EXPERIÊNCIAS DE RECONHECIMENTO COM A INFÂNCIA

UMA ALTERIDADE POSSÍVEL COM A ESTÉTICA DE MIA COUTO

Autores

DOI:

https://doi.org/10.70860/ufnt.entreletras.e18124

Palavras-chave:

Infância, Reconhecimento, Estética, Formação de professores

Resumo

O objetivo deste artigo é compreender as experiências de reconhecimento que ocorrem na alteridade com a infância, notando as possibilidades de espelhamento com a formação docente a partir das personagens do conto O rio das quatro luzes de Mia Couto (2013). Com uma abordagem hermenêutica, identificam-se marcas de reconhecimento e esquecimento que as personagens carregam em si. Entende-se que essa experiência estética de reconhecimento, que povoa a infância de todos, abre portas para a continuidade e renovação da vida, tomando sua criança pela mão e se refazendo com a historicidade daquela recém-chegada ao mundo.

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Biografia do Autor

Juliana Marques de Farias, Universidade Federal de Pelotas

Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Pelotas, na linha de pesquisa Formação de Professores, Ensino, Processos e Práticas Educativas. Mestra em Educação na referida instituição. Integrante do Grupo de Pesquisa Laboratório de Formação e Estudos da Infância (Labforma/UFPel/CNPq).

Maiane Liana Hatschbach Ourique, Universidade Federal de Pelotas

Doutora em Educação pela Universidade Federal de Santa Maria. Professora Adjunta da Universidade Federal de Pelotas no curso de Pedagogia e no Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE/UFPel). Líder do Grupo de Pesquisa Laboratório de Formação e Estudos da Infância (Labforma/UFPel/CNPq).

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Publicado

2024-12-10

Como Citar

Farias, J. M. de, & Ourique, M. L. H. (2024). EXPERIÊNCIAS DE RECONHECIMENTO COM A INFÂNCIA: UMA ALTERIDADE POSSÍVEL COM A ESTÉTICA DE MIA COUTO. EntreLetras, 15(2), 287–307. https://doi.org/10.70860/ufnt.entreletras.e18124

Edição

Seção

DOSSIÊ: DIVERSIDADES FALADAS E FALANTES NA ARTE E NA VIDA - v. 15, n. 2, 2024