O SUJEITO LEITOR, ESSE ENIGMA
INVESTIGANDO A RECEPÇÃO DO TEXTO LITERÁRIO NA ESCOLA
DOI:
https://doi.org/10.20873/uft.2179-3948.2019v10n2p494Palabras clave:
diário de leitura, ensino fundamental, leitura subjetiva, recepçãoResumen
A partir da contribuição teórica de Michel Picard (1986) e Vincent Jouve (1992), pretendemos analisar os diários de leitura de três turmas de sétimo ano de uma escola federal de educação básica, nos quais os estudantes registraram sua recepção das obras Édipo, o maldito (reconto de Marie-Thérèse Davidson) e O cão dos Baskervilles (de Conan Doyle). Nosso objetivo é encontrar pistas sobre a formação do leitor literário na escola, tendo como premissa o papel da subjetividade no processo de elaboração semântica que ocorre durante a leitura, o qual exige permanente ação (meta) cognitiva e afetiva. Do leitor implícito, inscrito na obra e assimilado pelo leitor especialista, chegamos ao leitor implicado, cuja contribuição pessoal afeta o texto, ao mesmo tempo em que é afetado por ele.
Descargas
Citas
BAJOUR, Cecilia (2012). Ouvir nas entrelinhas. O valor da escuta nas práticas de leitura. São Paulo: Pulo do Gato.
COMPAGNON, Antoine. O demônio da teoria: literatura e senso comum. Belo Horizonte: Editora da UFMG, 2001.
DAUNAY, Bertrand. La “lecture littéraire”: les risques d’une mystification. Recherches, Lille, n.30, p.29-59, 1999.
DAVIDSON, Marie Thérèse. Édipo, o maldito. Tradução Heitor Ferraz Mello. São Paulo: SM, 2006.
DOYLE, Conan. O cão dos Baskervilles. Tradução Antonio Carlos Vilela. São Paulo: Melhoramentos, 2009.
DUFAYS, JEAN-Louis. Sujet lecteur et lecture littéraire: quelles modélisations pour quels enjeux ? Recherches & Travaux, Grenoble, n.83, p.77-88, dez., 2013.
HOOKS, Bell. Ensinando a transgredir. A educação como prática da liberdade. São Paulo: Martins Fontes, 2017.
ISER, Wolfgang (1996). O ato de leitura. Tradução de Johannes Kretschmer. São Paulo: Editora 34.
JOUVE, Vincent. Pour une analyse de l’effet-personnage. In: Littérature, n. 85, p. 103-11, fev., 1992.
JOUVE, Vincent. A leitura. Tradução Brigitte Hervot. São Paulo: Editora UNESP, 2002.
JOUVE, Vincent. A leitura como retorno de si: sobre o interesse pedagógico das leituras subjetivas. In:REZENDE, Neide Luzia et al. (Org.) Leitura subjetiva e ensino de literatura.São Paulo: Alameda, 2013, p.53-65.
LANGLADE, Gérard. Activité fictionnalisante du lecteur et dispositif de l’imaginaire. Figura, Montréal, n. 20, p. 45-65, 2008.
MEEK, Margaret. How texts teach what readers learn. South Woodchester: The Timble Press, 1988.
PETIT, Michèle. Leitura: do espaço íntimo ao espaço público.São Paulo: Editora 34, 2013.
PICARD, Michel. La lecture comme jeu. Paris: Les éditions de minuit, 1986.
ROUXEL, Annie. Práticas de leitura: quais rumos para favorecer a expressão do sujeito leitor? Cadernos de Pesquisa [online], v.42, n.145, p.272-283, jan./abr., 2012.
TAUVERON, Catherine. Que veut dire évaluer la lecture littéraire? Cas d’élèves en difficulté de lecture. Revue Repères, Lyon, v.1, n. 31, p.73-112, 2005.
VIBERT, Anne. Explicar um texto literário: o que a pesquisa em didática da literatura pode fazer para a renovação e a diversificação das práticas. Revista Letras Raras, v.3, n. 1, Campina Grande, p. 199-222, 2014.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Os autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons 4.0 que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
Os autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.