A MULHER COMO CAMPO DE BATALHA E O DRAMA DOS CORPOS PRECÁRIOS
DOI:
https://doi.org/10.20873/uft2179-3948.2022v13n2p128-149Palavras-chave:
Matei Visniec, corpo, precariedade, igualdadeResumo
O presente artigo visa discutir e analisar o texto dramatúrgico A mulher como campo de batalha (1997), de Matei Visniec, a partir das relações estético-políticas que a peça implica com a tradição racionalista da filosofia mecanicista e do avanço histórico do capitalismo, em detrimento de outras possibilidades teóricas de se pensar o corpo, a igualdade, a afecção, a sensibilização literária e a justiça comum através, dentre outros autores, do pensamento da diferença de Gilles Deleuze, do marxismo-feminismo de Silvia Federici e, por fim, da proposta para uma nova ontologia dos corpos precários de Judith Butler.
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