DIZERES LÍTERO-GEOGRÁFICOS
AGROECOLOGIA EM CRÔNICAS
DOI :
https://doi.org/10.20873/rtg.v13i29.16956Mots-clés :
Geografia, literatura, escritaRésumé
A inquietação que nos levou à produção deste artigo emergira do caráter burocratizado de grande parte dos textos científicos, herança de uma tradição discursiva que, ao reivindicar neutralidade, comprometeu a autoria. Se, na Agroecologia, conclama-se a aproximação entre o conhecimento científico e o saber vernacular, parece-nos também salutar a oxigenação da escrita acadêmica na direção de uma “desfossilização” do texto. A partir de três crônicas que versam acerca do movimento agroecológico, ilustramos o esforço coletivo empreendido pelo grupo de pesquisa “Espaço, Sujeito e Existência”(CNPQ), que há mais de uma década vasculha as possibilidades latentes no encontro entre Geografia e Literatura, tensionando novos dizeres lítero-geográficos. Endossamos o princípio freireano de que há que se cultivar e disseminar palavras prenhas de mundo (FREIRE, 1987), palavras que anunciam novas geografias-em-forma-de-vida (MARANDOLA JR, 2018). As crônicas aqui compartilhadas são endereçadas a diversos espaços e situações: salas de aula, acampamentos e assentamentos rurais, cursos de formação, sarais, bares. Esperançamos que os leitores, ao invés de recolherem para si as palavras que aqui oferecemos, degustem-as vagarosamente e as semeiem em outros quintais.
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