TRACING AN UNBURIED BODY

REFLECTIONS ON PALAVRAS CRUZADAS, BY GUIOMAR DE GRAMMONT

Authors

DOI:

https://doi.org/10.20873/uft2179-3948.2021v12n2p118-140

Keywords:

Dictatorship, Araguaia Guerrilla, disappearance, trauma, erasing

Abstract

This article aims at studying the novel Palavras Cruzadas (2015), by Guiomar de Grammont. It focuses on the main character, deeply affected by her brother’s disappearance and the impossibility of a funeral since his body has never been found. The unresolved grief has, as a major implication of this absence, her brother’s constant presence. As a way to trace back his steps, she goes on a trip. On it, she is unable to discover his whereabouts, but the cruel reality of Araguaia Guerrilla unveils: on the jungle, guerrillas have been murdered. And their bodies remain vanished, for the dictatorial government has tried to erase this chapter of the country’s history.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biography

Gínia Maria Gomes, Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS

Possui graduação em Letras Licenciatura pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (1975), mestrado (1992) e doutorado (1999) em Letras pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, pós-doutorado na Université Sorbonne Nouvelle - Paris 3. Atualmente é professora titular do Instituto de Letras da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Literatura Brasileira Contemporânea, atuando principalmente nos seguintes temas: espaço urbano, migração, exílio e ditadura militar

References

ARNS, Dom Paulo Evaristo. Prefácio. In: ARQUIDIOCESE DE SÃO PAULO. Brasil: Nunca mais. Prefácio de Dom Paulo Evaristo Arns. Petrópolis: Vozes, 2011.

ARQUIDIOCESE DE SÃO PAULO. Brasil: Nunca mais. Petrópolis: Vozes, 2011.

ASSMANN, Aleida. Espaços da recordação: formas e transformações da memória cultural. Trad. Paulo Soethe. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2011.

BRASIL. Comissão Nacional da Verdade: Relatório. Brasília, DF: CNV, v. 1, 2014. Disponível em: http://cnv.memoriasreveladas.gov.br. Acesso em: 07 de julho de 2021.

FIGUEIREDO, Eurídice. A literatura como arquivo da ditadura brasileira. Rio de Janeiro: 7Letras, 2017.

FINAZZI-AGRÒ, Ettore. (Des)memória e catástrofe: considerações sobre a literatura pós-golpe de 1964. Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea, Brasília, n. 43, p. 179-189, jan./jun. 2014. Disponível em: //www.redalyc.org/articulo.oa?id=3231300619008. Acesso em: 13 de julho de 2021.

GAGNEBIN, Jeanne Marie. O preço de uma reconciliação extorquida. In: TELES, Edson; SAFATLE, Vladimir (orgs.). O que resta da ditadura. São Paulo: Boitempo, 2010. p. 177-186.

GAGNEBIN, Jeanne Marie. Lembrar escrever esquecer. São Paulo: Ed. 34, 2006.

GASPARI, Elio. A floresta dos homens sem alma. In: A ditadura escancarada. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2014. p. 407-473.

GINZBURG, Jaime. Memória e ritual em “O velório”, de Bernardo Kucinski. In: OLIVEIRA, Rejane Pivetta; THOMAZ, Paulo C. Literatura e ditadura. Porto Alegre: Zouk, 2020. p. 115-128.

GRAMMONT, Guiomar. Palavras cruzadas. Rio de Janeiro: Rocco, 2015.

MORAIS, Taís; SILVA, Eumano. Operação Araguaia: os arquivos secretos da guerrilha. São Paulo: Geração Editorial, 2005.

PORTELA, Fernando. Guerra de guerrilhas no Brasil. Informações novas. Documentos inéditos e na íntegra. São Paulo: Global, 1979.

REINA, Eduardo. Cativeiro sem fim: as histórias dos bebês, crianças e adolescentes sequestrados pela ditadura militar no Brasil. São Paulo: Alameda, 2019.

SAFATLE, Vladimir. Do uso da violência contra o estado ilegal. In: TELES, Edson; SAFATLE, Vladimir (orgs.). O que resta da ditadura. São Paulo: Boitempo, 2010. p. 237-252.

SELIGMAN-SILVA, Márcio. Apresentação da questão: a literatura como trauma. In:______ (org.). História, Memória, literatura: o testemunho na era das catástrofes. São Paulo: Ed. da UNICAMP, 2003. p. 45-58.

STAUDT, Sheila Katiane. Memórias de uma “guerra suja” em Palavras cruzadas, de Guiomar de Grammont. In: GOMES, Gínia Maria. Narrativas brasileiras contemporâneas: memórias da repressão. Porto Alegre: Polifonia, 2020. p. 85-110.

STUDART, Hugo. Borboletas e lobisomens: vidas, sonhos e mortes dos guerrilheiros do Araguaia. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 2018.

TELES, Janaína de Almeida. Os familiares de mortos e desaparecidos políticos e a luta por “Verdade e justiça” no Brasil. In: TELES, Edson; SAFATLE, Vladimir (orgs.). O que resta da ditadura. São Paulo: Boitempo, 2010. p. 253-298.

VECCHI, Roberto. O passado subtraído da desaparição forçada: Araguaia como palimpsesto. Estudos de literatura brasileira contemporânea, n. 43, p. 133-149, jan./jun. 2014. Disponível em: //www.redalyc.org/articulo.oa?id=3231300619008. Acesso em: 13 de julho de 2021.

VECCHI, Roberto. A impossível memória do Araguaia: um patrimônio sem memorial? In: OLIVEIRA, Rejane Pivetta de; THOMAZ, Paulo C. Literatura e ditadura. Porto Alegre: Zouk, 2020. p. 45-58.

Published

2021-11-21

How to Cite

Gomes, G. M. (2021). TRACING AN UNBURIED BODY: REFLECTIONS ON PALAVRAS CRUZADAS, BY GUIOMAR DE GRAMMONT. EntreLetras, 12(2), 118–140. https://doi.org/10.20873/uft2179-3948.2021v12n2p118-140