GEOGRAFIAS DA EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA

a modalidade EaD a partir das experiências, percepções e representações de estudantes

Autores

DOI:

https://doi.org/10.70860/rtg.v14i32.17023

Palavras-chave:

Educação à distância, Geografia, Ciberespaço, Fenomenologia

Resumo

A pesquisa pretende compreender as experiências, percepções e representações de estudantes universitários da modalidade à distância e apreender a conformação daquilo que chamamos de ‘espaço universitário’ dessa modalidade. Para isso, lançamos mão da fenomenologia no sentido de aprofundar o entendimento das percepções, representações e experiências. Também, debatemos como se perfaz a discussão acerca do espaço na Geografia quando embasada pela fenomenologia e, por fim, o debate sobre o ciberespaço em função da relevância que este possui para a modalidade. A operacionalização da pesquisa ocorreu mediante encontros com sete estudantes da modalidade tanto da graduação quanto da pós-graduação e, através desses encontros, construímos as narrativas que descrevem os encontros. A partir da descrição, realizamos a redução fenomenológica, processo de aprofundamento da discussão sobre os encontros e das diversas questões que apareceram e, a partir disso, consideramos a ocorrência de um ‘espaço universitário’ da modalidade enquanto um fenômeno efêmero que se constitui na experiência dos sujeitos.

Biografia do Autor

Leonardo Berté Nunes, Universidade Federal de Santa Maria

Doutorando em Geografia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Mestre em Geografia pela Universidade Federal de Santa Maria e Graduado pela mesma instituição.

Benhur Pinós da Costa, Universidade Federal de Santa Maria

Professor do Departamento Interdisciplinar da UFRGS Campus Litoral Norte e do Programa de Pós-graduação em Geografia da UFSM.

Referências

ALES BELLO, A. Introdução à Fenomenologia. Bauru, São Paulo: Editora da Universidade Federal de Santa Catarina, 2006.

BARBOSA, N.A. C.; COSTA, B.P.; NUNES, D. M.. Espacialidades Otaku: Uma análise sobre corpos femininos no ciberespaço. 5º Workshop de Geografia Cultural “Relações étnico-raciais, Sexualidades e Gênero: Por uma Geografia da Diversidade”. 17 a 19 de agosto de 2022, Alfenas-MG.

BERNARDES, A. H.; SPOSITO, E. S. Internet, Ser e Espaço: Pressupostos de Fenomenologia‐ontológica estrutural. Revista Formação, São Paulo, v. 1, n. 16, p. 17‐27, 2009.

BRASIL. Decreto n.º 9.057, de 25 de maio de 2017. Regulamenta o art. 80 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília, DF: Câmara dos Deputados, 2017.

BUTTIMER, A. Grasping the dynamism of lifewolrd. Jounal Annals of the Association of American Geographers, [s. l.], v. 66, n. 2, p. 277-292, 1976. DOI: https://doi.org/10.1111/j.1467-8306.1976.tb01090.x

CHRISTOFOLETTI, A. As perspectivas dos estudos geográficos. In: CHRISTOFOLETTI, A. (org.). Perspectivas da Geografia. São Paulo: Difel, 1982. p. 11-36. GIL FILHO, S. F. Geografia Cultural: Estrutura e primado das representações. Espaço e Cultura, Rio de Janeiro, n. 19-20, p. 51-59, 2006

DARDEL, E. O homem e a Terra: natureza da realidade geográfica. São Paulo: Perspectiva, 2015.

HERRMANN, G.; COSTA, B. P. da. Geografia e Estudo do Lugar: A Casa do Estudante Universitário II – UFSM/Santa Maria/RS. Boletim Geográfico do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, n. 29, p. 76-93, 2017. INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS ANÍSIO TEIXEIRA. Censo da Educação Superior. Brasília, 2022.

ITABORAHY, N. Z. Imagens geográficas dos caminhos da pesquisa: confissões cotidianas espacializadas. Geograficidade, Niterói, v. 3, n. 1, p. 39-49, 2013. DOI: https://doi.org/10.22409/geograficidade2013.31.a12828

LÉVY, P. Cibercultura. São Paulo: Editora 34, 2010.

LINDÓN, A. De las geografias construtivistas a las narrativas de vida espaciales como metodologías geográficas cualitativas. Revista da ANPEGE. v.4, 2008. DOI: https://doi.org/10.5418/RA2008.0404.0001

MARANDOLA JR, E. Da existência e da experiência: origens de um pensar e de um fazer. Caderno de Geografia, Belo Horizonte, v.15, n. 24, p.49-67, jan/jun, 2005. MERLEAU-PONTY, M. Fenomenologia da Percepção. 4 ed. São Paulo: WMF, 2018. NASCIMENTO, T.F. Os terreiros de cultos afro-brasileiros e de origem africana como espaços possíveis às vivências travestis e transexuais. 2016. Dissertação (Mestrado em Geografia) – Santa Maria, Universidade Federal de Santa Maria, 2016. NUNES, L. B.; COSTA, B. P. O espaço híbrido em Santa Maria (RS): experienciando a cidade como jogador de Pokémon Go. Terr@ Plural, Ponta Grossa, v. 16, p. 1-20, 2022.

SANTOS, M. A natureza do Espaço. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2006.

SARTRE, J. P. O Ser e o Nada. 39. ed. Petrópolis: Vozes, 2011.

SCARPA, M. C. T. Intencionalidade: Merleay-ponty e Babaras. Revista da Abordagem Gestáltica, v.25, n.2, p.148-155. 2019. DOI: https://doi.org/10.18065/RAG.2019v25n2.5

SERPA, A. Por uma geografia do espaço vivido: Geografia e Fenomenologia. São Paulo: Contexto, 2019.

SPOSITO, E. S. Geografia e Filosofia: contribuições para o ensino do pensamento geográfico. Presidente Prudente: Editora da UNESP, 2004. DOI: https://doi.org/10.7476/9788539302741

SUERTEGARAY, D. M. Notas sobre a Epistemologia da Geografia. Cadernos Geográficos, Florianópolis, n. 12, p. 1-63, 2005.

TUAN, Y.F. Espaço e Lugar: a perspectiva da experiência. São Paulo: Difel, 1983.

Downloads

Publicado

2025-04-12

Como Citar

NUNES, Leonardo Berté; COSTA, Benhur Pinós da. GEOGRAFIAS DA EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA: a modalidade EaD a partir das experiências, percepções e representações de estudantes. Revista Tocantinense de Geografia, [S. l.], v. 14, n. 32, p. 132–161, 2025. DOI: 10.70860/rtg.v14i32.17023. Disponível em: https://periodicos.ufnt.edu.br/index.php/geografia/article/view/17023. Acesso em: 24 abr. 2025.

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)