O SETOR SUCROENERGÉTICO BRASILEIRO

intervenção estatal como motor do desenvolvimento

Autor/innen

  • Daniel Féo Castro de Araújo Universidade de Brasília
  • Fernando Luiz Araújo Sobrinho Universidade de Brasília

DOI:

https://doi.org/10.20873/rtg.v13i30.18482

Schlagworte:

Estado brasileiro, Indústria canavieira., Estratégias de financiamento

Abstract

Este artigo tem como objetivo analisar os desafios enfrentados pelo setor sucroenergético brasileiro e explorar as perspectivas para o seu desenvolvimento sob a influência do Estado. A pesquisa destaca a relevância do Brasil como uma nação voltada para a atividade primário-exportadora, impulsionada pela demanda asiática e pela volatilidade do mercado de commodities agrícolas e minerais. Ademais, são discutidos os desafios enfrentados pelo setor, como a crise econômica global de 2007-2008 e a concentração de capital estrangeiro. A ascensão do governo de Luiz Inácio Lula da Silva é abordada em relação à transformação do pacto de poder e às políticas macroeconômicas implementadas, com foco no estímulo ao setor agroenergético. Este estudo utilizou uma abordagem qualitativa, por meio de pesquisa documental e análise de dados, com foco na coleta e análise de informações sobre as ações do Estado brasileiro para o setor sucroenergético. Foi realizada revisões bibliográficas e análise de relatórios, documentos governamentais e dados estatísticos relacionados aos financiamentos públicos do BNDES. Conclui-se que o setor sucroenergético brasileiro enfrenta desafios significativos, como a volatilidade do mercado de commodities e a concentração de capital estrangeiro, mas o Estado desempenha um papel crucial no seu desenvolvimento.

Autor/innen-Biografien

Daniel Féo Castro de Araújo, Universidade de Brasília

Atualmente conduz pesquisa de Pós-Doutorado no Programa de Pós-graduação em Geografia pela Universidade de Brasíli UnB. Doutor em Geografia Humana pela Universidade de Brasília UnB. Possui bacharelado e licenciatura em Geografia, bem como mestrado em Ciências Sociais com ênfase em Sociologia, Ciência Política e Antropologia, todos realizados na Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social, do Trabalho e das Organizações (PPG-PSTO). Membro e pesquisador do grupo de pesquisa "Entrenós - Trabalho e Linguagem" do Laboratório de Linguagem e Trabalho (UnB). Experiência nas áreas de Geografia, Sociologia e Psicologia do Trabalho com ênfase em Geografia, Sociologia e Psicologia do Trabalho, Econômica e Regional. Meus principais temas de interesse são: relação capital x trabalho, mundo do trabalho, cultura e trabalho, trabalho e crítica social, relação cidade-campo, precarização, agroindústria canavieira, modernização territorial, dinâmica dos lugares, redes e circuitos espaciais de produção, circuitos da economia urbana, região e regionalização, regiões agrícolas, agronegócio e dinâmicas territoriais, urbanização e agronegócio, globalização e política. 

Fernando Luiz Araújo Sobrinho, Universidade de Brasília

Possui graduação em Geografia Licenciatura Plena pela Universidade Federal de Uberlândia (1993), graduação em Geografia Bacharelado pela Universidade Federal de Uberlândia (1995), Mestrado em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de Brasília (1998) e Doutorado em Geografia pela Universidade Federal de Uberlândia (2008). Professor Associado 3 da Univer-sidade de Brasília atuando nos cursos de bacharelado, licenciatura presencial e ensino à distância da Universidade de Brasília. Professor do Programa de Pós Graduação em Geografia da UnB. Tem experiência na área de Geografia Humana, atuando principalmente nos seguintes temas: Geografia Humana, Formação de Professores, Ensino de Geografia, Turismo, Rede Urbana, Planejamento Urbano e Regional e Geografia Urbana.      

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Veröffentlicht

2024-07-04

Zitationsvorschlag

ARAÚJO, Daniel Féo Castro de; SOBRINHO, Fernando Luiz Araújo. O SETOR SUCROENERGÉTICO BRASILEIRO: intervenção estatal como motor do desenvolvimento. Tocantinense Journal of Geography, [S. l.], v. 13, n. 30, p. 173–200, 2024. DOI: 10.20873/rtg.v13i30.18482. Disponível em: https://periodicos.ufnt.edu.br/index.php/geografia/article/view/18482. Acesso em: 29 sep. 2024.