UM DIÁLOGO ENTRE MEMÓRIA, HISTÓRIA E FICÇÃO NA AMÉRICA LATINA
Abstract
Após o período em que a América Latina voltou-se para a Europa onde buscou temas e formas para o desenvolvimento da arte literária, os escritores do continente encontraram na própria terra a memória de guerras, conquistas, derrotas, opressão e libertação que proporcionou, a partir do final do século XIX, a matéria-prima para de que precisavam para modelar uma arte que fosse autóctone, se não tanto na forma, mas principalmente nos temas. Nascia, assim, uma literatura que desenhou a vida americana desde o México até a Terra do Fogo, com características similares porque refletiu os mesmos problemas, exemplificados, aqui, pela pobreza e pela miséria que têm como ícones mais dramáticos a favelização nas grandes cidades e a transmigração da marginalidade do campo para o meio urbano, onde as condições de higiene, o acesso à moradia e à assistência social permanecem num horizonte onde nunca se chega. Essas considerações, bem como as formas de apreensão, por parte dos escritores, da realidade imediata e da realidade remota através da memória, culminando numa literatura que se parece história é o escopo deste artigo.Downloads
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