SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL NO ASSENTAMENTO RURAL TERRA VISTA, EM ARATACA, BAHIA, BRASIL
DOI:
https://doi.org/10.20873/rtg.v11i25.14803Palavras-chave:
Espaços Rurais, Reforma Agrária, Desenvolvimento, ComunidadeResumo
Este artigo tem como principal objetivo analisar o Assentamento Rural Terra Vista, Sul do estado da Bahia, Brasil, sob a ótica da sustentabilidade. Para analisar a sustentabilidade do assentamento, essa foi observada em três dimensões (ambiental, social e econômica), sendo aferida por meio dos seus capitais e capacidades, por meio de pesquisas bibliográficas e inserções de campo/vivências semanais no local entre outubro de 2017 e fevereiro de 2018 e informações levantadas junto a moradores e suas lideranças. Esse assentamento mostrou-se bem organizado, e, por conseguinte, tem-se tornado referência para outros assentamentos da região, além de propiciar projeção e reconhecimento nacional e internacional. Mesmo assim, apresenta fragilidades, como a ausência de veículo de maior porte que atenda os moradores no transporte dos seus produtos para comercialização; ausência de estabelecimentos comerciais para suprir os moradores com produtos alimentícios não produzidos no assentamento e outros produtos de necessidades domésticas; falta de oportunidade de outras ocupações além das atividades agrícolas e das escolas, em especial para os jovens; necessidade de outras possibilidades de fonte de renda sustentável para as famílias; necessidade de maior engajamento coletivo na dinâmica do assentamento e em seus projetos; capitação de recursos financeiros a partir dos serviços ambientais gerados no local
Referências
ANDRADE, M. C. de. O Desafio Ecológico: Utopia e Realidade. São Paulo: HUCITEC, 1994.
ARAÚJO, W. A. de.; BRITO, G. N. S.; PROFICE, C. C. “A Selva” de Ferreira de Castro: cenário, dimensão e sustentabilidade. Ambiente & Sociedade, São Paulo, v. 21, 2018, p. 1-16.
BEAURAIN, C.; ROUAUD, R.; ARNOULD, P. Le capital environnemental: esquisse d’une notion pour la compréhension des dynamiques socio-environnementales. Développement durable et territoires, 8(3), 1-13, 2017. https://doi.org/10.4000/ developpementdurable.11947
BRUNO, N. L.; AGUIAR, P. C. B. de; PROFICE, C. C.; FERRAZ, M. I. A Socioeconomia da Comunidade Rural Fazenda do Povo de Ipiaú, Bahia, Brasil. Revista Geográfica de América Central, Costa Rica, n. 57, p. 289-331, julio/diciembre 2016.
COLLINS, P. H. The New Politics of Community. American Sociological Association. University of Maryland, 2010.
DIAMOND, J. COLLAPSE: How Societies Choose to Fail or Succed. New York, USA: Penguin Books, 2006.
FERNANDES, B. M. 27 Anos do MST em luta pela terra. In: FERRANTE, V. L. S. B.; WHITAKER, D. C. A. (Org.). Reforma Agrária e Desenvolvimento: desafios e rumos da política de assentamentos rurais. Brasília: MDA; São Paulo: Uniara [co-editor], 2008. pp. 27-52.
FREITAS, H. I. A questão (da reforma) agrária e a política de desenvolvimento territorial rural no litoral sul da Bahia. Dissertação de Mestrado em Geografia. Salvador, BA: Universidade Federal da Bahia, 2009. 227 p.
IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo Agropecuário, 2017 – Município de Arataca (BA). IBGE Cidades. Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/. Acesso em fev. de 2018.
INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E REFORMA AGRARIA – INCRA. (2018). Nova metodologia reduz tempo de consolidação de assentamentos. Disponível em: <http://www.INCRA.gov.br/nova-metodologia-reduz-tempo-de-consolidacao-de-assentamentos>. Acesso em: set. 2018.
INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E REFORMA AGRARIA – INCRA. (2019). Criação e modalidades de assentamentos. Disponível em: <http://www.INCRA.gov.br/assentamentoscriacao>. Acesso: nov. 2019.
LEITE, A. Z. Análise da concentração fundiária no Brasil: desafios e limites do uso do índice de Gini. Rev. NERA, Presidente Prudente, ano 21, n. 43, pp. 10-28 Mai.-Ago./2018.
LIMA, S. R. R. Terra, Trabalho e Autonomia: condições de produção e re-produção de assentados na Terra Vista da “região cacaueira” da Bahia. 214f. Tese (Doutorado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Sociologia. Recife: UFPE, 2010.
MAUERHOFER, V. 3-D Sustainability: An approach for priority setting in situation of conflicting interests towards a Sustainable Development. Ecological economics, v. 64, n. 3, p. 496-506, 2008.
MELIANI, P. F. Politicas públicas e produção do espaço no sul da Bahia: análise da situação por município dos projetos de reforma agrária na microrregião de Ilhéus-Itabuna. Revista Movimentos Sociais e Dinâmicas Espaciais, Recife, v. 03, n. 01, 2014.
NASCIMENTO, H. M. do. Questão agrária, território e meio ambiente no Brasil: Os limites da transição para uma agricultura sustentável. Economía, Sociedad y Territorio, v. IX, n. 31, p. 723-758, 2009.
RIBEIRO, C. S.; OLIVEIRA, G. G. de. Poder político e propriedade da terra no território do Velho Chico, Bahia. Revista Brasileira de Ciência Política, Brasília, n. 17, maio - agosto de 2015, pp. 179-207.
SANTANA, E. B. REFORMA AGRÁRIA: análise socioeconômica e ambiental dos assentamentos rurais do estado da Bahia e da Região Intermediária Ilhéus-Itabuna. 107f. Dissertação (Mestrado em Economia Regional e Políticas Públicas) – Universidade Estadual de Santa Cruz. Ilhéus: UESC, 2020.
SÉBASTIEN, L.; BRODHAG, C. A la recherche de la dimension sociale du développement durable. Développement durable et territoires, 3, 1-21, 2004. https://doi. org/10.4000/developpementdurable.1133.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Revista Tocantinense de Geografia
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
A Revista Tocantinense de Geografia não remunera nenhum autor pela publicação de seus textos. Os conteúdos dos textos publicados neste periódico são de responsabilidade de seus autores.
.png)
