MAPEAMENTOS E VIVÊNCIAS GEOGRÁFICAS NA EDUCAÇÃO ESCOLAR QUILOMBOLA DA AMAZÔNIA MARAJOARA

Laís campos

doi:10.20873/rtg.v9n17p32-42

Autores

Laís campos UFG

DOI:

https://doi.org/10.20873/rtg.v9n17p32-42

Palavras-chave:

Cartografia Escolar; Lugar; Identidade Territorial, Educação Quilombola, Mapas Mentais.

Resumo

o objetivo deste estudo é compreender o mapa como uma linguagem de representação do lugar e, ao mesmo tempo, como instrumento de afirmação da identidade territorial quilombola.Esta pesquisa tem como espaço de análise uma escola municipal, localizada na comunidade Vila União- Campina, em Salvaterra no estado do Pará, cujos sujeitos investigados são alunos do 6º ano do Ensino Fundamental. Trata-se de uma pesquisa participante, de viés qualitativo, que utiliza a construção e a análise de mapas mentais elaborados pelos alunos, seguindo uma abordagem fenomenológica.Assim, a proposta metodológica utilizada em campo demonstrou que o uso da linguagem cartográfica cunho social e subjetivo no ensino de Geografia realizado na Educação Escolar Quilombola, contribui de maneira efetiva com a relação entre sujeito e seu espaço de vivência à medida que resgata suas experiências e trabalha sua espacialidade.

Biografia do Autor

Laís campos, UFG

Graduação em Pedagogia pela Universidade do Estado do Pará ,em Geografia pelo Instituto Federal de Educação ,Ciência e Tecnologia do Pará, especialista em Educação para as Relações Etnicorraciais, Mestre em Educação pela UFPA,Doutora em Geografia pelo PPGEO-UFG, membro do Laboratório de Ensino e Pesquisa em Educação Geográfica (LEPEG), do Núcleo de Ensino e Pesquisa em Educação Geográfica (NEPEG),na Universidade Federal de Goiás , atuo como pesquisadora no grupo Saberes e Práticas Educativas de Populações Quilombolas ( EDUQ) da Universidade do Estado do Pará. Pesquisadora da Rede de Pesquisa sobre Pedagogias Decoloniais na Amazônia, vinculada a Cátedra Paulo Freire da Amazônia/UEPA. Atualmente sou professora Adjunta do Departamento Multidisciplinar em Pedagogia, do Centro de Ensino e Pesquisa Aplicada à Educação, da Universidade Federal de Goiás. Trabalho com os seguintes temas: territórios quilombolas, ações afirmativas, ensino de Geografia.

Referências

ACEVEDO, Rosa Elizabeth. Quilombolas na ilha do Marajó: Território e organização política. In: ______; GODOI, Emilia Pietravesa; MENEZES, Marilda Aparecida de. Diversidade do campesinato: expressões e categorias: construções identitárias e sociabilidades. V1. São Paulo: Editora UNESP, 2009.

ALMEIDA, Rosângela D. de;PASSINI, Elza. Y. O espaço geográfico: ensino e representação. 6ª ed.São Paulo: Contexto,2013.

BECKER, Bertha. Amazônia: geopolítica na virada do III milênio.Rio de Janeiro: Garamond. 2004.

BICUDO, Maria Aparecida V. Análise fenomenológica estrutural e variações interpretativas. In: BICUDO, Maria Aparecida V(org.) Pesquisa Qualitativa. São Paulo: Cortez, 2011.

CASTELLAR, Sônia M. V.; JULIASZ, Paula Cristiane S. Educação Geográfica e Pensamento Espacial: conceitos e representações. Revista ACTA Geográfica, Boa Vista, Edição Especial 2017.

CAMPOS, Louise R. Pedagogias de r-existência: práticas de educação popular em uma escola quilombola na comunidade Campina/Vila união em Salvaterra (PA). ( Trabalho de Curso em Pedagogia) Universidade do Estado do Pará, 2017.

CHAVEIRO, Eguimar. Corporeidade e Lugar: elos da produção da existência. In: MARANDOLA JR, Eduardo; HOLZER, Wether, OLIVEIRA, Lívia.Qual o espaço do lugar? São Paulo: Perspectiva, 2012.

GUSMÃO, Neusa. Direitos Específicos: vazio lega e luta étnica. Anais do XVII da Associão Nacional de Pos-graduação e Pesquisas em Ciências Sociais. Caxambú, 1993.

HAESBAERT, R. Identidades territoriais. In: ROSENDHAL, Z. CORRÊA, R. (Orgs.). Manifestações da cultura no espaço. Rio de Janeiro: EdUERJ, 1999, pp. 169- 190.

LIMA, Angélica Macedo Lozano; KOZEL, Salete. Lugar e mapa mental: uma análise possível. Geografia. v. 18, nº1, 2009.

MIRANDA, Shirley A. de. Dilemas do Reconhecimento: a escola quilombola “que vi de perto”. Revista da ABPN, v. 8, n. 18,2016.

NOGUEIRA, Amélia R. B. Percepção e representação gráfica: a geograficidade nos mapas mentais dos comandantes de embarcações no Amazonas. Manaus: EDUA, 2014.

NOGUEIRA, Amélia R. B. Mapa mental: recurso didático no ensino de Geografia no 1º Grau. Dissertação (Mestrado em Georgrafia) – Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 1994.

PACHECO, Agenor Sarraf. As Áfricas nos Marajós: visões, fugas e redes de contatos. In: SCHAAN, Denise Pahl; MARTINS, Cristiane Pires (Org.).Muito além dos campos: arqueologia e história na Amazônia Marajoara. 1 ed. Belém: GKNORONHA, 2010.

PORTO- GONÇALVES, Carlos Walter. Amazônia, Amazônias. São Paulo: Contexto, 2015.

RATTS, 2006, p. 59). RATTS, Alex. Eu sou Atlântica: sobre a trajetória de vida de Beatriz Nascimento. São Paulo: Imprensa oficial, 2006.

RICHTER, Denis. Raciocínio geográfico e mapas mentais: a leitura espacial do cotidiano por alunos do Ensino Médio. Tese de Doutorado. Presidente Prudente/SP, 2010.

RELPH, Edward. Reflexões sobre a emergência, aspectos e essências de lugar. In: MARANDOLA JR, Eduardo; HOLZER, Wether, OLIVEIRA, Lívia.Qual o espaço do lugar? São Paulo: Perspectiva, 2012.

SANTOS, Renato Emerson do. Ensino de geografia e currículo: questões a partir da Lei 10.639. Terra Livre Nº 34, 2010.

SEEMANN, Jörn.Tradições Humanistas na Cartografia e a Poética dos Mapas. In: MARANDOLA JR, Eduardo; HOLZER, Wether, OLIVEIRA, Lívia. Qual o espaço do lugar? São Paulo: Perspectiva, 2012.

SEEMANN, Jörn .Mapas, mapeamentos e a cartografia da realidade. Revista Geografares. Vitória, nº4,2003.

TEIXEIRA, S. K. “Das imagens às linguagens do geográfico: Curitiba a Capital ecológica”.São Paulo:FFLCH/USP, 2001. (tese de doutorado)