGE). (2018-2020) Diretoria da Associação dos Geógrafos Brasileiros (AGB - Seção Goiânia). Pesquisadora da rede "Espaço, Sujeito e Existência" (CNPq/UFG) e colunista da página Multiplicadores de Vigilância em Saúde do Trabalhador (FIOCRUZ/RJ). Áreas de interesse: cartografias existenciais; leitura territorial da escola; juventude e educação geográfica.

Rodrigo Emídio Silva, Universidade Estadual de Goiás

Possui graduação em Geografia pela Universidade Estadual de Goiás(2007), especialização em Métodos e técnicas de ensino pela Universidade Saldado de Oliveira(2010) e mestrado em Geografia Humana pela Universidade Federal de Goiás(2022). Atualmente é professor da Secretaria municipal de Educação, professor da Secretaria Estadual de Educação, da Universidade Federal de Goiás, da Universidade Estadual de Goiás e Revisor de periódico da Revista Geografia Literatura e Arte da Faculdade de Filosofia. Tem experiência na área de Geografia, com ênfase em Geografia Humana. Atuando principalmente nos seguintes temas:Cinema, Olhar, Paisagem, Cidade.

Valdir Specian, Universidade Estadual de Goiás

Possui graduação em Geografia pela Universidade Estadual de Maringá, especialização em Educação Ambiental e mestrado em Ciências da Engenharia Ambiental (2003), ambos pela Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo. Doutorado em Geografia pela Universidade Federal de Jataí - PPGGEO/UFJ. Atualmente é docente da Universidade Estadual de Goiás, Unidade de Iporá e responsável pelo Laboratório de Estudos do Ambiente e do Território - LEAT/UEG. É membro do Grupo de Pesquisa: Espaço, Sujeito e Existência (Dona Alzira/IESA/UFG). Tem experiência na área de Geografia, atuando principalmente nos seguintes temas: climatologia geográfica, geografia agrária com ênfase aos atingidos por barragens e sociobiodiversidade do Cerrado. Resumindo, sou um trabalhador.

Références

ADORNO, Theodor. Indústria Cultural e Sociedade. Tradução por Juba Elisabeth Levy. 5ª edição. São Paulo: Editora Paz e Terra, 2002.

ALVES, Rubem. Educação dos sentidos e mais... Verus Editora, 2011.

BOSI, Alfredo. O ser e tempo da poesia. 8ª edição. São Paulo: Companhia das Letras, 2010.

CHAVEIRO, Eguimar. A implacável fragilidade do quadrado. Coluna Opnião – Multiplicadores de Visat (blog). Disponível em: www.multiplicadoresdevisat.com. Acesso em: set. de 2021.

CHAVEIRO, Eguimar Felício. Dizibilidades literárias: a dramaticidade da existência nos espaços contemporâneos. Geograficidade, v. 5, n. 1, p. 40-51, 2015. Disponível em: https://dialnet.unirioja.es/. Acesso em: março 2023.

DUNKER, Christian. Paixão da ignorância: a escuta entre Psicanálise e Educação – Coleção Educação e Psicanálise. – São Paulo: Editora Contracorrente, 2020.

FERNANDES, Florestan. O significado do protesto negro. São Paulo: Cortez, São Paulo: 1989.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. – 64 ed. – Rio de Janeiro/São Paulo: Paz e Terra, 2017.

GONÇALVES, Ricardo J. de A. Fernandes. Interpretações geográficas em Moçambique /África e experiências dialógicas na terra de boa gente (Inhambane). Revista Pegada. Presidente/SP, vol. 19, nº 2, pp. 410 - 437, 2018.

HOOKS, bell. Teoria Feminista: da margem ao centro. – São Paulo: Perspectiva, 2019.

KROPOTKIN, Piotr. Socialismo. Intermezzo/ Biblioteca Terra Libre, 2021.

MARANDOLA JR, Eduardo. Olhar encarnado, geografias em formas-de-vida. GeoTextos, v. 14, n. 2, 2018. Disponível em: https://periodicos.ufba.br/index.php/g eotextos/article/view/28599.

MOREIRA, Ruy. O que é Geografia. Brasiliense, 2017.

MOREIRA, Ruy. Pensar e ser em Geografia. São Paulo: Contexto, 2007.

SPECIAN, Valdir; CHAVEIRO, Eguimar F. Resistência Socioambiental: outra dimensão da atividade camponesa. Caminhos de Geografia, Uberlândia, Edição Especial: I CIGEO-DR, pp. 89 – 104, 2020. Disponível em: <http://www.seer.ufu.br/index.php/caminhosdegeografia>. Acesso em: 26 set. 2021.

SANATAELLA, Lucia; NÖTH, Winfried. Imagem: cognição, semiótica, mídia. 9ª reimpressão. São Paulo: Iluminunras, 2015.

Téléchargements

Publié-e

2024-03-30

Comment citer

MARQUES, Ana Carolina Oliveira; SILVA, Rodrigo Emídio; SPECIAN, Valdir. DIZERES LÍTERO-GEOGRÁFICOS: AGROECOLOGIA EM CRÔNICAS. Journal de géographie Tocantinense, [S. l.], v. 13, n. 29, p. 358–371, 2024. DOI: 10.20873/rtg.v13i29.16956. Disponível em: https://periodicos.ufnt.edu.br/index.php/geografia/article/view/16956. Acesso em: 21 nov. 2024.