O COMÉRCIO INFORMAL DE SOBRAL

um estudo a partir das ruralidades que se apresentam no cotidiano da cidade

Auteurs-es

DOI :

https://doi.org/10.70860/rtg.v14i34.20005

Mots-clés :

Comércio informal, ruralidades, espaço urbano, Sobral-CE

Résumé

O processo de globalização intensifica a Divisão Internacional do Trabalho (DIT) e as desigualdades sociais, e o trabalho informal torna-se um dos principais meios de subsistência da população. Este artigo investiga as relações de produção, circulação e consumo no comércio informal de Sobral (CE), com ênfase nos produtos oriundos do campo que expressam ruralidades no espaço urbano. A pesquisa adota abordagem qualitativa, articulando bibliografia, documentos e trabalho de campo junto a trabalhadores(as) informais que comercializam alimentos e pequenos animais em diferentes pontos da cidade. Os resultados indicam que a ruralidade se manifesta por meio da venda de milho, pamonha, leite, hortaliças e aves, em calçadas e locais de grande circulação. Conclui-se que o comércio informal em Sobral reflete tanto a busca por melhores condições de vida quanto a ausência de inserção no mercado formal, ressaltando a necessidade de políticas públicas específicas.

Bibliographies de l'auteur-e

Thayssllorranny Batista Reinaldo, Universidade Estadual Vale do Acaraú

Pós-doutoranda pela Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA) com apoio da FUNCAP. Doutora em Geografia pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Mestre e Licenciada em Geografia pela Universidade Federal do Tocantins (UFT). Atuou como professora temporária no curso de Licenciatura em Geografia da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA) de 2021-2023 e na Universidade Federal do Tocantins (UFT) de 2017-2019. Membro do Grupo de Pesquisa GEGATO (Grupo de Estudos Geográficos da Amazônia e Tocantins) pela UFT, e do grupo de pesquisa Geografia Movimentos Socioterritoriais e Diversidade no Campo, pela UFC. Desenvolve pesquisas sobre questão agrária, relação campo-cidade, agroecologia, território, fronteira, conflitos, resistências, campesinato, cooperativismo e modernização da agricultura no Norte do Tocantins, na Amazônia Legal. É revisora de periódico, tem experiência com projetos de extensão, Estágios Supervisionados, elaboração de projetos, Metodologia do Trabalho Científico e integra a Rede Observatório de Paisagens Patrimoniais das Artes Latino Americanas (OPALLA).

Virginia Celia Cavalcante de Holanda, Universidade Estadual Vale do Acaraú

Graduada e Mestre em Geografia pela Universidade Estadual do Ceará (UECE), Doutora em Geografia Humana pela Universidade de São Paulo (USP). Realizou estágio Pós-Doutoral na linha de Pesquisa: Dinâmica Urbana e Regional junto ao Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), onde desenvolveu Pesquisa sobre: O papel da Interiorização do Ensino Superior no espaço Urbano e Regional das cidades médias do Nordeste Brasileiro." É Professora Associada da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA), onde ingressou por meio de concurso publico em 1995, sendo coordenadora do Mestrado Acadêmico da mesma Instituição no período de (2012 a 2016), fazendo atualmente parte do quadro de orientadores permanentes. É líder do Grupo de Estudos e Pesquisas em Planejamento Urbano e Regional (GEPPUR), certificado pelo CNPq. Foi Bolsista Produtividade em Pesquisa (2008-2025) da Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FUNCAP). Desenvolve pesquisa nos seguintes temas: Cidades Médias, Circuitos Espaciais da Economia Urbana e a Geografia da Expansão do Ensino Superior no Nordeste Brasileiro. Foi Professora Permanente do Programa de Pós-Graduação em Geografia da UECE no período de (2007 a 2018). Participante da Rede de Pesquisadores das Cidades Médias (ReCiMe) e da Rede de Pesquisadores de Pequenas Cidades 

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Publié-e

2025-11-01

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REINALDO, Thayssllorranny Batista; HOLANDA, Virginia Celia Cavalcante de. O COMÉRCIO INFORMAL DE SOBRAL: um estudo a partir das ruralidades que se apresentam no cotidiano da cidade. Journal de géographie Tocantinense, [S. l.], v. 14, n. 34, p. 99–127, 2025. DOI: 10.70860/rtg.v14i34.20005. Disponível em: https://periodicos.ufnt.edu.br/index.php/geografia/article/view/20005. Acesso em: 4 nov. 2025.